Uma das certezas que temos, depois de toda a repercussão da pandemia do coronavírus, é que as pessoas precisam reavaliar a forma como consomem informações na internet. À medida que o vírus começou a se espalhar pelo mundo, os governos tiveram que se preocupar não somente com os impactos da doença nas áreas da saúde e economia, mas também, em encontrar soluções eficientes para conter a indústria das fake news.
Diante de todas as fragilidades causadas, mais do que nunca, as empresas precisam colocar em prática estratégias para estimular e fortalecer a sua relação com os consumidores.
Além do coronavírus, também precisamos enfrentar as fake news
A popularização da Internet e da comunicação digital trouxe muitos benefícios para o nosso dia a dia. Entre eles, a agilidade no acesso à informações. O problema, entretanto, é que as facilidades criadas pela tecnologia também abrem espaço para que pessoas mal-intencionadas espalhem notícias mentirosas com uma velocidade surpreendente.
Como na maioria das vezes as pessoas não se preocupam em checar a credibilidade das fontes, o resultado é um bombardeio de mentiras por todas as plataformas que utilizamos.
No caso da pandemia do coronavírus, além dos desafios para proteger a saúde pública e tentar diminuir os índices de mortes e infecção, os governos também precisam adotar estratégias para conter a propagação das fake news para manter a ordem pública.
Embora algumas notícias falsas pareçam absurdas, separar a realidade da ficção pode ser bastante difícil. Sobretudo, por se tratar de uma doença nova, e que, inclusive, não há um consenso entre os próprios especialistas sobre a melhor abordagem contra ela.
Há informações que são difíceis de entender e dados legítimos que são misturados com histórias falsas para parecerem verdadeiros. Enfim, alguns desses crimes têm bastante sofisticação.
Dados sobre a mentira
Um estudo feito pelo Health Care in Europe aponta que um em cada quatro vídeos do YouTube relacionados ao tema coronavírus apresenta informações enganosas.
No mesmo sentido, o site do Estado de Minas divulgou um levantamento realizado pela Avaaz, mostrando que no Brasil, sete, em cada dez pessoas, já caíram em, pelo menos, uma fake news sobre a pandemia do coronavírus. Isso representa um total aproximado de 110 milhões de pessoas.
Ainda de acordo com a pesquisa, as redes sociais são os principais veículos de propagação das notícias falsas Na frente, está o Facebook (59% dos entrevistados), seguido do WhatsApp (55% dos entrevistados).
Notícias impactantes tendem a gerar um anseio por compartilhá-las. Mas, independentemente de qual seja a motivação, as consequências podem ser catastróficas para os indivíduos e também gerar turbulências no mercado empresarial.
Quem cria fake news?
As plataformas digitais estão se esforçando ao máximo para coibir a divulgação de desinformação. Investigando as notícias enganosas durante a pandemia, é possível observar que elas têm origens e motivações variadas.
Alguns criam fake news por achar engraçado assustar as pessoas, sobretudo aquelas que desrespeitam as regras da quarentena. Outros se passam por autoridades e órgãos locais, mas usam notícias falsas sobre o coronavírus para dar golpes.
Nesse cenário, não são raras as vezes em que o processo de desinformação é iniciado por motivações políticas. A cada manifestação de figuras públicas ligadas aos governos, novas especulações entram em foco — e isso abre um vasto leque para a produção de notícias mentirosas.
Quem nunca ouviu falar de áudios descrevendo situações terríveis sobre o contágio ou mortes pelo coronavírus, alegando que as informações foram repassadas por um médico, enfermeiro, ou qualquer profissional da linha de frente na pandemia?
Pois bem, o “insider”, não necessariamente, é quem vai elaborar e divulgar o conteúdo falso, mas é utilizado com frequência para dar credibilidade àquilo que está sendo passado.
A desinformação é extremamente perigosa
O primeiro grande perigo da desinformação é o fato de as pessoas subestimarem a gravidade do vírus. A tendência é querer acreditar que a situação não é tão grave, que existem soluções fáceis. Então, muita gente se apega às fake news que passam essa sensação de tranquilidade.
Esses, normalmente, são os indivíduos que vão quebrar o distanciamento social, desrespeitar as regras para o uso de máscaras, entre outras diretrizes de contenção da doença.
Ao priorizar as informações que recebe pelas redes sociais, em detrimento das teses científicas, há pessoas que optam por tratamentos caseiros. Assim, ingerem medicamentos como forma de prevenção e podem acabar morrendo.
Segundo artigo publicado no site Standart, por exemplo, o problema das notícias falsas levou a consequências devastadoras no Irã — mais de 700 pessoas morreram após beber metanol tóxico, acreditando que a substância funcionava como curo para o coronavírus.
Outro reflexo negativo do compartilhamento de informações maliciosas diz respeito ao aspecto emocional, podendo gerar distúrbios como
- ansiedade;
- pânico;
- depressão;
- dificuldade na tomada de ações certeiras de proteção.
Normalmente, as pessoas que não têm uma visão ampla do que está acontecendo, não sabem o que fazer ou como se posicionar são os alvos mais fáceis das fake news. Via de regra, além de agir da forma errada, esses indivíduos também persuadem contatos próximos a fazer a mesma coisa.
Para os negócios, ter informações tanto do âmbito local como global é uma peça-chave para a gestão eficiente durante a crise. Assim, orientar-se por elementos falsos pode colocar em cheque a sua sobrevivência no mercado.
Ficar por dentro das novidades que se passam no mundo é um processo importante para uma boa adaptação às novas realidades e eliminar riscos. Contudo, alguns cuidados são necessários quanto à credibilidade das informações que consumimos.
Afinal, as fake news estão espalhadas por toda a Internet, e mesmo com os esforços das plataformas para conter esse tipo ação, vale a pena investigar a veracidade dos fatos antes de acreditar nas informações e, principalmente, compartilhá-las.
Nesse momento de incertezas e propagação de notícias falsas, verificar a relação de confiança entre os consumidores e a sua marca é uma ação de extrema importância para se manter competitivo, ainda sob os efeitos da crise.
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