Todo mês de junho começamos a ver temáticas que circundam a comunidade LGBTQIA+ em pauta.
Afinal, esse é mês considerado o mês do Orgulho LGBTQIA+, e muitas marcas procuram falar um pouco sobre o assunto durante esse período, mas esse assunto não pode ficar abafado nos outros meses do ano.
O movimento, que ganhou força com a Revolta de Stonewall — recomendo ver este vídeo para entender o contexto e a importância desse momento — esse ano completa 50 anos e precisa continuar sendo pauta durante todo o ano.
Existem inúmeros portais, perfis no Instagram, canais no Youtube e influenciadores que não utilizam somente o mês de Junho para transformar a realidade LGBTI+ no Brasil, educando a sociedade.
Por isso, escolhemos alguns deles para que você, sendo LGBTI+ ou não, entenda os desafios e as vivências dessas pessoas pelas palavras de quem realmente as vive. Vamos lá?
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1. Todxs (Instagram e LinkedIn)
A Todxs é a primeira startup social sem fins lucrativos do Brasil com foco na inclusão de pessoas LGBTI+. Atuando em pilares da sociedade, governo e empresas, a empresa busca empoderar essa comunidade e educar a sociedade.
Os portais de redes sociais da Todxs são realmente muito educativos e contam com uma linguagem coloquial, que consegue falar de temas oprimidos em nosso país de forma inclusiva e acessível.
Com seus voluntários, a Todxs tem ainda um foco muito grande em levantar dados sobre a comunidade LGBTI+ no Brasil e, frequentemente, lança pesquisas para mapear algumas questões desse público. E claro, tudo isso depois vira conteúdo para educar cada vez mais os seguidores de suas páginas.
2. Para Tudo (Youtube e Instagram)
A Lorelay Fox é uma das Drag Queens mais famosas do Brasil. Com seu canal que já acumula mais de 600 mil inscritos, ela procura educar nosso país, e é uma das mais eficientes ao fazê-lo.
Seus conteúdos são sempre resultado de muita pesquisa e vivência da própria Lorelay, que consegue transparecer o quanto realmente sabe do que está falando.
Uma de suas principais características é a didática, que torna seus conteúdos extremamente acessíveis para quem pouco sabe sobre o mundo LGBTI+. Também é muito agradável e relevante para quem já conhece bastante.
Ela que já participou do programa Amor e Sexo da Globo, e do Superbonita da GNT, é muito procurada por marcas que buscam se aproximar do público da artista.
3. Maira Reis ( LinkedIn e Site)
Maira Reis foi considerada em 2018 uma das vozes mais relevantes em diversidade do Brasil — e não é pra menos. Quem segue a jornalista em suas redes, sabe o quão agregador seus insights podem ser.
Seu perfil no LinkedIn é repleto de reflexões, principalmente aquelas com foco no posicionamento de grandes empresas em relação às temáticas LGBTI+.
Maira não poupa nada em suas análises extremamente bem construídas e, com isso, se tornou uma voz imprescindível para esse movimento.
Já seu site é um grande hub de notícias e materiais relevantes para pessoas e empresas que procuram se educar sobre temáticas LGBTI+ e querem, junto de Maira, transformar a realidade brasileira.
4. Põe na Roda (Instagram, Site e Youtube)
Se você já conhecia algum portal dessa lista, provavelmente é o Põe na Roda. Ainal, ele é provavelmente o maior canal com temáticas LGBTI+ do Brasil.
Apenas no Youtube, o Põe na Roda já tem mais de um milhão de inscritos. No Instagram, são mais de 300 mil seguidores.
Pedro HMC, criador do Põe na Roda, nas redes sociais do projeto, costuma usar o humor para tratar as mais variadas temáticas do espectro da comunidade LGBTI+.
Em todas as redes, o Põe na Roda tira dúvidas comuns sobre LGBTIs, traz notícias desse mundo e muito mais que possa ajudar a educar sua gigante audiência.
A visibilidade principalmente do seu canal do Youtube é uma das principais armas que Pedro tem na mão e ele sabe exatamente o que está fazendo com ela.
5. IGay (Site)
O IGay é um portal de notícias e conteúdos que faz parte do grupo IG, conhecido portal na internet. Com assuntos que vão desde atualidade até estilo de vida e comportamento LGBTI+, o site é atualizado diariamente com tudo que acontece de mais importante no Brasil.
Uma das vertentes mais interessantes do site é que ele produz muitos artigos de opinião por meio de seus colunistas — como quando produziram um conteúdo analisando a falta de diversidade em filmes da Disney.
6. Lucca Najar (Youtube e Instagram)
O Lucca é um Criador de Conteúdo e Youtuber que traz temáticas como transição de gênero, desafios e tudo sobre sua vida como LGBTI+.
Uma característica marcante é que tudo que ele produz é no investimento estético de suas produções, o que torna muito agradável acompanhar seu canal e seu dia a dia.
Acredite, você vai se pegar maratonando todos os vídeos do seu canal!
No seu perfil no Instagram isso não é diferente. Lucca é um dos criadores de conteúdo que consegue, com destreza, adaptar os assuntos do seu canal no Youtube para o Instagram. O que deixa tudo mais acessível e com o potencial de impactar ainda mais pessoas.
Além de ser ótimo acompanhar suas aventuras com sua namorada e sua recém mudança para São Paulo.
7. Louie Ponto (Youtube e Instagram)
A Louie tem também um dos maiores canais LGBTI+ do Brasil: são mais de 500 mil inscritos. Ela usa seu alcance para falar não só sobre as temáticas que estamos acostumados a ver em canais desse gênero.
Com uma forte pegada política, a Louie reflete sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo, e não tem medo de se posicionar. Assim, ela já tem milhares de inscritos que confiam no seu conteúdo e em sua autenticidade.
Seu Instagram traz um pouco mais da sua vivência como mulher lésbica, mestre em literatura, vegetariana e como ela mesma se autodenomina “louca dos gatos”.
8. Transdiário (Youtube e Instagram)
Outro Luca para nossa lista. Como o nome do canal nos ajuda a entender, os conteúdos de seu Youtube funcionam como forma de mostrar o dia a dia do Luca Scarpelli, publicitário e criador de conteúdo.
Um de seus vídeos mais famosos aborda como é sua relação com sua mãe, algo que muitos LGBTIs conseguem se identificar. E essa é uma das maiores forças do canal do Luca: mesmo que você não tenha as mesmas experiências que ele, é fácil se identificar.
No seu Instagram, principalmente em seu stories, Luca conta sobre sua rotina, e traz muitas reflexões interessantes, eventos que participa etc.
9. Guardei no Armário (Youtube e Instagram)
O Guardei no Armário é um dos canais mais interessantes do Youtube, porque ele escolhe dar voz para outras pessoas e suas histórias de aceitação. O Samuel, idealizador e organizador do canal, mostra como outros LGBTI´s se assumiram para si e para os outros.
Mas não é por dar voz a outros, que a voz do Samuel é menos importante. E conseguimos ver isso claramente por meio de seu perfil no Instagram, no qual ele mostra sua rotina e traz seus insights para coisas pequenas do cotidiano.
10. Canal das Bee (Youtube e Instagram)
O Canal das Bee é um dos maiores do Youtube e, assim como outros canais, procura educar seu público. O que realmente os diferencia é a dinâmica entre a Fernanda e o Hebert, que com leveza conseguem transitar por todos os assuntos.
Com o grande público que já reuniram no Youtube, conseguem hoje também interagir bastante com seus seguidores. Tudo isso torna a experiência de acompanhar o canal ainda mais prazerosa e educativa.
11. iG Queer
O iG Queer é uma sessão do portal da iG voltado para o público LGBTQIA+. Neste canal, é possível conferir o que está acontecendo no Brasil e no mundo, desde conquistas a denúncias.
Para quem busca inspiração, novidades ou até mesmo se informar sobre seus direitos, aqui certamente vai encontrar muita notícia interessante. Por ser escrito a várias mãos, você encontra notícias sobre localidades e perspectivas muito diferentes.
Em 2022 o portal ainda criou uma coluna com Reinaldo Bulgarelli para falar sobre os direitos LGBTQIA+. Dessa forma, o portal incluiu vários temas importantes como a inclusão LGBTQIA+ no ambiente corporativo, diversidade nas empresas, visibilidade trans, segurança e outros direitos.
12. Bicha da Justiça
Assessoria jurídica voltada para o público LGBTQIA+ sem complicação: a Bicha da Justiça é uma startup que foi fundada em 2018 para oferecer o serviço a um preço acessível e em um vocabulário simples e claro.
O sucesso dessa luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ só cresceu desde seu lançamento. Além de oferecer atendimento gratuito para o público — com o apoio de empresas parceiras — a Bicha da Justiça também presta consultorias para as empresas com soluções especializadas na demanda de diversidade e inclusão de cada negócio.
A ideia da empresa é garantir a representatividade do público LGBTQIA+, além de instruir a comunidade para que os direitos sejam cumpridos e todos possam se empoderar.
Esses são apenas alguns exemplos de portais e criadores de conteúdo que todos os dias projetam suas vidas para educar uma sociedade que cada vez mais precisa ser educada e ter acesso à informação.
Existe um mundo de outras pessoas produzindo conteúdo de grande qualidade e ajudando a melhorar a vida de muitos LGBTI+.
A educação, no entanto, é apenas um dos passos para uma sociedade inclusiva, mas precisamos colocar a mão na massa e fazer a mudança acontecer.
Dicas para promover a inclusão LGBTQIA+ nas empresas
A LGBTfobia é crime, mas infelizmente ainda está presente em muitos ambientes do nosso cotidiano. Os ambientes de trabalho têm adotado cada vez mais um discurso a favor da diversidade e da inclusão. Entretanto, nem sempre isso acontece na prática.
Uma pesquisa sobre o perfil social, racial e de gêneros nas maiores empresas brasileiras realizada pelo Instituto Ethos entre 2014 e 2015 apontou que apesar das políticas e ações afirmativas estarem presentes no discurso, somente 19% das organizações informaram sobre alguma política que usam para promover igualdade de oportunidades para o público interno LGBTQIA+.
Isso mostra como o trabalho a favor da diversidade e inclusão da comunidade LGBTQIA+ dentro das empresas ainda precisa ser divulgado e, principalmente, implementado. Veja a seguir alguns pontos que sua organização pode incluir.
Crie grupos de diversidade e inclusão LGBTQIA+
O preconceito é uma arma com muitas facetas que pode ser aplicado dentro dos ambientes corporativos. Desde piadas LGBTfóbicas até atos de violência emocional, verbal e física. Tudo isso pode ser desconstruído com a criação de grupos de diversidade e inclusão da comunidade LGBTQIA+.
Este trabalho pode ser realizado em parceria com a equipe de RH. Assim, várias pautas propositivas, como também campanhas de conscientização contra agressões veladas e micro agressões podem ser incluídas.
Vale destacar que é fundamental incentivar a participação de todos nessa discussão. Ações de inclusão nunca serão efetivas se isolarem os colaboradores LGBTQIA+ para discutir sobre direitos, políticas e ações propositivas.
Muitas vezes, este é o público mais consciente, porém, falta a participação dos demais para acabar de vez com a discriminação por orientação sexual no ambiente de trabalho.
Abra vagas afirmativas
Como falar de diversidade se a empresa não promover realmente um ambiente inclusivo e com diversidade? Muitos processos de contratação são preconceituosos e reduzem as chances de igualdade.
Em um estudo realizado pelo Center for Talent Innovation, foi revelado que no Brasil, 61% dos colaboradores LGBTQIA+ preferem não expor sua sexualidade para colegas do ambiente corporativo. Essa é a ponta de um iceberg ancorado em vários fatores que vão desde a dificuldade da admissão até a demissão sem motivos aparentes.
São várias ações que podem contribuir para a abertura de vagas afirmativas. Em primeiro lugar é importante desenvolver um trabalho de conscientização com o departamento de RH. Também é interessante:
- usar palavras e termos adequados, evitando expressões ofensivas;
- perguntar o nome social do candidato e com qual pronome ele se identifica;
- oferecer vagas exclusivas para profissionais LGBTQIA+.
Faça encontros mensais para diálogos internos
Conscientizar o departamento de gestão de pessoas para que a contratação seja inclusiva e respeite a diversidade é o primeiro passo que uma empresa pode dar. Outro fator importante é a conscientização de todos os colaboradores.
Crie encontros mensais para debater sobre o assunto, explicar sobre os direitos da comunidade LGBTQIA+, quais atitudes são consideradas ofensivas e também o que é crime contra o público.
Nestes momentos, tente promover jogos colaborativos que trabalhem esses pontos de maneira lúdica. Nada melhor que uma boa dinâmica para que as pessoas possam esclarecer dúvidas e também descobrir a melhor forma de tratar os outros com respeito.
Melhore a comunicação interna sobre o tema
A cultura organizacional e a comunicação interna são responsáveis por fortalecer políticas e incentivar atitudes. Por isso, é fundamental que o tema seja discutido para que não sejam apenas trabalhados assuntos como também incluídas outras práticas importantíssimas.
Por exemplo, não adianta uma empresa falar sobre inclusão e diversidade, se não apresenta um dress code flexível, nem trata os colaboradores pelo nome social e pronome de preferência.
Os canais de comunicação interna da empresa também devem se transformar em uma forma de garantir que todos sejam respeitados dentro do ambiente de trabalho.
Crie um canal eficaz de denúncias de tolerância zero
Outro ponto importante para garantir uma empresa inclusiva e que garante a diversidade é uma cultura de tolerância zero. Isso significa que uma das políticas da organização deve estar aberta para a identificação e punição de atitudes discriminatórias.
Crie um plano de ação contra discriminação e incentive todos a denunciarem atitudes discriminatórias que vivenciarem ou assistirem. Neste caminho, é fundamental que os colaboradores percebam o quanto a empresa leva esse assunto a sério.
Para uma política de tolerância zero, o sigilo de quem fez a denúncia é uma excelente oportunidade de incentivar que todos se sintam à vontade para colaborar. Outro ponto é que todos devem ser tratados de forma igualitária, sem distinção ou privilégios devido à hierarquia, por exemplo.
Além de compartilhar os conteúdos e esses canais com seus amigos e familiares, você pode tentar começar a mudança de onde você trabalha, por exemplo.
Contamos um pouco sobre como foi e é nosso processo de tentar transformar nossa realidade aqui dentro da Rock.
CONTEÚDO CRIADO POR HUMANOS
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