Em uma época em que tanto se fala de estresse, depressão e ansiedade, a segurança psicológica tornou-se algo ainda mais urgente dentro das empresas.
O conceito, criado pela professora Amy Edmondson da Harvard Business School, em 1999, está relacionado a um conjunto de ações tomadas pelas organizações para manterem seus ambientes saudáveis, sem o clima de temor e de tensão.
Para que isso se torne uma realidade dentro dos empreendimentos, é necessário que haja uma excelente liderança. As pessoas à frente do negócio precisam saber lidar com os inúmeros desafios corporativos e manter as equipes unidas e confiantes. Assim, além do aumento da produtividade, a rotatividade dos colaboradores será bem menor.
Neste artigo, vamos falar acerca dos fatores que afetam a segurança psicológica das organizações e sobre como lidar com eles para alcançar bons resultados. Continue a leitura!
O que pode gerar insegurança e como introduzir a segurança psicológica no trabalho?
Má gestão
Um dos maiores problemas nesse cenário é a ausência de uma gestão eficiente. Pensar somente em bons resultados numéricos, por mais que eles sejam alcançados, pode custar demais para uma empresa.
É preciso bolar ações que gerem um clima de bem-estar no trabalho. Um bom exemplo disso é promover eventos internos que mostrem a importância dos colaboradores, assim como criar programas de incentivo.
Uma gestão ineficaz não leva em conta as pessoas. Está sempre em busca do crescimento da empresa, sem se dar conta de que ele não é possível sem o trabalho de toda a equipe.
Falta de liderança
E o que gera uma má gestão? A falta de liderança. Isso não quer dizer que as empresas não tenham os postos de chefia, mas, sim, que a diretoria não se comporta como deveria. Ela desconhece as suas responsabilidades enquanto protetora da saúde física e mental dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Em diversos casos, os líderes se preocupam com o alcance de suas metas e se esquecem do ser humano que deverá cumpri-las. Eles são tratados como verdadeiras máquinas, sem sentimentos ou desejos próprios. Não são considerados em suas necessidades e são punidos por pequenas falhas, e não são elogiados pelos grandes acertos.
Nas agências de comunicação, esse tipo de ambiente pode ser mais nocivo ainda. Em um local onde a criatividade é imprescindível, como tê-la sob pressão e autoritarismo violento? Como conseguir que o pensamento flua livremente em um espaço opressor? Sem autonomia no trabalho?
Por isso, é essencial colocar à frente do negócio aqueles que estão realmente preparados para governar uma empresa. Não se trata apenas de ser um profissional eficiente, que domina a sua área de trabalho, mas também alguém com um lado humano aflorado, preocupado com quem está junto a si. Dessa forma, as coisas ficam muito mais harmoniosas.
Nesse sentido, ler livros sobre liderança pode ajudar muito. Nesse tipo de conteúdo é possível encontrar várias informações e ponderações acerca do que é ser um bom gestor e como se tornar um.
Ausência de plano de carreira
A falta de segurança psicológica muitas vezes está ligada também à falta de perspectiva na empresa. Quando um profissional não tem um plano de carreira, pode sofrer com uma série de possibilidades acerca do seu próprio futuro.
O estresse pode surgir, por exemplo, porque a pessoa se sente completamente estagnada. Não consegue saber ao certo se terá chances de subir de cargo, quando, e se terá como obter ganhos mais altos posteriormente. Assim, fica sem saber o que fazer e com muitas dúvidas, até mesmo se deve permanecer na empresa ou não. Tudo isso afeta a sua mente e pode interferir diretamente em sua produtividade.
Além disso, a falta de um plano de carreira leva à insatisfação, um elemento perigoso para a segurança psicológica. O trabalho pelo trabalho, sem prazer e determinação, gera sentimentos negativos, derrotistas, que causam mal ao colaborador que o sente e aos demais, que acabam contaminados pelo pensamento do outro.
Instabilidade financeira
Em várias empresas, a questão do pagamento do salário não é muito bem definida. Muitas oferecem remunerações compatíveis com a produtividade, porém de maneira imprevisível. Não saber quanto se pode ganhar no fim do mês traz sentimentos de insegurança, estresse e até mesmo de medo de não conseguir pagar as contas.
O mesmo acontece quando se fala em atrasos de pagamentos. As empresas precisam ter um cuidado muito especial em relação à folha, priorizando-a sempre. Caso contrário, além da insatisfação gerada, pode haver questões ainda muito maiores, até mesmo de ordem legal.
Deixe claro a média de ganhos das pessoas quando forem variáveis (de acordo com comissões/demandas) e honre com seus pagamentos. Não permita que um clima de insegurança se instale em relação à vida financeira. Isso poderá levar o funcionário a experimentar conflitos em várias áreas da vida e até a comprometer a sua segurança psicológica de maneira profunda.
Diálogo inexistente
A falta de transparência é mais um ponto que merece muita atenção por parte das empresas. Várias delas traçam planos e tomam decisões totalmente verticais, sem se preocupar com os colaboradores.
Mais do que isso: muitas vezes as organizações se comunicam mal, não explicam o porquê de determinadas atitudes e criam um clima que atinge, e muito, a segurança psicológica das pessoas.
Trabalhar sem entender o que está havendo na empresa é angustiante. Além disso, abre espaço para teorias da conspiração, para conversas paralelas equivocadas, entre outras situações totalmente negativas e desnecessárias.
Para que isso não ocorra, seja transparente. Mostre para aonde o empreendimento está indo, qual a visão da organização acerca de vários assuntos e quais passos ela pretende tomar diante de alguns desafios. Obviamente que nem toda a informação deve estar ao alcance de todos, pois muitas são confidenciais, mas seja o mais aberto possível.
A segurança psicológica é fundamental para o bom funcionamento das empresas. Nesse sentido, uma boa gestão de RH pode ajudar com as ações focadas em uma liderança mais acertada e na promoção do bem-estar geral. Ter o feedback dos colaboradores também é fundamental para saber como eles se sentem e assim poder atender às suas necessidades. Isso faz com que, inclusive, o turnover seja muito menor.
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