Apesar de, atualmente, as empresas estarem apertando os cintos para reduzir os custos operacionais, o Google passará a exigir que os aplicativos não gratuitos disponibilizados na Play Store utilizem o sistema da empresa para processar pagamentos tal como fez a sua concorrente, a Apple, o que nos meios de comunicação causou polêmica. Também será cobrada uma comissão de 30% em compras e assinaturas feitas na plataforma.
A novidade foi anunciada pela agência de notícias Bloomberg. O novo sistema deve começar a ser implementado na última semana de setembro de 2020. Como primeira medida, a Alphabet Inc — holding e conglomerado de empresas vinculadas ao Google — vai informar nos próximos dias quais são as diretrizes que as detentoras de aplicativos na Play Store devem seguir para se adequarem à alteração.
O que muda para os aplicativos?
Como se trata de uma plataforma aberta, o Android abre espaço para várias lojas de aplicativos. Na maioria dos casos, os dispositivos com o sistema Android saem da fábrica com, pelo menos, duas lojas que podem ser utilizadas pelo usuário. Par os desenvolvedores que optam por disponibilizar os seus aplicativos na Google Play sempre existiu o requisito de utilizar o sistema de faturamento do Play para a venda de produtos digitais.
Porém, muitas empresas encontram maneiras de contornar essa regra. Entre elas estão a Spotify Technology AS, Netflix Inc., Epic Games Inc., e Match Group Inc., que até o momento solicitam que os seus clientes paguem pelos seus serviços com o cartão de crédito, em vez de indicar a loja de aplicativos Play, deixando de gerar a taxa do Google. De agora em diante, todos os aplicativos não gratuitos pagarão uma taxa de 30% para a Google Play.
Recentemente, a Epic Games permitiu que os jogadores do Fortnite comprassem atualizações do game usando um método de pagamento conectado diretamente à Epic. Como repúdio, tanto o Google quanto a Apple, excluíram o Fortnite de suas lojas de aplicativos. Por sua vez, a dona do game decidiu mover um processo contra as duas empresas.
Quando as novas regras forem atualizadas, muito provavelmente os desenvolvedores que ainda não trabalham em conformidade com a política da plataforma não conseguirão modificar os seus aplicativos em tão pouco tempo. Por isso, a tendência é que o Google não os remova imediatamente, concedendo um prazo para que façam os ajustes necessários.
Como os desenvolvedores de aplicativos estão reagindo?
Segundo a Bloomberg, os desenvolvedores de aplicativos não estão vendo com bons olhos o novo sistema da Google Play e da Apple Store, pois alegam que ambas já arrecadam bilhões de dólares com as taxas existentes, o que tornaria o novo imposto injusto.
A App Store foi a primeira a impor uma taxa para os desenvolvedores de aplicativos, além de aumentar o rigor quanto à atuação da Netflix e Spotify em sua plataforma. Para driblar a taxa da Apple, estas duas empresas pedem para que os seus usuários façam a configuração de suas contas em seus sites e posteriormente entrem no aplicativo no iPhone. Isso porque, a Apple não permite que os app direcionem os usuários para sites externos. Por enquanto, o Google ainda permite essa ação.
O Tinder, que pertence ao Match Group, continua usando o sistema de compra da Apple. Contudo, há poucos dias se uniu ao Spotfy e demais desenvolvedores para cobrar políticas de loja de aplicativos mais justas.
Os aplicativos se tornaram fundamentais para agregar praticidade para as empresas e os seus clientes, visto que eles facilitam a interação do público-alvo com os seus produtos e serviços. Afinal, como a maioria das pessoas está sempre com o celular por perto, basta abrir o ícone do aplicativo e dar alguns toques na tela para efetuar uma compra. Ainda não usa essa ferramenta na sua empresa? Pois, veja como transformar o seu site em app!
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