Nessa última semana, entre os dias 25 a 28 de fevereiro, aconteceu em Barcelona o Mobile World Congress (MWC), um dos eventos mais importantes de inovação no mundo dos dispositivos móveis.
Como não podia ser diferente, para este evento, Mark Zuckerberg teve uma proposta totalmente fora da caixa: tecnologia social, no sentido de inverter uma estrutura para universalizar o acesso à internet, sob o lema “a conectividade é um direito humano”.
Não é apenas de software que vive a tecnologia, mas também de redes de colaboração para financiar e desenvolver a estrutura que possibilite a conectividade nos lugares mais remotos e distantes do planeta.
Especula-se que essa é apenas uma forma de equilibrar a crise de imagem depois do escândalo de Cambridge Analytica, em que foi filtrado dados de mais de 87 milhões de usuários.
Muitos não veem com bons olhos essa mega expansão em países emergentes, o que representa um mercado de 5 milhões de pessoas. A Alemanha caracteriza como um monopólio e a Inglaterra chama de ameaça para a sociedade.
De todas as formas, a seguir, apresentamos os projetos do Facebook que foram anunciados até agora no MWC.
Internet para todos: Peru
O grande empreendimento, sem dúvidas, foi o experimento no Peru. Uma parceria entre a Telefónica de Perú — que entrou com o know-how em telefonia —, o BID (Banco Internacional de Desenvolvimento), o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) e o Facebook. Sendo que os três últimos entraram com o financiamento.
A ideia é criar novos negócios baseados na colaboração, livre acesso, legislação e inovação com um modelo Naas (Network as service). A ideia é lançar o protótipo no Peru e começar a aplicar em grande escala em toda a América Latina.
Os três pilares da expansão global
Express Wi-Fi
É um serviço de conectividade gratuita feito pelo Facebook por meio da organização Internet.org, fundada pelo próprio Zuckerberg junto a Samsung, Ericsson, MediaTek, Opera Software, Nokia e Qualcomm.
Esse serviço está presente no Quênia, na Indonésia, na Tanzânia, na Índia e na Nigéria desde 2016. E, em 2019, acrescentados a África do Sul, Ghana e Filipinas.
Sua missão é fornecer pontos de acesso de Wi-Fi de baixo custo e banda larga e um Free Basic (pacote básico gratuito).
O objetivo, como em todos os casos é estimular a economia digital de novos negócios em rede para promover o desenvolvimento social em países emergentes.
Magma
Como o nome mostra, é um núcleo de software de código aberto para criar redes móveis, centrado em ferramentas de automação dos processos.
Tudo isso é pensado para resolver o desafio de avançar e poder criar desenvolvimento, redes de colaboração, inclusão digital e monetização por meio da internet.
No mercado digital o conhecimento é uma moeda. Tendo conectividade as pessoas podem aprender, ensinar e ser remuneradas por ele.
E isso é, precisamente, o desenvolvimento social e humano. Em lugares que não existe abundância de operadores é importante automatizar para facilitar os processos.
Terragraph
E para completar o pacote de estruturas está o Terragraph, uma banda sem fio, acessível e de altíssima velocidade que conecta as cidades.
Zuckerberg conseguiu colocar a trabalhar em colaboração as principais empresas de tecnologia para resolver todos os desafios que tem que enfrentar para conquistar um mundo realmente globalizado.
Conclusão
Sem dúvidas, o Facebook novamente foi protagonista por inovar o ponto de vista e tirar a tecnologia dos dispositivos móveis e levá-los aos empreendimentos sociais, afinal, todo o mundo é uma unidade.
Por sua vez, Mark Zuckerberg é um personagem tão interessante que não sabemos se é um filantropo ou um gênio de marketing que tem muito clara a essência de seu negócio: somar usuários em sua rede.
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