A idade é um número que as pessoas costumam associar com alguns preconceitos para classificar você. Por isso, a gente evita contar, mas quando resolve mandar a real, costuma ser por uma boa razão, não é mesmo? O que me motiva a contar a minha história — e a destacar quantos anos tenho — é incentivar outras pessoas a se reinventarem quando for preciso, ou melhor, quando se tornar vital.
Então, vou usar este espaço para expressar a minha crença no que a persistência e uma boa oportunidade podem fazer pela gente, independentemente das nossas dificuldades e de todas as limitações que a vida nos impõe.
Quer saber mais? Vem comigo que eu te conto!
Correr, correr e correr
Quando se tem filhos e um deles tem deficiência — a minha Ana Paula tem paralisia cerebral, por isso, depende 100% dos meus cuidados —, tudo que você mais faz na vida é correr. Não dá nem tempo de embarcar nas crises existenciais que as idades trazem, tipo a dos 30 ou a dos 40 anos.
Você só vai que vai, trabalha, cuida da molecada e tenta conciliar as correrias e estar sempre empregada. Afinal, seus filhos dependem de você e é necessário pagar as contas. Ajuda familiar sempre rola, mas a responsabilidade de estar lá e de fazer as coisas darem certo é inteiramente sua.
De repente, 47
Na correria da vida, o que menos me preocupou foi a idade, então, quando me dei conta estava com a filharada em volta, assoprando as 47 velinhas — mentira, foram só 2 velinhas, com os numerais 4 e 7!
Depois que todo mundo foi para seu canto, lá pelas tantas, sentei na beira da cama e passei um anti-idade no rosto. Lembrei que o Leandro Karnal diz que usar antirrugas é o maior sinal de fé que uma pessoa pode expressar.
Enfim, cada um de nós tem o direito de acreditar naquilo que bem entender, certo? Foi nesse exato momento, de viajar nas ideias, que caiu a ficha! (Note que, nessa autêntica viagem no tempo, não poderia faltar um toquezinho retrô.)
Balanço de vitórias e projetos
E por falar em retrospectiva, foi na primeira madrugada dos meus 47 anos que visualizei o tantão de batalhas que eu e meus filhos tínhamos na bagagem. Olhei o contexto e vi como nós nos ajudamos e incentivamos em cada etapa da caminhada.
Lembrei de tempos ruins e de outros melhores e também fiz um balanço de como andavam as coisas. Nessa época, meu filho mais velho havia conseguido uns jobs para eu desenvolver na área de redação.
Quando o projeto acabou e fiquei desempregada, queria demais continuar fazendo freelas, pois podia trabalhar de casa. Desse modo, dava para conciliar os cuidados com a Ana, acompanhar direitinho o crescimento dos meninos e ganhar meu dinheiro.
Lá no fundo do coração, guardado a sete chaves, estava o sonho de fazer uma faculdade. Bem, tudo dependia somente de continuar com os jobs de redação. Contando assim, pode até parecer simples, mas entrar em um mercado bastante concorrido não é lá a mais tranquila das ambições.
Ironias do mercado freela
Com a firme intenção de permanecer, crescer e aparecer como freela, comecei a me candidatar a diversos projetos. Não podia ver um anúncio que lá estava eu, disposta a fazer um teste.
Mas as propostas de trabalho beiravam o ridículo e era impossível aceitar trabalhar pelos valores ofertados. Além do mais, eu não tinha nenhuma certificação, o que me colocava na base da pirâmide dos profissionais de copywriting.
Veja outras Colunas Freelas com histórias sensacionais para se inspirar!• Como o telemarketing pode te ajudar na rotina de freelancer
• Como destruí minhas crenças limitantes para Viver de Freela
• De cliente a freelancer: como a Rock Content transforma vidas!
• Sou de exatas e nunca gostei de escrever: posso produzir bons conteúdos?
Eu, Rock e as crianças, uma história para comemorar
Já perto de me render, abraçar um emprego CLT e colocar alguém para ficar no meu lugar em casa, conheci a Rock Content. Estudei e estudei os materiais gratuitos, criei a minha primeira candidatura e… fui reprovada.
Com o feedback dado ao meu texto ainda fresquinho na cabeça, voltei a estudar e aprendi mais um bocado sobre produção de conteúdo para web.
Isso foi no fim de 2015, quando ainda não era preciso tirar a certificação. Já em janeiro de 2016 recebi o meu primeiro e-mail de candidatura aprovada. Gente, que alegria!
Fiz dancinha, comemorei e os meus filhos pularam muito junto comigo! Cada tarefa que caía no dashboard era uma nova festa e um friozinho na barriga. Para dizer a verdade, eu cuidava da minha menina e deixava os meninos de olho na plataforma, para avisarem quando aparecia um convite.
Daí, eles gritavam “mãe, tem tarefa!”, eu corria e pegava rapidinho, com aquela alegria que só quem atua na Rock conhece.
Escrever, escrever e escrever
Se no comecinho eu recebia poucos convites para redação, não demorou muito para chegarem mais e mais tarefas. Pude, então, assumir a mensalidade da faculdade e dividir o meu tempo entre os estudos, textos e filhos.
Foram 3 anos — sim, cursei a minha licenciatura em Letras-Língua Portuguesa em 6 semestres — de muita dedicação, aliada à ajuda dos meus filhotes.
No último semestre do curso, época de TCC e estágio obrigatório, recorria sempre aos analistas em busca de mais prazo.
Assim, terei gratidão forever às lindas Carolina Roque, Denise Niffinegger e Lú Barbiere, analistas crushes que sempre me deram o maior apoio. Nessa linha estão muitos outros queridos e queridas, mas se eu mencionar todos, vai parecer rasgação de seda.
Por fim, agora estou com 50 anos, exatos 538 textos produzidos na plataforma, mais um bocado deles para outros clientinhos — e clientões. Continuo me dividindo entre os afazeres de casa, os cuidados com a filhota especial e os meus estudos.
Só que, agora, estou fazendo uma pós na área da Filosofia — além do prazer que isso me dá, construo novos conhecimentos para agregar valor aos meus trabalhos. E como a vida é muito curta para ser pequena, como diz o professor Mário Sérgio Cortella, estou sempre atenta à força impulsionadora do propósito.
Acredito que realizar essa energia e usá-la como elemento transformador depende, principalmente, de encontrar a oportunidade certa!
Eu achei a minha chance na Rock, principal porta de entrada para o mundo dos jobs de redação, dos feedbacks megaconstrutivos e da convivência “lado a lado” com os mais amáveis e competentes profissionais do marketing de conteúdo.
Você tem uma história de vida freelancer e quer compartilhar com a comunidade mais engajada do marketing de conteúdo? Escreva para a Coluna Freela e solte a sua voz!
Kerley Almeida
Graduada em Letras-Língua Portuguesa, pós-graduanda em Filosofia, redatora web.
Você tem alguma história de vida como freelancer que gostaria de compartilhar com a gente? Confira o form abaixo.(function() { var qs,js,q,s,d=document, gi=d.getElementById, ce=d.createElement, gt=d.getElementsByTagName, id=”typef_orm”, b=”https://embed.typeform.com/”; if(!gi.call(d,id)) { js=ce.call(d,”script”); js.id=id; js.src=b+”embed.js”; q=gt.call(d,”script”)[0]; q.parentNode.insertBefore(js,q) } })()