Como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro: 4 dicas práticas

Como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro

Muitas pessoas têm dúvidas sobre como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro. É comum ouvir que, para ter sucesso nesse mercado, é necessário uma alta quantia. Porém, como os ganhos são definidos na variação das ações ou do câmbio, os lucros podem aparecer mesmo em investimentos pequenos.

Em geral, a renda variável é indicada para quem tem mais experiência no mercado financeiro e capacidade de conviver com a volatilidade dos ativos. Mesmo assim, existem opções para quem deseja explorar a bolsa e ganhar uma renda extra no fim do mês com menos riscos de prejuízos.

Preparamos um guia para você entender o funcionamento desse mercado, além da quantidade mínima de dinheiro necessário para ter sucesso. Continue a leitura!

É possível começar a investir na bolsa de valores com pouco dinheiro?

Como investir em ações com pouco dinheiro? Não existe um valor exato! Porém, as corretoras cobram taxas para comprar e vender as ações, ou seja, você deve calcular esse preço e entender o quanto é necessário para que os lucros compensem as despesas.

O que é a bolsa de valores?

A bolsa de valores mexe com a imaginação das pessoas que desejam aumentar o seu patrimônio, mas não estão satisfeitas com os rendimentos da renda fixa. O problema é que, por desconhecimento, preferem evitá-la por conta do medo de perder dinheiro.

Para dar os primeiros passos, é importante conhecer o conceito de bolsa de valores antes. Trata-se de um local de negociação de títulos emitidos por empresas públicas e privadas, onde os investidores podem comprar e vender os seus papéis, o que é feito dentro da sua plataforma.

Antigamente, essas operações eram realizadas manualmente — as clássicas cenas de filmes com funcionários gritando para fechar os negócios vêm dessa época. Com o desenvolvimento da tecnologia, essas transações são realizadas pela internet, o que aumentou a segurança, a eficiência e a rapidez das transações.

Para serem listadas na bolsa, as companhias precisam abrir o seu capital. Esse processo, que é conhecido como IPO (Oferta Pública Inicial, em inglês), permite que os investidores tenham participação societária em troca de uma verba. Assim, o negócio deixa de ter um número reduzido de donos e passa a ser fatiado.

A intermediação dessa compra e venda de ações é feita pelas corretoras, que são instituições financeiras regularizadas e liberadas para operar na bolsa. A remuneração delas vem das taxas, como a de corretagem (cobrada nas negociações) e a de custódia (um aluguel para manter as ações no sistema).

Por que investir na bolsa de valores?

Sabe aquelas empresas que você admira, como a Coca-Cola e a Apple? Por meio da bolsa de valores, você pode comprar uma participação e ser sócio delas. Assim, se o valor de mercado aumentar, você lucra com essa variação e ainda pode receber os dividendos, que é a divisão dos lucros entre os acionistas.

A principal vantagem da bolsa de valores é a potencialização dos ganhos. Nos investimentos de renda fixa, a remuneração é definida previamente ou segue indicadores estáveis, de forma que variam pouco. A poupança, por exemplo, está com rendimento de 0,37% ao mês, o que é um valor baixo para o mercado.

Por outro lado, a renda variável não tem limite para os ganhos. Observe o exemplo do Magazine Luiza. Em dezembro de 2015, a ação valia R$0,96. No dia 01 de julho de 2019, a ação fechou em R$209,86, uma alta de 20.146% no seu valor de mercado.

É claro que esse é um caso raro, mas o Ibovespa (índice de cotação média das ações no Brasil) superou a casa dos 100.000 pontos e vêm batendo recordes. O momento é propício para conhecer e investir nesse mercado, já que a taxa de juros está baixa e a renda fixa acompanha o seu ritmo.

O grande cuidado é com os riscos da renda variável. O FGC é um fundo que garante até R$1 milhão por CPF em investimentos de renda fixa, como a poupança e o Tesouro Direto. Na bolsa de valores, se você perder dinheiro, não existe um seguro, ou seja, as estratégias precisam ser bem planejadas.

Como funciona o investimento na bolsa de valores?

O funcionamento da bolsa de valores é equivalente a um balcão de negócios. Imagine que você tem uma empresa que fatura milhões por ano e deseja vender uma parte dela. Em vez de negociar com um grupo ou com outra empresa, você pode abrir capital na bolsa e ter milhões de sócios.

Quando a empresa faz o IPO, ela é listada na bolsa e as primeiras ações são oferecidas pelas corretoras, o que é conhecido como mercado primário. A partir disso, o mercado segue a lei da oferta e da demanda e os acionistas podem vender os seus títulos para outros investidores.

Para comprar ações, é necessário emitir uma ordem de compra, em que você define o valor que julga certo por elas. Se alguém que estiver vendendo emitir uma ordem de venda pelo mesmo valor, a negociação é realizada e o negócio é fechado — esse é o mercado secundário, que é o mais comum.

Esse processo pode parecer complicado, mas ele é feito de forma automática dentro da plataforma da bolsa de valores e dura questão de segundos. O investidor que deseja fazer essas operações deve entrar no home broker, que é disponibilizado pela sua corretora para negociar os seus títulos.

A remuneração vem com a variação das ações. Se você comprar por R$10,00 e vender por R$20,00 dois meses depois, o seu lucro foi de 100% nessa operação, excetuando os gastos administrativos. Por outro lado, se o valor cair para R$9,00, você perdeu 10% do seu patrimônio.

Quais as melhores opções?

Você decidiu investir e multiplicar o seu dinheiro, mas não sabe quais são as opções mais viáveis para começar? Calma que nós explicaremos as principais. Apesar de ser a mais comum, a compra e venda de ações não é o mais indicado para quem tem poucos conhecimentos na bolsa.

Listamos três opções de investimentos que minimizam os danos das taxas das corretoras e podem maximizar os seus ganhos mesmo com uma aplicação inicial baixa. Confira!

Fundo de ações

Um fundo de ações é uma forma de entrar no mercado de renda variável sem comprar os títulos diretamente com a empresa. Nessa negociação, o investidor adquire um número de cotas e confia o seu patrimônio a um gestor, que é o responsável por pegar o montante do fundo e fazer as operações.

Esse profissional é certificado e tem experiência de mercado. Segundo as regras da ANBIMA, o portfólio de investimentos nesse tipo de fundos deve conter, no mínimo, 67% do patrimônio alocado em ações à vista, certificados de depósito de ações e outras aplicações similares.

A vantagem desses fundos é que as aplicações iniciais são baixas e não há taxa de corretagem e custódia — apenas de administração, que é um percentual para remunerar o gestor. Se o seu capital disponível para investir é baixo, esses fundos são a melhor opção.

Ações que pagam dividendos

Se você prefere ter o controle total do seu patrimônio e negociar diretamente a compra das ações, busque aquelas que oferecem dividendos. Essas empresas, em vez de reinvestirem os seus lucros em seus projetos, dividem parte dele com seus acionistas proporcionalmente.

Em geral, essas companhias são consolidadas em seus ramos de atuação e operam próximo de sua capacidade máxima, ou seja, não ambicionam crescer mais. Exemplos mais comuns são aquelas que têm contratos longos com o setor público, como as elétricas, e estão garantidas pelos próximos anos.

Porém, para esses dividendos serem distribuídos, é necessário que a empresa dê lucro. Portanto, você deve estudar antes e ver se o potencial dessas ações é vantajoso. Mesmo no setor público, crises econômicas e problemas de gestão e corrupção podem prejudicar os resultados.

Ações com potencial de crescimento

Para quem tem pouco dinheiro, buscar a “nova” Magazine Luiza é uma opção viável para potencializar os lucros. Essas empresas ainda têm espaço para crescer ou estão em mercados em desenvolvimento, como é o caso das startups e das fintechs.

O problema é que, se fosse fácil encontrar essas opções, todos fariam muito dinheiro na bolsa de valores. Para facilitar a busca, a dica é buscar empresas que são inovadoras e têm condições de sustentar um crescimento acelerado. Além disso, é importante que a economia esteja aquecida no setor.

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Como começar a investir em ações com pouco dinheiro?

Não existe um valor ideal para começar a investir na bolsa de valores. Porém, não é recomendado que você invista com quantias mínimas por conta das taxas das corretoras. Muitas delas cobram um preço fixo pela compra e venda de ações, que podem ultrapassar R$10,00.

Dessa forma, se você fizer uma operação de R$10,00, por exemplo, você precisaria de uma valorização de 200% nas suas ações somente para pagar as taxas, já que elas são cobradas também no momento da venda. Por isso, é indicado investir em renda fixa primeiro para aumentar o patrimônio.

Por outro lado, começar com valores menores é uma excelente saída para retirar a pressão dos seus ombros e conhecer o funcionamento do mercado sem arriscar o seu patrimônio. Para isso, é melhor comprar ações sem perspectiva de venda próxima, ou seja, que você aposte no seu crescimento no longo prazo para lucrar.

Separamos algumas dicas práticas para você saber como investir em ações com pouco dinheiro disponível. Veja!

1. Faça um planejamento do seu patrimônio

O principal motivo para investir na bolsa de valores é aumentar o patrimônio. Porém, um ensinamento importante é que ninguém fica rico apenas comprando e vendendo ações. Os seus principais recursos são provenientes do seu trabalho e você precisa gerenciá-los corretamente.

Na hora de fazer o controle de gastos pessoais, separe uma porcentagem da sua renda para os investimentos. Defina uma meta de ganhos mensais — por exemplo, um rendimento acima da taxa básica de juros — e encontre opções que batam com essa estratégia. Além disso, nunca coloque tudo em renda variável!

2. Estude o mercado

Quando você tem menos dinheiro para investir, é necessário fazer apostas certeiras para ter um lucro relevante. A sorte pode ajudar, mas não será o fator essencial para você acertar na mosca, então preocupe-se em aprofundar os seus conhecimentos com materiais pela internet e livros.

Além disso, informe-se diariamente sobre os rumos da economia — os principais sites e jornais de notícias têm uma parte focada nesse assunto. Quando for comprar uma ação, analise a sua tendência de crescimento para não ter prejuízos. Afinal, pagar muitas taxas de corretagem para corrigir os erros é inviável.

3. Prefira os fundos de investimento

Como citamos, os fundos são geridos por profissionais do mercado financeiro. Eles têm mais capacidade de encontrar as melhores oportunidades e devolver lucros sem que você precise realizar as operações, bastando pagar uma taxa de administração.

Além dos fundos de ações, também existem os fundos multimercado, que misturam renda fixa e variável, e os fundos imobiliários, que estão em alta e podem se beneficiar da recuperação da economia. Nessas opções, não é necessário abrir uma ordem de compra — o processo é idêntico aos títulos privados.

4. Ganhe experiência no mercado

Pegar todo o seu dinheiro disponível para investimentos e comprar ações tem tudo para virar um pesadelo. É claro que você tem total liberdade para aplicá-lo onde quiser, mas a falta de conhecimento gera uma combinação arriscada para o seu patrimônio.

Existem maneiras de minimizar esses riscos e ganhar experiência. Muitas empresas oferecem simuladores para você operar no mercado com dinheiro fictício. Porém, o ideal é fazer pequenos investimentos e entender como os ativos variam antes de ter bagagem suficiente para aumentar os valores.

Agora que você sabe como investir na bolsa de valores com pouco dinheiro, a sua tarefa é fazer um planejamento financeiro para destinar uma parte do seu salário para as aplicações financeiras. No início, você pode fazer pequenas operações para ganhar experiência e, com o tempo, desenvolver estratégias para garantir uma renda extra todo mês.

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