Quem está por dentro de marketing de conteúdo sabe que conteúdos extensos e ricos de informação são sempre desejáveis, não é mesmo?
Afinal, as chances de rankeamento de textos com mais de 500 palavras são mais altas. Além disso, um texto maior tem mais chances de englobar vários aspectos de um determinado tema, resultando em um conteúdo muito relevante e bem embasado.
Contudo, essa afirmação está sendo contestada por grandes gurus do marketing. Rand Fishkin, do Moz, uma vez publicou um artigo de opinião sobre o assunto.
Ele propõe que conteúdos longos não são, necessariamente, conteúdos incríveis, uma vez que cada tipo de negócio possui uma necessidade.
Ficou intrigado? Continue lendo este artigo e confira um pouco mais sobre o assunto 😉
O que caracteriza um bom conteúdo?
Existem muitos fatores que diferenciam conteúdos encantadores de outros comuns. E, para alcançar esse nível, é preciso ser bom todos eles.
O que Fishkin — e também outras personalidades importantes do marketing digital — querem dizer, é que conteúdos extensos não necessariamente são encantadores. E tomar ambos por equivalentes pode matar a sua estratégia.
Quem estuda marketing de conteúdo sabe que é fundamental corresponder às expectativas da persona, não é mesmo? Contudo, às vezes entramos no modo automático e deixamos de enxergar oportunidades importantes.
Trabalhar com marketing digital exige não apenas domínio de várias áreas de conhecimento e de certas ferramentas, mas também algumas habilidades fundamentais como a curiosidade — e, quem sabe, a desconfiança.
Ué, mas como assim?
Às vezes deixamos a rotina criar uma certa resistência a mudanças. Desconfiar dos padrões pode levar a inovações relevantes. É aquela velha história de pensar fora da caixa. E isso exige um olhar treinado!
Na produção de conteúdo para web isso pode fazer toda a diferença. Veja a seguir alguns aspectos que são comuns de textos incríveis.
Utilidade
Parece óbvio, mas conteúdos que são realmente valiosos para os leitores devem ser extremamente úteis.
Contudo, por mais óbvia que essa afirmação pareça ser, a definição de utilidade pode variar muito de persona para persona. Concorda?
Existem algumas dúvidas que podem ser respondidas com um simples post de 350 palavras — em formato de pergunta e resposta, por exemplo. Da mesma maneira, existem assuntos que precisam ser tratados envolvendo mais nuances e argumentos, o que pode ser traduzido em um conteúdo extenso ou até mesmo em conteúdos especiais, como ebook e formatos diferentes (vídeos e podcasts).
E aí, você sabe o que sua persona está procurando?
Conhecimento da persona
Se você pesquisou sobre o assunto deste texto, certamente sabe da importância da persona para as estratégias de marketing digital.
É esse conhecimento de público que garantirá que sua estratégia está tratando dos assuntos certos, com a linguagem certa e com os formatos de conteúdo mais adequados. Conhecer uma persona a fundo é fundamental para ter sucesso nessas práticas. E, quando digo conhecer a fundo, isso engloba muita coisa!
É muito necessário estar sempre em contato com seu nicho e acompanhar as transformações e tendências envolvidas ali. Esse mercado muda com rapidez, cada segmento está constantemente atualizando seus objetivos e hábitos.
Tenha esse tipo de informação à mão sobre sua persona e seus conteúdos serão sempre relevantes, independente do tamanho.
Linguagem única
Quem está sempre em contato com produção de conteúdo com certeza possui um senso de entendimento particular sobre a língua portuguesa e suas nuances. Considerando o público de um país como o Brasil, que tem um idioma muito plural, é preciso conhecer as nuances da linguagem.
Esse é uma boa prática de marketing de conteúdo: por mais que, à primeira vista, pareça um aspecto secundário, é preciso entender bastante sobre semântica. Localizar as melhores palavras-chave é fundamental para produzir conteúdos que dialoguem diretamente com as personas.
Já pensou nas milhares de combinações de palavras que podem ser feitas para solucionar uma única dúvida? Para se ter ideia, 15% de todas as buscas no Google nunca foram pesquisadas anteriormente.
Não somente o Google, mas também redes como Twitter, Facebook, Linkedin e Medium possuem suas particularidades. Entender a linguagem garante, também, a compreensão de qual é a melhor plataforma para veicular as informações — e, dentro deste aspecto, é possível identificar qual é o tamanho de conteúdo ideal.
Em qual formato investir, afinal?
Existe uma infinidade de formatos de conteúdo para a web.
Para identificar qual é o melhor formato para sua persona, o primeiro passo é possuir repertório. Pare para identificar quais são os formatos mais frequentes que aparecem nos seus feeds, quais costumam receber mais acessos e, inclusive, qual tipo você prefere consumir.
Estar ligado em portais sobre marketing digital (como o Moz, que citei no começo do texto, e aqui mesmo no blog da Comunidade Rock Content) facilita compreender as tendências e, também, encontrar referências e inspirações para colocar em prática.
Além disso, como já dissemos, entender o que sua persona busca e como ela se comunica é a chave para criar conteúdos de qualidade. Por mais que conteúdos extensos tenham um ranqueamento muito bom, pode ser que sua persona não se dê bem com leituras longas e, consequentemente, os acessos não serão lá essas coisas.
Não ter medo de pensar fora da caixa e testar formatos que pareçam promissores — seja investir na produção de ebooks ou colocar no ar posts rápidos de perguntas e respostas — é o melhor caminho para que seu público te encontre e, num cenário mais amplo, tornar a internet um lugar melhor 🙂
E então, suas dúvidas foram solucionadas? Mantenha-se curioso (e desconfiado) e, assim, suas habilidades de produção de conteúdo estarão sempre afiadas!
Quero saber o que você achou dessa reflexão. Compartilhe sua opinião e suas ideias aqui nos comentários!