Quando o assunto é music branding, muita gente fica em dúvida sobre o que esse conceito significa e como ele pode beneficiar o seu negócio. Esse também é um questionamento para você?
Pois saiba que a música tem tudo a ver com o marketing — e um elemento pode reforçar o outro. Afinal, se sons e melodias específicos trazem à tona algumas lembranças de nossa vida, fica claro que eles também podem reforçar o DNA da marca.
Como isso acontece? É preciso adotar boas práticas, que vão melhorar a experiência no varejo e desenvolver a imagem da sua marca.
Neste post vamos desvendar o que você precisa saber para implementar essa estratégia, quais erros devem ser evitados e quais vantagens são conquistadas.
Achou interessante? É só continuar lendo e ver o que fazer!
O que é music branding?
O music branding é uma estratégia que integra o marketing sensorial e tem o propósito de usar os sons para traduzir a identidade da marca. A ideia é gerar uma experiência única, capaz de se conectar ao negócio a partir de suas principais associações e seus atributos.
Por suas características, essa é uma forma de gerenciar a imagem de sua marca. Em outras palavras, a música ajuda a construir uma representação positiva do varejo perante a opinião dos clientes e a diferenciar sua empresa da concorrência.
Para ser eficiente, o music branding deve traduzir essências e conceitos da loja. Somente dessa forma é possível melhorar seu posicionamento e agregar valor à percepção dos clientes sobre a empresa.
O conceito de branding
A melhor forma de entender o conceito da música em relação à marca é compreender o que o branding representa para o varejo. Ele permite construir a imagem do seu negócio perante o público.
Isso acontece por meio de diferentes técnicas. Elas têm o intuito de remeter a conceitos, trazer lembranças etc. Assim, a chance de aumentar as vendas é maior.
Duvida? Basta pensar no cheiro sentido ao passar por uma loja de O Boticário. Ou lembrar da sua marca de roupas preferida, que deve ter uma música, um cheiro, uma sensação específica.
Assim, diversos elementos formam o branding. Entre eles estão:
- nome fantasia da empresa;
- cores usadas na decoração;
- desenho do logotipo e da identidade visual;
- organização da loja;
- uso do marketing sensorial;
- qualidade do atendimento.
O music branding e sua relação com o marketing tradicional e sensorial
A música ambiente para loja é um dos recursos mais valiosos para atrair e fidelizar o público. Assim como qualquer ferramenta de marketing, consiste em uma estratégia para proporcionar uma experiência melhor de compra— essencial para a fidelização.
Assim, apesar de ser uma ação específica, o music branding usa a audição a partir de uma playlist para tornar o ambiente mais agradável e propício às compras. Afinal, se você é bem atendido e gosta dos aromas e das músicas, é normal que estabeleça uma conexão com o estabelecimento — e isso ajuda a vender mais.
Por exemplo, uma mulher na faixa dos 50 anos de nível de renda alto pode se sentir incomodada em uma loja de roupas para skatistas. Nesse ambiente, o atendimento é mais descolado e a música é de rock ou qualquer outro estilo bem agitado — vai depender da marca.
Essa cliente, provavelmente, está no estabelecimento para comprar um presente. No entanto, ela não sente nenhuma conexão e é possível que nunca mais volte ao local. Inclusive, ela pode falar mal da loja.
Por outro lado, se ela for a uma loja de roupas femininas de marca, que tem um atendimento formal e uma música mais calma, tende a se engajar e a comprar mais, até mesmo de forma recorrente.
Perceba, então, que a música é mais que um elemento aleatório. Por meio dela, é possível fazer uma conexão emocional do cliente com a marca, fortalecer a identidade do negócio, criar lembranças positivas e enriquecer a experiência de compra.
Por que pensar no music branding como estratégia?
Na sua rotina, você pode adotar diferentes ações de marketing. Uma delas é a musical. O mais importante é que todos os elementos trabalhem em conjunto e criem uma imagem única do negócio perante os clientes.
É assim que sua loja cria uma atmosfera mais agradável e compatível com o que os clientes desejam. Desse modo, também é possível aperfeiçoar o relacionamento com o consumidor e ter uma identidade sonora mais fortalecida.
Esses são apenas alguns benefícios que justificam por que você deve pensar no music branding como estratégia.
Existem vários outros, como mostramos a seguir.
Conexão com o cliente
A música rodeia nossas vidas — e com o varejo é a mesma coisa. Ela contribui para o fortalecimento da conexão entre público e marca, porque tem uma carga sentimental significativa.
Com isso, há identificação, engajamento e senso de conexão. É o que diz Martin Lindstrom: “quanto mais positiva a sinergia estabelecida com nossos sentidos, mais forte é a conexão feita entre o emissor e o receptor”.
Aumento nas vendas
O objetivo maior de melhorar a experiência do cliente é gerar mais oportunidades de venda, fechar negócios e, sempre que possível, fidelizar clientes. Uma playlist para loja faz exatamente isso.
Para ter uma ideia, 90% do sistema nervoso é desenvolvido na gestação devido à audição. Ainda há músicas que marcam momentos da vida e incentivam as pessoas a comprarem produtos ou serviços.
Em outras palavras, as compras por impulso são estimuladas por essa estratégia. Tanto é que o programador musical da ListenX, Caio Tadeu Tápias Gonçalves, destaca que o music branding pode elevar as vendas em, pelo menos, 15%.
Portanto, é uma forma de obter bons resultados sem fazer grandes investimentos. Tudo isso porque a música é um fator influenciador de compra.
Aumento da permanência do cliente no estabelecimento
O som ambiental faz as pessoas voltarem à sua loja e ficarem mais tempo nela. É o que diz Caio, que ressalta que 31% dos consumidores voltam em uma loja porque se sentiram bem com algo que nem mesmo eles sabem explicar.
O motivo para esse índice é a sensação agradável e a memória positiva gerada na sua loja, que faz a marca ter uma percepção diferente para os clientes. Em relação à permanência, o aumento chega a ser de 35%.
Para isso, é preciso investir em uma playlist certa, que pode ser uma rádio online com uma programação personalizada. Por exemplo, se tiver uma loja de móveis planejados, é inviável tocar um heavy metal, porque a música não condiz com o tipo de ambiente e isso afasta os clientes.
Nesse caso, é melhor tocar um lounge, jazz ou qualquer estilo de música que agrade a todos os gostos. Assim, ainda que um fã de heavy metal entre na loja, ele não vai se incomodar com o som que estiver tocando.
Melhoria da liderança da marca
A memória auditiva é muito forte e capaz de ativar gatilhos nos consumidores, mesmo que eles nem percebam. Com o music branding, o cliente deixa de lembrar apenas do momento da compra e também recorda de elementos relacionados, como a música, claro.
Sempre que ouvir aquela canção, é provável que sua mente volte a relembrar a experiência de compra. E sempre que ele ouvir o nome da marca, vai ter a certeza de que passou por uma experiência agradável. Assim, o cliente tende a memorizar o nome do seu negócio e a voltar a comprar.
Fortalecimento das estratégias entre filiais
A marca que precisa gerenciar diferentes lojas deve manter uma unidade entre elas. O cliente não pode ir a uma loja do McDonald’s, pedir o mesmo sanduíche de sempre e receber uma combinação diferente, certo?
A mesma ideia vale para o som ambiente. A música faz parte da identidade da marca. Por isso, deve ter o mesmo padrão. Ao fazer desse elemento parte do planejamento estratégico, você mostra a clientes e colaboradores o que deseja passar.
Com isso, fica mais fácil manter o nível de experiência em todos os âmbitos de conexão com o cliente, como no atendimento. Isso porque orelacionamento se torna mais transparente e claro para todos.
Como fazer music branding no meu negócio?
A estratégia musical é positiva — você já entendeu isso. A questão é saber colocá-la em prática. Nem sempre é fácil implementar essa ideia, porque, assim como toda ação de marketing, requer a análise de diferentes variáveis para chegar às boas práticas.
Por isso, é impossível tocar a mesma playlist que o seu concorrente. Para ele, pode surtir efeito. Para a sua loja, talvez não. O ideal é personalizar a programação, de acordo com a sua realidade.
Como fazer isso? Existem diferentes atitudes a serem adotadas. Confira as principais!
Conheça o público da loja
O perfil do consumidor interfere no music branding, assim como essa estratégia impacta o comportamento das pessoas. O público está relacionado à construção de marca e também é um item importante para fortalecer a experiência de endomarketing.
Para conhecê-lo, é recomendado realizar uma pesquisa de mercado. Esse levantamento é abrangente e vai determinar o comportamento dos consumidores, quais são seus desejos, suas expectativas, seus hábitos de compra etc.
A partir desse conhecimento, você adapta suas ações e cria um ambiente adequado ao fortalecimento da estratégia de negócio. Ao mesmo tempo, deixa de lado os “achismos”, que tendem a fazer você a gastar dinheiro tendo pouco retorno.
Entenda os horários de fluxo de clientes
O ritmo das compras é influenciado pela música que toca no ambiente. Se ela for calma e estiver em um volume mais baixo, a tendência é que os clientes permaneçam por mais tempo pelos corredores. Se for mais agitada, as pessoas aceleram o passo.
Entender esse comportamento e saber em quais horários há mais pessoas na loja, em que períodos os clientes ficam mais agitados etc. ajuda a definir a estratégia mais apropriada. Assim, você cria um ambiente ideal para vendas.
Personalize as músicas a partir de um bom planejamento
Uma trilha sonora personalizada cria diferentes experiências aos consumidores, o que aumenta a conexão entre eles e a marca. Mais que colocar uma música ou uma playlist para tocar, é preciso selecionar as canções com cuidado, porque elas precisam estar de acordo com o branding.
Ao definir quais canções estão adequadas à estratégia, você elabora um planejamento próprio, que valoriza o investimento realizado pela sua marca. Isso reflete o DNA da sua empresa e fortalece todas as ações de marketing.
Com uma playlist personalizada, você atende a diferentes propósitos, como gerar uma sensação agradável, aumentar o tempo de permanência dos clientes, incentivar a compra e fortalecer o negócio.
Aplique o music branding junto a outras estratégias sensoriais
As ferramentas precisam ser trabalhadas em conjunto para surtirem o efeito desejado. O objetivo é saber onde pretende chegar para garantir o melhor resultado possível com o marketing sensorial. Portanto, trabalhe diferentes ações, como:
- visuais;
- auditivas;
- olfativas;
- táteis.
Lembre-se de que a audição é apenas um dos sentidos e ele traz resultados melhores quando aplicado junto a outros detalhes. Todos esses fatores interferem o comportamento do consumidor e aumentam a chance de fechar negócios.
Selecione as músicas de acordo com as sensações a serem percebidas
O aumento da permanência do público depende do sentimento que você deseja causar com o music branding. A escolha da playlist depende diretamente disso. Por isso, faça um estudo apropriado para escolher as músicas certas e controlar a atmosfera do ambiente.
Desse modo, os resultados sentidos com a estratégia serão positivos, porque é como se a marca conversasse diretamente com o cliente e ativasse gatilhos que ajudam na decisão de compra.
Que erros evitar no music branding da empresa?
Escolher a trilha musical da sua loja é uma ação pensada e planejada, a fim de estimular experiências, lembranças e sensações. O som ambiente tem o dever de acompanhar as compras e criar um vínculo entre consumidor e marca para incentivar o retorno do cliente ao estabelecimento.
No entanto, toda a estratégia pode ser colocada em risco, se você cometer alguns erros comuns. É preciso saber quais são eles para evitá-los. Por isso, listamos aqueles com os quais você deve ter mais atenção. Que tal conferi-los?
Escolher a playlist por gosto pessoal do gerente
Prefere rock? Ou jazz? Ou bossa nova? Seu gosto pessoal é importante para você, mas pouco importa para a trilha sonora do varejo.
Para compor a estratégia de marketing, a música deve ser escolhida a dedo, conforme a identidade da marca, o perfil do público da loja e outras variáveis.
Portanto, nunca se deixe levar por interesses pessoais. A mesma recomendação vale para os colaboradores. Eles devem resistir à tentação de colocar a canção que desejam para colocar a playlist selecionada — por isso, vale a pena usar softwares que garantem que todas as unidades estão com a música condizente com a escolhida.
Ignorar os horários ao montar a playlist
Sabe os horários de pico, sempre após às 18h? As músicas menos agitadas são mais apropriadas. Esse é o momento em que as pessoas saem do trabalho e fazem compras pontuais. Por isso, há mais chance de impaciência e cansaço, que levam à irritação.
Se você colocar uma canção muito agitada, pode elevar o estresse — lembre-se de que a playlist dita o ritmo, ok?
Por isso, escolha uma trilha sonora mais calma, que deixe o espaço mais confortável e menos barulhento. Ele será como um oásis diante da loucura rotineira.
Por outro lado, os horários de médio fluxo exigem músicas mais enérgicas. Essa recomendação é válida, porque as pessoas estão no meio do dia e mais preocupadas com as atividades cotidianas e suas responsabilidades.
Ao colocar uma música mais animada, os clientes tendem a se desligar dos problemas e a reagir a estímulos inconscientes. Com isso, há uma chance maior de comprar um produto ou um serviço.
Dar shuffle na playlist
Gostar de dar shuffle — ou seja, deixar as músicas tocando no modo aleatório — é uma escolha pessoal, mas não deve ser uma alternativa para a trilha sonora da loja. Mantenha as escolhas feitas para garantir que o cliente permaneça por mais tempo no ambiente.
Ao evitar o shuffle, você não corre o risco de misturar preferências musicais diferentes. Desse modo, aumenta a chance de ter a imagem da sua marca refletida nas estratégias de marketing. Ao mesmo tempo, evita que os clientes tenham uma percepção errada.
Usar plataformas de streaming
Contar com uma plataforma de streaming é errado, porque você não consegue trabalhar bem o music branding. O ideal é usar o serviço de uma empresa especializada, que tem know-how em alavancar as vendas e oferecer uma experiência de compras melhor.
Por exemplo, com o streaming, qualquer colaborador consegue mudar o tipo de música tocado e definir aquele que ele achar melhor. Com isso, a identidade da marca deixa de ser refletida e a percepção do cliente pode mudar.
Por outro lado, uma programação planejada de acordo com as necessidades da sua loja transmite as mensagens e as sensações desejadas.
Você ainda tem a oportunidade de criar atrações e divulgar promoções exclusivas, a fim de vender ainda mais e incentivar a compra recorrente dos consumidores.
Qual a diferença de sound branding e music branding?
Agora você já sabe exatamente o que é o music branding e como usar essa estratégia a seu favor. No entanto, ainda tem outro ponto a explicar: o sound branding.
Os dois, como os nomes indicam, têm a ver com o marketing sensorial e trilhas sonoras. Então, qual a diferença entre eles?
As duas estratégias são próximas e podem ser trabalhadas em conjunto. Elas têm relação com funções perceptivas e emocionais, mas são praticadas de forma diversa. Por isso, o mais importante é que o sound branding tem um tempo mais curto para passar uma sensação.
Sua implantação é mais indicada para a construção de jingles para campanhas e composição de sound design — a assinatura musical da marca. Um exemplo bem claro foi a campanha da Parmalat “Porque somos mamíferos”.
A ação foi ao ar nos anos 1990 e deu tão certo que foi reeditada em 2007. Quem viveu na época com certeza lembra da letra: “O elefante é fã de Parmalat. O porco cor de rosa e o macaco também são. O panda e a vaquinha só querem Parmalat. Assim como a foquinha, o ursinho e o leão”.
Já o music branding é diferente, porque seu objetivo não é atender a uma campanha específica. Ele é colocado em prática a partir de um estudo das músicas disponíveis para ver quais se encaixam no conceito da marca e transmitem as sensações esperadas.
Dessa forma, fica claro que, para o varejo, a melhor estratégia é a da playlist especializada, que vai tocar todos os dias para mostrar com o que a marca se identifica. É assim que você vai chamar a atenção dos clientes e incentivar a compra impulsiva.
Ao mesmo tempo, o music branding fortalece as outras ações de marketing sensorial e garante uma experiência diferenciada aos clientes. Assim, o ambiente se torna mais agradável e isso gera impactos nas vendas, na satisfação dos consumidores e na lembrança da marca.
É isso que você quer fazer para sua loja? É só adotar as estratégias certas. Saiba mais sobre o que fazer com o som ambiente ao assinar a nossa newsletter. Assim, você recebe os novos conteúdos direto no seu e-mail.
Conteúdo produzido pela ListenX.
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