8 práticas obsoletas de SEO

Nos últimos dez anos, é impossível dizer que o marketing digital não mudou. Praticamente todos os seus fundamentos passaram por alguma transformação, seja em adicionar novas maneiras de criar conteúdo (TikTok, Reels), seja em relação à própria estratégia e meios para atrair mais engajamento ou ficar no topo da SERP.

Quando se trata de otimização de sites, esse tipo de mudança fica bem visível. Existe uma série de práticas obsoletas de SEO que não funcionam mais, porém, já foram a tendência para quem trabalha com SEO. Quer um exemplo? Diretórios de links, ou mesmo, textos cheios de palavras-chave do tipo: loja de instrumentos SP.

Neste conteúdo, vamos falar sobre essas mudanças e de algumas táticas que não fazem mais sentido no mundo do marketing digital. Confira!

Qual é a importância de acompanhar as tendências de SEO?

Sabemos que você estava ávido para saber quais são as práticas, mas vamos voltar um pouco. As tendências no marketing digital, especialmente no SEO, são aspectos importantes. Não só porque indicam mudanças de algoritmos, mas, também, porque mudam todo o conceito de estratégia de conteúdo.

Acredite, os robôs do Google analisam em média 170 fatores para indicar se um site vale ou não a pena. Além disso, todo ano, centenas de mudanças e atualizações são feitas nos algoritmos. Dê uma olhada no site da Moz e você verá todos os upgrades que o buscador já fez em seus bots.

Portanto, quem trabalha no meio sabe que é preciso acompanhar essas mudanças e incorporá-las às suas estratégias. Afinal, se o objetivo é ficar nas primeiras posições da SERP, como você vai conseguir se não agradar o buscador? Sendo assim, acompanhar as tendências é a melhor maneira de se manter relevante e garantir que o seu conteúdo seja visto pelas pessoas certas.

Quais são as práticas de SEO? Conheça 10!

Acredite, há práticas aqui que datam de cinco ou dez anos atrás mas que, mesmo assim, podem ser encontradas em sites por aí. Vamos conhecer quais são!

1. Domínios de correspondência exata

Essa é uma prática antiga — na verdade, era bem comum na década de 2000. Antigamente, era bastante comum o que chamamos de diretórios de artigos. Websites que comportavam artigos e eles eram categorizados como uma lista. Cada um colocado em um nicho.

Não havia um padrão sobre de quem era o conteúdo, poderia ser de qualquer autor, contanto que o assunto fosse segmentado. A vantagem era que, para quem estava começando, tinha um blog ou um mini-site, era mais rápido conseguir uma boa classificação. Inclusive, era comum o domínio ser exatamente igual à palavra-chave, algo como: lojadeeletrônicosSP.com.

Acontece que, hoje em dia, essa prática não funciona mais. Na verdade, não existe muita diferença entre o nível de classificação dessa estratégia para outras e há mais chances de o Google considerar o seu conteúdo como um spam. Além disso, para muita gente, é possível que sejam vistos como algum site suspeito.

2. Links de baixa qualidade

A gente sabe que um dos principais elementos das estratégias SEO são os links. E não é para menos: o link building é responsável por construir autoridade, por dizer para o Google “olha, este conteúdo aqui já foi validado por outros usuários”.

Por isso, às vezes, os analistas de SEO, principalmente, amadores, se empolgam com esse recurso tão importante e acham que quantidade é melhor que qualidade. No entanto, os algoritmos do Google são experts em identificar se um link é bom ou não. Principalmente, se tem a ver com o assunto proposto, se proporcionam alguma informação para o tema. 

Links de comentários em blogs, de visitantes para links ou de compra realmente não mostram a validade de um conteúdo. Trazendo mais chances de o seu post ser visto como spam e nem sequer ter valor suficiente para estar na primeira página.

3. Guest blogging exagerado

Olha, não é que ter um convidado para escrever em seu blog ou mesmo produzir conteúdo para outros produtores seja um problema. É fato que o guest blogging trouxe algumas oportunidades para muitos blogs. Assim como os links de qualidade, eles sempre foram uma forma de ganhar destaque, divulgar o seu conteúdo, construir autoridade e confiança.

A questão aqui é exagerar na dose. Muitos donos de sites, que queriam validar o seu conteúdo, publicavam constantemente posts de convidados, criando links de uma forma rápida, mas pouco qualitativa.

Profissionais de marketing mandavam links para qualquer site sem analisar se havia pelo menos alguma relação. Claro que o Google iria intervir e, hoje em dia, muitos desses sites são penalizados.

4. Muitas palavras-chave sem sentido no texto

É um erro até amador, mas acredite que qualquer pessoa pode cometê-lo. Se os links são uma parte importante da estratégia de otimização, as palavras-chave são outra. Você vai encontrar uma série de regras a respeito do seu uso: tem que ter um número x na introdução, no conteúdo, na conclusão não pode faltar etc.

O problema é que qualquer pessoa que escreve sabe como algumas podem simplesmente não fazer sentido. Veja, estratégia de SEO, pior ainda é se isso for feito de uma maneira em que, a cada parágrafo, você se depara com um monte de palavras jogadas.

Aliás, não sei se você percebeu, o que fizemos na frase anterior. Viu como colocamos uma “palavra-chave” no meio e não fez sentido nenhum? Pois é. Não era incomum encontrar textos exatamente assim. Ou pior, com palavras-chave com a sigla do estado, verbos não conjugados, sem preposição etc.

Antigamente, os mecanismos de pesquisas não tinham tanta capacidade de analisar o sentido do texto e entendia tudo literalmente. Mas, agora, isso mudou, mais que colocar palavras-chave, elas precisam respeitar a semântica e estarem quase imperceptíveis no texto.

5.   Palavras-chave em texto âncoras

Os textos âncoras, ou seja, a parte linkavel de um texto que direciona para outra página, foi um fator de peso durante um bom tempo. O que muitos faziam era conseguir o máximo de texto âncora de outros sites para direcionar para o seu conteúdo. Por exemplo, uma empresa de máquinas de cartão poderia usar um texto âncora de maquininha de cartão de crédito como alvo. 

Só que isso é muito difícil, pois as outras páginas usam uma infinidade de palavras que não vão ser exatamente o que foi escolhido. Dando muito mais trabalho tentar controlar esse tipo de palavra. Além disso, caso você desenvolva um padrão que pareça artificial, o Google pode penalizar o seu site e reduzir o seu posicionamento.

6. Fazer o conteúdo para os motores buscas

Uma coisa bem comum era escrever um texto com várias palavras-chave secundárias diferentes, mas que tratavam do mesmo assunto. Variações e versões no plural do mesmo tema para tentar ranquear melhor. Falamos tentar, porém, durante um tempo, isso até que funcionou.

No entanto, dar uma de espertinho com o Google não traz um bom resultado. Os motores de busca sabem analisar bem o conteúdo atualmente. São capazes de ver tanto as repetições quanto as variações das palavras, da mesma forma que uma pessoa perceberia.

Isso quer dizer que mais que ter um termo que indique: olha, é disso que eu to falando. Você precisa realmente dizer e passar a informação. Se não, não conseguirá um bom ranqueamento, além de mostrar para o Google que o seu conteúdo não é tão bom.

7. Não prestar atenção na densidade das palavras-chave

A densidade tem um pouco a ver com colocar muitas palavras-chave no conteúdo, no entanto, ela é mais direcionada. Aqui, são termos mais específicos para uma página. O Google até usava esse critério para analisar se uma página era realmente capaz de dar a solução de uma consulta, porém, ele não faz mais isso.

Agora, outros detalhes são analisados para que os motores de busca validem um conteúdo, de forma que pouco influencia na posição. Novamente, é muito mais importante que o seu post diga o que precisa dizer, do que apenas ter as palavras-chave certas.

8. Criar vários mini-sites diferentes que falam da mesma coisa

Essa é uma tática que acontecia bastante no fundo de funil. Muitas landing pages tinham domínios diferentes, ou mesmo vários mini-sites para produtos variados da mesma loja. Não contentes, ainda linkavam com o site principal na esperança de gerar mais autoridade.

Porém, como muitas estratégias para tentar “enganar o Google”, essa também não funciona. Primeiro porque os mini-sites dividem a audiência e não trazem usuários para o site principal. Segundo porque há tantos sites por aí que a melhor estratégia é focar em um só domínio, tentando centralizar os seus consumidores em vez de segmentá-los. Usando um lugar só para anunciar os produtos, principalmente se forem do mesmo nicho.

Até aqui, falamos sobre as práticas obsoletas do SEO. Não pense que só porque já tem um conteúdo avançado, não pode cometer erros. Com as constantes atualizações do Google e de seus algoritmos, a melhor maneira de se preparar é acompanhando as tendências. 

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