Até que ponto posso aprofundar e escrever conteúdos técnicos?

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Mas quando alguém puxa a conversa sobre um tema pelo qual somos apaixonados, aí não tem jeito: é difícil conter o impulso de monopolizar o bate-papo e acabar importunando os amigos com detalhes e mais detalhes que, na verdade, ninguém está muito a fim de entender entre as rodadas de chope e filé a palito.

Se você já passou por esse tipo de situação, talvez já tenha uma boa ideia sobre até que ponto é possível aprofundar o conteúdo no quesito técnico dentro do seu texto. Ou não? De toda forma, vá puxando a cadeira e pedindo seu drink favorito que a conversa tá só começando!

Personas

Vamos lá, quem você convidou para se sentar com você à mesa? Seus colegas de trabalho ou aquele bando de primos pentelhos? Para mandar bem tanto num texto de marketing de conteúdo quanto num happy hour, é preciso, antes de tudo, saber para quem você estará falando. Com seus colegas de trabalho, a rebimboca da parafuseta pode até render uma discussão acalorada, mas você vai matar de tédio seu primo Matias — que sequer entrou na faculdade — se aprofundar demais esse tipo de assunto.

– Tá, mas como eu sou uma pessoa legal, e se eu convidar meus primos pentelhos e meus colegas de trabalho, ao mesmo tempo, para tomar aquela gelada?  

Aí é simples: você vai optar por uma conversa mais abrangente, que consiga interessar a todos os públicos sem inflamar ou entediar ninguém, como veremos a seguir.

Estágios do Funil

Imagine que a noite vai ser boa e você se transforme num funil de vendas humano, pronto para arrasar na balada! Imaginou? Bem, seu “look” se enquadra no TOPO DO FUNIL, ou seja, é com ele que você deseja atrair a atenção do maior número de pessoas possível. Logo, se radicalizar demais no visual, fatalmente reduzirá o número de pretendentes — da mesma forma que um texto destinado a atrair visitantes no TOPO DO FUNIL acabará afastando leitores se rebuscar demais o conteúdo.

Você está numa noite de sorte e a galera começa a se aproximar. Essa é a fase do MEIO DO FUNIL, em que os visitantes simpatizaram com você e se converteram em leads interessadas em chegar mais perto. É a hora de mostrar que, além do look, você tem um papo interessante e sedutor. Lembrando, é claro, de demonstrar bom senso: se disparar a falar contando tudo sobre você, sua família e seu gatinho de nome Pringles, pode ter certeza que irá perder a chance de transformar essa lead em uma oportunidade.

Se o papo colou e seu date, ou lead, inclusive achou uma graça a história sobre seu gato Pringles e a boate está quase fechando, é o momento certo de dar aquela investida e fechar o negócio da sua vida. Sim, estamos no FUNDO DO FUNIL. A essa altura, vale fazer a pergunta clássica sem o risco de soar totalmente pervertido: “Vamos para algum lugar mais tranquilo?”. Em termos de marketing de conteúdo, o estágio FUNDO DO FUNIL permite um tom mais impositivo ao conteúdo, já que estamos nos dirigindo a uma oportunidade interessada pela sua proposta.

Autoridade

Se você já dividiu uma mesa de bar com alguma personalidade importante, de preferência com muitas histórias na manga, deve saber bem que as chances de que o encontro deixe de ser uma troca de conhecimentos para se transformar em um monólogo enfadonho são enormes.

O mesmo acontece na redação para web. Às vezes, temos amplo domínio sobre determinado conteúdo (e até vibramos quando somos designados para a tarefa), dispensando até mesmo a pesquisa por referências. No entanto, a empolgação por falar sobre algo que conhecemos é tanta que nos esquecemos de verificar a persona e o estágio do funil, produzindo um texto que tende a ser mais chato que o monólogo da personalidade que fala até babar…

Para não soar arrogante, tampouco aborrecer nossa persona e, ao mesmo tempo, transmitir autoridade, a melhor coisa que podemos fazer, como redatores, é inserir no texto links e muitas referências que agreguem valor à pesquisa em vez de lotar o artigo com informações dispensáveis que só têm o objetivo de mostrar que você sabe tudo (e confundir a cabeça da persona).

Abordagens diferentes

Vida de redator freelancer definitivamente não é fácil… Muitas vezes somos obrigados a escrever sobre os assuntos mais malucos, esperando o dia em que iremos pegar uma tarefa que tenha tudo a ver com o nosso perfil, e, quando finalmente aparece, corremos o risco de empolgar demais e atropelar personas e funil de vendas.

Porém, há também o oposto: quando nossas afinidades como redator são tão conhecidas que chegamos a receber 10, 20, 30 tarefas sobre o mesmo tema e até o mesmo título. Aí, o que fazer? Embora a tentação para replicar as mesmas informações de sempre em todos os textos seja muito grande, podemos lançar mão de abordagens criativas para cada um dos textos, deixando-os menos técnicos e mais digeríveis.

É como se fôssemos apresentados ao colega de um colega nosso na mesa de bar e repetíssemos os mesmos causos engraçados que já contamos em outras circunstâncias, cada vez de uma forma ainda mais divertida.

Analogias boêmias à parte, fato é que o grau de aprofundamento do conteúdo sempre dependerá de dois itens: personas e fase do funil de vendas. Antes de abrir o Word, o redator tem que saber para quem está escrevendo (qual o grau de instrução da persona, bem como a intimidade dela com o tema), e com qual intenção (atração, conversão, nutrição, decisão). De posse dessas duas informações, basta uma pitada de bom senso e criatividade para que, no fim da noite, não entre água no chope de ninguém. Saúde!

E então, curtiu o nosso artigo? Tem mais alguma dica para acrescentar? Ah, não se esqueça de curtir a fan page do blog da Comunidade Rock Content no Facebook e ficar por dentro de muitos outros posts que irão te ajudar no ofício de redator freelancer.

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