Nesse momento de crise econômica, decorrente da pandemia da covid-19, muitas empresas estão se deparando com a necessidade de otimizar processos e reduzir despesas para continuar desempenhando suas atividades.
Diante disso, cabe ao RH apontar soluções efetivas para o planejamento estratégico do negócio — com base na gestão de pessoas.
Isso porque, se antes as pessoas eram apenas parte de um processo dentro da organização, atualmente, a valorização do indivíduo se torna essencial para o alcance dos melhores resultados.
Em seu livro “Gestão de Pessoas”, o autor Chiavenato ressalta: “A gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem-sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância do fator humano em plena era da Informação”.
Assim, quando mencionamos gestão de pessoas, estamos falando de desenvolver as competências sociais e profissionais desses colaboradores para que eles tenham o melhor desempenho possível, mesmo em um mercado cada vez mais competitivo.
Mas você sabe qual a real importância de contar com uma boa gestão de pessoas para reduzir custos durante a crise?
Acompanhe a leitura e descubra!
O que é gestão de pessoas?
O conceito de gestão de pessoas engloba estratégias e ações, baseadas na psicologia comportamental, focadas no capital humano da organização, elaboradas por gestores e líderes, junto ao setor de Recursos Humanos.
Sabendo que as pessoas são o mais importante para trazer resultados positivos para a empresa, esse tipo de gestão trabalha o envolvimento, capacitação e desenvolvimento dos colaboradores, mostrando a cada um deles sua importância na equipe.
Além disso, a gestão de pessoas se preocupa em humanizar a empresa, de modo que o ambiente organizacional se torne mais satisfatório, tanto para os gestores quanto para o grupo.
Entretanto, essa forma de conduzir o time, refere-se a bem mais do que uma prática de cuidar da saúde física e mental dos colaboradores — tornando-se uma ferramenta eficiente em conquistar e reter talentos muito mais qualificados e motivados dentro de suas funções.
Qual sua importância para a empresa?
Em um mercado globalizado, cada vez mais os melhores profissionais buscam trabalhar em empresas que os valorizem como pessoas e que invistam em seu crescimento.
Logo, a gestão de pessoas faz com que as organizações inovem na sua forma de motivar e engajar esses indivíduos, mesmo antes deles ingressarem nelas. Isso mesmo!
A condução já começa no processo de recrutamento e seleção, por meio de estratégias que projetam uma imagem positiva e inovadora da empresa no mercado.
Além disso, essa forma de gerir muda o modo da empresa pensar nas pessoas e nos processos. Assim, ela acaba reduzindo custos, por conta de pensamentos mais estratégicos adquiridos e cria ações inclusivas e efetivas para desenvolver seus profissionais e conquistar todos os seus objetivos.
Qual o papel do RH em tempos de crise?
É papel do RH em tempos de crise lembrar aos líderes da empresa que a gestão de pessoas é o melhor caminho para gerar insumos e insights para resoluções criativas e efetivas — além de manter a segurança e o bem-estar do seu capital humano.
Afinal, são essas pessoas que farão a empresa superar os desafios e recuperar o crescimento dos negócios quando tudo isso passar. Ainda, é importante que o profissional de RH tenha em mente que as pessoas se comportam de maneiras diferentes diante de uma situação de crise.
Logo, aqueles perfis que paralisam diante de situações que exigem mudanças ou se tornam muito negativos e com baixo interesse em trabalhar, merecem atenção especial.
Perda de prazos e queda de rendimento também são indicadores importantes. Portanto, é também papel do RH, junto ao gestor, mapear esses sinais e buscar formas de solucioná-los.
Agora, apresentaremos algumas práticas que mostram como o RH pode ter uma atuação de protagonismo durante uma crise.
1. Analisar dados para ter uma gestão estratégica
A Inteligência Artificial no RH auxilia na obtenção e na organização de dados, o que é muito em uma empresa com vários colaboradores.
Ao reconhecer os padrões e as tendências de cada um dos profissionais, é possível tomar decisões mais efetivas, o que se torna ainda mais importante em uma gestão de crise.
Por meio da análise de dados, por exemplo, o profissional de RH consegue identificar pessoas ou comportamentos que provocam atritos ou outros fatores que levam à queda no desempenho do time, impactando negativamente nos resultados.
A partir dessa análise, ele pode intervir estrategicamente para corrigir a situação.
2. Recrutamento e seleção remoto
Nesse momento, quando o isolamento social é a principal recomendação da Organização Mundial da Saúde como forma de prevenção e disseminação do coronavírus, automatizar os processos seletivos se torna fundamental para evitar aglomeração de pessoas.
Atualmente, o RH 4.0 oferece diversas plataformas de gestão que permitem que todo o processo, desde o recrutamento até a admissão, sejam feitos de forma estratégica, avaliando tanto “hard skills” quanto “soft skills”, de modo rápido e totalmente online.
E já que estamos falando de redução de custos durante a crise, outro ponto interessante sobre recrutamento e seleção remoto é que ele também proporciona economia de gastos para o negócio.
Isso porque, com a maioria das etapas feitas com a ajuda de softwares, a empresa gastará menos com reserva de sala e utilização de papel, por exemplo.
Além disso, o recrutamento online economiza o tempo do RH com aplicação e correção de testes — trazendo mais oportunidade para que ele invista em atividades focadas no desenvolvimento das pessoas.
3. Ações para fortalecer cultura organizacional
Com a quarentena imposta na maioria dos países, por conta da pandemia, tornou-se um desafio para líderes e gestores acompanhar o desempenho da equipe e manter a interação social entre os colaboradores. Portanto, é papel do RH investir em ações para que essa cultura seja ainda mais fortalecida diante de um momento de incertezas.
Dessa forma, forneça feedbacks periódicos (principalmente os positivos), reconheça o esforço da equipe e mostre a cada colaborador como ele tem desempenhado bem suas tarefas, mesmo trabalhando em home office, a fim de motivá-lo.
Ainda, envie felicitações exclusivas, faça happy hours virtuais, além de outras estratégias para fortalecer a cultura.
4. Garantir segurança dos colaboradores
A pandemia fez com que a solução para muitos negócios continuarem suas atividades fosse a implantação do trabalho remoto.
Nesse cenário, é preciso que o RH analise se a empresa dispõe de toda a estrutura física para garantir que os colaboradores continuem desempenhando suas tarefas sem perder a qualidade de vida e a excelência do serviço prestado.
No caso de empresas que adotam o home office como política de redução de custos, por exemplo, é obrigatório que ela ajude com as despesas, ou seja, fornecer todos os equipamentos — seja computador, celular, internet, telefone e, em alguns casos, auxílio na conta de luz — para que o funcionário não seja prejudicado custeando seu trabalho.
5. Fazer análise demissional
A análise demissional é uma pesquisa aplicada quando o colaborador deixa a empresa. Em situações de crise, infelizmente, é normal que desligamentos aconteçam. Logo, nesse momento, é fundamental que o RH faça da análise uma estratégia fundamental para que não ocorram prejuízos pós-crise para os negócios.
Ainda, por meio dela é possível, a partir de dados coletados, cruzar algumas variáveis que auxiliam na decisão de quem são os profissionais indispensáveis nesse momento para os consumidores e quais precisarão estar presentes quando a crise passar.
Como a gestão comportamental pode ajudar na redução de custos?
A gestão comportamental auxilia na redução de custos desde o momento da contratação. O “match” perfeito entre empresa e colaborador que a gestão de pessoas proporciona, melhora o engajamento e diminui a rotatividade.
Além disso, traçar o mapeamento de perfis das pessoas que já estão na empresa colabora também na identificação de candidatos que somarão junto à equipe por complementar habilidades que podem estar faltando para que determinado setor alcance os objetivos.
Um outro fator contribuinte para a redução de custos que a gestão comportamental proporciona, é na obtenção de um bom clima organizacional.
Isso acontece pelo fato dela direcionar e desenvolver os talentos de acordo com seus perfis. Assim, o absenteísmo e o presenteísmo também diminuirá, reduzindo valores com turnover — aumentando a produtividade e, consequentemente, os lucros.
Hoje, a gestão por comportamento se torna ainda mais importante. Um dos dados determinantes para o RH durante uma crise, também está na leitura do perfil comportamental.
É por meio da análise correta dessas informações que o Recursos Humanos consegue entender melhor os impactos que situações de instabilidade pode proporcionar aos colaboradores.
Ao entender as forças e fraquezas de cada membro do time, é possível separá-los em grupos e criar ações preditivas e recursos para incentivar e motivar esses colaboradores, mantendo-os engajados e produtivos, mesmo em períodos turbulentos, evitando uma maior queda nos lucros.
Como vimos, uma gestão de pessoas eficaz evita erros comuns na gestão de crise, como a falta de pensamento estratégico e a tomada de decisões baseadas em emoções — comportamentos esses que podem agravar a situação.
Além disso, em uma gestão de pessoas eficaz, todas as decisões têm de ser tomadas de forma racional e planejada.
Ainda, é necessário ter em mente que mapear e analisar o perfil comportamental de cada colaborador não é só fundamental para extrair o máximo deles e reduzir seus custos. Mas também mostra que a sua empresa se preocupa em colocar as pessoas em primeiro lugar, criando um diferencial no mercado.
O conteúdo foi útil? Então, não deixe de aprender mais sobre gestão comportamental e conquiste os melhores talentos para a sua empresa!
Este artigo foi produzido pelo blog parceiro Solides.
CONTEÚDO CRIADO POR HUMANOS
Encontre os melhores freelancers de conteúdo no WriterAccess.
CONTEÚDO CRIADO POR HUMANOS
Encontre os melhores freelancers de conteúdo em WriterAccess.