Das redações de jornal para a web: o retorno da profissão copydesk

profissão copydesk

O jornalismo mudou de inúmeras formas diferentes desde seus primórdios. Tivemos a “era” do impresso, do rádio, da televisão, e agora vivemos em uma sociedade que se modernizou demais em um curtíssimo período de tempo.

Dentre todos os momentos vividos pelo jornalismo, inúmeras funções designadas ao profissional de comunicação foram criadas, extintas, modificadas — e outras até mesmo reapareceram — como é o exemplo do copydesk.

A função, dentre inúmeras outras possibilidades criadas na atual era da informatização do conteúdo, é uma ótima opção para jornalistas e comunicadores, em geral, que buscam por novas alternativas de carreira.

Quer conhecer mais sobre a profissão copydesk e entender como se deu o seu retorno? Acompanhe o post de hoje!

O jornalismo e suas mudanças

É muito provável que um atual estudante de jornalismo já tenha ouvido, pelo menos uma vez durante o curso, alguém falar sobre como a profissão mudou com o passar do tempo e se o fato seria prejudicial para o mercado — ou para o futuro dos jornalistas.

A tal mudança drástica, por mais que pareça se tratar de um fenômeno inédito, já aconteceu pelo menos umas três ou quatro vezes (em níveis grandiosos) desde o batismo do jornalismo enquanto profissão.

Quando o rádio chegou até as residências, a forma de contar a notícia mudou, e os adeptos ao jornalismo impresso possivelmente pensaram que suas carreiras estariam acabadas. O mesmo aconteceu após o surgimento da televisão, assim como em todos os processos de modernização vividos por veículos de comunicação.

Agora, então, em um momento em que a internet transformou por completo a forma de produzir e lidar com a informação, é normal que um pensamento de disrupção venha à tona, porém é importante destacar uma coisa: o jornalismo não acabou nem vai acabar!

O que muito provavelmente vai acabar é a forma como lidamos com a profissão até pouco tempo atrás. Por isso, é preciso se adaptar e compreender as características fundamentais de um jornalista nos dias de hoje.

Sugestões do editor:
Revisor freela, entenda de uma vez por todas: seu trabalho não é bico
Mercado Freelancer 2018: um panorama completo do freelancing no Brasil
O que aprendi revisando mais de 400 blog posts em menos de 1 ano
O que mudou na profissão de jornalista — segundo uma profissional da área
Marketing de conteúdo para não-marketeiros: entenda
O que é freelancer e tudo que você precisa saber para se tornar um

Ao saber mais sobre o copydesk, tenho certeza de que você vai entender ainda melhor o que eu estou falando!

A profissão “copydesk”

Quem acha que o copydesk (ou copidesque, de forma aportuguesada) veio junto com o marketing e a internet está bem errado. A profissão era comum justamente nas redações de jornais impressos, símbolos do tal jornalismo tradicional.

Naquela época, o profissional copidesque tinha como responsabilidade a revisão de textos. Nela, deveria ser feito um “pente fino” em relação a correções gramaticais, clareza do conteúdo e até mesmo coesão editorial, ou seja, se o texto fazia sentido naquele ambiente de publicação.

O tempo passou e a procura por profissionais multifacetados cresceu dentro das redações. Por isso, cargos muito específicos como o de copidesque foram agregados ao do próprio “dono da matéria”, ou seja, o jornalista que assinaria o conteúdo, e também ao editor do caderno em questão.

O reaparecimento da profissão copydesk

O copydesk, como vemos nos dias de hoje, tem total ligação com o universo do marketing digital e redação web, e o motivo é simples.

Atualmente, o profissional que atua na área não deve estar restrito aos pontos de correção tradicionais citados anteriormente, ou seja: não adiantar apenas dominar a língua portuguesa e as técnicas vindas do jornalismo! Mais do que isso, é preciso compreender muito sobre SEO e marketing de conteúdo.

O copydesk atua não apenas enquanto revisor, mas sim como uma espécie de editor. Cabe a ele analisar (e até reescrever partes do conteúdo, quando for preciso) a forma na qual o texto foi produzido e se ele faz sentido em relação aos princípios editoriais da produção de conteúdo para a web.

Ou seja: é preciso observar a estratégia por trás do conteúdo, verificar se o texto conversou bem com a persona, analisar o uso de palavras-chave e técnicas de SEO em geral, adaptar a linguagem do conteúdo para os princípios da redação web, entre outras características que fazem um texto otimizado nas diretrizes do marketing de conteúdo. Tudo isso, obviamente, sem se esquecer de dar aquela revisada no português!

A importância do copydesk para o jornalista

Tudo bem, o copydesk saiu das redações, mas isso não significa que a profissão tenha perdido a importância para um jornalista. Muito pelo contrário!

A volta do copydesk diz muito sobre a realidade atual do profissional de comunicação, mais especificamente do jornalismo: é preciso se adaptar e encontrar novas formas de se destacar no mercado de trabalho.

Se no passado nos formávamos na faculdade pensando em trabalhar dentro de uma grande redação (o que provavelmente não acontece mais no mesmo volume e frequência do passado), hoje precisamos pensar em formas de adaptar todo o conhecimento agregado na faculdade para áreas que nem ao menos existiam há pouquíssimos anos atrás.

É o exemplo do marketing de conteúdo, que vem transformando a realidade de muitos profissionais, e da produção para a web como um todo. Os cursos de graduação ainda vivem um processo de descoberta, não apenas em relação ao marketing, mas sobre todas as mudanças discutidas no post de hoje.

Eu, por exemplo, vivi os 4 anos do curso de jornalismo com pouquíssimo contato com o marketing de conteúdo e as práticas de redação otimizadas para a web. Tudo o que aprendi sobre o assunto, desde o ano de 2015, no início da faculdade, foi fruto de muito estudo e de correr atrás de oportunidades diretamente no mercado.

O que quero dizer com tudo isso? É simples! O ato de se transformar enquanto “profissional do futuro”, pelo menos em um primeiro momento, cabe quase que completamente a nós.

Por isso, é importante investir pesado em cursos que dêem toda a capacitação necessária para entrar em áreas como a de copydesk, já que o assunto dificilmente será ensinado com profundidade dentro de sala de aula (falando nisso, você já conhece a Rock University, né? Espero que sim!).

Tanto nós, jornalistas, quanto publicitários, relações públicas, ou até mesmo quem não tem um diploma, mas atua na área, precisamos ter em mente o fato de que as mudanças na comunicação não devem ser uma desculpa para nos sentirmos desmotivados ou perdidos.

É hora de se redescobrir! Seja como copydesk, revisor, produtor de conteúdo ou diagramador, estamos vivemos na época perfeita para isso.

Se você se interessou pelo assunto e quer descobrir ainda mais sobre as profissões dentro da produção de conteúdo, que tal entender mais sobre a sobre copywriting? Podemos te ajudar!

Compartilhe
facebook
linkedin
twitter
mail

Gostou deste conteúdo?

Envie-o para seu e-mail para ler e reler sempre que quiser.

Posts Relacionados

Posts em redes sociais: o que eu preciso saber sobre eles?

alt Maurício Baltazar
mar 5, 18 | Leitura: 6min

Chamadas para redes sociais: descubra como criá-las!

alt Redator Rock Content
abr 14, 14 | Leitura: 6min

Os melhores conteúdos para sua carreira freelancer, direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber no e-mail conteúdos exclusivos e em primeira mão.