Quando pensamos em uma startup, logo vem à mente uma empresa com uma ideia de negócio inovadora, que vive uma realidade de muita incerteza, justamente por carregar a inovação consigo.
Além disso, ela geralmente é formada por empreendedores e colaboradores que amam o que fazem e possuem um alinhamento cultural muito forte entre si. Além disso, podemos dizer que uma startup que possui um bom funcionamento interno não possui burocracia.
Não há processos engessados e nem tudo está “escrito na pedra”, ou seja, há espaço para que mudanças sejam realizadas e o lema dessas empresas muitas vezes é “errar rápido para corrigir rápido e aprender muito com isso.”
Até porque, com todo esse cenário de incerteza, há a preocupação de não desperdiçar tempo e nem dinheiro. Sendo que o grande desafio do empreendedor é fazer mais com menos!
Por esse motivo, vamos apresentar aqui o conceito de Lean Startup e mostrar como esse método pode ajudar nesse desafio. Acompanhe!
O que é Lean Startup?
Antes de falar de Lean Startup, é importante saber que a palavra Lean pode ser traduzida como enxuta. Podemos dizer, então, que se trata de uma metodologia de startup enxuta.
Esse conceito já é muito conhecido no universo de startups de tecnologia e envolve ações voltadas para a identificação e eliminação de desperdícios no processo de criação de negócios como esse.
Podemos dizer que, de modo geral, qualquer método lean possui a premissa de adotar estratégias que identifiquem desperdícios, de qualquer natureza, para trazer mais qualidade na suas entregas e atender as necessidades do mercado de forma mais rápida.
Uma das referências na área é o autor Eric Ries, que repaginou o conceito juntando ideias de tecnologia, gestão e marketing com o objetivo de torná-la algo mais universal e que pudesse ser aplicada para qualquer tipo de empresa.
Essa metodologia apresenta vários conceitos, tal como o MVP. Uma ideia de pivotar uma ideia, além da utilização de métodos ágeis nesse processo e a interação com os clientes.
Mas não pense que isso se encaixa somente para as startups, pois saiba que grandes empresas podem utilizá-la para melhorar os resultados do negócio.
Como aplicar o Lean Startup?
Você já deve ter percebido que essa metodologia ajuda muito no lançamento de novos produtos no mercado, que na prática é transformar a ideia de uma startup em algo real.
Pois bem, o funcionamento desse método está baseado em um ciclo: Construir, Medir e Aprender.
Além desse ciclo, vamos apresentar agora os 3 pilares que sustentam essa metodologia. Veja:
1. Canvas
Todo empreendedor, que lança uma startup ou um produto, deve ter ciência de que antes de mais nada, ele possui apenas algumas hipóteses que precisam ser comprovadas.
Então, o caminho mais sábio a ser seguido para comprová-las é utilizar o Canvas antes de elaborar um Plano de Negócios, pois esse último pode ser um desperdício muito grande de tempo caso o modelo de negócio não seja sólido.
O Canvas é uma ferramenta para criação de modelo de negócio. Ele mostra como a startup poderá criar valor para o seu mercado, seus clientes e para si mesma.
2. Desenvolvimento com clientes
O segundo pilar que guia o processo de uma lean startup é chamado de customer development, ou desenvolvimento com clientes em português.
Esse pilar indica que a empresa precisa testar as suas hipóteses com uma abordagem totalmente focada no cliente. Na prática, ela deverá conversar, sobre o seu produto, com usuários que são clientes em potencial, além de outros parceiros e formadores de opinião.
O objetivo disso é coletar a opinião sobre qualquer elemento do negócio que seja pertinente, tal como a proposta de valor em si, os canais de distribuição, as características do produto, estratégias de aquisição de clientes, dentre outros pontos.
Mas como aplicar isso? Através de um MVP! Fique tranquilo, pois teremos um tópico dedicado somente a essa ferramenta, ok?!
3. Desenvolvimento ágil
Por fim, o último pilar é o que chamamos de “desenvolvimento ágil”, que é algo que está intimamente ligado com o desenvolvimento com clientes.
O desenvolvimento ágil ajuda na questão de evitar desperdício de recursos e de tempo, pois o produto é desenvolvido pouco a pouco, de forma interativa e incremental.
Ou seja, conforme as hipóteses vão sendo testadas com as premissas do desenvolvimento com clientes, obtém-se o feedback sobre o que está funcionando e o que não está. Isso ajuda a fazer correções e validar as hipóteses de forma rápida.
Saiba que esses 3 pilares são fundamentais e devem ser realizados antes de lançar o produto, pois, dessa forma, é possível garantir que não haverá qualquer desperdício no presente e no futuro do negócio.
O que é o MVP?
Segundo a metodologia de Lean Startup, o MVP é a sigla para Minimum Viable Product, em português o termo se torna Mínimo Produto Viável, sendo que muitos transformam a sigla em MPV.
Pois bem, o importante é que ela trata o MVP como um dos grandes marcos da vida de uma startup. Vamos explicar mais detalhadamente essas 3 letras de forma mais completa:
- Minimum: trata-se de algo que tenha o menor tamanho possível, que também possa ser entregue no menor tempo possível;
- Viable: Consiste em uma proposta que possua um certo valor, que seja suficiente e que seja viável para o cliente adotá-lo. Se possível já gerando receita;
- Product: É preciso que essa entrega seja um produto, ou seja as funcionalidades que ele precisa para ser útil e façam sentido para a empresa e para o cliente.
Note que se tratarmos isso de forma simplista, podemos considerar o MVP como somente uma entrega de produto com as funcionalidades mais básicas, ou uma versão de um produto menor que seja possível e feito rapidamente. Ledo engano, pois nesse caso só há o conceito de “mínimo”.
Então, entender que o “mínimo” precisa ser integrado ao “produto” e ao “viável” também é o caminho do sucesso para qualquer empreendedor.
Essa integração exige um esforço para encontrar o equilíbrio entre eles: algo que tenha valor para o cliente, utilizando o mínimo de recursos possível, no melhor tempo possível, porém com uma cara de produto!
Podemos dizer que se o empreendedor ainda não conseguiu formular suas hipóteses junto com a proposta de valor, elaborar o MVP não vai adiantar de nada. Nesse caso, sugerimos dar um passo atrás e trabalhar em diferentes versões do Canvas, além de conversar com potenciais clientes para que eles possam ajudar a guiá-lo nesse caminho.
Saiba que criar um MVP não é fácil, principalmente quando estamos tratando de startups que possuem a inovação por trás de si. Encontrá-lo envolve muita persistência através de várias iterações, erros, tentativas de protótipos e muita paciência.
Entenda que o importante é buscar o MVP com a consciência correta, pois assim será fácil entender o que encontrou e descobrir se há erros na sua proposta de valor. Isso ajuda na correção das hipóteses da ideia de negócio, o que é chamado de “pivotamento”.
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Como fazer um MVP?
Agora que você já sabe mais sobre o conceito do MVP, vamos fornecer algumas dicas rápidas para ajudá-lo a confeccionar essa importante entrega do seu produto:
Formule a hipótese
O primeiro passo é você formular uma hipótese para validá-la. Então, antes de pensar no MVP em si faça isso para entender se as suas premissas sobre o seu mercado estão corretas.
Caso sim, pode partir para o MVP, caso não, tente novamente!
Conheça o seu mercado
Será preciso muito estudo em relação ao mercado que a empresa quer entrar. Afinal, é preciso conhecê-lo para saber lidar com ele, não é mesmo?
Então, reflita o contexto em que o negócio está inserido, estude indicadores do seu público-alvo, defina um perfil ideal de cliente, veja quem são seus possíveis concorrentes e o que já é ofertado por eles.
A ideia aqui é se aprofundar no universo em que o seu cliente está inserido.
Pense no desempenho desde o início
A partir dos dados que se tem em mãos, defina métricas e indicadores que serão úteis para avaliar o desempenho do seu MVP.
Pensar em como ele deverá se comportar desde o início será um grande diferencial para quando for confeccioná-lo.
Trabalhe com o equilíbrio
Lembra no equilíbrio entre as 3 definições do MVP que falamos anteriormente? Pois bem, é essencial que ele seja adotado no momento de pensar nas funcionalidades do MVP.
Assim será possível fazer algo rápido e que tenha valor para o cliente.
Não tenha medo de errar
Por fim, nossa última dica é não ter medo de errar. E já tenha a certeza que os erros virão com o tempo. Então, encare-os como um aprendizado.
Dessa forma, você diminui a pressão sobre a empresa de que tudo precisa ser feito de maneira correta sempre! Entenda que todos são passíveis de erros.
O Lean Startup é um método de gestão, e assim como todos os outros, não existe uma única prática que gere o resultado esperado. Então, encare-a como uma ferramenta que se somadas as outras irão ajudar você a construir isso.
Entendeu como o Lean Startup pode ajudá-lo? Então, não deixe de baixar nosso ebook: “Startups: Tudo que você precisa saber”.
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