5 momentos em que a fotografia me faz um designer melhor

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Embora a disciplina de fotografia faça parte da maioria (se não de todos) dos currículos dos cursos de design, foi apenas recentemente que decidi aprofundar meus conhecimentos e sair do nível básico.

Não sei se é óbvio dizer que a fotografia e o design são campos complementares, mas é certo que, pelo menos, compartilham diversos conceitos. E é sobre isso que venho falar hoje: como a fotografia tem aprimorado o meu processo de design.

A ideia aqui não é abordar a parte técnica (um assunto bastante extenso e em que ainda estou nos estágios iniciais enquanto fotógrafo), mas sim trazer alguns conceitos que tenho aplicado no meu dia a dia como designer na Rock Content e que têm feito diferença no meu trabalho.

1. Ao recuperar a mentalidade de iniciante

Ao começarmos a aprender de algo que nos interessa, ficamos mais abertos a praticar, experimentar e aprender com nossos próprios erros. Esse é um momento ideal para estimular a criatividade e enxergar novas possibilidades.

No caso da fotografia, não é diferente.

Adquirir conhecimentos sobre novas formas de enquadramento ou aprender sobre dupla exposição, por exemplo, ilustra como conceitos fotográficos podem enriquecer layouts com um toque extra de originalidade.

Por outro lado, um “especialista” que dominou os fundamentos e acumulou experiência pode cair na armadilha de ficar preso a processos que ele já sabe que funcionam em prol da eficiência, prejudicando a criatividade. 

Iniciar minha jornada na fotografia reavivou essa mentalidade de iniciante em mim e, junto a ela, ressurgiu a vontade de experimentar e descobrir novos processos.

2. Ao estudar sobre composição

Esta é uma disciplina compartilhada tanto pelo design quanto pela fotografia.

Princípios como simetria (ou a ausência dela), equilíbrio, regra dos terços, linhas-guia, enquadramento e espiral áurea são igualmente relevantes tanto para um layout quanto para uma foto.

O estudo da fotografia envolve compreender e manejar a percepção espacial, ou seja, as relações espaciais entre os elementos dentro de um enquadramento.

O aprimoramento dessa percepção contribuirá para a melhoria na distribuição e diagramação de elementos dentro de um layout.

Nesta foto, por exemplo, capturei duas argentinas apreciando o pôr do sol na “Janela do Paraíso”, em Arraial do Cabo, RJ. Essa imagem ilustra bem a composição, aproveitando o enquadramento natural da janela e aplicando a regra dos terços: as duas mulheres ocupam ⅔ da largura e ⅓ da altura da foto. 
A técnica da dupla exposição (à esquerda) me auxiliou na criação da capa da 6ª edição da Rock Content Magazine (à direita). Nos exemplos, duas imagens são sobrepostas de modo que possamos visualizar ambas em uma única composição. Utilizei esse princípio para retratar pessoas e as cores do arco-íris sobrepostas, resultando no efeito presente na capa.

Um outro exemplo interessante reside na relação entre os enquadramentos variados das peças de design e as diferentes distâncias focais das lentes fotográficas.

Peças de formato horizontal, como banners, assemelham-se a enquadramentos mais amplos proporcionados por lentes grande angulares. 

Já nas redes sociais, o formato vertical das câmeras de smartphones (geralmente 1080x1920px) é predominante.

Dessa forma, um mesmo banner horizontal, mencionado anteriormente, necessita de uma versão vertical para ser compartilhado nos Stories do Instagram, por exemplo.

Este exemplo mostra a mesma arte diagramada em formatos diferentes: um banner para o blog, um post quadrado para redes sociais e um story vertical. Neste caso, vemos 3 enquadramentos diferentes, mas eu precisei rediagramar a disposição dos elementos conforme eu tinha mais ou menos largura em cada formato. 

Ao estudar composição fotográfica, o designer tem um arsenal mais versátil de opções para organizar elementos gráficos e textuais de acordo com o formato de cada peça.

3. Ao estudar sobre storytelling

O storytelling é outra disciplina de extrema importância na fotografia.

Através dela, a captura de momentos adquire um significado e propósito mais profundos, assemelhando-se à maneira como uma obra de arte evoca sensações e impressões no observador.

Ao aprimorar a habilidade de contar histórias na fotografia, o designer incorpora uma ferramenta poderosa para tornar seus layouts mais atrativos e envolventes, utilizando as imagens não apenas para comunicar, mas também para narrar histórias e despertar emoções.

Um exemplo de storytelling pela fotogragia: um tocador de trompete solitário sentado nas muralhas da “Ciudad Amuralhada” em Cartagena das Índias, Colômbia. A imagem nos leva a especular a história por trás dela: que música ele estava tocando? Ele estava apenas praticando ou era um artista de rua? Será que faz parte de algum grupo musical ou de uma orquestra?

O resultado é ainda melhor quando conseguimos aliar imagem e texto para contar de forma criativa uma história condizente com o conceito de uma campanha, por exemplo.

4. No processo criativo

Design e fotografia compartilham etapas do processo criativo que vão desde a concepção de um ensaio ou campanha até a experimentação, criação de versões e refinamento final.

Estudar fotografia não apenas é uma forma de praticar esses processos, mas também de aprimorar a sensibilidade estética e a análise crítica, fundamentais no processo criativo.

A fotografia também aprimora a capacidade visual de solução de problemas, pois exige raciocínio rápido para capturar momentos específicos com configurações adequadas, adaptação à iluminação, planejamento da melhor hora para fotografar e improvisação quando as coisas fogem ao planejamento.

5. Ao observar o mundo à minha volta

Por fim, a fotografia intensificou minha observação do mundo ao meu redor.

A sensação de que uma foto incrível pode surgir a qualquer momento torna uma simples caminhada vespertina pelo bairro uma expedição fotográfica e uma colheita rica de referências.

Dessa maneira, em poucos passos, já me vejo dedicando mais atenção à iluminação do pôr do sol (a “hora dourada”), às pessoas em movimento (gerando retratos autênticos do cotidiano), a espécies de pássaros previamente ignoradas, às combinações de cores e texturas na loja de tecidos e, especialmente, à beleza que permeia tudo isso.

Essa atenção mais aguçada e essa perspectiva contemplativa do mundo têm revigorado minha criatividade ao mesclar cores, tipografias, ilustrações e elementos gráficos. 

Se você estiver hesitante em começar (ou retomar) a capturar imagens, posso afirmar que tem valido a pena.

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