A crise provocada pela covid-19 vem gerando um panorama de grande estresse para a população mundial. Hoje, empresas e nações estão descobrindo o quão vulneráveis são e questionando o que está por vir na globalização pós-coronavírus.
À medida que as cadeias de suprimentos sofrem restrições críticas, a corrida por insumos médicos, entre outros itens de necessidades básicas, aumenta. Assim, o novo clima de incertezas leva a uma grande reavaliação da economia global interconectada.
O fim da globalização como um todo?
O processo de globalização sempre foi alvo de muitas análises mundo afora, sobretudo no que diz respeito aos impactos positivos ou negativos que ela gera para a sociedade.
Se, por um lado, ela é vista como uma solução para o desenvolvimento econômico e acesso a todas as facilidades do mundo moderno, por outro, são-lhe atribuídos os problemas climáticos e o estresse no dia a dia dos grandes centros urbanos.
Mas, independentemente de qual seja o melhor posicionamento, o fato é que, após várias décadas no mercado, o modelo enfrenta uma crise sem precedentes. Seria este o fim da globalização?
O novo coronavírus provocou o fechamento de fábricas e as suspensões das atividades já estão interrompendo as cadeias de suprimentos globais. O primeiro setor atingido foi o de tecnologia, pois parte de seus insumos é produzida na China, primeiro epicentro da pandemia.
Como resultado desses problemas no abastecimento, o Foreign Affair aponta que a produção global de laptops diminuiu 50% em fevereiro e a de smartphones pode cair 12% no próximo trimestre.
Diante do cenário de pandemia, os segmentos, de modo geral, que estão sendo prejudicados:
- montadoras;
- fabricantes de tecidos;
- varejistas;
- turismo;
- fabricantes de insumos hospitalares.
O mundo parou na tentativa de combater a covid-19, mas a lição que fica não é que a globalização falhou e chegou ao fim. Este momento deixa evidente que o sistema é frágil.
Isso porque, durante várias décadas os esforços se voltaram para que as empresas eliminassem redundância. A regra era produzir mais, utilizando cada vez menos, sempre nos limites que acompanhavam o fluxo de demandas.
Porém, pouca folga torna o sistema mais frágil em tempos de crise, a margem de segurança é muito apertada caso ocorra algum desequilíbrio na cadeia de suprimentos. E é justamente esse problema que os gestores estão enfrentando agora.
Com o avanço da globalização, as empresas adotaram sistemas de abastecimentos globais, dando origem a uma longa rede de produção que uniu a economia mundial — um complexo de interdependência.
A economia globalizada atual exige uma especialização cada vez maior do trabalho entre países, um modelo que cria eficiências extraordinárias, mas também grandes vulnerabilidades.
Ao pensar nas consequências da pandemia do coronavírus, sobretudo seus efeitos a longo prazo, a conclusão é de que as empresas e os governos precisam encontrar novos caminhos para se protegerem.
Ou o fim da globalização como conhecemos?
O surto de coronavírus está colocando em xeque o modelo de globalização que conhecíamos até agora. Além de estarmos em um fenômeno difícil de entender, a disseminação do vírus enseja obstáculos complicados de lidar.
Devido à intervenção precoce, os países estão conseguindo reduzir a curva de novas infecções, mas as medidas que precisam ser tomadas restringem severamente a globalização como a conhecemos.
Isso está impulsionando ainda mais o território virtual e o campo do trabalho remoto — muitas pessoas e empresas estão aprendendo o que funciona em casa, principalmente aquelas atividades até então tradicionalmente físicas que podem ser resolvidas online.
O que podemos afirmar sobre a globalização pós-coronavírus é que, quanto menos as empresas confiarem na presença física para reuniões e execução de tarefas, menos impactos ela sofrerá.
A evolução do trabalho remoto certamente será um dos grandes ensinamentos do coronavírus. Não estamos diante do fim da globalização, porém vários aspectos da cadeia produtiva precisam ser remodelados.
O que podemos esperar após o coronavírus
A primeira grande mudança que podemos esperar para o pós-coronavírus é a intensificação do trabalho remoto. E os profissionais atualmente estão mais preparados — ou espera-se — para seguir esse caminho.
Hoje, tudo está na nuvem. As pessoas estão cada vez mais dependentes da eletricidade e acesso à internet, e isso permitiu que elas trabalhassem onde quer houvesse esses elementos. As reuniões foram virtualizadas em chamadas que podem ocorrer em qualquer lugar e a qualquer momento.
Faz cada vez menos sentido perder horas com deslocamento para um escritório, quando o mesmo trabalho também pode ser feito em casa, sem o risco de infecções por coronavírus.
Além do mais, inteligência artificial é uma tendência que pode automatizar a maior parte do trabalho de escritório atual e até mesmo o controle remoto de máquinas, reduzindo novamente a necessidade de aparecer no escritório.
O uso da tecnologia na cadeia produtiva também não é nenhuma novidade. As indústrias são altamente automatizadas, e cada vez menos os trabalhos são feitos pelos humanos. Ainda é muito cedo para dizer quais serão as extensões da crise do novo coronavírus, mas é fato que os mercados financeiros estão definitivamente preocupados com isso no momento.
Essa crise já provou que tem potencial de afetar a vida de todos no mundo. E para mudar profundamente a globalização, mas não eliminá-la.
Em meio ao caos provocado na saúde humana e financeira de diversos países, também houve uma mudança significativa na dinâmica do poder entre as principais economias mundiais. Mais do que agir para contornar os prejuízos causados pela paralisação, é preciso buscar soluções eficientes para que as empresas saiam mais fortes dessa experiência.
Entre as mudanças necessárias à economia globalizada, um marketing ágil ganha ainda mais importância.
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