Dia após dia as organizações são impactadas por mudanças que resultam da transformação tecnológica e social. Entre as áreas que estão mudando está a de liderança, que é composta por aspectos humanos, e precisa se adequar aos novos tempos. Nesse sentido, uma das novidades é a liderança Shakti, que tem uma proposta mais empática.
Basicamente, esse modelo de gestão visa o equilíbrio das energias femininas e masculinas para que o trabalho seja feito de maneira mais humanizada, deixando de focar somente em resultados.
Que tal aprender mais sobre esse novo conceito? Confira, a seguir, o que é e como a liderança Shakti pode beneficiar a sua agência de comunicação!
O que significa a palavra Shakti?
A palavra “Shakti” é proveniente da metodologia hindu. Nesse sistema de crenças, que faz parte da tradição indiana, há uma divindade que é representada por um homem e uma mulher simultaneamente. Isso porque o lado esquerdo do seu corpo está relacionado à energia masculina, chamado Shiva, e o direito diz respeito à energia feminina, chamada de Shakti.
No geral, pode-se dizer que a expressão ‘’Shakti’’ trata do poder que vem de dentro, ou seja, que é intrínseco ao ser humano. Consiste em uma força consciente, criativa e criadora, que está associada ao universo feminino.
Todos os seres humanos têm essas duas energias dentro de si. Porém, nos homens o seu poder feminino — ligação com Shakti — é suprimido desde o período da infância. Embora esse panorama esteja se modificando, ainda vivemos em uma sociedade que é predominantemente patriarcal e isso se reflete na forma como somos educados.
Por exemplo, em alguns lugares, o carinho, sensibilidade, a conexão com a natureza e até mesmo a capacidade criativa são percebidos como motivos para tirar sarro e fazer bullying.
As crianças do sexo masculino são ensinadas a não chorar, evitar falar dos seus sentimentos, não se deixar levar pela emoção e se impor nos locais que convivem.
A partir dessa postura, ocorre um desequilíbrio enraizado e que resulta na predominância da energia Shiva, que envolve mais disciplina, foco e resiliência, mas também acaba englobando a agressividade, dominação e tendência ao totalitarismo.
O que é a liderança Shakti?
A liderança Shakti consiste em um modelo de gestão considerado poderoso e prático por, de maneira consciente, compensar as energias femininas e masculinas para curar, restaurar o equilíbrio de ambas e promover a evolução do planeta.
Essa definição está de acordo com a obra ‘’Shakti Leadership: Embrancing Feminine and Masculine Power in Business’’, que em português é chamada de ”Liderança Shakti: adotando poderes masculino e feminino nos negócios”, escrito por Raj Sisodia e Nilima Baht e lançado em 2016.
Ela está relacionada a práticas e caminhos pessoais para aprender mais e melhor. O seu objetivo é ajudar no desenvolvimento de competências femininas inatas que há muito tempo são ignoradas, a fim de equilibrar e integrar os recursos tradicionalmente entendidos como masculinos.
Nesse livro, os autores apresentam um estilo de liderança mais equilibrado, que é cooperativo, criativo, generativo e empático. Muitas vezes, essas qualidades são vistas como femininas. Na cultura indiana, elas são simbolizadas por Shakti, a fonte responsável por alimentar todas as áreas da vida.
Qual a importância do equilíbrio na organização?
Ainda conforme o livro citado anteriormente, a estrutura organizacional da maior parte das empresas é oriunda da sociedade patriarcal, mantendo o seu foco excessivamente na centralização do poder, nos valores militares de recompensa, competitividade e punição. É exatamente esse padrão que a obra questiona, visando conscientizar os seus leitores.
Devemos ressaltar que o propósito da liderança Shakti não está em valorizar uma energia sobre a outra, mas sim em equilibrá-las e aproveitar o que elas têm de melhor. O intuito é despertar e harmonizar a energia masculina e feminina em homens e mulheres, com a finalidade de que trabalhem as suas habilidades holísticas de liderança.
Esse processo se dá de dentro para fora, acontecendo a partir do autoquestionamento e da conscientização das vantagens da complementariedade sinergética que é necessária entre o poder criativo feminino e o princípio da percepção, que geralmente é considerado masculino.
O novo conceito de liderança diz que o poder não implica mais em ter controle sobre algo ou alguém, mas em adotar um comportamento que cause mudanças reais.
Qual a relação da liderança Shakti com a ideia de Capitalismo Consciente?
Diante das transformações no ambiente de trabalho, também surge a noção de Capitalismo Consciente, que vem para se opor ao tradicional e desgastado sistema de exploração e consumo, em que o lucro é o único fim levado em consideração.
Segundo Sisodia, na ideia de Capitalismo Consciente, o principal interesse é o desenvolvimento do potencial humano.
Nas empresas que almejam adotar esse conceito, o excesso de competitividade, submissão à estrutura hierárquica engessada e, por vezes desumana, e a quase escravização dos seus colaboradores são substituídos por princípios que valorizam a inclusão, coletividade, respeito à diversidade, bem como a descentralização do poder e maior foco no ser humano.
Desse modo, a liderança Shakti torna-se uma importante aliada do Capitalismo Consciente, passando a ser utilizada como um instrumento para a conscientização das pessoas.
Quais leituras podem ajudar a entender a liderança Shakti?
Se você quer expandir os seus conhecimentos e aprender como aplicar uma liderança mais humanizada, nós temos algumas dicas interessantes de leitura. Acompanhe!
Em primeiro lugar, coloque na sua lista o livro ‘’Liderança Shakti: adotando poderes masculino e feminino nos negócios’’, dos autores Raj Sisodia e Nilima Baht, que conta como surgiu esse modelo de liderança, como acessar a energia infinita e liderar com base nas habilidades femininas e masculinas.
Para se aprofundar no contexto de liderança humanizada, uma boa opção é a obra ‘’Todos são Importantes’’, de Bob Chapman e Raj Sisodia, que conta a história de uma companhia industrial americana, mostrando por meio da valorização dos funcionários e criação de um ambiente de trabalho que se baseia no acolhimento e confiança, que o lucro é algo importante, mas os seres humanos são ainda mais.
Outra alternativa é o ‘’Capitalismo Consciente – Guia Prático’’, de Raj Sisodia, Thomas Eckschmidt e Timothy Henry, que traz à tona as ferramentas necessárias para que líderes, gestores, empreendedores e colaboradores implementem os princípios dos negócios conscientes em toda a empresa.
É notório que nós, seres humanos, estamos passando por uma onda de transformações, caminhando em direção a um grande upgrade da nossa formação básica. Portanto, o conceito Shakti e a energia feminina da renovação chegaram para possibilitar essa transição, harmonizando a liderança e o equilíbrio dentro das organizações e na sociedade.
Agora que você sabe o que é liderança Shakti, que tal ter mais assertividade nas suas análises, planejamentos estratégicos e tomada de decisão? Baixe nossa planilha de Matriz SWOT e conheça os seus atributos em relação os concorrentes!
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