O que mudanças de estilo musical podem te ensinar sobre marketing!

O que mudanças de estilo musical podem te ensinar sobre marketing!

Vários músicos já lançaram álbuns que foram grandes decepções para a maioria de seus fãs. Isso já se tornou absolutamente normal e outros compositores também passarão por isso.

No dia 11/05/2018, foi lançado o sexto disco da banda britânica Arctic Monkeys e confesso ter me frustrado bastante com ele. Isso acabou me levando a refletir sobre a produção musical a partir de uma perspectiva que eu nunca havia pensado antes: planejamento de conteúdo.

Antes de prosseguirmos, quero deixar claro que todos os exemplos que serão citados refletem apenas a minha opinião.

É natural que haja opiniões divergentes, mas basta imaginar algum outro músico que tenha te decepcionado e encaixe com as descrições. Depois conte nos comentários qual compositor você pensou!

E vamos logo para o primeiro caso de estudo:

Arctic Monkeys

O que mudanças de estilo musical podem te ensinar sobre marketing - Arctic Monkeys

Foram eles que mais me inspiraram a escrever este artigo. Então, nada mais justo que começar pela banda de Sheffield.

Em 2013, foi lançado o penúltimo álbum da banda que emplacou uma série de hits, isto é, várias músicas que, por mais que você não os conheça direito, com certeza já escutou. Do I Wanna Know, R U Mine e Why’d you only call me when you’re high soam familiar?

Eles já eram conhecidos por sempre mudar bastante seu estilo de um disco para o outro, mas, em 2018, parecem ter ido longe demais com o Tranquility Base Hotel & Casino.

Ao invés de seguirem o ritmo de seus discos anteriores, apostaram em criar um álbum conceitual, algo que foi muito explorado por bandas como Pink Floyd, Genesis e Rush. E, talvez, tenha sido um passo ousado demais, mas só descobriremos com o tempo.

Mas o que isso tem a ver com produção de conteúdo? O Comunidade agora virou blog de música, por acaso?

Pois então, vamos analisar a situação relacionando com o âmbito de freelancers, especialmente redatores e planejadores de pauta:

A banda surgiu em 2002 e, desde então, cresceu e aumentou muito sua base de seguidores e fãs. De um álbum para o outro, alteraram um pouco o estilo, mas funcionava como se tivessem feito uma pesquisa de persona extremamente detalhada e estivessem explorando em cada disco uma faceta dessa persona.

Em 2013, continuaram conversando muito bem com sua audiência e aumentando tanto a base de fãs que ganharam visibilidade digna de uma das maiores bandas de rock do mundo. E desse modo, foram atração principal em vários festivais.

Assim, escutando o novo álbum, penso em três opções:

  1. A pesquisa de persona se esgotou e não quiseram fazer uma nova;
  2. A banda escolheu atrair outro público;
  3. Decidiram seguir um estilo próprio sem se importar com o público que iriam atingir.

Em termos de planejamento de conteúdo, todas as três possibilidades são extremamente delicadas:

Produzir conteúdo sem definir uma persona

Se você trabalha com Marketing de Conteúdo, já está cansado de saber que o planejamento é a parte mais importante. Afinal, se você não alcançar a pessoa certa, sua estratégia inteira será falha. A menos que esteja escrevendo como hobby.

Lembre-se da célebre frase de Benjamin Franklin:

Se você falha em planejar, está planejando falhar.

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Produzir conteúdo para uma nova audiência

Não há nada de errado em mudar de estratégia e trocar a sua persona, mas, ao fazê-lo, é necessário tomar alguns cuidados com a sua base atual de seguidores (ou leitores).

E o Tranquility Base Hotel & Casino soou como se, em um belo dia, eu decidisse visitar o blog do Comunidade e ele tivesse se tornado um blog exclusivo sobre publicidade.

Talvez até se tornasse um excelente blog sobre esse novo assunto, mas não seria muito atrativo para mim e, eventualmente, acabaria deixando de ser parte de sua audiência.

Para evitar afastar a base atual, devemos fazer as mudanças aos poucos, sem abandonar as categorias de conteúdo que já trabalhamos.

Basta relembrar a metáfora do sapo e a água fervente para entender a importância da sutileza nas mudanças. Só que, nesse caso, ferver o sapo seria continuar cativando sua audiência.

Não se importar com qual público atingir

Pode funcionar, mas é um tiro no escuro. E remete novamente à falha de planejamento.

E é claro que existem vários outros exemplos de músicos que passaram pelo mesmo processo. Acabou sobrando um pouco mais para os britânicos por eles serem o caso mais recente.

Mas vamos relembrar alguns outros casos:

The Strokes

O que mudanças de estilo musical podem te ensinar sobre marketing - The Strokes

Você é familiarizado com o conceito de brand persona?

É um personagem criado para representar sua marca, dando personalidade e voz a ela. Em alguns casos, pode-se ir um pouco mais além e associar realmente uma pessoa à marca. Como acontece com o Vitor Peçanha e a Rock Content.

Todas as bandas costumam ter uma brand persona e ela costuma ser o vocalista. Mas o Strokes foi além: quando lançaram seu primeiro álbum, em 2001, o sucesso foi tanto que eles se tornaram um estilo musical.

Era impossível pensar em Indie sem imaginar a banda americana!

Não é a toa que a primeira frase do novo álbum do Arctic Monkeys é:

I just wanted to be one of the Strokes.

Ou seja, ainda há uma enorme base de seguidores da banda devido, principalmente, ao primeiro disco. Mas o Strokes não conseguiu continuar expandindo muito sua quantidade de fãs diante da decepção dos álbuns seguintes.

Isso mostra que é possível continuar engajando sua audiência com conteúdos antigos de qualidade diferenciada. É o que fazemos quando assumimos as primeiras posições do Google, ou re-divulgamos nossos melhores conteúdos nas redes sociais, por exemplo.

Mas a partir de um certo ponto, sua audiência já vai conhecer aquele conteúdo e fica difícil aumentar sua base de leitores se seus materiais mais recentes são de qualidade inferior.

E em alguns casos, não adianta promover uma mudança de estilo muito lenta se ela for drástica demais. É o que veremos agora:

Linkin Park

O que mudanças de estilo musical podem te ensinar sobre marketing - Linkin Park

Os americanos marcaram toda uma geração. Então, se você nasceu no início dos anos 90, assim como eu, tem grandes chances de concordar comigo nesta seção.

O Linkin Park foi uma banda que tentou implementar mudanças de forma mais sutil, a partir do terceiro álbum de estúdio deles, o Minutes to Midnight. Mas ao final, quando lançaram o sétimo e último disco, a mudança havia sido tão drástica que grande parte da base de seguidores iniciais já havia se perdido.

E então, acabaram caindo no mesmo erro que os britânicos talvez tenham cometido. Mas é claro que é possível contornar esse tipo de erro na produção de conteúdo. Foi o que fez o próximo exemplo:

Eminem

O que mudanças de estilo musical podem te ensinar sobre marketing - Eminem

Evitando maiores polêmicas e discutir estilos musicais, vamos relembrar o hiato após o último disco de sucesso no começo dos anos 2000, Encore (em 2004).

Foi exatamente o mesmo intervalo dos Arctic Monkeys: cinco anos até lançar Relapse, que foi um grande desastre reconhecido até pelo próprio rapper. Foi lançado após alguns problemas pessoais enfrentado pelo cantor, que inclusive lutava contra as drogas, e hoje fica claro que era uma fase de transição de Eminem.

Com Recovery, lançado em 2010, a transição foi finalizada e corrigida da melhor forma, inclusive assumindo o erro no álbum anterior no verso de uma das músicas.

Então fica a lição de que é possível alterar seu estilo de produção de conteúdo e sua persona também. Basta fazer tudo com cuidado para continuar cativando sua audiência atual e entender que, durante a fase de mudança, podem ocorrer alguns erros.

E caso aconteça algo de errado, basta encarar seu equívoco de hoje como seu acerto de amanhã. Isto é, assuma o desacerto e tome as devidas providências para corrigi-lo.

Mas uma forma ainda melhor de evitar falhas assim ao planejar conteúdo é utilizando o Checklist de Planejamento de Pautas!

Checklist de Planejamento de Conteúdo Web

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