Resiliência: o que é, importância no meio profissional e 6 dicas para ser mais resiliente

Resiliência é a capacidade de se adaptar às mais diversas transformações no ambiente de trabalho e também em outras áreas da vida, buscando crescimento contínuo e correndo atrás de mais aprendizado para propor melhorias. Entender como desenvolvê-la é fundamental para usufruir seus benefícios!

Atualizado em: 12/02/2021
Resiliência: o que é, importância no meio profissional e 6 dicas para ser mais resiliente

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Em um mercado cada vez mais competitivo, a resiliência é um conceito muito importante para quem deseja ocupar uma posição de destaque dentro de qualquer organização. Especialmente para quem já ocupa algum cargo de liderança, como um gestor, é preciso entender o que representa esse conceito e utilizá-lo em seu dia a dia de trabalho.

Mais do que uma frase motivacional, é importante colocá-la em prática na sua rotina no meio profissional. Imagine só a seguinte situação: você começou em um novo emprego, em um cargo com o qual se identifica e com excelentes líderes e gestores. No entanto, com apenas dois meses de trabalho, aconteceram algumas mudanças radicais.

Os supervisores mudaram de setor, a sua vaga passou por transformações estruturais e vários de seus colegas com os quais você havia se identificado pediram para sair ou então mudaram de área. E agora? O que fazer? Para ajudar você a responder essa pergunta, preparamos um artigo em que abordaremos:

O que é resiliência?

Voltando ao exemplo inicial, você se adapta facilmente a tantas transformações ou passa a se lamentar, comprometendo o seu trabalho e a sua capacidade produtiva? Se a resposta for “sim” para o primeiro questionamento, você é uma pessoa resiliente! Caso não seja, não se preocupe, pois há métodos de desenvolver essa característica.

Antes de tudo, porém, é preciso entender o que esse conceito realmente significa. Conforme abordado, a resiliência é a capacidade de se adaptar de maneira mais simples às mais diversas mudanças ocorridas em seu meio pessoal ou profissional. Pode ser o término de um relacionamento ou a mudança de uma casa para um apartamento em outro bairro.

De acordo com o dicionário Michaelis, resiliência é a “elasticidade que faz com que certos corpos deformados voltem à sua forma original”. Ou seja, conseguir se adaptar a qualquer tipo de mudança que aconteceu ao seu redor. No mercado, a ideia é não deixar que alterações, por exemplo, em seu ambiente de trabalho se tornem um empecilho para o seu melhor desempenho.

A resiliência se trata, portanto, da forma como você lida com as mudanças, dificuldades e novos desafios. Uma característica que pode ser preponderante para o seu sucesso pessoal e profissional. Não à toa, é um conceito em alta no mundo corporativo e pode ser aplicado nas mais diferentes áreas e segmentos, inclusive no Marketing e em Vendas.

Quais são as características de um profissional resiliente?

Algumas características se destacam entre os profissionais que adotam a resiliência em suas rotinas de trabalho. Para ficar mais claro sobre o que se trata esse conceito, confira as suas principais características.

Flexibilidade

A flexibilidade é praticamente um sinônimo para resiliência, o que a torna uma característica fundamental. Uma reunião foi desmarcada? Sem problemas, já comece a fazer outra das suas tarefas planejadas para o restante do dia. Perdeu um funcionário e ainda não encontrou ninguém para o seu lugar? Adapte a sua equipe para que nada fique sem ser feito.

Confiança elevada

A confiança é outra característica essencial para um profissional resiliente. Isso não significa ser arrogante ou metido, é importante ouvir o que outros têm a dizer, por exemplo. Mas você deve ter a confiança para se abrir e apresentar ideias que possam ser úteis para o seu planejamento. Você precisa se sentir confortável o suficiente para dar a sua opinião sem medo de ser julgado.

Persistência

Essa é outra característica importante, mas que também exige bastante cuidado. Realizou testes e viu que a sua ideia pode funcionar? Insista e tente convencer o restante da sua equipe. Mas os outros membros do seu time refutaram a ideia com bons argumentos ou o formato de campanha não funcionou? É preciso aceitar, aprender com o que foi feito errado e criar novas estratégias.

Empatia

Ao mesmo tempo em que é importante se impor com a sua opinião e visão, é fundamental ter empatia com os outros. Ou seja, entender o que está acontecendo do outro lado da mesa. De certa forma, a empatia se relaciona com a flexibilidade, permitindo que você compreenda as necessidades de um cliente, por exemplo, mas não deixe que isso prejudique o seu resultado.

Autocontrole

Durante a rotina de trabalho, é muito comum participar de reuniões mais acaloradas ou acabar não entendendo exatamente o que outro profissional falou. É preciso ter autocontrole e saber ouvir o outro lado. Mesmo quando parecer uma crítica, não se deixe levar por uma pequena discussão, é importante ter o controle da situação.

Qual é a importância desse conceito no ambiente corporativo?

Além da transformação digital — que exige constantes mudanças nos métodos de trabalho de profissionais e organizações —, vivemos a era conhecida como “Mundo VUCA”. A sigla cunhada pelos militares estadunidenses no cenário pós-Guerra Fria nunca esteve tão atual. Quatro elementos estão muito presentes nesse contexto: Volatility (Volatilidade), Uncertainty (Incerteza), Complexity (Complexidade) e Ambiguity (Ambiguidade).

O ambiente corporativo muda rapidamente e de forma mais complexa, o que resulta em maior volatilidade e incertezas para qualquer um. Sendo assim, aquele profissional que não estiver atento pode acabar ficando para trás da concorrência. Esqueça aquele cenário em que uma pessoa passava décadas dentro de uma mesma empresa ou — menos ainda — desempenha uma mesma função.

Imagine um gestor de Marketing Digital que não entende a importância de acompanhar métricas a partir de um software de CRM, por exemplo? Quais são as chances de conseguir entregar um resultado final satisfatório para os clientes? Poucas, não é mesmo? Especialmente em cargos de liderança, a adaptação e a capacidade de perceber a necessidade de mudança são fundamentais.

Afinal, com tantas mudanças ocorrendo no mercado de trabalho, dificilmente você entrará em uma vaga e ficará estável por boa parte de sua trajetória naquela empresa. É preciso que a organização esteja constantemente se adaptando, visando a adquirir um diferencial competitivo e se destacar da concorrência. E você, como profissional, também deve se adaptar aos novos cenários.

Por essa razão, mudanças estruturais de fato vão ocorrer. Muitas vezes, um cargo que traz resultados hoje, daqui a algum tempo já não terá o mesmo retorno, justamente por essas modificações a todo momento. Assim, para manter um bom profissional e reter o seu capital humano, as empresas adaptam a funcionalidade daquela pessoa dentro de seu próprio organograma, propondo novos desafios.

O profissional que tem mais facilidade para se adaptar a essas modificações e conseguir atender aos objetivos da empresa, entender quais são as novas metas e conseguir conviver de maneira harmoniosa com as novas lideranças e colegas, certamente, vai lidar melhor com a situação. Sendo assim, a resiliência é um elemento fundamental a ser desenvolvido não apenas para a sua carreira, como também, para uma melhor saúde mental.

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Como desenvolver a resiliência?

Agora que você já entende o significado desse conceito e sabe como uma pessoa resiliente tende a se destacar no mercado de trabalho, chegou o momento de mostrarmos como é possível desenvolver essa característica. A seguir, selecionamos as principais dicas sobre o assunto. Confira!

1. Defina seus propósitos

Inicialmente, é preciso ter objetivos bem definidos para desenvolver resiliência. Considere o seguinte:

  • Mesmo que passe por constantes mudanças em seu trabalho, ele é aquilo mesmo que você pretende seguir em longo prazo?
  • Seus objetivos dentro do negócio, independentemente de seu cargo, podem ser alcançados a partir das mudanças que venham a ocorrer?
  • Você trabalha apenas com o objetivo de conquistar um salário melhor com uma promoção ou deseja crescer e aprender em conjunto com sua empresa e seus colegas?

A partir do momento em que você tem as respostas para esses questionamentos, tudo tende a se tornar mais simples. Afinal, muitas vezes, o problema não é exatamente o que você está enfrentando de fato na empresa, mas sim, que aquele ambiente já não mais lhe proporciona o crescimento esperado e o desejo de ser sempre desafiado.

Por essa razão, caso você perceba que a desmotivação é justamente pelo fato de seus propósitos não serem alcançados naquele contexto, dificilmente conseguirá desenvolver a resiliência no ambiente de trabalho. Então, busque novos desafios!

2. Administre suas emoções

Administrar as emoções é uma tarefa diária, que deve ser considerada não apenas no ambiente profissional, como também, em suas relações pessoais. Não deixar que uma discussão mais ríspida se transforme em uma mágoa ou mesmo um problema mais crítico na relação de trabalho. Como falamos acima, o autocontrole desempenha um papel fundamental.

Em muitos casos, existem momentos nos quais há um pico de sentimentos, em que você precisa pensar muitas vezes antes de falar algo com o intuito de não ofender alguém ou não prejudicar a sua imagem perante seus colegas e líderes. Caso isso aconteça com você, o primeiro passo é respirar, beber uma água e esperar um pouco para oferecer um feedback àquela pessoa que fez com que você se destemperasse.

Ele é essencial para que o outro entenda no que errou, como pode melhorar e o que ele pensa sobre o assunto, dando a oportunidade também de ele oferecer algo sobre o aprendizado adquirido naquele contexto.

O feedback contribui ainda para melhorar o seu desempenho e de seus colegas, além de estimular cada vez mais o conhecimento sobre as mais diversas situações em seu ambiente de trabalho. Assim, você também permite que outras pessoas desenvolvam mais flexibilidade e que todos consigam usufruir suas vantagens no cenário profissional, criando uma cultura que promova a resiliência.

3. Desenvolva a autoconfiança

Afinal, o que é autoconfiança? É, simplesmente, a capacidade de confiar em si próprio. A dificuldade de se adaptar a transformações pode estar justamente aí: no medo do diferente e no receio de não conseguir realizar as suas atividades e obrigações a partir de tantas novidades.

Certamente, esse gargalo pode ser um empecilho para que você desenvolva a resiliência e cresça junto com a sua organização, concorda? A maior dificuldade, aqui, é entender como desenvolver essa característica.

O primeiro passo é saber dar outros significados a experiências anteriores. Se você está com essas dúvidas agora, provavelmente, já passou por situações que não foram tão positivas em seu contexto profissional. No entanto, saiba que cada empresa é única e que cada profissional consegue transmitir conhecimento de maneiras diferenciadas.

Além disso, é possível entender o quê, de fato, ocorreu anteriormente para não repetir os mesmos erros na atual situação, não é verdade? Isso diminui as chances de contar com uma experiência mais negativa, permitindo também um aprendizado em relação ao seu ambiente profissional.

4. Saiba solucionar as dificuldades

No dia a dia de seu ambiente de trabalho, as dificuldades vão aparecer nas mais diversas formas, seja com o modo de lidar com um cliente insatisfeito, seja com o seu colega que não está se adaptando aos processos, prejudicando as etapas profissionais. Uma pessoa resiliente é justamente aquela que, em vez de apenas reclamar ou oferecer o seu ponto de vista em relação à situação, traz soluções para o problema apresentado.

Enquanto outros perderiam algumas horas ou dias apenas insatisfeitos com o que foi modificado, a resiliência prega a importância de já oferecer uma resposta ao problema. Imagine a seguinte situação: um cliente demonstrou muito descontentamento pelos serviços de sua equipe por erro de comunicação.

Dessa forma, para que você consiga contornar essa insatisfação, o objetivo não é apenas reportar o problema, como também, trazer algo tangível que devolva a confiança àquela pessoa. Tal atitude demonstra maturidade profissional, além de contribuir para que outros colaboradores também aprendam com essa situação, de forma que os erros não sejam mais repetidos com outros clientes, não é verdade?

5. Tenha empatia

Muito se fala em empatia nos âmbitos pessoal e profissional, mas pouca gente entende, de fato, o que isso significa. Trata-se da capacidade de se colocar no lugar do próximo, oferecer ajuda sem julgamentos e entender quais são os contextos pelos quais o seu colega está passando e que resultaram em alguma atitude indelicada.

O primeiro passo para desenvolver a empatia já foi mencionado neste artigo: o autoconhecimento. Apenas quem conhece a si próprio tem a capacidade de se colocar no lugar do outro, conseguindo propor soluções mais benéficas para o seu desenvolvimento.

Além disso, é interessante que se desenvolva uma postura empática. Engana-se quem pensa que esse momento é apenas aquele no qual você pergunta como o outro está — é uma ocasião para entender o que está sendo transmitido pelo colega. Por fim, é preciso demonstrar verdadeiro interesse àquela situação, olhando no olho da pessoa e contribuindo para o seu crescimento sem diminuí-la.

Essa também é uma maneira de ganhar a confiança dos seus clientes ou, até mesmo, colegas de trabalho. De certa forma, é uma maneira de se mostrar humilde e disposto a resolver o problema mais importante. E quando você se coloca no lugar dos outros, a tendência é que se isso se repita com você também, o que pode ser muito útil em determinadas situações.

6. Seja proativo

A proatividade é fundamental não apenas para quem deseja desenvolver resiliência, como também, para os profissionais que querem se destacar em suas funções, contribuindo para que o negócio se desenvolva. Com isso, há uma troca mútua de conhecimentos, aprendizados e benefícios.

No entanto, saiba que ser proativo vai além de apenas tomar iniciativa para propor soluções e melhorias. É entender quais são os seus conhecimentos e como eles podem colaborar para a sua organização e para o contexto no qual você está inserido. Não entende tanto de determinado tópico? Tente se aprofundar para oferecer uma visão diferente ao restante do time.

É ter noção da responsabilidade de seu cargo e como ele contribui para que as metas sejam alcançadas, mas sem afetar o seu desenvolvimento. Assim, se tornará mais resiliente, além de buscar sempre oferecer o seu melhor.

A resiliência é uma característica que, apesar de contribuir no âmbito profissional, traz consequências positivas também para o âmbito pessoal. Sendo assim, é essencial adicionar esse conceito ao seu trabalho, garantindo que as mudanças não se tornem empecilhos para o seu desenvolvimento. Entender a necessidade de mudança e adaptação constantes é fundamental.

Como você pôde perceber, o conhecimento é essencial para desenvolver habilidades e contribuir para o crescimento dos colegas e da organização. Se você quer seguir aprendendo sobre o ambiente de trabalho, confira nosso conteúdo sobre as diferenças entre cultura e clima organizacional.

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