Antítese, hipérbole e eufemismo: domine o uso das principais figuras de pensamento!

Desenho de uma cabeça pensando em como funcionam as principais figuras de pensamento: Antítese, hipérbole e eufemismo

Existe uma frase que diz que as figuras de linguagem estão para a gente como a água está para os peixes — em toda parte. É por isto que não as percebemos: elas já fazem parte de nosso habitat natural.

Mesmo com elas constantemente passando despercebidas, você certamente já ouviu falar em figuras de linguagem. Lá nos remotos tempos escolares, lembra? Quando falamos nelas, logo vem à mente a metáfora, mas você sabia que existem quase 30 figuras de linguagem e que as usamos o tempo todo em nossa fala e escrita?

Elas costumam ser subdivididas em figuras de pensamento, figuras de construção (ou sintaxe), figuras de som e de palavra. Neste post, vamos falar de algumas classificadas como figuras de pensamento: antítese, hipérbole e eufemismo.

Você nunca ouviu falar nelas? Não tem problema! Explicaremos tudo para você e te contaremos as melhores práticas de uso, a fim de melhorar o seu texto para blogs e redes socias! Vamos lá!

O que é uma figura de linguagem?

As figuras de linguagem são um recurso linguístico usados para deixar o texto mais expressivo e, com isso, valorizá-lo. Elas permitem expressar experiências comuns de formas criativas. Assim, garantem originalidade, emotividade ou poesia ao discurso.

O que é antítese?

Essa figura de pensamento ocorre quando apresentamos 2 palavras de sentidos opostos na mesma frase, por exemplo: “vida e morte são processos naturais pelos quais todos nós passamos”. Assim, vemos que a antítese consiste na contraposição de palavras, conceitos ou objetos distintos a fim de aproximá-los estrategicamente.

Ela funciona por meio da aproximação de termos opostos, que contrastam entre si. Dessa maneira, a antítese deixa a frase mais enfática e aumenta a expressividade da mensagem.

Mas tome cuidado para não confundir com outra figura de pensamento — o paradoxo! Este consiste em apresentar contradição ilógica de ideias e não somente de palavras, como ocorre na antítese. Por exemplo: “A empresa cresceu, mas diminuiu”.

No caso de textos claros, persuasivos e informativos para web, utilizar o paradoxo é uma fria. Não concorda?

O que é hipérbole?

Essa figura de linguagem é usada para engrandecer ou diminuir algo, ou ainda para exagerar para mais ou para menos alguma coisa de forma estratégica. Por exemplo: “se a sua empresa ainda não usa software de gerenciamento, é como se você estivesse 20 séculos atrasados em relação ao seu concorrente”.

Cuidado para não confundir com hipérbato. O nome é parecido, mas os conceitos são bem diferentes. No caso, ocorre hipérbato quando há inversão na ordem natural das palavras em uma frase. Praticamente a tática linguística do mestre Yoda.

O que é eufemismo?

Essa figura de pensamento é muito utilizada e consiste em suavizar uma expressão por meio de usos de termos mais amenos, sutis. Por exemplo: “atualmente, o mar não está para peixe” em vez de dizer “atualmente, enfrentamos uma crise econômica preocupante”.

O eufemismo ajuda a falar de assuntos desagradáveis de uma forma mais viável, amenizando o peso das palavras sem alterar o sentido. Assim, é uma boa estratégia para escrever sobre assuntos “espinhosos”.

Como essas figuras de pensamento podem melhorar o texto web?

Bom, até aqui vimos o que cada figura significa. Mas como elas podem contribuir para o melhoramento dos textos? Tendo uma noção um pouco mais aprofundada de recursos que, muitas vezes, usamos e nem percebemos, com certeza teremos um maior domínio textual. Confira algumas dicas:

  • com o uso da antítese, você pode impressionar (alegrar ou entristecer) o leitor com os jogos de palavras;
  • com o uso da hipérbole, você pode fazer o leitor (enlouquecer de tanto) refletir sobre o assunto por meio do exagero das ideias apresentadas, obtendo assim um maior impacto da informação;
  • com o uso do eufemismo o leitor consegue falar de qualquer coisa indelicada (chata) de modo delicado.

E não só isso: a aplicação das figuras de pensamento também está ligada à intenção de causar um efeito distinto na interpretação do leitor ou interlocutor. Isso porque, por meio delas, o leitor entende o que está sendo dito de uma perspectiva nova, saindo da significação mais direta e literal. Viu só o poder que os redatores têm?

O uso dessas figuras pode fazer com que o seu título, intertítulo e seu CTA (Call To Action), por exemplo, sejam criativos e chamativos. Afinal, o título é a cereja do bolo, e a pessoa vai adiante porque se a cereja é boa, imagina o bolo!

Usando esses recursos no meio do seu texto, você também pode criar empatia, fazendo com que o leitor se aproxime do conteúdo.

Por exemplo, usando o eufemismo para falar de demissão, cortes de gastos e crise econômica, você torna um assunto desagradável mais palatável. Já a hipérbole pode ser usada para revelar certos absurdos para o mundo empreendedor do século XXI. No caso da antítese, ela contribui para impactar o leitor, abrindo seus horizontes e mostrando que conceitos opostos podem, juntos, ter algo em comum.

Com essas figuras, você cria uma conexão emocional, chamando a atenção do leitor para os seus textos. Essas figuras de pensamento ainda ajudam na linguagem persuasiva — tudo o que queremos dentro do marketing de conteúdo, certo?

Se você leu esse post até aqui, significa que realmente funciona usar essas figuras de pensamento no decorrer no texto. Quer ver só?

Logo no começo do conteúdo eu utilizei uma hipérbole — “remotos tempos de escola” — mas antes eu utilizei uma analogia — “estão para a gente como a água está para os peixes”. Mais para frente eu utilizei um eufemismo: “Você nunca ouviu falar nelas? Não tem problema!”. Na verdade, tem um pouco! Como professora, me dói muito o coração em saber que as pessoas esquecem essas classificações.

Isso sem falar nas outras figuras de linguagem espalhadas por esse texto — mas fica por sua conta encontrá-las! Viu só como conhecer os mecanismos da nossa língua nos ajuda a dominá-la cada vez mais?

Porém, lembre-se: de nada adianta dominar as figuras do pensamento e elaborar texto estratégico se ele não for claro, não for escrito cuidadosamente e revisado com calma. Afinal, um texto bem escrito é muito mais relevante para o leitor, uma vez que ele consegue estabelecer uma comunicação sem percalços.

Por isso, não deixe de conferir o nosso webinar sobre os segredos do português: os erros mais comuns que se escondem no texto, para arrasar sempre na sua escrita!

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