O que é Storydoing? Aprenda como diferenciar essa técnica do Storytelling

storydoing vs storytelling

O storytelling já é bem conhecido pelo universo do marketing, no sentido de envolver e engajar colaboradores, parceiros e clientes, por exemplo. Agora, a tendência que veio com tudo é a do storydoing, que basicamente consiste em mostrar na prática o que é contado nas histórias.

Neste post, vamos explicar as diferenças entre as duas técnicas, como o storydoing pode ser aplicado, além de um exemplo prático e como as estratégias podem se complementar. Continue a leitura e tire suas dúvidas!

Como os próprios nomes sugerem, ambas as práticas estão baseadas em uma premissa: story — ou história, em português. As duas estratégias partem do princípio de que, quanto mais criativa e emocionante for a história contada pela marca, maiores serão as chances de que ela conquiste as pessoas. Assim, o fator principal de diferenciação é a forma como elas surgem e se concretizam.

O que é Storytelling?

No storytelling, o recurso é o principal meio para alcançar os objetivos. Geralmente, nesse caso a história é criada no fim do processo — ou seja, depois que o produto foi criado ou de forma a lançar uma campanha estratégica para fortalecer e divulgar uma marca específica.

Os responsáveis por desenvolver o storytelling têm contato com o que deve ser oferecido e mostrado para o público e, a partir daí, definem o posicionamento da comunicação e criam a narrativa que será utilizada na campanha publicitária.

O que é Storydoing?

Storydoing é o Storytelling em ação. Em vez de apenas contar histórias, no Storydoing você deve construí-las e vivê-las na prática. Assim, além de desenvolver uma conexão emocional com a audiência, apresenta-se claramente os valores defendidos pela marca.

Portanto, podemos dizer que não se trata somente de uma estratégia de comunicação, mas de uma relação direta com um propósito, objetivo ou razão de ser do profissional, ou empresa.

Vale destacar que ela não pode ser fantasiosa ou baseada apenas em objetivos comerciais. Isso quer dizer que os responsáveis pela história interagem não só com o setor de marketing, mas também com as área de vendas, pesquisa e desenvolvimento, RH, entre outras.

Com isso, um novo produto, serviço, modelo de distribuição, processo ou formato de comercialização, por exemplo, se torna o veículo para a história. Em outras palavras, o storydoing significa mostrar, na prática, a mensagem que se deseja transmitir ao público.

Enfim, enquanto o storytelling foca em contar boas histórias, o storydoing visa construí-las, com o profissional (ou empresa) vivendo, de verdade, os valores que prega e defende.

Como tudo fica mais claro com exemplos, vamos lá:

Exemplo de storytelling:

Campanha da Vivo celebrando 25 anos de Eduardo e Mônica.

Neste vídeo, a Vivo utilizou uma história pronta — da canção “Eduardo e Mônica” da banda Legião Urbana —, para fazer uma homenagem ao “mais famoso casal brasileiro” e também a todos os casais brasileiros.

Desta forma, lançaram uma excelente campanha para divulgação da própria marca e ainda acabaram criando um clipe para a canção, o que resultou numa estratégia fenomenal de branding e buzz.

Exemplo de storydoing:

Nesta ação, a Heineken não partiu de uma história pronta, nem a criou para promover um produto pronto. Ela desenvolveu e construiu toda uma narrativa para destruir o clichê de que “mulheres não gostam de futebol” e promover a própria marca.

A história foi tão completa que apresenta até uma quebra de expectativa no vídeo e, caso ainda não tenha assistido ao , vou evitar spoilers e deixar que você se surpreenda.

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Como o storydoing funciona na prática?

Ao contrário do que se acredita, não existe a competição storydoing vs. storytelling. As estratégias não precisam ser excludentes ou substitutas. Pelo contrário, elas podem se tornar ainda mais eficazes quando utilizadas em conjunto — em uma ação bem estruturada. Mas como isso pode ser aplicado na prática? É o que vamos descobrir a seguir.

Vamos supor que um profissional adote a imagem de socialmente responsável e pregue que parte da receita será destinada ao auxílio a entidades que suportam pessoas carentes (storytelling).

Agora, vamos imaginar que esse mesmo profissional passe a se envolver nessas ações por meio de eventos sociais, permitindo que as pessoas conheçam o resultado das doações (storydoing).

Você não acha que a adoção do storydoing vai trazer um resultado ainda melhor, impactando a opinião das pessoas em relação à sua imagem profissional?

Um bom exemplo no mundo corporativo de como isso é feito são as campanhas para a transformação do mundo criadas pelo banco Itaú. Além de se posicionar como transformadora, a instituição também adota, na prática, ações que transmitem essa mensagem e contribuem para gerar mudanças coletivas. Entre elas estão:

  • o incentivo ao uso de bicicleta como forma de locomoção (com as bikes Itaú);
  • o apoio à cultura do cinema nacional (com o Espaço Itaú de Cinema);
  • o estímulo à leitura (com a campanha Leia para uma Criança).

Assim, o banco saiu do patamar de contar boas histórias para vivenciá-las na prática e impactar o público em geral, mostrando que está realmente engajado em transformar a vida das pessoas e criando meios para que isso se concretize.

Como as duas estratégias se complementam?

Já deu para perceber um pouco como o storydoing e o storytelling podem se tornar estratégias complementares, certo? Se bem planejadas e executadas, elas podem, juntas, afetar todos os stakeholders de uma empresa (colaboradores, investidores, público etc.).

Além disso, essa combinação também pode trazer um impacto positivo na decisão de compra dos clientes. Isso quer dizer que, dependendo da mensagem que é contada e praticada, uma pessoa pode mudar o comportamento de compra.

Se você tivesse que escolher entre um profissional que apenas se diz socialmente engajado e outro que realmente investe em melhorias para a sociedade na qual está inserida (e consegue mostrar isso), para qual delas você daria o seu dinheiro?

Tudo isso está relacionado ao posicionamento que as marcas adotam diante do público, e uma excelente forma de chegar até ele e gerar identificação é contar boas histórias. Elas vão ajudar a atrair, ganhar e fidelizar os clientes — e também os colaboradores, que passam a sentir que fazem parte de um propósito maior.

Em suma, as organizações estão apostando no storytelling como uma forma de se ligar emocionalmente ao público e engajá-lo a se tornar um cliente fiel. Ele contribui para a identificação das pessoas com a marca, ao mesmo tempo que estimula essa fidelização. Contudo, não basta apenas contar boas histórias: elas precisam sair do papel e ganhar vida na prática.

Assim, o storydoing pode ser tratado como um desdobramento do storytelling, que permite mostrar, na prática, os valores, a missão e os objetivos de um trabalhador autônomo ou organização.

O que achou deste artigo? Ficou mais fácil entender como funcionam essas duas técnicas? Que tal aprender a contar boas histórias e conquistar a sua audiência? Então, confira agora o nosso Minicurso de Storytelling!

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