Copidesque é a revisão de textos, gramatical e ortográfica, que garante a clareza e adequação de um conteúdo para o veículo em que será publicado. Em jornais, revistas e agências de publicidade, o copidesque é o profissional que desempenha um trabalho mais complexo que o do revisor, pois tem a liberdade de reescrever textos para que ele não só seja coeso e coerente, mas também preciso tecnicamente.
Neste artigo vamos explicar direitinho como o copidesque atua, o que é preciso saber para se trabalhar na área e como é feita a contratação desse profissional. Fique atento!
Qual a história do copidesque?
Há alguns anos o departamento de “copy desk”, de onde se origina o termo que designa o profissional dessa área, era conhecido como o coração do jornal. Era por lá que todos os materiais, tanto as reportagens quanto as peças de publicidade e os editoriais, precisavam passar para serem incluídas na impressão.
Nada poderia ser aprovado sem a participação desses profissionais, que se responsabilizavam tanto pela acuidade do que era produzido quanto pela adequação dos textos à linha editorial da publicação.
O trabalho, imperceptível para quem recebia o jornal todas as manhãs em casa, era considerado essencial nas empresas de comunicação. Não havia posição mais nobre para se ocupar no jornalismo do que o cargo de chefe de copy desk em organizações como o New York Times.
Os tempos, porém, mudaram e hoje recebemos atualizações em tempo real das notícias, conseguindo até acompanhar o nascimento delas em redes sociais como o Facebook e o Twitter, mas a tarefa do copidesque não ficou mais simples por isso.
Eles também tiveram que passar a trabalhar em um ritmo acelerado, o que transformou radicalmente a dinâmica da profissão. Embora os departamentos tenham diminuído, as atribuições do profissional apenas aumentaram em complexidade e a sua atuação se expandiu para fora das revistas e publicações impressas.
O que antes era tarefa para 40 pessoas (o número de funcionários do copy desk do NY Times na década de 1950), tornou-se uma atividade realizada por poucas pessoas. Cada vez mais especializadas, elas passaram a dispor de ferramentas que simplificaram sua atuação profissional, antes feita a papel e caneta. Computadores, softwares de edição de texto e de correção gramatical e ortográfica foram integrados à rotina do copidesque.
Em que áreas o copidesque atua?
A evolução fez com que esse profissional passasse a desempenhar inúmeras funções, dentro ou fora das empresas. Os copidesques deixaram de ser apenas preparadores de originais, ou seja, profissionais do mercado editorial que arranjam uma publicação antes que ela veja a luz do dia, e se integraram aos departamentos de Marketing.
Eles são contratados para fazer o papel de um leitor crítico. Avaliando originais quanto à qualidade escrita e narrativa, passaram a ser exigidos como técnicos. Há copidesques que se dedicam a publicação de artigos científicos e outros que trabalham diretamente no Marketing de Conteúdo, por exemplo.
Na publicidade garantem que a mensagem da marca seja entregue com o máximo de clareza e atratividade e no ambiente editorial evitam que sejam publicados livros sem pé nem cabeça.
Até nas redes sociais os copidesques encontraram posições para ocupar, lidando com todas as etapas da produção de materiais online para que eles estejam apropriados para a publicação.
O que é preciso para me tornar um copidesque?
Quem tem facilidade com as palavras e um senso crítico forte deve estar se perguntando porque ainda não pensou em atuar como copidesque. As qualificações para ingressar na profissão são bastante acessíveis e não é preciso possuir um diploma de Letras para integrar um time de copidesque. De fato, esses profissionais podem atuar como autônomos, atendendo a múltiplos clientes em projetos completamente distintos.
O mesmo copidesque que revê a produção de conteúdo de um blog está apto a acompanhar um livro até que ele chegue às prateleiras. Para isso, porém, precisa desenvolver habilidades como:
Formação profissional
Ainda que um diploma específico não seja exigência para o copidesque, ele deve ter alguma formação profissional. Bacharéis em Letras, Jornalismo e Publicidade têm vantagem em relação a quem entra nessa área por outros meios. Eles convivem com o processo de copidescagem ao longo de seus cursos e assim adquirem experiência.
A faculdade, porém, não é obrigatória. Alguém com ensino médio, mas que cursou técnicos em produção textual ou em temas como o Marketing de Conteúdo pode também atuar como copidesque.
Familiaridade com as ferramentas
Para se integrar ao mercado de trabalho o copidesque também terá que aprender a lidar com softwares. O pacote Office é essencial, mas editores de PDF para inserção de comentários como o Adobe Acrobat e até programas de editoração de textos, como o InDesign serão ótimos diferenciais.
Prática e portfólio
Copidesques também podem se beneficiar de um bom portfólio. Quem está começando agora pode fazer trabalho voluntário para causas em que acredita e melhorar os materiais produzidos por blogs e sites, para panfletos, revistas e redes sociais de ONGs e coletivos, com o intuito de se profissionalizar.
Usando recursos como o DiffChecker, podem comparar as versões originais com as entregas e mostrar como a sua atuação impactou o texto final.
Como são contratados os copidesques?
Como já mencionamos anteriormente, a prática de copidesque em departamentos transformou-se em raridade. Com exceção das editoras e das publicações científicas, poucas são as empresas que dedicam um time exclusivamente a copidescagem.
É o trabalho autônomo que constitui a rotina da maioria dos profissionais. Utilizando plataformas que conectam freelas e marcas, como a da Rock Content, eles podem integrar o processo de produção de conteúdo e garantir uma renda estável mensalmente.
Os copidesques são contratados por projeto, certificando-se da criação de uma linguagem padronizada para blogs, e-books, livros e revistas ou podem atuar pontualmente, na revisão de materiais específicos. Fazendo dupla com um redator (ou especializando-se nessa área), conseguem oferecer serviços completos para os clientes, com um ótimo custo-benefício.
Um bom copidesque é aquele que não para de se especializar. Frequente cursos, voluntarie-se para trabalhos diferentes e não pare de ler se quiser se transformar em um profissional requisitado, seja nas plataformas freelancer ou dentro de uma empresa.
E aí, conseguiu entender melhor a diferença entre o copidesque e o revisor e como esse profissional atua? Quer ingressar na área? Então comece aprendendo quanto cobrar pelo freela!