Quem nunca se sentiu agoniado por ficar longe do celular e da internet que atire a primeira hashtag! Brincadeiras à parte, esse é um sentimento muito comum, mas que pode ser o indício de um problema grave: a Nomofobia.
Essa é uma síndrome dos tempos modernos e está presente na vida de muitos brasileiros. Mas, você sabe exatamente do que se trata? Conhece os prejuízos que ela causa? Ou quer saber como evitá-la? Temos a resposta de cada uma dessas perguntas neste post. Basta nos acompanhar e conferir!
O que é Nomofobia?
Nomofobia é uma síndrome relacionada à dependência digital, na qual o indivíduo afetado sente um medo irracional de ficar sem acesso à internet ou a aparelhos tecnológicos, como computadores, tablets e, principalmente, smartphones.
Assim como em outros vícios, os momentos de privação da tecnologia causam irritação, ansiedade, taquicardia, tremores, desatenção, sudorese intensa e dores de cabeça. O isolamento social também é outro efeito marcante da síndrome, visto que é comum que os dependentes tecnológicos passem mais tempo em frente às telas de seus dispositivos eletrônicos do que com amigos ou familiares.
No Brasil, o transtorno tem se tornado cada vez mais comum e, em uma entrevista para O Tempo, o professor e psicólogo clínico Fábio Alves dos Reis conta que cerca de 30% dos brasileiros têm uma relação abusiva com a internet e 5% da população é considerada dependente digital.
Quais prejuízos ela causa?
Além de sintomas como impulsividade, dificuldade de concentração e taquicardia, a Nomofobia traz prejuízos graves para quem tem esse transtorno. Alguns deles são:
Baixa produtividade
A baixa produtividade, especialmente para profissionais independentes, é um problema grave no mercado de trabalho, que, em alguns casos, pode estar ligado à dependência digital.
Os indivíduos afetados pela Nomofobia perdem o controle do tempo que passam conectados e, muitas vezes, deixam de lado tarefas e obrigações enquanto verificam notificações de redes sociais, assistem mais um vídeo de gatinho no YouTube ou, simplesmente, conferem constantemente se receberam uma nova mensagem.
Com isso, uma tarefa que poderia ser feita em poucos minutos, acaba levando horas ou sendo concluída com pouca qualidade. Assim, o dia rapidamente se esgota e o dependente percebe que seu rendimento foi muito abaixo do mínimo necessário.
Elevação dos níveis de ansiedade
A ansiedade é um sentimento constante na rotina dos dependentes digitais. Isso porque o medo de precisar ficar longe do celular por um tempo e acabar perdendo as últimas novidades ou ficar impossibilitado de se comunicar com os amigos é uma sensação presente o tempo todo.
Irritação e alterações de humor também são frequentes quando o indivíduo sofre com a Nomofobia. Seja por uma queda momentânea no sinal da internet ou pela falta de bateria no aparelho, qualquer pequeno momento desconectado é capaz de gerar um sofrimento intenso.
O grande problema disso é que, com o acúmulo dessas emoções negativas, outras doenças graves podem se manifestar, como depressão e estresse crônico.
Problemas com insônia
Outra consequência negativa da Nomofobia é o aumento da dificuldade para dormir. Isso ocorre pelo excesso de estímulos que a mente recebe por meio do universo virtual.
Pense bem: a hora de dormir deve ser um momento calmo em que tanto o corpo quanto a mente podem relaxar, mas como é possível fazer isso quando somos bombardeados com e-mails, mensagens, notificações e atualizações?
Contudo, esse não é o único problema. Afinal, os smartphones emitem uma luz azul capaz de suprimir a melatonina — hormônio que regula o sono. A dificuldade para dormir fica ainda maior quando mantemos o aparelho por perto quando nos deitamos, pois até uma pequena vibração é capaz de nos acordar no meio da noite.
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Como evitar a Nomofobia?
Os cuidados usados para se evitar a Nomofobia, em geral, estão ligados a uma espécie de reeducação, onde é preciso aprender a como controlar o tempo que se passa conectado. Abaixo, listamos algumas dicas que podem ajudar nesse sentido. Veja!
Equilibre o tempo entre a vida virtual e a vida real
Equilíbrio é uma das palavras-chave quando se trata de evitar a dependência digital. Por isso, para cada hora que você passa conectado, é importante dedicar outra para o contato humano direto.
Vale experimentar uma caminhada no parque com um acompanhante, ir almoçar em um restaurante ou, simplesmente, jogar conversa fora com um colega de trabalho — desde que ela não seja por WhatsApp.
Mas lembre-se: nesses momentos o celular deve estar desligado ou, pelo menos, deve ser deixado a uma distância considerável das suas mãos, ok?
Mantenha o telefone longe quando for dormir
Como foi dito, um dos problemas gerados pela Nomofobia é a insônia, que é causada pelo uso excessivo dos dispositivos tecnológicos na hora de dormir. Para evitar isso, é essencial definir um horário certo para se desconectar.
Por exemplo: caso vá dormir às 23h, você pode deixar o smartphone de lado às 21h e reservar esse tempo livre para atividades mais relaxantes, como ler, ouvir uma música tranquila ou até fazer uma auto massagem.
Além disso, na hora em que for deitar, o celular não pode ir para a cama com você, certo? Ele deve ser mantido a, pelo menos, três metros de distância do local onde estiver dormindo.
Aumente gradativamente o tempo que passa sem o dispositivo
Se acostumar a ficar longe do celular não é uma tarefa fácil. Mas é extremamente benéfico, visto que, além de melhorar sua concentração, ajuda a aumentar a produtividade e a qualidade de suas tarefas.
No entanto, dificilmente será possível fazer isso de uma hora para outra. O ideal é realizar um processo gradativo e definir períodos de tempo em que você precisa se manter longe dos dispositivos tecnológicos.
Inicialmente, podem ser intervalos pequenos de 20 minutos a cada hora, por exemplo. O importante é aumentá-los aos poucos, até que seja capaz de ficar um dia inteiro sem se descabelar de ansiedade para dar aquela espiada no mundo virtual.
Como foi possível perceber, a Nomofobia é um problema grave capaz de trazer várias consequências para quem sofre desse mal. Contudo, ela pode ser evitada e, nos piores casos, deve ser tratada por meio de terapia e medicação — obviamente, com o acompanhamento de um profissional qualificado.
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