Internet Trends Report: em quais tendências apostar — e quais esperar — para os próximos anos

O Internet Trends Report é, desde 1995, o mais importante relatório sobre as próximas tendências da internet. Desenvolvido por Mary Meeker, ele é o verdadeiro manual sobre o que deve ser observado para desenvolver bons conteúdos, posicionar negócios e saber como se comportar diante do público.

Atualizado em: 04/06/2021
historia del Internet

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Um dos conteúdos mais esperados entre profissionais da web, o Internet Trends Report, foi publicado recentemente pela sua grande idealizadora, Mary Meeker.

Quem já acompanha esse conteúdo há algum tempo sabe o quanto ele é esperado, devido à grande quantidade de insights valiosos que traz.

No relatório, Mary traz suas percepções acerca das tendências de consumo, indo desde informações sobre o crescimento do uso da internet até os hábitos de acesso.

Todas as ideias são bem fundamentadas e, principalmente, acompanhadas de dados que ajudam a reforçar as afirmações.

Neste post, traremos os pontos que mais merecem atenção no Internet Trends Report de 2019. Entenda melhor essas tendências e como elas podem impactar o trabalho do profissional da web.

Entenda melhor quem é Mary Meeker e sua relevância

É comum que muitos profissionais não conheçam Mary Meeker, seja por ainda serem iniciantes, seja por nunca terem conhecido o Internet Trends Report. Já para outros, ela é considerada a “rainha da internet“, posto importante e de autoridade ocupado por uma mulher.

Independentemente das classificações bem-humoradas, Mary realmente tem muitos predicados e, especialmente, experiência de mercado quando o assunto é a web.

Sua carreira foi construída nada menos do que na gigante Morgan Stanley, onde ocupava o cargo de analista de internet.

Os anos à frente dessa posição lhe renderam uma bagagem de peso, que também carregou para atuar no mercado financeiro, sem nunca abandonar o olhar apurado para tecnologias e web. O trabalho com investimentos ajudou Mary a ter uma percepção ampla do mercado, o que a fez também dar início ao seu próprio negócio.

Hoje, Mary Meeker é sócia da Bond Capital, fundo de investimentos voltado para o suporte de desenvolvimento em tecnologia. À frente da empresa, ela já conseguiu arrecadar US$ 1,5 bilhão, participando inclusive de uma rodada de investimentos de US$ 70 milhões aplicados no Canva, ferramenta já muito conhecida da web.

Conheça melhor a proposta do Internet Trends Report

Com toda a sua vasta expertise em investimentos e internet, Mary foi capaz de apurar a sua percepção acerca das tecnologias e como elas se desenvolviam ao longo dos anos.

O Internet Trends Report foi criado por ela própria, em 1995. Na época, a proposta era seguir com o desenvolvimento do uso da internet na Morgan Stanley, como um projeto interno.

Apesar disso, o documento sempre foi público, o que fez com que seu trabalho fosse amplamente reconhecido. Devido a isso, mais do que somente um relatório de análise com foco interno, o trabalho de Mary passou a ser uma visão ampla da web e de como ela impactava e era impactada pelos hábitos de seus usuários.

Hoje, para o profissional da internet, o relatório é quase como um guia do que deve ser considerado para o próximo ano.

Mais do que nunca, tendências direcionam fortemente o trabalho feito na web, então, é fundamental analisar os próximos passos a partir da ótica de alguém com tanta experiência.

O Internet Trends Report traz as pautas mais importantes a partir de uma ótica analítica, sempre com o foco no mercado.

Justamente por isso, gera tanto impacto em quem trabalha na web e precisa entender como as mudanças vão influenciar a forma de gerar conteúdos, de analisar o comportamento do consumidor e do usuário, entre outras questões.

Veja quais foram as principais tendências apontadas no relatório

Vasto, detalhado e aprofundado, o Internet Trends Report é um documento de mais de 300 páginas, o que mostra a importância dele e por que é tão esperado anualmente.

Nem todo profissional terá tempo para se debruçar sobre essa análise, mas nem por isso deixará de estar por dentro dos principais tópicos apontados nela.

A seguir, veja quais foram as principais tendências e percepções apontadas por Mary Meeker, entenda o que a motivou a analisar essas questões e confira as análises baseadas em dados.

Anúncios online

Não é nenhuma novidade que os anúncios online têm grande impacto na maneira como produtores de conteúdo e plataformas se comportam ultimamente. Grandes players do mercado, como YouTube, Facebook e Instagram, têm investido pesado em ferramentas e possibilidades de anúncios, e tudo isso é muito justificável.

Afinal, quanto mais tempo o usuário passa na web, maior é o seu consumo de publicidade online.

Essa proporção foi uma das tendências muito bem observadas por Mary e trazidas em seu relatório. Em 2018, esse equilíbrio aconteceu de maneira concreta, com investimento em anúncios proporcional ao tempo gasto no consumo de mídias.

No estudo, Mary traz uma comparação com o relatório de 2010, justamente para deixar claro como as empresas perceberam que hoje se passa mais tempo na web.

A proposta de igualar o investimento com o consumo é baseada em justamente conseguir explorar mais esse volume de uso, conforme você vê no gráfico abaixo.

internet trends report

De modo geral, os gastos com publicidade também são colocados em comparação com os anos anteriores, partindo da base de 2009.

Em relação ao ano passado, houve um crescimento de 1%, chegando a 22% no total contando com todo o período avaliado.

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Segunda tela

Para começar este tópico, é interessante fazer uma autorreflexão: você já se pegou usando o celular enquanto assistia à televisão? Bem, muita gente já se viu nessa situação e, em meio a isso, uma conclusão é certa: você pode até alternar esse consumo, mas só presta atenção em uma tela de cada vez.

Mary Meeker trouxe esse conceito em seu relatório, falando justamente do aumento da prática de ter essa segunda tela, algo que mostra um pouco das mudanças dos hábitos dos usuários de tecnologia e internet.

Em sua percepção, Mary tenta mostrar como é possível conectar a TV com a web, já que, muitas vezes, o uso de um smartphone, por exemplo, é consequência do conteúdo assistido.

Uma situação básica: você assiste a um jogo de futebol e a narração fala sobre algum fato histórico. Para se aprofundar no assunto, uma rápida pesquisa no celular é a melhor forma de ter essas informações complementares.

A percepção a partir disso é de que, tanto para conteúdos gerais como para publicidade, produtores e players do mercado devem entender que hoje o consumo de mídias está cada vez mais cruzado.

As pessoas não focam mais somente em uma tela, e quem souber explorar isso será capaz de gerar conteúdos mais otimizados e publicidades mais certeiras.

A seguir, você pode conferir isso mais detalhadamente em números:

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On-demand

O consumidor tem sido cada vez mais conquistado por serviços on-demand, ou seja, quando ele tem algo que quer e quando quer.

A conveniência, a disponibilidade e a possibilidade de escolha são alguns dos fatores que fizeram esse conceito crescer consideravelmente ao longo dos últimos anos.

Gerar conteúdo para a internet hoje passa por avaliar como isso pode ser aplicado, e há realmente diferentes possibilidades de propor algo on-demand.

A Netflix será sempre o exemplo mais sólido, assim como as plataformas de streaming de músicas e podcasts. No entanto, o on-demand vai muito além disso, com negócios digitais, mas que oferecem serviços e produtos amplos, como:

  • mobilidade (Uber, 99, Lyft);
  • delivery de comida (Uber Eats, iFood, Rappi);
  • aluguel de residências (Airbnb, Booking.com, HomeAway).

Nesses principais mercados, além de outros, há um amplo rol de ofertas que já foram capazes de captar 56 milhões de consumidores, segundo o Internet Trends Report de 2018, o que representou um crescimento considerável em relação aos números de 2017:

Ao mesmo tempo que despertam maior consumo, os serviços on-demand também geram possibilidades de emprego. Em torno do funcionamento desses serviços estão, além de quem trabalha diretamente para as empresas, os prestadores de serviço, como motoristas, entregadores e proprietários de residências.

O número de pessoas envolvidas nesse cenário e que lucram com o modelo on-demand aumentou de 5,4 para 6,8 milhões em 2018, em comparação com o ano anterior.

Jogos interativos online

Games online já são há bastante tempo algo muito concreto no setor de tecnologia, gerando bilhões em consumo e conseguindo um engajamento gigantesco. Tudo isso tem crescido ainda mais, mas com um detalhe que faz muita diferença: o sentido de comunidade.

Em jogos como o Fortnite, há toda uma estética e um modo de combate capaz de fazer as pessoas irem além de simplesmente competir. Elas interagem durante toda a partida e não se restringem a falar somente sobre o que se passa no jogo.

Hoje, jogos como esse já são vistos como verdadeiras plataformas sociais, e isso liga o alerta para as diferentes formas como essa possibilidade pode ser explorada.

Falar de online sem passar pelos games interativos é praticamente impossível, especialmente porque eles se assemelham muito às redes sociais, já que proporcionam ao usuário possibilidades como:

  • interação ampla entre jogadores;
  • entretenimento capaz de engajar;
  • experiência de jogo divertida;
  • realidade paralela em que uma personalidade pode ser criada.

Juntas, essas possibilidades atraem nada menos do que 2,4 bilhões de gamers que optam por esses modelos de jogos interativos. Para eles, os games vão muito além das conquistas fictícias, proporcionando experiências em comunidades (eventos sobre jogos), e também ajudam no próprio desenvolvimento pessoal.

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Modelos de negócio freemium

Nenhuma empresa está no mercado para oferecer seus serviços gratuitamente para os usuários, afinal, o capitalismo não permite sobreviver dessa forma.

Ainda que em um primeiro momento nada seja pago, haverá obrigatoriamente a monetização, seja por publicidade, seja por serviços adicionais. Não muito diferente disso, os modelos freemium vão nessa linha de negócio.

A expressão utilizada para denominar o conceito não é difícil de entender. A junção de “free” e “premium” ajuda a compreendê-lo: um serviço a nível premium, mas que é gratuito, ao menos inicialmente, ao usuário. As possibilidades são várias, como plataformas de streaming, ferramentas de uso em empresas e, principalmente, os games.

Basicamente, o usuário não paga para começar a usar esses serviços e até mesmo desfruta de possibilidades bastante vantajosas.

No entanto, a experiência pode ficar ainda melhor caso ele pague por algumas funcionalidades ou até mesmo pela amplitude dos serviços utilizados.

Entre os principais do mercado atualmente, vale destacar:

  • Fortnite: o jogo é gratuito, mas vende avatares de personagens, acessórios para o jogador, movimentos de dança, entre outras possibilidades;
  • Spotify: a conta gratuita funciona bem, mas a marca monetiza vendendo anúncios entre uma faixa e outra. Isso torna a experiência menos fluida e gera o desejo de migrar para a conta premium, ou seja, paga;
  • G Suite: a plataforma pode ser amplamente utilizada, mas há restrições como o tamanho da caixa de e-mail ou do espaço no Cloud Platform, por exemplo. Se desejar mais, o usuário pode contratar essa ampliação.

Os serviços freemium têm obtido um grande crescimento nas suas receitas, justamente por oferecerem a possibilidade de ter algo a mais a partir do pagamento. Isso tornou o modelo de negócio interessante tanto para o usuário quanto para as próprias empresas.

Seguindo os 3 exemplos que você viu acima, veja como os resultados foram positivos nos gráficos abaixo.

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Educação online

Arcar com os custos de estudos nem sempre é uma possibilidade, seja para jovens que estão entrando na universidade, seja para quem quer se especializar após o Ensino Superior.

Nos EUA, já há um grande movimento de busca por plataformas de educação online, uma vez que no país não há a possibilidade de formação superior gratuita, como o que acontece no Brasil.

Por conta disso, muitos estudantes pegam empréstimos para conseguir custear seus estudos, o que resulta em dívidas com as quais eles precisam lidar já no início da vida profissional. No país, o tamanho desse débito é gigante, superando a incrível marca de US$ 1 trilhão.

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Grandes instituições têm investido em plataformas online para reduzir os custos de formação de seus alunos.

Isso possibilita que cada vez mais pessoas possam ingressar no ensino superior pagando muito menos. As plataformas online representam, além de um modelo de negócio, um ganho educacional de grandes proporções nos EUA.

Mais do que simplesmente um curso superior, o modelo de educação online se estendeu para todos os tipos de aprendizado, desde os cursos pré-vestibular, muito comuns no Brasil, até de idiomas.

Absolutamente tudo pode ser aprendido na internet, dentro de bases sólidas e de instituições respeitadas, que estão cada vez mais faturando com esse mercado.

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O Internet Trends Report é o grande manual das próximas tendências e não pode ser ignorado por quem pretende estar por dentro das perspectivas da web nos próximos anos.

Da mesma forma, o conhecimento sobre o contexto e as perspectivas do mercado de Marketing de Conteúdo também são essenciais para a execução de estratégias relevantes e capazes de gerar resultados. Por isso, confira também a maior pesquisa sobre o tema do país: a Content Trends 2019!

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