São muitas as transformações pelas quais o mundo do trabalho está passando. A revolução digital está no centro dessas mudanças. Esse assunto tem sido cada vez mais discutido e já está influenciando o meio corporativo.
Quase todas as empresas já estabelecidas no mercado estão tentando digitalizar parte da sua cadeia de valor ou até mesmo revolucionar completamente seu modelo de negócios.
Observando o sucesso dos negócios nativos digitais, muitos líderes inicialmente acreditam que o sucesso dessas companhias se deve primariamente à adoção de novas tecnologias. Porém, na verdade, o que define esse sucesso não é a tecnologia digital, mas sim a habilidade que as empresas digitais têm de criar valor exponencial.
Para criar valor exponencial é necessário uma transformação dos modelos mentais, de negócios e de avaliação para que ocorra uma real revolução. Enquanto infraestrutura e tecnologia são considerações importantes, o que realmente permite que a revolução ocorra é a mudança na forma de pensar. Transformação digital é, na verdade, sobre pessoas e sobre a forma de resolver problemas e gerar valor.
Para permitir um mindset exponencial, os líderes precisam usar a cultura da empresa para motivar o empoderamento dos funcionários na tomada de decisão.
Nesse contexto, é preciso usar um bom alinhamento, empoderamento e consistência para substituir o controle de pessoas pelo controle de princípios.
Rede de valor
Os líderes tradicionais veem os consumidores como um mercado onde o valor flui em apenas uma direção, a competição permanece em uma indústria definida e os principais ativos são mantidos dentro da empresa.
Um líder digital enxerga os consumidores como uma rede de geração de valor, mantém informações e recursos essenciais na rede de parceiros fora da empresa. O objetivo de um negócio digital é obter um retorno de 10 vezes com o mesmo esforço se comparado às empresas tradicionais do mesmo segmento.
Os concorrentes das empresas digitais não são exclusivamente da mesma indústria, são criados novos segmentos. Um bom exemplo disso é a Cacau Show que apesar de estar na indústria de doces, o seu maior concorrente é O Boticário no segmento pequenos presentes.
No mundo tradicional, o valor era definido pelos negócios e as empresas funcionavam com o foco em produtos, otimizando os processos e o modelo administrativo usando como base o impacto nos negócios. Em contraste, no mundo digital, o valor é criado tendo em vista as necessidades do cliente.
As empresas em transformação precisam descobrir as novas oportunidades de gerar valor para o consumidor e assim, se manter à frente dos demais, podem evoluir antes que seja necessário e avaliar as mudanças de acordo com a possibilidade de criação do futuro do seu negócio.
Dados no centro de tudo
Dados são caros para gerar, armazenar e utilizar no fluxo de trabalho tradicional, mas essa visão deve ser alterada para onde os dados gerados continuamente são extremamente valiosos quando cruzados em diferentes áreas e representam um ativo muito importante na criação de valor durante a era digital.
Muitas empresas digitais criam produtos com o intuito de gerar dados que possam oferecer melhores insights de seus consumidores e novas oportunidades de criação de valor em detrimento do lucro.
É necessário mudar como pensamos antes de alterar o que fazemos, e depois precisamos repensar nossas métricas para avaliar corretamente o sucesso da nossa estratégia.
Para inovar em uma empresa tradicional era necessário intuição. Porém, a aversão aos riscos era tão grande que falhas deveriam ser evitadas a todo custo enquanto um produto final era desenvolvido.
Já no mundo digital devemos realizar testes e validar os resultados com dados, criando um MVP (mínimo produto viável), para avaliar a ideia e iterar depois do lançamento.
Cultive uma liderança com visão
A cultura representa um conjunto de normas e comportamentos coletivos, por isso é tão difícil mudá-la Um outro ponto que dificulta essa mudança é que não existe uma maneira concreta de definir ou medir cultura.
No entanto, o aspecto cultural da transformação digital exige tanta atenção quanto o aspecto tecnológico, a cultura forma a espinha dorsal dessa transformação. Ter uma liderança presa num mindset fixo pode não só atrasar essa mudança, mas destruí-la por completo.
Estamos acostumados a medir progresso de forma linear, se 50% do tempo disponível passou esperamos ter 50% dos resultados, e não é bem assim que o pensamento exponencial funciona.
Os líderes precisam definir uma visão digital que inspira e motiva os liderados. Todos devem entender o que a empresa está tentando alcançar, só assim conseguimos encontrar uma maneira de atingir 10 vezes o resultado com 1 vez o esforço.
Estimule uma cultura digital
Tendo líderes com o pensamento exponencial, podemos criar uma cultura onde velocidade, empoderamento e aprendizado são características essenciais e proeminentes. Devemos criar um desejo de construir, medir e aprender rapidamente ou, falhar o mais depressa possível.
Os líderes têm que criar um conjunto de indicadores para avaliar o progresso e monitorar se está havendo uma mudança de cultura e quão rápido ela está acontecendo. Essas métricas devem ser constantemente monitoradas para avaliar sua viabilidade e a aceitação pelos liderados.
Mudar leva tempo, e os líderes não devem esperar resultados imediatos, afinal, os liderados precisam de tempo para digerir e aceitar os novos paradigmas propostos a eles.
Existe um gap de expectativas que ocorre durante a transformação digital, onde a distância entre o caminho linear e exponencial é maior possível. É aqui que a maioria das empresas abandonam o modelo exponencial e voltam pro linear, começam a ficar impacientes e a querer resultados rápidos.
Essa diferença de expectativa é um risco para sua estratégia digital, pois pode ser usada por oponentes e céticos para convencer stakeholders a voltar pro modelo linear, onde existe o conforto da previsibilidade que vem. Porém, nesse modelo a empresa terá o custo de ter perdido a oportunidade de alcançar resultados acelerados.
Podemos desenvolver um time dedicado à transformação durante esse período de transição para minimizar os impactos da mudança de mindset. Para isso, precisamos encontrar e estimular pessoas que abraçaram o modelo exponencial e que tenham a coragem e perseverança de ir até o fim.
Crie uma comunidade engajada
Os consumidores da era digital não querem ser convencidos de comprar, não querem ser ditos o que é sua marca ou onde ela é melhor que o concorrente, eles querem experienciar sua marca.
Para estimular engajamento e lealdade devemos focar na empatia com o consumidor em todos os níveis da empresa, entender o que o consumidor precisa, o que ele quer e as dores que ele tem são essenciais para um bom relacionamento.
Uma comunidade engajada pode te gerar novas oportunidades de negócio e aumentar o Lifetime Value dos seus clientes, além de permitir que sua empresa aprenda diretamente com seus potenciais consumidores.
Toda mudança organizacional é difícil, mas talvez a mais intimidadora de todas seja a mudança cultural e você pode descobrir que sua organização precisa mais de mudança que sua tecnologia.
Implementando iniciativas para a transformação digital de forma holística, os líderes da sua organização podem construir e incentivar um time com uma visão exponencial, expandir e estimular a cultura de mudanças através da organização e inspirar um ambiente inovador onde os times recebam mudanças de braços abertos e tenham sempre um olhar para o futuro.
Se você se interessa pelo assunto e quer saber mais sobre a estratégia que está revolucionando o mercado, confira nosso post completo sobre o que é transformação digital.
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