Glossário de termos relativos à NFS-e

Você sabe o que é ISS? CNAE? RPS? CSLL? No dia-a-dia corrido das agências é fácil ficar perdido em meio a tantos termos relativos à emissão de notas fiscais de serviço eletrônicas. Para te ajudar a clarear isso, criamos esse glossário com termos que vão te ajudar a entender melhor tudo o que está por trás da emissão de notas fiscais de serviços eletrônicas, as NFS-e.

Vamos aos termos:

Termos relativos à NFS-e

Preparamos um infográfico com os termos mais importantes da Nota fiscal de serviços eletrônica. Logo abaixo, você confere informações completas sobre tudo relacionado ao tema!

infográfico sobre termos da NFS-E

ISS (Imposto Sobre Serviços)

Foi regulamentado pela lei complementar 116/2003 que dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). É destinado aos municípios e ao Distrito Federal, ou seja, suas regras e alíquotas variam de acordo com a cidade, normalmente ficando entre 2% e 5%.

Todos os prestadores de serviços que se enquadrem nessa lei devem recolher o ISS e isso inclui as agências de publicidade. O valor desse imposto fica para o município em que foi prestado o serviço. 

Item Lista Serviços (LC 116/2003)

A Lei Complementar 116 de 2003, que regulamenta o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), traz a lista de serviços que são tributados e seus respectivos códigos.

O código mais utilizado por nossos clientes é o 17.06 – Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários. 

CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas)

É um código relacionado a NFS-e que tem por objetivo categorizar empresas, instituições públicas, organizações sem fins lucrativos e até mesmo profissionais autônomos de forma padronizada. Ele delimita o segmento da empresa e quais operações ela pode realizar, além de ser utilizado nos cadastros e registros da administração federal, estadual e municipal. Uma empresa pode ter um ou mais CNAEs.

Código de Tributação do Município

Código fornecido por algumas prefeituras para que o prestador de serviço utilize na emissão da NFS-e. Pode ser somente um código ou vários.

Simples Nacional

É um regime tributário para micro e pequenas empresas que faturem até 4,8 milhões de reais por ano. A maior vantagem dele é o recolhimento de vários impostos federais, estaduais e municipais em uma única guia. A alíquota varia de acordo com o faturamento anual da empresa.

Não é toda empresa que pode ser enquadrada no Simples, e muitas vezes a consulta é feita através do seu CNAE. Apesar das vantagens, é preciso ficar de olho porque como os valores são calculados sobre o faturamento e não sobre a receita líquida, a agência pode ter prejuízo e ainda assim ter que pagar os impostos, porque ele não desconta as despesas. 

DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional)

É o documento que unifica os impostos a serem pagos pela empresa. O valor do pagamento é recebido por um sistema do Banco do Brasil, que reparte automaticamente os valores pertinentes aos municípios, estados e União.

Lucro real

Empresas que faturem mais de 78 milhões de reais ao ano, tenham lucros ou rendimentos no exterior ou que desenvolvam atividades de financiamento são obrigadas a adotar esse regime de tributação. Mas isso não impede que outras empresas também optem por ele.

A tributação nesse regime é calculada sobre o lucro líquido do período, o mesmo utilizado para o cálculo do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido). Dessa forma o valor do imposto pode aumentar ou diminuir e não há tributação em caso de prejuízo na empresa. 

Lucro presumido

Empresas que não estejam incluídas nas obrigatoriedades do Lucro Real e cuja receita tenha sido igual ou inferior a 78 milhões de reais podem optar por esse regime. A determinação da base de cálculo do IRPJ e da CLSS é mais simples no lucro presumido, pois é fixada pela legislação e incide sobre um lucro estimado que varia de acordo com o ramo de atuação da empresa. Essa presunção de lucro varia entre 1,6% e 32%. 

PIS (Programa de Integração Social)

É uma contribuição que financia o pagamento de benefícios aos trabalhadores CLT, como o seguro-desemprego e abono. É um imposto federal calculado com base no regime tributário do emissor da NFS-e. 

COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)

Contribuição federal que incide sobre a receita bruta das empresas com o objetivo de financiar a saúde pública, a assistência social e a previdência social. A alíquota desse imposto varia de acordo com a receita da empresa.

CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

Imposto federal cobrado sobre o lucro líquido das empresas que é destinado ao financiamento da Seguridade Social (aposentadoria, direito à saúde, desemprego…). Incide sobre as pessoas jurídicas e a alíquota varia de acordo com o regime de tributação da empresa, ficando entre 9% e 15%. A base de cálculo do CSLL é o lucro apurado pela empresa, antes da provisão do imposto de renda. 

RPS (Recibo Provisório de Serviço)

Como o próprio nome diz, é um documento provisório gerado antes da emissão da NFS-e. Ele é bastante utilizado quando a agência precisa emitir uma nota fiscal e não consegue por falha no sistema ou queda de internet, por exemplo, e pode ser entregue ao cliente em situações emergenciais, trazendo todas as informações dos serviços prestados.

Normalmente existe um prazo para que o RPS seja transformado em nota fiscal, que gira em torno de 5 dias úteis após a sua emissão. A maioria das prefeituras que fazem a emissão de notas fiscais eletrônicas via integração ou webservice, como é o caso do Studio, exige que os dados sejam transmitidos por meio do RPS. E aí quando a nota é enviada, a prefeitura faz a conversão do RPS em NFS-e. 

Lote

O envio de NFS-e pode ser feito em lotes, ou seja, vários RPS juntos que vão gerar uma nota fiscal eletrônica para cada um deles. O lote é recebido e colocado em uma fila de processamento.

Depois de alguns minutos você pode reprocessar a NFS-e, e o resultado será uma nota enviada ou possíveis erros no lote, que poderão ser corrigidos e a nota reenviada.  

Série

Em NFS-e emitidas através do webservice, a série costuma ser E. Mas, em alguns municípios, ela também pode ser um número. Consulte o seu contador para verificar qual é a série adequada para emissão de NFS-e em sua agência. 

IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)

O IRRF que incide sobre a prestação de serviços de propaganda e publicidade são calculados com uma alíquota de 1,5%. Os valores repassados aos veículos, ou seja, que não ficam efetivamente para a agência, não entram na base de cálculo desse imposto. 

IR (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica)

É calculado de acordo com a base de lucro, podendo ser Lucro Real ou Lucro Presumido. 

Retenção de impostos

Regra criada para evitar a sonegação de impostos. A retenção determina que o tomador, ou seja, o contratante do serviço, pague antecipadamente o imposto, alterando assim a responsabilidade pelo recolhimento. Não são todas as empresas que precisam fazer essa retenção, pois ela está ligada à atividade exercida e ao regime tributário em que está inserida.

Regime Especial de Tributação

Código de identificação do regime especial de tributação. Pode ser:

Natureza da operação

Código de exigibilidade de ISS válido para o município de emissão da NFS-e de acordo com o tipo de tributação. Pode ser:

  1. Tributação no município;
  2. Tributação fora do município;
  3. Isenção;
  4. Imune;
  5. Exigibilidade suspensa por decisão judicial;
  6. Exigibilidade suspensa por procedimento administrativo. 

Entender bem como funcionam todos os processos relativos à emissão de NFS-e é essencial para a saúde financeira da agência. Mas saber de todos os aspectos da sua gestão é indispensável para que você possa crescer. Então que tal baixar nosso ebook com o guia completo de gestão para agências?

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