Trabalhar com UX e UI Design é uma rotina interminável de pesquisa, testes e aprimoramentos. Se você quer entregar a melhor experiência digital para seu cliente e o público dele, precisa estar sempre encontrando formas de ajustar e adaptar seu produto de acordo com novas tecnologias e expectativas.
E não dá para acertar no futuro sem entender o passado. Ter um histórico de versões para UX e UI é fundamental para analisar erros e acertos e, a partir daí, melhorar ainda mais suas peças interativas.
Quer saber mais sobre essa importância e como criar um histórico de versões? Continue lendo que eu te conto!
Qual é a importância do histórico para UX e UI?
Se você analisar a linha do tempo de qualquer produto digital dentro de aplicativos e mídias interativas, vai perceber o quanto eles mudam com o tempo.
Às vezes, é uma reformulação completa que atualiza a experiência e o visual. Na maioria das vezes, pequenos retoques e ajustes que, aos poucos, vão lapidando essa interação na relação usuário e empresa.
Esses ciclos ficam evidentes em todo tipo de interface, de sistemas operacionais como Android e iOS até os aplicativos e sites que utilizamos no dia a dia. São alterações movidas por novas possibilidades e ferramentas, por obstáculos identificados na experiência de uso e pela necessidade de representar sempre uma novidade para o público.
Ou seja, o trabalho de profissionais de UX Design é estar sempre otimizando essa interface, visualmente e em utilidade, buscando uma sensação no usuário que seja mais satisfatória e prática do que os competidores.
Mas, para ter esse diferencial no mercado, é preciso organização. É impossível ter uma lógica prática nesses aprimoramentos se o designer perde contato com a evolução que aquela experiência interativa teve até o momento.
O histórico de versões é um documento de design que permite aos profissionais mapearem todo o caminho daquela interface até o momento e, a partir dele, planejar os próximos passos naturais nessa experiência. Um dossiê que demonstra ciclos de atualização, testes e alternativas de interface, até ajustes baseados no briefing e em demandas do cliente.
Ou seja, ele é mais do que um texto descrevendo o que muda a cada versão, é uma apostila virtual para consulta e estudo do seu próprio produto digital ao longo do tempo.
Como o histórico de versões do produto pode ajudar em melhorias?
Continuando a explicação sobre o histórico de versões, talvez seja interessante analisar suas vantagens na prática. Veja alguns pontos em que ele contribui para o seu trabalho com designer, principalmente como freelancer.
Dominando o seu produto
É comum designers freelancer acharem que, por serem as únicas pessoas trabalhando naquela UX, sabem tudo sobre ela.
Mas somos humanos e, entre o tempo passado, mudanças variadas e alternância entre vários projetos, perdemos muitos detalhes do que fez aquela interface ser o que é hoje. O histórico de versões garante domínio sobre esse processo e facilita na hora de tomar decisões.
Entendendo o impacto das mudanças
Muito do trabalho de UX e UI Design é um processo de ajustes em movimento. O app, site ou produto digital já está disponível ao público enquanto você o aprimora.
Alinhando o histórico de versões a indicadores coletados de usuários, é possível determinar com precisão quais mudanças causaram impactos negativos e positivos, e utilizar essa informação a seu favor.
Pensando no futuro
Muitas dúvidas sobre o futuro de uma interface podem ser resolvidas em perguntas sobre o passado dela. As boas experiências de usuário têm uma progressão natural, que acompanha as expectativas do cliente. Esse documento é o lugar ideal para encontrar respostas.
Como salvar o histórico de versões do produto?
Cada designer tem seu fluxo de trabalho, sua rotina, seu jeito de pensar. Então, em vez de modelo pronto, o melhor jeito de criar esse histórico é seguir seus processos básicos e adaptá-los à sua realidade, do jeito que você sentir que seja mais útil e confortável para você. Veja quais são.
Crie um padrão de versionamento
Você já deve ter visto em qualquer aplicativo, software ou sistema aqueles números de versão cheio de pontos e dígitos. Eles geralmente são guias para quem os criou saber quais tipos de alterações foram feitas a cada atualização de experiência.
Você pode fazer o mesmo. Geralmente, o primeiro número é para grandes reformulações na interface e os subsequentes para alterações cada vez mais pontuais. Mas o jeito de versionar é por sua conta. O importante é que você entenda e navegue fácil pelas versões.
Crie um log de mudanças
Um log de mudanças é um documento em texto que descreve tudo que foi alterado na UX/UI a cada versão. Quanto mais tempo você passa trabalhando em uma experiência, mais difícil fica lembrar quando e o que foi feito.
Anotar faz muita diferença. Principalmente quando você quer investigar os impactos de cada ajuste no resultado e na recepção do público.
Tire screenshots
Um log em texto não é suficiente para profissionais tão visuais como designers. Tirar screenshots das telas de cada versão da interface cria uma galeria histórica do seu produto, para consulta e análise sempre que você precisar.
Mapeie visualmente as mudanças
Além das screenshots, você pode fazer versões dessas imagens com anotações e indicações visuais na própria interface. Apontar o que mudou, comentários sobre o porquê da mudança e outros pontos que você gostaria de lembrar no futuro.
Crie um comparativo visual
Comparativos visuais são muito interessantes para ter uma visão mais completa dessa evolução do seu trabalho. Pode ser uma imagem colocando lado a lado duas versões, uma linha do tempo cronológica ou até uma animação em GIF ou vídeo que demonstre um timelapse dessas alterações com o passar do tempo.
Compare também com UX similares
Além de comparar seu trabalho com ele mesmo, é um exercício muito útil para seu crescimento na carreira fazer históricos de versão também para concorrentes e UX similares — claro, uma versão menos detalhada e mais objetiva.
Assim, você acompanha não só sua UX ao longo do tempo, mas como ela vem evoluindo junto do mercado como um todo. É uma excelente fonte de insights sobre o que o público espera desse tipo de interação e o como atender a essa expectativa no futuro.
Utilize o histórico para o futuro
Sim, catalogar o passado neste sentido tem tudo a ver com planejar seus próximos passos. Versionar suas interfaces não é criar um museu do seu trabalho. É para utilizar o que você aprendeu nesse tempo como caminho de melhora para o futuro.
Afinal, designers freelancers precisam estar o tempo todo em movimento. Seu diferencial no mercado vem de estar sempre aprendendo, sempre se aprimorando e antecipando demandas de mercado ao mesmo tempo que você aplica o seu próprio estilo. É a receita perfeita para conseguir mais clientes.
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