Como criar glossários para projetos de tradução

O glossário assegura que os textos traduzidos tenham a identidade esperada pelo cliente. Portanto, é uma ferramenta indispensável para quem atua profissionalmente na área de tradução e quer dar consistência aos seus materiais.

Como criar glossários para tradução

O glossário de tradução é uma lista de termos específicos ou incomuns de determinado domínio que foram traduzidos e, agora, servem de referência para próximos projetos. Tecnicamente falando, ele permite que a base terminológica e estilística dos textos de uma empresa esteja padronizada, ainda que as traduções sejam feitas para diferentes línguas.

No trabalho do tradutor, essa simples ferramenta economiza o tempo na busca por termos traduzidos e garante a padronização das produções para um cliente. Isso vale tanto para quem tem experiência quanto para o tradutor iniciante. Mas como montar um?

Para responder a essa questão, separamos algumas dicas de como criar um glossário e manter boas práticas de tradução nesse processo. Venha ver!

Inclua termos específicos da empresa

Nomes de produtos, serviços e processos internos da empresa que aparecem com frequência em estratégias de marketing devem estar no seu glossário de tradução. Foque os termos mais importantes e complexos.

Lembre-se de que a ferramenta do glossário será usada como material de consulta e, por isso, deve prezar pela concisão. Então, nada de incluir tudo o que vê pela frente.

Os clientes têm uma participação ativa em todo o processo, da primeira etapa até a aprovação de termos antes, da publicação de materiais traduzidos. Aqui, eles podem criar, por exemplo, listas de definições e contextos importantes para a empresa, além de mandar para você materiais de referência.

Mas saiba que não é preciso reinventar a roda. Alguns dos termos específicos já podem ter sido traduzidos ou ainda não foram usados em determinados contextos. Por isso, é tão importante consultar glossários antigos, caso existam, e materiais da empresa já traduzidos para a língua em questão.

Aborde termos específicos do segmento

Termos com múltiplos significados podem causar problemas na tradução. “Funcionário”, por exemplo, é um termo simples que pode ser traduzido de diversas formas para uma mesma língua. Em inglês, encontramos termos diferentes com o mesmo sentido, como agent, employee, member, representative e operator.

Esse é um caso interessante para colocar no glossário de tradução, junto à terminologia mais usada ou preferida pela empresa. Coloque uma definição clara para conseguir consultá-la rapidamente e não perder tempo no processo.

Isso pode acontecer, também, com nomes de tendências de mercado em determinado setor. Pode ser que a solução, nesses casos, seja usar os nomes na língua original, sem traduzir, principalmente, em situações em que há siglas. Mas, é claro, a melhor saída varia em cada trabalho.

Reúna termos próprios da audiência

Os textos traduzidos de um projeto também devem carregar o tom de voz da empresa na língua original. Isso envolve, necessariamente, usar expressões e palavras familiares ao público-alvo ou à persona do seu cliente. Você pode usar materiais de referência da empresa e/ou o brandbook (manual da marca) para encontrar as preferências e os termos potencialmente complexos.

A decisão final sobre os mais adequados é sempre do cliente. Usando termos incomuns ou complexos para o público-alvo, pode ser difícil para o leitor acompanhar instruções da empresa, o que pode acabar prejudicando a sua experiência como um todo e, consequentemente, a busca por um produto.

Selecione palavras-chave

Incluir no glossário de tradução as palavras-chave ou keywords, em inglês, é uma excelente maneira de contribuir para a estratégia de SEO da empresa. As palavras-chave são usadas em conteúdos produzidos para os canais digitais. Por isso, elas vão contribuir para o ranqueamento da marca no Google.

A inclusão desses termos no glossário pode demandar um pouco mais da participação do cliente. Uma palavra-chave em português ganha uma relevância diferente na versão para outra língua, o que reforça o cuidado com a tradução no marketing. O cliente pode recomendar termos equivalentes para usar em textos que contribuem para a estratégia de SEO da empresa.

Inclua outros tipos de dados

Outra dica de como criar um glossário do zero é saber que dados de várias naturezas podem estar presentes no seu documento, desde que estejam organizados e facilitados para consulta. Podem ser partes de um discurso, definições mais extensas ou quaisquer outras informações que ajudem a entender o contexto de uso de determinado termo.

Atualize o glossário de tradução

Uma vez feito o glossário, você não pode mais mudá-lo, certo? Errado. As terminologias se transformam e evoluem com as empresas, os seus propósitos, produtos e serviços. Portanto, o material pode ser renovado sempre que for necessário.

O que você precisa é da possibilidade de acessar a lista de termos e atualizá-los de acordo com o que for acertado com o cliente. O glossário pode ser revisto semestralmente, por exemplo. O mais importante é entender que, quando há mudanças nas terminologias, todas as partes precisam estar cientes disso.

Esse tipo de mudança é o que garante o uso do glossário como uma poderosa ferramenta de controle da qualidade das suas produções de tradução. Quando usada corretamente, essa ferramenta vai cooperar com a agilidade dos seus serviços de tradução e, consequentemente, na qualidade do que é entregue.

Quando uma empresa conta com um glossário próprio, contribui para seu próprio sucesso global. Afinal, com ele, define as regras de como apresentar sua própria voz ao trabalhar com conteúdos multilíngues.

O profissional da tradução sabe da importância de entregar traduções de alta qualidade. Muitos dos esforços para cumprir esse desafio podem ser reduzidos seguindo nossas dicas de como criar um glossário. Essa simples ferramenta vai ajudar a entregar serviços com termos corretos e que correspondem à identidade dos seus clientes.

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