Para deixar claro, o freelancer é aquele profissional que trabalha por conta própria. Ele combina valores, condições de trabalho e está disposto a correr muitos riscos em busca de total liberdade na carreira.
É um trabalho que funciona bem no mercado atual. Num cenário onde a rigidez no ambiente corporativo deu lugar à autonomia e flexibilidade, essa é a grande aposta como tendência de trabalho nos próximos anos, segundo a Forbes.
Mas, se é uma carreira em crescimento, e com várias oportunidades no mercado, por que as pessoas têm tanto medo? Talvez o motivo sejam esses mitos sobre a carreira freelancer, que reunimos aqui.
Ufa! Chegou o seu momento de conhecer a vida como ela é.
1. Freelancer é quem faz renda extra
Esse é um equívoco bem comum. Alguns pensam que o freelancer é aquele profissional que faz renda extra e tem outro trabalho fixo. Não é por aí. Você até pode utilizar o trabalho freelancer como renda extra, mas também tem a chance de fazer dele sua principal remuneração.
Estamos falando de um profissional com completo domínio sobre seu trabalho e que assume todos os riscos da sua carreira. É comum os freelancers trabalharem de duas formas, inclusive. Ou por demanda, ou por contratos fechados.
A remuneração depende exclusivamente disso e não existe um salário fixo de carteira assinada para trazer aquela estabilidade (pelo menos não para a maioria).
Quando o freelancer atua enquanto Pessoa Física, é considerado um trabalho autônomo. Já os empreendedores são aqueles que constituíram Pessoa Jurídica e estão formalizados.
Por isso, desencane desse mito sobre a carreira freelancer.
2. O freelancer recebe pouco
Vamos confessar uma coisa: receber “pouco” é relativo, concorda? É algo muito pessoal e único. Porém, entendemos que existem algumas ideias preconcebidas de que o freelancer recebe abaixo do mercado. Na verdade, o que acontece é justamente o contrário.
Muitos profissionais sêniores migram para a modalidade freelancer porque não conseguem a remuneração que desejam no mercado de trabalho. Eles se especializam na sua área de atuação e passam a cobrar acima da média.
Com isso, também se sentem mais valorizados como profissionais e conseguem o retorno por todo investimento que fazem. Na prática, deixam de ter seu valor-hora determinado por uma empresa e passam a definir seu próprio preço. E podem utilizar o trabalho freelancer como uma ponte para ir além, conquistando sua liberdade financeira.
Foi exatamente isso que aconteceu com o Matheus de Souza. Hoje, ele é um renomado nômade digital, escritor e professor de escrita criativa. Mas também é freelancer. E tudo começou produzindo conteúdos para a internet. Você realmente acha que quem recebe “pouco” consegue viajar pelo mundo?
3. Freelancer é para os novinhos que estão começando a trabalhar
De acordo com a pesquisa Mercado Freelancer 2019, a idade média do freelancer brasileiro é de 32 anos. Talvez esse seja o motivo para mais esse mito da carreira freelancer, de que é uma área voltada aos jovens em início de jornada.
Mas quem diz isso é porque não conhece a história da Kerley Almeida. Ela conta que descobriu os freelas depois que o filho conseguiu uns jobs para ela trabalhar de redatora enquanto estava desempregada.
Tudo isso seria algo muito normal e que sempre lemos por aí. Até chegar na parte que ela tinha 47 anos quando começou (e 50 quando contou sua história). Considerando a diferença de idade, faz sentido essa confusão.
Os nativos da geração X, que são os nascidos entre 1961 a 1980, sentem-se mais confortáveis com estabilidade financeira e não gostam muito de mudanças — tudo que é contrário à realidade freelancer. Mas isso não é uma regra.
Se você gosta de novidades e quer mais liberdade de tempo e dinheiro, sua idade pouco importa. Acredite!
4. Ser freelancer é ser o próprio chefe
Essa afirmação até pode ser verdade, dependendo do sentido da frase. Se você pensa que ser freelancer é decidir quando e onde trabalhar, por exemplo, é um fato. Ou seja, o freelancer tem comando sobre seu comportamento no próprio trabalho.
Porém, não pense que o freelancer não precisa seguir diretrizes e normas. Às vezes, precisamos renunciar nossas preferências e costumes para nos adequarmos às regras do cliente — algo parecido com a relação entre funcionário e empresa.
Existem empresas que têm layouts predefinidos, escopos de projetos e guias de estilos que foram desenhados com base em suas estratégias. Por isso, é preciso ter flexibilidade para se ajustar e dar o toque do cliente nos jobs.
Precisamos lembrar que sem cliente não temos renda. São eles que pagam o salário nosso de cada dia. Podemos planejar nossa agenda, organizar métodos de trabalho e escolher onde trabalhar, mas não temos o poder definir todas as regras do jogo.
Risque do seu post-it mais esse mito sobre a carreira freelancer!
5. Não é preciso trabalhar em equipe
Será que existe algum tipo de trabalho individual? Porque, se você pensar bem, estamos sempre precisando uns dos outros para entregar um resultado de qualidade.
Seja uma simples entrega do notebook às 16h, mas, que você conta com isso para atender o cronograma do projeto. Ou aquele parceiro que colheu o briefing tão importante para dar o norte de todo o seu trabalho.
Se você lembrar de algum, por favor, nos diga nos comentários. Mas, confesso que não consigo me lembrar. Mesmo que essas pessoas nunca se encontrem pessoalmente, existe uma colaboração ali.
É como um efeito cascata: um detalhe pode comprometer toda a entrega final. Por isso, ainda que seja um trabalho solitário, é um mito sobre a carreira freelancer pensar que não existe uma equipe colaborativa por trás.
Além disso, o trabalho em equipe é fundamental para dividir tarefas e trocar aprendizados. Na nossa comunidade, por exemplo, aprendemos muito. Desde questões mais técnicas, como as dicas de gramática da nossa super-revisora Carla Argolo, a hacks bem pessoais e que ajudam a melhorar nossa rotina de trabalho.
6. São apenas algumas horas por dia
Como explicamos, dificilmente o freelancer tem uma remuneração fixa. Ele pode mensurar seu preço por hora, por projeto ou por grau de dificuldade. Não importa. Entretanto, todos têm algo em comum: produção.
Se você não trabalhar, também não recebe. Então, temos outro mito da carreira freelancer aqui! No início, inclusive, pode acontecer de o freelancer trabalhar ainda mais. Como é o momento de construir toda a base de clientes e criar networking, pode passar horas e horas para cumprir com as demandas.
Pense em você acordando às 5h40min de um sábado, enquanto o resto da casa está dormindo, ou ter que ajustar um trabalho urgente com o carro em movimento. Pois é. Muitos passam por isso.
A verdade é que o freelancer não tem uma carga horária a cumprir. E isso pode ser bom ou ruim, depende do seu ponto de vista. A Bruna Cosenza, que também é freelancer, fez um relato inspirador sobre isso:
“Tem dias que trabalho 8h e outros que nem trabalho. Aliás, já adotei a semana com apenas 4 dias úteis e vem funcionando muito bem pra mim. Mas não se engane… quando é preciso pegar pesado eu pego e fico horas e horas colocando tudo em dia, atendendo clientes, criando novos formatos de serviços, fazendo calls, repensando estratégias.”
7. As finanças ficam desequilibradas
Um dos maiores medos em fazer freelas é comprometer a saúde financeira. De fato, você não tem previsão de receita fixa, como acontece com os empregos de carteira assinada. Mas, nada impede que possa fazer seus próprios investimentos.
Ao se tornar PJ, você passa a contribuir com o INSS. E isso te dá direito a alguns benefícios previdenciários. Além do mais, pode destinar alguns percentuais dos seus ganhos para criar investimentos predeterminados.
Já pensou em tirar férias remuneradas como freelancer? Ou se dar ao luxo de ter 13º salário? Sim, tudo isso é uma prática comum nesse meio. Você só precisa organizar suas contas e fazer o controle do que entra e sai.
Esse é mais um mito da carreira freelancer que temos o prazer de desvendar. Essa liberdade está mais ligada a hábitos financeiros saudáveis e produtivos do que ao modelo de trabalho.
8. O freelancer vive de pijama no sofá
A verdade é que o freelancer pode vestir o que bem entender e trabalhar de onde quiser. Não existem regras sobre roupas ou locais adequados. A diferença está no comportamento de cada um.
Alguns gostam de começar o dia com um belo banho e se vestir como se fosse sair para trabalhar. Outros não se preocupam tanto com isso. Preferem deixar esses preparativos para dias com calls ou com visitas em casa.
Alguns são do time de home office e adoram uma mesa organizada e recheada de post-its. Enquanto escrevo este texto em dois monitores, tenho ao meu lado uma xícara de cappuccino, um planner e um fone para ouvir músicas. Mas conheço freelancers que adoram trabalhar no sofá ou em cima da cama.
É um privilégio decidir o que você prefere, não acha?
9. Está sempre disponível para mais jobs
O mito da disponibilidade é comum até mesmo entre os clientes. Eles pensam que a carreira freelancer proporciona uma agenda mais vazia. Porém, é justamente ao contrário. Como existem prazos para cumprir, nem sempre o freelancer está tão disponível assim.
Cada freelancer tem um método de trabalho muito pessoal, então, essas demandas são organizadas com base no tempo que levam para executar cada tarefa.
Se o profissional for de redação, por exemplo, pode ser que o cliente encontre um espaço na mesma semana. Mas, dificilmente, encontrará com quem trabalha com design e desenvolvimento, que são atividades que levam semanas ou meses.
Para você ter ideia, a Fabíola Thibes, que atua como freelancer, contou que chega a produzir mais de 50 textos por mês — e já teve 500 disponíveis para produzir, se quisesse.
Esse assunto me lembrou de outro mito bem comum sobre a carreira freelancer: pensar que o cliente chega como num passe de mágica.
10. Não tem necessidade de prospectar clientes
Como alguém, dono do próprio negócio, consegue ganhar dinheiro sem prospectar clientes?
Ainda que conte com uma plataforma de freelancers que faz esse trabalho para você, essa empresa é sua cliente intermediária. Vocês negociam os valores, prazos e ainda podem receber propostas futuras.
Existem diferentes formas de prospectar clientes. O freelancer pode atuar de forma passiva, com estratégias lentas, mas que fazem o cliente chegar até ele. Ou pode ter uma postura agressiva, divulgando aos quatro cantos do mundo seu trabalho.
Ambos trazem retorno. A única coisa que não traz retorno é desconsiderar essa necessidade. Olhe o que a Luciane Costa, freeelancer e autora do blog Vivendo de Freela, falou sobre isso no seu LinkedIn:
“(…) não existe trabalho em que você faça apenas o que ama. No caso da vida de freelancer, porém, se fizer um esforcinho a mais nessas funções mais chatas, com certeza vai ter mais tempo e dinheiro para fazer o que gosta por mais tempo.”
11. O freelancer da Rock Content só faz redação ou revisão
Vamos desvendar mais um mito. Como a área de comunicação é comum na carreira freelancer, é natural pensarem que o freelancer Rock Content ou é redator, ou revisor.
O mercado mudou tanto nos últimos anos que surgiram novas demandas por aqui. Além dessas áreas, que são as queridinhas, temos outras modalidades:
- planejamento de pauta;
- questionário para entrevistas;
- conteúdo visual;
- design;
- criação de vídeos;
- estrategista de SEO;
- tradução (inglês e espanhol);
- conteúdos interativos.
Percebe como somos uma superequipe de freelas? Agora, precisamos conversar sobre mais um mito da carreira freelancer, que é…
12. Não dá para viver como freelancer full-time da Rock Content
Aqui na Rock Content, trabalhamos divididos em projetos. Quando sou selecionada para o projeto A, entro com uma função. Então, de acordo com o ciclo desse mesmo projeto, todas as tarefas da minha modalidade ficam disponíveis no meu dashboard (e já com os preços). Pego se quiser.
Tenho essa disponibilidade sem apresentar propostas ou dar lances. Como freelancer, particularmente, considero isso uma grande vantagem. Cansei de perder tempo (e me sentir frustrada) dando lances e montando propostas que não foram para frente.
Além disso, seu pagamento é garantido. Depois que a tarefa é aprovada, o valor cai em créditos para você sacar na próxima data de pagamento. E, para inspirar ainda mais, vou contar brevemente duas histórias.
A primeira é a do Matheus Pimenta. Ele decidiu ser freelancer para sair de um emprego CLT que o levou à depressão. Claro, toda essa conquista começou aqui, enquanto freelancer full-time na Rock Content.
A segunda é de uma freelancer que chegou à Rock procurando por renda extra. As coisas foram acontecendo tão naturalmente que, quando deu por si, já havia se tornado freelancer full-time.
Essa é a minha história. Tenho uma gratidão enorme por tudo que conquistei aqui: Comunidade, muito, mas muito obrigada!
13. Qualquer pessoa pode ser um freelancer Rock Content
Não é qualquer pessoa que se adapta ao trabalho freelancer. Ela precisa assumir o risco por todos os seus rendimentos e possibilidades de crescimento. Há ganhos e perdas, mas nem todos estão dispostos a eles.
Em relação à Rock Content, isso vai um pouco além. Precisa ter um CNPJ ativo, estar cursando ou ter concluído algum ensino superior, ter conhecimento intermediário (ou avançado) em inglês e experiência com produção de conteúdo.
Sem isso, existe um sério risco de não conseguir atender às demandas dos projetos. Temos muitas referências em inglês e conteúdos especializados por nicho de atuação. E, como os pagamentos são feitos mediante nota fiscal, o CNPJ precisa ser vinculado a você — comprovando a prestação do serviço.
Agora que se libertou desses mitos da carreira freelancer, sente mais segurança nessa área? É essa vida que pretende ter, de verdade? Porque estamos com várias vagas para talentos incríveis, e você pode ser um deles. A seleção é feita dentro de uma base de dados, onde são cruzados seu perfil com as modalidades ofertadas.
Vamos juntos? Cadastre-se agora no nosso banco de talentos. Quero te encontrar lá na nossa comunidade e conhecer a sua história freelancer! =)