A necessidade de desenvolver uma mentalidade digital tem sido bastante debatida nos últimos anos, visto que é uma importante condição para que as empresas se adequem aos novos modos de fazer negócios e continuem competitivas e relevantes no mercado.
Contudo, ainda falta senso de urgência para que a transformação para o digital saia de um mero objetivo e finalmente se concretize. Essa negligência pode sair caro para as organizações, pois afeta a capacidade de reação delas em relação às novidades da sua área de atuação.
Uma pesquisa feita pela Capgemini evidenciou que 46% das empresas do varejo do Brasil acreditam que as tecnologias digitais alteram de forma radical a forma como fazem negócios, mas somente 36% delas contam com planejamento detalhado para adotar essa transformação.
Isso indica que é preciso apressar-se para entender como se dá o desenvolvimento de uma mentalidade digital e investir nela para não ser engolido pela concorrência.
Transformação digital exige alinhamento interno, além de incentivo em tecnologia e pessoas
Basicamente, a transformação digital consiste em um processo em que as empresas fazem uso da tecnologia como um meio para aumentar a velocidade à resposta, dar um atendimento personalizado, aprimorar a performance das suas ações, elevar o alcance da marca e priorizar clientes e funcionários.
Engana-se quem pensa que seguir uma mentalidade digital é apenas investir nos mais modernos e avançados sistemas do mercado. De nada adianta implementar essas ferramentas quando a empresa não está preparada para utilizá-las a seu favor.
Para tanto, é necessário que haja um alinhamento interno dos processos da companhia, para que realmente sejam otimizados a partir da tecnologia. Além disso, é fundamental dar incentivos verdadeiros para as questões tecnológicas e de inovação, de modo que esse tema esteja presente no dia a dia dos colaboradores.
Em entrevista ao podcast ‘’Mídia e Marketing’’, Bob Wollheim, Chief Strategy Officer da CI&T, multinacional brasileira de soluções digitais, disse que ‘’Transformação digital é sobre pessoas’’.
Primeiro, então, é preciso mudar a mentalidade das pessoas para que entendam os benefícios e a forma de utilizar as ferramentas digitais para impulsionar resultados. Assim, a adaptação ao novo modo de fazer negócios se torna algo natural e há mais engajamento por parte das equipes em aderir à proposta digital.
Estratégias para otimizar a presença online
Um estudo feito pela CI&T sobre gestão de experiência e geração de tráfego orgânico por meio das técnicas de Search Engine Optimization (SEO) revelou estratégias de como as empresas devem construir experiências bem-sucedidas e melhorar o desempenho na esfera online.
De acordo com o estudo, a implementação de uma gestão de experiência eficiente, bem como orientações relacionadas à aquisição de tráfego efetiva, ainda são consideradas gargalos comuns para as companhias que trabalham no ambiente digital.
O levantamento mostra que os principais objetivos das empresas no mercado digital são: oferecer os produtos certos e proporcionar experiências completas e relevantes. Para que isso ocorra, é preciso voltar a prestar atenção no consumidor, estabelecendo na organização a centralidade do cliente como recursos de Experience Management e Advanced Analytics, mais Experience Design e uma comunicação eficiente.
A finalidade em garantir uma resposta relevante, de alta qualidade e com uma experiência de navegação de excelência para quem está procurando um determinado produto ou serviço, e um tráfego bom para aqueles que estão anunciando, é uma das maiores metas de resolução das marcas.
Assim, com o entendimento analítico dos dados, pode-se reconhecer oportunidades para gerar valor e contexto certos, visando à evolução contínua de produtos e serviços.
Senso de urgência ajuda a desenvolver planos a longo prazo
O senso de urgência é uma expressão comum no mundo dos negócios, o que se deve ao fato de o mercado estar mudando constantemente e exigindo que as empresas se adaptem rapidamente. De maneira sucinta, o senso de urgência é o tempo que cada empresa demora para executar uma ação. Seguir esse conceito implica três pontos:
- trabalhar com intenção e propósito — e fazer isso com base em dados;
- entender a importância do trabalho realizado e como ele reflete em iniciativas e objetivos maiores dentro da companhia;
- priorizar as necessidades da empresa.
Apesar de o senso de urgência significar ‘’faça o trabalho’’ rápido, é preciso considerar que isso não quer dizer que mais rápido é melhor. Trata-se de despender esforços para uma meta prioritária ou final para obter resultados.
Nesse sentido, é imprescindível elaborar um planejamento com todas as etapas e ações necessárias para implementar a mentalidade digital, o que compreende trabalhar a longo prazo sempre amparado por dados. Diante disso, as mudanças serão feitas com mais cautela e eficácia, apresentando melhores resultados, que impactam o negócio positivamente por toda a sua existência.
A presença online da sua empresa mostra como ela age em relação à transformação digital
O quanto e como a empresa está presente online deixam claro como ela está entendendo a transformação digital e reagindo a ela. Se a organização não ocupa os espaços virtuais nem adota o uso de ferramentas avançadas, é um sinal de que ainda está resistente e não tem uma mentalidade digital madura — situação que acarreta a perda de oportunidades e, consequentemente, de lucratividade.
Segundo a pesquisa ‘’Business Impact Insights’’, também realizada pela CI&T, que entrevistou 1.064 executivos C-level, 51,5% deles acreditam que a transformação digital atrai clientes, 55,6% apontam que ela aumenta a eficiência operacional e 51% estão conscientes de que eleva a competitividade no mercado.
Isso acontece porque as companhias que demonstram senso de urgência e estão se adaptando às exigências do mundo digital procuram utilizar todos os canais online, o que estabelece uma proximidade maior, direta e mais eficaz com o público. A construção desse relacionamento gera desde confiança na marca até aumento na conversão de vendas.
Empresas tradicionais podem olhar startups para entender como criar um senso de urgência para o digital
A resistência em se adaptar ao universo digital está principalmente nas empresas mais tradicionais, que receiam que as mudanças possam trazer riscos para seus negócios. Em um momento em que as startups estão sob os holofotes quando se fala de inovação, é inegável que elas servem de inspiração para empresas que apresentam dificuldades para lidar com a transformação digital.
O consumidor atual exige um conjunto de agilidade, mobilidade e conveniência, que é indispensável para sobreviver ao dinamismo do mercado e, portanto, deve ser incorporado aos negócios. Essas estão entre as principais características das empresas inovadoras; logo, adotar a cultura de startups é uma saída eficiente para estabelecer sistemas inovadores dentro das organizações.
Ter senso de urgência para desenvolver uma mentalidade digital permite que as empresas tomem decisões mais rapidamente, o que é um diferencial competitivo, já que a companhia pode se antecipar aos concorrentes, passando a atender às demandas do seu público consumidor com mais efetividade.
A transformação digital oferece diversos meios para aperfeiçoar a experiência dos consumidores. Entre eles, está a métrica Return on Experience, que é focada na experiência dos clientes.
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