Grifinória, Sonserina, Lufa-lufa ou Corvinal. Não importa qual a sua Casa em Hogwarts, Harry Potter tem muito a ensinar para nós, que estamos nessa atividade de ser redatores.
E não estou falando das aulas de Herbologia, Artmância ou Trato das Criaturas Mágicas lecionadas na escola. Mas sim das lições que ficaram com as aventuras dos personagens ao longo das narrativas.
Bom… às vezes, produzir um texto para web pode até exigir certa mágica da nossa parte. Acrescentamos uma palavra-chave aqui, arrumamos a escaneabilidade ali, usamos um Inbound Marketing lá, uma pitada de link building acolá e está pronta nossa poção para atrair leads e aumentar taxas de conversão! Com direito a pontos (notas e o tão esperado $$) para a Casa.
Mas vamos deixar de enrolação e ir ao que interessa! Não seja um trouxa e me acompanhe, aqui, nessa viagem pelo mundo bruxo-freela! Pegue sua vassoura (ou você prefere o pó de flu?) e venha comigo ver os ensinamentos da saga de Harry Potter a um redator.
5 lições que um redator freelancer pode aprender com Harry Potter
Poções, feitiços, risadas, grandes emoções, aventuras e até lições. Nossa querida J.K. Rowling contribuiu muito, por meio das aventuras do nosso bruxo mais querido, até para a vida de quem trabalha com produção de conteúdo. Você duvida?
Os detalhes importam
No primeiro livro da saga, enquanto estão todos na aula de Feitiços para aprender a habilidade de levitar objetos, Hermione repara a frustração e a maneira desajeitada de Rony, ao tentar realizar, sem sucesso, o Wingardium Leviosa.
Acontece que nosso Weasley não se deu conta de que estava cometendo um pequeno erro na sua forma de pronunciar a palavra mágica. E, apesar de aparentemente banal, era justamente o detalhe que o impedia de ter êxito na sua tarefa.
“It’s leviOsa, not leviosA”.
Da mesma forma, você, amigo redator, prestando atenção ao que a pauta pede evitará o trabalho de repetir o seu feitiço (ou encarar pedidos de ajustes) muitas vezes. Assim, tente perceber: você colocou o CTA correto? Evitou os termos proibidos? Utilizou a linguagem correta para falar com o público? A escrita está de acordo com a etapa do funil? A palavra-chave está correta?
Ainda pensando na importância dos detalhes, uma sugestão bacana que tenho para você é ter atenção aos problemas e objetivos da persona, que poderão te inspirar na hora de construir a sua introdução, parte importante que fará o leitor continuar a leitura. Às vezes, uma entonação diferente é o que pode fazer o encanto acontecer.
As palavras são fontes de magia
A famosa frase de Dumbledore é uma das minhas preferidas ever! “Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de causar grandes sofrimentos e também de remediá-los”.
Posso passar um dia filosofando sobre esse pensamento aqui para você, mas vamos nos ater ao nosso trabalho de freela.
Nossas palavras (e nossos textos), às vezes, têm o poder de mudar o dia, ou a vida, de uma pessoa. Nossa tarefa de produzir conteúdos relevantes consegue, realmente, tirar dúvidas, abrir reflexões, inspirar alguém a tomar alguma atitude.
Você já pensou sobre isso? Somos um pouco influencers, ainda que atuando como ghostwriters. E, dessa forma, devemos pensar na responsabilidade social com os jobs que criamos.
Outro ponto a ser mencionado é sobre o encantamento que podemos fazer, por meio de uma escrita persuasiva, usando as técnicas de copywriting e dos gatilhos mentais! Eles são como a poção Amortentia, capazes de atrair leads, fazendo-as se interessarem ainda mais pelo produto.
O seu estilo é o que diferencia você
Com seus óculos spectrespecs e sendo uma fã de pudins, a Luna Lovegood tinha um estilo peculiar. Isso a tornava única! Quem de Hogwarts você conhece que seja parecido com ela? Luna cativou muitos leitores exatamente pela sua dose de excentricidade. E, talvez, ela não tivesse conseguido tantos admiradores se fosse só mais uma na multidão do castelo.
No seu texto, se for permitido, não tenha medo de ousar! Desde que você passe a mensagem certa, siga as orientações pedidas e isso tudo se encaixe no estilo da persona, coloque um pedaço de você. Isso tornará o texto incomparável, singular e mais especial ainda, assim como nossa querida Lovegood.
Mas cuidado! Apesar de colocar uma pitada de personalidade, concentre-se no que você está fazendo, e não perca o foco do que você se dispôs a oferecer, ok ? Não vá deixar os zonzóbulos embaralharem seus pensamentos e suas ideias!
A habilidade para ouvir é necessária
Chamo nosso mago Dumbledore para compartilhar mais um de seus pensamentos: “Cada qual acredita que o que tem a dizer é muito mais importante do que qualquer coisa que o outro tenha a contribuir”.
Uma pequena pausa para eu te lembrar da cena em que rolou isso… Em Enigma do Príncipe, Harry tinha ido visitar o professor em sua sala, o qual estava compartilhando alguma de suas lembranças, muitas delas sobre Tom Riddle.
Acontece que Potter ainda tinha uma enorme desconfiança sobre Snape e precisava relatar o que tinha acontecido momentos antes, mas Dumbledore não deu muita atenção. Percebendo a frustração de Harry, nosso diretor da escola disse isso a ele.
No trabalho de um freela, muitas vezes, é preciso ter um pouco de humildade (e paciência), para conseguir aceitar o que um revisor, um analista ou o próprio cliente tem a dizer. Ainda que seja chato escutar aquele feedback que te faz pensar: “mas isso é tão injusto!”, respire fundo, deixe esse sentimento passar e reavalie a situação.
Nosso aprendizado na área é diário, então, mesmo que você tenha a sua razão, analise o que você pode tirar de positivo nisso tudo. E se você acha que não tem nada a evoluir, é porque você ainda não se conhece tão bem.
Os desafios fazem parte
Em O Cálice de Fogo, nosso bruxo, mesmo com medo, participa de todas as tarefas do Torneio Tribruxo. Elas são desafiadoras e o obrigam a passar por situações que testam o seu limite. Contudo, se não fosse por elas, ele, talvez, não tivesse desenvolvido algumas de suas habilidades nem conhecido todos os seus pontos fracos e os fortes.
Não quero dizer com isso que você deva aceitar qualquer job e ver de qual é. Até porque nosso trabalho envolve nossa responsabilidade e a satisfação do cliente. Mas dificuldades sempre vão existir em qualquer contexto, inclusive no nosso, e é importante não desistirmos de tentar, por qualquer situação que tenha saído diferente do que imaginávamos.
Os obstáculos podem ser vários: melhorar nossas práticas de SEO, fazer um copywriting, aprender regras gramaticais, entender um assunto complexo para traduzir em um texto, lidar com clientes exigentes, ser reprovado em uma candidatura na plataforma, enfrentar o bloqueio criativo e a procrastinação, conciliar com outras obrigações, perder um prazo porque surgiu um problema inevitável, ter mais controle das finanças, perder o foco devido a problemas pessoais.
Tudo faz parte, mas se quisermos vencer e levar a taça, precisamos encarar com dignidade e ir, aos poucos, lapidando nossas competências. É enfrentando que podemos perceber em que ponto estamos falhando e que precisamos melhorar, pois os erros também nos ensinam, já a zona de conforto, dificilmente nos eleva.
Então, meu amigo potterhead redator, #VarinhasEmPunho e #PartiuMagia! Lembre-se dessas lições do Harry Potter da próxima vez em que for preparar sua poção mágica (leia: sua tarefa). E faça uma boa mistura dos ingredientes necessários, a fim de evitar que o professor Snape (substitua por analista, ou revisor ou cliente) passe tirando pontos da sua Casa.
E assim como o Dobby, também conquiste sua liberdade sendo um freela da Rock!