Você deve se lembrar como eram os sites nos anos 90, cheios de animações em flash e elementos coloridos. Era uma bagunça total. Felizmente, hoje as empresas têm se preocupado com a experiência do usuário. As interfaces costumam ser mais clean e elegantes — e os wireframes são um dos motivos dessa evolução.
O amadorismo é cada vez menos presente nos meios digitais. Sabemos bem que um website ou aplicativo bem estruturado é essencial para obter bons resultados nessas plataformas. Se ficar qualquer dúvida, basta abrir o Google Analytics e verificar os indicadores de performance.
É claro que não podemos dar brecha para os erros e somente depois consertá-los. O planejamento serve justamente para isso, não é mesmo? Então, se você ainda não sabe o que é um wireframe e sua importância para um projeto de sucesso na web, esse texto vai ser de grande serventia.
Quer dar um passo a mais em sua jornada no Marketing Digital e conhecer o mundo dos wireframes? Continue lendo e confira!
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O que é um wireframe?
Também chamado por alguns profissionais de prototipação — embora seja um termo mais abrangente —, o wireframe é um protótipo da página de um site ou aplicativo.
Isso significa que, antes da elaboração do layout, é criada uma espécie de rascunho. Dessa forma, conseguimos enxergar como o produto final vai ficar. Caso seja verificado que há algo errado, é possível ajustar o esboço quantas vezes for necessário.
Logo, o wireframe serve como um guia para auxiliar na diagramação da página. Apesar de ser muito usado no início de cada projeto, ele também pode ser de grande utilidade quando for preciso fazer alguma alteração — como a implementação de uma nova funcionalidade no app da empresa.
Existem diversas maneiras de elaborar um wireframe: você pode fazê-lo até mesmo em uma folha de papel ou usar um software de edição. O mais importante nesse caso não é a ferramenta, mas a ideia e a execução.
Qual é a sua importância para a criação de um projeto?
Imagine que você tem uma empresa que desenvolve sites e acaba de fechar negócio com um cliente. Você vai lá, faz o briefing e executa o projeto de acordo com o que foi passado na reunião. Chega na hora da entrega, seu cliente diz que não gostou de nada e pede para refazer do zero.
Essa situação é bastante incômoda, mas acontece com frequência. Ao elaborar wireframes antes de entregar o projeto finalizado, você evita esse tipo de transtorno que gera gastos e atrasos. Até porque é muito mais fácil alterar o esboço do site em vez dele já pronto.
O cliente também fica mais tranquilo quando participa das etapas do projeto. Assim, ele tem certeza que não terá surpresas desagradáveis lá na frente.
Muitas vezes, aquilo que imaginamos não fica tão bom após a execução. É preciso colocar no papel e testar para validar — ou rejeitar — a ideia inicial. Existem diversas ferramentas de criação de wireframes que permitem esses testes de navegação.
Com o esboço pronto, você consegue fazer com que todos os envolvidos, como os webdesigners e programadores, tenham a mesma visão do projeto. Ou seja, não vai haver tanto ruído na comunicação.
Saiba que você tem poucos segundos para ganhar a atenção de um visitante que entra no seu site pela primeira vez. Se ele se sentir desconfortável ou não encontrar as informações que queria, é bem provável que não volte mais. Então, é preciso não dar margem para erros.
O que considerar ao criar um design?
Apesar de a ideia do wireframe ser algo simples para dar o pontapé inicial ao projeto, ainda é necessário alguns cuidados. Quando o seu planejamento é bem executado, na hora de colocar a mão na massa tudo flui de modo natural. Veja abaixo alguns pontos importantes para a criação do protótipo do seu site/aplicativo!
Briefing
O primeiro passo é fazer um briefing com o cliente. Caso o projeto seja para a sua própria empresa, ainda é necessário reunir todas as informações em um documento para guiar as suas ações na elaboração dos wireframes.
UX (User Experience)
Além de considerar os pontos mais importantes levantados pelo cliente, é imprescindível levar em conta a experiência do usuário. Às vezes, aquela logomarca gigante da empresa na página inicial pode gerar rejeição por parte dos visitantes.
O ideal é fazer alguns testes de usabilidade até mesmo em seus wireframes. Para isso, você deve chamar alguém que não esteja envolvido com o projeto, pedir que realize algumas ações e ver como ele se sai sem qualquer ajuda.
Lembre-se que não basta ter um website ou aplicativo bonito, ele precisa ser funcional. Se ele enche os olhos dos usuários, mas não é intuitivo, é melhor refazer o seu projeto.
Posicionamento e cores
É fundamental hierarquizar as informações de acordo com o objetivo do site. Um site de uma pizzaria em que o foco é o delivery, por exemplo, deve deixar o acesso ao cardápio em um local que seja facilmente encontrado pelos consumidores.
O tamanho dos elementos, seus posicionamentos e cores influenciam bastante nessa questão. A estrutura de uma página, em geral, é formada por um cabeçalho, um corpo e um rodapé. Essas divisões serão seu guia para posicionar os botões e todas as informações.
As cores devem ser harmônicas e ter contraste para que as informações sejam visualizadas facilmente. Uma forma de conseguir uma boa combinação é por meio de ferramentas, como a Adobe Color. Porém, se for para uma empresa que já tem uma identidade visual bem trabalhada, é nela que você deve se basear.
Feedback
Ao longo do processo de criação, é altamente recomendado solicitar feedbacks, tanto do seu cliente quanto da sua equipe. Quando você está imerso em um trabalho, na maioria das vezes não consegue enxergar os problemas que estão embaixo do seu nariz.
Quanto mais cabeças pensarem juntas, melhor será o resultado. Logo, em vez de colocar todo o trabalho nas costas de apenas uma pessoa, o ideal é fazer com que o processo seja colaborativo. Não é porque alguém é do atendimento que não pode se envolver no processo de design.
Quais são os principais tipos de wireframes?
Como dissemos há pouco, você pode criar os seus wireframes com um papel e caneta ou utilizar alguma ferramenta digital. O ideal é usar os recursos em conjunto para conseguir um bom resultado.
Ou seja, você faz um rascunho na folha e passa para o computador, onde terá mais funcionalidades. Confira os três principais tipos de wireframes a seguir!
Baixa Fidelidade
Esse é o modelo mais simples de todos. Normalmente, ele é feito manualmente, sem cores e nem muitos detalhes.
Anotado
É o meio termo entre o modelo de baixa e alta fidelidade. Além dos elementos visuais organizados, simulando uma página, você coloca legendas e descrições.
Alta fidelidade
O modelo de alta fidelidade é o mais próximo da versão final. Aqui você deve utilizar algum software que permita interação, como cliques nos botões.
Como estamos falando de wireframes, eles não precisam ser tão bem desenvolvidos como a versão acabada do layout. O ponto central é mostrar com clareza toda a estrutura do produto final — senão, o conceito de criar um esboço e dar agilidade ao processo se perderia.
Quais ferramentas usar para a criação de um wireframe?
Não existe apenas um programa que supere todos, cada um tem suas peculiaridades. Confira alguns dos melhores que podemos encontrar no mercado!
Adobe XD
Não poderíamos deixar de fora um produto da Adobe quando falamos de edição, não é mesmo?
Você pode muito bem utilizar o Photoshop ou o Ilustrator para criar um wireframe, no entanto, existe um software próprio para isso: o Adobe XD. Para aqueles que já assinam o pacote completo da Adobe, esse é o ideal.
Preço: gratuito para apenas um projeto ou a partir de R$43,00/mês.
Axure
Essa é uma das ferramentas de criação mais popular entre os profissionais da área. Uma das razões é que o Axure dispõe de diversas funcionalidades. Excelente se você quer testar a navegação do seu site.
Preço: a partir de U$29,00/mês ou U$495,00 no plano vitalício.
Lucidchart
Embora não seja propriamente uma ferramenta para a criação de wireframes, é uma ótima opção para criar fluxogramas e diagramas antes da elaboração de um projeto. O Lucidchart conta com mais de 15 milhões de usuários e tem a opção paga gratuita ou paga, mas o valor é bastante acessível.
Preço: U$9,95/mês no plano anual.
Ninja Mock
Seu visual é bastante peculiar, os elementos criados no Ninja Mock parecem que foram desenhados a mão e não há funcionalidades avançadas de interação. Sendo assim, podemos considerar que é uma ferramenta de baixa fidelidade. Sua grande vantagem é que é muito fácil de mexer — indicado para o início de um projeto.
Preço: a partir de U$10,00/mês
Hotgloo
Você não está muito familiarizado com a língua inglesa e prefere uma ferramenta em português? Então, a Hotgloo é a escolha certa! Essa entra na categoria “alta fidelidade”, pois os protótipos são totalmente interativos.
Preço: a partir de U$12/mês, mas você pode testar gratuitamente por sete dias.
Wireframe.cc
Se você quer algo mais minimalista, intuitivo e fácil de mexer, considere usar o Wireframe.cc. Aqui você se depara com uma folha em branco para criar formas geométricas, inserir textos, listas, anotações etc. Basta clicar nas opções, arrastar para a tela e redimensionar os elementos.
Preço: a partir de U$16,00/mês ou U$144,00/ano.
Canva
O Canva já é bem conhecido por designers iniciantes pela facilidade em criar imagens para posts, panfletos e cartões. O que poucos sabem é que também é possível criar wireframes por meio dessa ferramenta.
Preço: grátis por 30 dias ou a partir de U$12,95/mês para ter acesso a todas as ferramentas.
InVision
Para finalizar, escolhemos uma ferramenta totalmente gratuita. E não é por isso que ela deixa de ser boa — longe disso. A interface do InVision é bastante bonita, conta com elementos interativos e permite que você faça anotações para a sua equipe acessar.
Preço: grátis.
Como você pôde notar, criar wireframes é a melhor maneira de o seu projeto ter sucesso. Não importa se você vai usar apenas um papel e rabiscar o protótipo de um aplicativo ou pagar por uma ferramenta completa, a única coisa que você deve evitar é não ter um planejamento.
Quer se aprofundar no assunto? Então, leia o nosso post sobre arquitetura da informação! Nele, você vai entender de forma mais ampla o desenvolvimento de sites, aplicativos e softwares.
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