Ok, se você está lendo esse texto é porque quer trabalhar de forma remota – independente de ter vontade ou não de viajar o mundo e se tornar um nômade digital.
Você cansou do escritório.
Quer flexibilidade, liberdade e, principalmente, se sentir vivo.
Acertei?
Bom, então continue lendo porque esse texto é para você.
Um grande equívoco que percebo quando alguém diz que quer trabalhar remotamente e viver de freela é que, geralmente, essas pessoas procuram por empregos.
Tudo bem que existem plataformas onde você pode arrumar alguns trabalhos temporários e hoje algumas empresas oferecem a opção do home office, porém, se você quer ter uma carreira de sucesso trabalhando remotamente e com flexibilidade de verdade, deve criar o seu próprio trabalho.
Mas, como fazer isso?
Bom, há pouco mais de 1 ano trabalho de forma integral como freelancer. Porém, minha carreira como freelancer não começou naquele dia 17 de janeiro de 2017 quando pedi demissão do meu emprego. Todo esse lifestyle surgiu no dia em que percebi que os empregos convencionais não eram para mim. Isso foi em meados de 2015.
Naquela época, quando decidi que queria trabalhar por conta própria, nos meus termos e condições, passei a estudar exaustivamente como fazer isso. Li livros como “Trabalhe 4 Horas por Semana“, para ter “uma luz” de como trabalhar remotamente, e “O Poder do Hábito“, para estabelecer uma rotina e encontrar tempo para criar enquanto eu ainda tinha meu trabalho formal.
Lembre-se sempre: o caminho para se tornar um freelancer bem-sucedido não começa no dia em que você se demite, mas no dia em que você decide que este é o estilo de vida certo para você.
Portanto, prepare-se para ralar muito até que isso se torne realidade.
A ideia deste guia, aliás, é te ajudar com essa preparação.
Vamos lá?
Criando seu trabalho remoto
Vamos ao básico: se você quer ser freelancer e trabalhar em casa ou ao redor do mundo, tem que pensar em alguma atividade que possa desempenhar remotamente e em como ganhará dinheiro com isso.
Falando assim parece simples, eu sei. Mas, também sei que na realidade não é. Eu mesmo levei uns bons dois anos para ter aquele momento de “É ISSO! SOU UM GÊNIO!”.
O problema é que muita gente já desiste aí.
“Não consigo pensar em nada”.
“Não sou bom em nada”.
“Não tenho mais esperanças de ser nômade digital“.
“Isso aí é para quem tem pais ricos”.
“Só rico larga tudo”.
Esse é o tipo de coisa que estou acostumado a ler por aí – confesso que também já pensei assim.
O ponto é que quando você consegue, de fato, pensar em algo que possa fazer remotamente e que pague suas contas, o nomadismo digital está mais perto do que você imagina.
E essa resposta sobre “o que fazer” você não encontrará neste post nem em qualquer outro.
Por que?
Eu não sei qual a sua bagagem. Não sei no que você é bom. Não sei quais suas referências.
Portanto, quem vai descobrir essa resposta é você mesmo.
Eu sei, desanima pensar, pensar, pensar e não chegar numa resposta. Mas ela existe. Nem que seja um “esse modelo trabalho não é para mim”.
Planejando sua nova vida
Ok, você encontrou uma forma de trabalhar remotamente. Uhul!
Agora, nesse primeiro momento, esqueça o nomadismo digital. Seu foco tem que estar em, primeiro, migrar para o home office.
Pense no seguinte:
Quanto de dinheiro você precisa para se manter durante 6 meses (ou 12, caso seja mais conservador) caso algo dê errado?
E aqui você terá que fazer algumas concessões. Principalmente se quiser viver num estilo de vida nômade. Nada de carrão, apartamento dos sonhos do Pinterest, roupas de marca ou balada todo final de semana.
Então, a dica que dou nessa fase do planejamento é: só se demita do seu emprego atual quando tiver o valor de 6 meses do seu “lifestyle” no banco. Não seja irresponsável. Não “largue tudo”.
Já sonhou em ser nômade digital? Com a ajuda dos 10 principais nômades brasileiros, para produzimos um material sobre o nomadismo, fugindo dos filtros e do glamour do Instagram, abordando os desafios, dificuldades e, é claro, as vantagens desse estilo de vida. Partiu Mundo?
Como eu fiz
Durante quase 1 ano conciliei meu trabalho “oficial” com minha atividade ainda não-remunerada como produtor de conteúdo.
Como assim “não-remunerada”?
Vamos lá.
Eu era um total desconhecido que tivera até então algumas experiências legais, mas nada demais.
Sentia que para trabalhar de forma autônoma e conseguir meus primeiros clientes, antes, eu precisava ser visto.
Criei, então, um blog com meu nome e um perfil no LinkedIn.
Se eu queria ser contratado para fazer freelas, teria que mostrar meu conhecimento, correto? Vejo uma galera dizendo coisas do tipo “como vou mostrar o que sei se ninguém me dá uma oportunidade?”.
E é aí que vem o pulo do gato: eu criei as oportunidades. Eu mostrei o que sabia, o meu conhecimento, criando meus próprios conteúdos. Eles eram o meu portfólio. E foi assim que fui criando uma demanda antes mesmo de ter um produto ou serviço. Meus textos começaram a fazer barulho no LinkedIn e logo identifiquei como monetizar isso.
Criei uma estratégia de “Marketing Pessoal e Produção de Conteúdo“, ou seja, lancei meus serviços como freelancer em marketing digital, mas sem, necessariamente, fazer propaganda disso. Eu criava (e continuando criando) conteúdos para o meu blog e para o LinkedIn e, a partir daí, as pessoas iam/vão me conhecendo e solicitando orçamentos.
Porém, embora eu tenha criado uma audiência rapidamente com meus conteúdos, deixei o emprego apenas quando minhas reservas financeiras atingiram o teto de 6 meses para eu me manter. Não fiz nenhuma loucura.
Relacionado: Como encontrar trabalho remoto e ‘freelas’ através do LinkedIn
Este sou eu em setembro de 2017 trabalhando remotamente em Tulum, no México. Foto: Laís Schulz.
Identifique parceiros em potencial
Eu fiz muita “permuta” no começo da minha carreira como freelancer. Acho que todo mundo acaba, um hora ou outra, fazendo isso. O escambo ajuda muito no início.
O legal da troca de serviços é que, além de seu trabalho ser indicado para pessoas que você provavelmente não conheceria, você ganha um parceiro comercial.
Identifique quem pode te ajudar dessa forma nesse começo. Se você é designer, ofereça fazer a identidade visual de algum site com uma audiência legal em troca de divulgação. Se é programador, identifique alguém que tenha uma presença legal no LinkedIn, por exemplo, e crie o site dessa pessoa em troca de divulgação.
É uma maneira legal de criar um portfólio com conteúdos que vão além dos produzidos para a sua marca pessoal – no meu caso, fiz muitos guest posts para outros blogs (muita gente me conheceu daí).
O negócio, neste começo, é ser visto. E em parceria com outros profissionais autônomos isso fica muito mais fácil – para os dois lados.
Um último conselho…
Se você clicou nesse post achando que eu te daria a resposta exata do que você deve fazer para se tornar um freelancer, saiba que nem no be freela, nem em outro lugar, você encontrará isso.
Cada caso é um caso. Cada realidade é uma realidade.
O que quero dizer é que esse quebra-cabeça é seu! Você que deverá descobrir como encaixar todas essas peças dentro do seu mundo.
Você pode ler todos os livros sobre o assunto, fazer um ou outro curso, assistir vídeos no YouTube, mas, no final das contas, a responsabilidade por fazer as conexões dentro do quadro geral e refinar cada detalhe é, e sempre será, sua.
Quanto ao resto do que você precisa saber?
Bom, a carreira de freelancer só vira uma carreira quando você trabalha duro para que isso aconteça.
Batalhei muito, suei muito e chorei muito. Mas, para mim deu certo. Tem dado certo.
E o resultado disso é um estilo de vida e uma sensação de liberdade incomparável com qualquer outro trabalho no mundo.
Be free.
Be freela.
Reunimos todas as principais técnicas e métodos necessários para trabalhar o seu marketing pessoal no LinkedIn. Confira nosso kit e seja visto na maior rede profissional do mundo!