Muitas das maiores empresas de Internet do mundo, como o Facebook e o Google, dependem fortemente de publicidade para financiar seus impérios digitais.
Mas, atualmente, alcançar usuários no mundo online se tornou uma caça às bruxas.
E não podia ser diferente, com o número de usuários cansados de serem impactados pela publicidade convencional aumentando assustadoramente, os anúncios pagos se tornaram verdadeiros fantasmas percorrendo a Web sem um objetivo certo.
Quando a Internet atingiu seus primeiros anos de popularização em massa no Brasil, bastava comprar espaços em sites segmentados para que inúmeros usuários passassem a ver diversos banners saltitando em suas telas.
Com o surgimento de novas mídias, as empresas se depararam com a incrível possibilidade de promover suas marcas em praticamente todas as grandes redes sociais e alcançar uma grande parcelas de pessoas ao mesmo tempo.
Mas tudo o que é bom dura pouco.
O que é o Adblock?
Para quem não sabe, os bloqueadores de anúncios – dentre eles, os mais conhecidos AdBlock e AdBlock Plus – são extensões disponíveis para diversos navegadores de internet (Google Chrome, Safari, Firefox e Internet Explorer) que realizam o bloqueio de anúncios, tais como:
- banners
- Pre-rolls no YouTube
- propagandas no Facebook
- pop-ups
- e todo tipo de mídia invasiva
Com isso, evita que a experiência de navegação do usuário seja interrompida.
Dessa maneira, os bloqueadores de anúncios têm tirado o sono dos anunciantes, uma vez que se paga pela impressão da publicidade ainda que muitas vezes o usuário não tenha sido atingido pela mensagem.
Tudo isso pode gerar ainda um impacto negativo na Taxa de Cliques (CTR), e se multiplicarmos essa conta por centenas de visualizações, o prejuízo pode pesar consideravelmente na receita final.
O único que parece se beneficiar desta batalha é o AdBlock Plus, que cobra de anunciantes mais “robustos” uma taxa para deixá-los participar de um programa que permite que alguns anúncios mais “aceitáveis” sejam publicados.
A guerra dos anunciantes
Por outro lado, o combate aos bloqueadores de anúncios já começou. Alguns sites já exibem mensagens pedindo ao usuário que o bloqueador seja desativado.
Outros, mais inflexíveis, bloqueiam o acesso do usuário que utiliza o programa.
O Facebook, por sua vez, já está trabalhando para mudar a configuração de seus anúncios e enganar os bloqueados através de novas estratégias para que as propagandas possam passar ilesas pela extensão.
Como resposta, um executivo do Adblock Plus declarou em seu blog que a postura do Facebook é “um caminho sombrio contra a escolha do usuário”.
Mas a única certeza quando se fala em bloqueadores de anúncios é o crescimento de sua popularidade.
O uso dos bloqueadores aumentou 41% até o final 2015, de acordo com uma pesquisa realizada pela PageFair (empresa anti-bloqueio de anúncios) juntamente com a Adobe, revelando um total de 198 milhões de usuários em todo o mundo.
Sem dúvidas este é um cenário bastante polêmico e complexo, o que tem levando os membros da IAB (Interactive Advertising Boreau – entidade que discute a evolução do mercado digital) a se reunir até o final de 2016 para que uma decisão possa ser tomada.
A solução no Inbound
Apesar do aumento de usuários que utilizam bloqueadores, a visão dos consumidores em relação aos anúncios online está, na verdade, cada vez mais positiva, segundo esta mesma pesquisa.
Cerca de sete em cada dez entrevistados disseram que os anúncios têm melhorado em qualidade para garantir que mais pessoas se interessem pelos seus conteúdos.
A realidade é que o surgimento dos AdBlocks se explica pelo atual momento vivido pela publicidade digital, com a chegada da era Inbound.
A estratégia agora é atrair o usuário através de conteúdos relevantes e de qualidade e não supersaturá-lo com anúncios invasivos e desagradáveis.
De acordo com o vice-presidente de anúncios e negócios do Facebook, Andrew Bosworth, já existe um trabalho de conscientização em relação ao interesse do usuário.
“Nos últimos anos, trabalhamos para entender melhor as preocupações dos usuários com anúncios online. O que ouvimos é que as pessoas não gostam de ver anúncios que são irrelevantes.”
O que Michael Gundlach e Michael McDonald, criadores, respectivamente, do Ad Block e AdBlock Plus perceberam (e que muitas marcas e publicitários parecem ainda desconhecer) é que o usuário não deseja mais consumir mídia sentado em seu sofá, de maneira passiva.
O consumidor atual busca informações que lhe interessem e que solucionem dúvidas e questionamentos que surgem no seu dia a dia.
Diante do imenso número de canais consumidos pelo usuário atualmente, atrapalhar sua experiência enquanto navega na internet só irá afastá-lo da mensagem proposta e causar uma má impressão em relação à marca anunciada.
A era Inbound, portanto, demanda das empresas e anunciantes uma maior segmentação de público e uma extrema relevância quanto ao conteúdo produzido.
Desta maneira, a solução está em motivar o público a engajar com uma marca por um verdadeiro interesse, resultando em anúncios com mais aceitação da persona e mais resultados para quem está investindo, que é o que realmente importa.
Ao oferecer conteúdos interessantes que irão solucionar as dores do usuário, o investimento em anúncios será, portanto, uma maneira de complementar a estratégia de comunicação digital e não o principal meio de divulgação de uma marca.
Assim, os bloqueadores de anúncios perderão sua utilidade, uma vez que a mensagem só será enviada para quem deseja recebê-la.
Em troca de todo esse trabalho, os anunciantes deixarão de focar somente em ter clientes para ganharem seguidores (os famosos brandlovers), pessoas que estarão dispostas a compartilhar conteúdos úteis e relevantes que estarão, invariavelmente, associados a marcas mais inteligentes e com mais personalidade.
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