Personal Branding: o que é, a importância de estabelecer sua marca pessoal e como fazer

Personal branding é a gestão da sua marca pessoal, agindo e se posicionando de forma que o seu público compreenda claramente quem você é e o que você tem a oferecer. É necessário entender claramente pelo que você quer ser lembrado e trabalhar essa imagem.

Personal Branding

Você se preocupa com seu personal branding? Ou ainda acredita que estabelecer sua marca pessoal é sinônimo de autopromoção?

Já parou para pensar na enorme diferença que zelar pela sua marca pode fazer na sua carreira de produtor de conteúdo, principalmente se você for freelancer?

Eu já, e não entendia nada sobre o assunto. Por isso, marquei uma conversa com a Juliana Saldanha, especialista em estratégias de posicionamento e comunicação de marcas pessoais, e tirei insights valiosos que vou compartilhar agora com você. Então, se vir algum trecho entre aspas, já sabe a quem pertence a citação, certo? 🙂

Querendo ou não, você já tem uma marca. Ao expressar a sua opinião, fazer uma publicação no Facebook, Twitter, LinkedIn ou Instagram, você estabelece sua marca.

Isso porque, consciente ou inconscientemente, estamos sempre julgando as pessoas ao nosso redor e, de certa forma, rotulando-as. Então, quando você faz um desabafo em uma rede social, posta um artigo ou uma foto em outra, sua marca vai sendo desenhada.

Mas e se você pudesse escolher exatamente qual rótulo quer ter? É aí que entra a gestão da sua marca pessoal.

O que é personal branding?

Personal branding é a gestão da sua marca pessoal, agindo e se posicionando de forma que o seu público compreenda claramente quem você é e o que você tem a oferecer. Ou seja, é necessário entender claramente pelo que você quer ser lembrado e trabalhar para projetar essa imagem para sua audiência.

Quando pensamos em nomadismo digital, por exemplo, é inevitável lembrar do Matheus de Souza. O mesmo acontece com Marketing de Conteúdo e o Vitor Peçanha. E se você já fez nosso curso de Produção de Conteúdo para Web, tenho certeza que relaciona escrever para a web com a Luiza Drubscky.

Esses três são exemplos de marcas pessoais muito bem construídas. Mas pode ficar tranquilo, pois você não precisa se tornar o Top Voice do LinkedIn, fundar uma empresa, nem gravar um curso gratuito para trabalhar seu personal branding.

Vou te mostrar exatamente o que você deve fazer, mas, antes, preciso te explicar algumas coisas.

Qual a diferença entre marketing pessoal e personal branding?

Para Juliana Saldanha, a melhor forma de esclarecer essa diferença é fazer uma associação entre os dois conceitos para empresas:

“Quando você pensa em marcas como Uber, Starbucks, NASA, McDonald’s, Zara, alguma reação, sentimento ou pensamento lhe vem à mente. Sejam estes positivos ou negativos. Essa resposta emocional causada por uma imagem ou nome de uma empresa, produto ou pessoa em particular é denominado brand, ou marca. E a gestão dela, branding.

Já o marketing pode ser compreendido como a arte de satisfazer as necessidades do cliente. É um conjunto de ferramentas que trabalham juntas para que o produto-serviço atinja o mercado.”

Portanto, o marketing pessoal pode fazer parte do projeto de gestão da sua marca, que, por sua vez, é um conceito bem mais amplo. Recorrendo novamente à Juliana:

“O marketing se concentra na forma como a marca atinge e se comunica com o mercado, enquanto o branding concentra-se na definição da sua essência e filosofia a longo prazo”.

Agora que já esclarecemos essa diferença, podemos discutir por que você deve investir no seu personal branding.

A importância de estabelecer sua marca

Nós escutamos recomendações de pessoas, não de empresas. Tenho certeza que, quando você pensa em comprar um produto em um site desconhecido, seu primeiro impulso é pesquisar no Google algo como: “site X é confiável?”.

Se você encontra relatos de outras pessoas respaldando a empresa, você compra sem muito medo. Mas se vê apenas relatos do próprio site, seu nível de desconfiança aumenta. E se o Reclame Aqui aparece nas primeiras posições, então, seu nível de desconfiança explode.

Você nem conhece as pessoas que estão recomendando — ou condenando — o site e já confia nelas.

Agora imagine, por exemplo, que você quer um material sobre nomadismo digital e encontra um livro recomendado pelo Matheus de Souza. A menos que o preço seja um empecilho, você vai comprá-lo em questão de minutos.

Outro fator que reforça a importância de se ter uma marca pessoal forte é a constante mudança de algoritmos nas redes sociais, que sempre limitam o alcance de páginas de empresas para favorecer a interação entre os perfis pessoais.

Por isso, o marketing de influência já é uma realidade, e está muito relacionado ao branding.

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Virando um influenciador

Qualquer um pode ser um influenciador, mesmo que não tenha presença digital. É possível que você tenha poder de influência em um ambiente tão específico quanto o da sua empresa e família ou de maneira ampla como em um contexto de milhares de seguidores em uma rede social”.

Mas é preciso ter senso crítico e entender exatamente por que você deseja se tornar um influenciador e em qual área quer ter relevância.

Hoje, existe uma ideia, e até uma pressão, de que se tornar um influenciador é sinônimo de atingir sucesso na vida. Principalmente na era das mídias sociais, com vários exemplos de pessoas que vivem do número de seguidores que conquistaram.

Mas entenda que a visibilidade de um influencer não necessariamente vai trazer os resultados que você procura. E, mais importante ainda, entenda que existe uma enorme diferença entre influência e popularidade:

“Popularidade é quando as pessoas gostam de você. Influência é quando elas param para ouvir o que você tem a dizer.”

É possível conquistar os dois, mas o foco do personal branding é a influência — e a popularidade é apenas um possível bônus.

“Tem a ver com a conquista de influência, por ser exatamente quem você é e pelo que você tem a oferecer para o mercado. Seja para um contexto de dez pessoas ou de um milhão.”

Mas antes de seguirmos para as dicas práticas, é necessário destruirmos um mito.

Personal branding não é autopromoção

Branding e Buzz costumam caminhar juntos, mas não é por isso que você precisa fazer o buzz por conta própria.

Usando uma analogia, a autopromoção é você utilizando um megafone para anunciar a todos na rua o quanto você é bom e por que devem te contratar. E se você trabalha seu marketing pessoal ou branding assim, você está fazendo isso muito errado.

Ao estabelecer sua marca, você vai, na verdade, incentivar outras pessoas a promoverem seus serviços. E se executar tudo muito bem, pode até ser que alguém decida fazer isso em um megafone. Afinal, personal branding não é sobre você, mas sobre o que as pessoas percebem de você.

E, finalmente, vamos para a parte prática.

3 dicas simples para começar a estabelecer sua marca

1. Defina seus objetivos

Em primeiro lugar, você precisa saber exatamente:

  • qual é o principal valor pelo qual você quer ser lembrado?;
  • por quem você quer ser lembrado? Ou melhor, quem é a sua persona?

A partir disso, faça uma reflexão (ou uma pesquisa) para descobrir se a sua identidade bate com a percepção que as pessoas têm de você. E, então, você já começa a ter uma ideia melhor do que precisa expor para estabelecer sua marca.

2. Crie um bom storytelling

Conte a sua história, mas faça questão de vivê-la também. Trabalhar sua marca de um modo que não seja genuíno é a receita certa para tudo se quebrar em pouco tempo.

“O que os webfalsos moralistas ainda não perceberam é que a mesma internet que os projeta é, igualmente, seu maior telhado de vidro. Não perceberam que só ganha relevância virtual quem é verdade na vida real. (Marc Tawil)”

Entenda também que contar sua história não é apenas se autopromover. A ideia é usá-la para agregar valor à sua audiência, ensinando algo novo ou gerando identificação pessoal.

Para aprender ainda mais sobre Storytelling, confira nosso mini-curso gratuito com mais de 3 horas de videoaulas sobre a arte de contar histórias!

3. Marque presença em pelo menos uma rede social

Melhor do que simplesmente ter uma conta em todas as mídias sociais e usá-las esporadicamente, é focar apenas em uma. Nem que seja apenas para começar.

Ser muito bom em uma rede é melhor do que ser medíocre em todas. Mas qual rede escolher?

LinkedIn

Para redatores, o LinkedIn é sensacional, pois permite que você conquiste relevância com seu conteúdo e sem depender de sua imagem. Ou seja, é mais uma exposição intelectual do que imagética.

Para você que é redator freelancer e já conhece todas as artimanhas de escrever para a web, como definir sua persona e a arte da boa escaneabilidade, publicar artigos no LinkedIn vai ser bem tranquilo.

Caso não seja seu caso, ainda é possível aprender sobre todas essas técnicas e várias outras no Curso de Produção de Conteúdo para Web!

Instagram

O Instagram apresenta a vantagem de ser a rede favorita do momento, então você consegue alcançar um maior número de pessoas do que no LinkedIn, que já é mais nichado.

Por outro lado, ela exige um envolvimento muito mais visual e dinâmico com a sua audiência, gravando stories que sejam capazes de cativar seu público, por exemplo.

Estranho falar de redes sociais e não mencionar o Facebook, não é mesmo?

Não é que ele não seja interessante para sua marca, mas considerando os dois extremos de trabalhar por meio de conteúdos textuais ou de sua imagem, ele não se encaixa tão bem em nenhum dos casos, como ocorre com Instagram e LinkedIn.

Talvez seja uma estratégia interessante compartilhar suas atualizações do Instagram no Facebook e estudar o que funciona por lá até definir melhor uma estratégia. Ou, ainda, seguir com esses compartilhamentos apenas para alcançar mais pessoas.

Para finalizar, pedi um último depoimento da Juliana sobre o que ela gostaria de falar para quem está começando uma estratégia de Personal Branding agora:

“Não tenha medo de se posicionar. Mesmo que você tenha a mesma atividade que centenas de outras pessoas no mercado, você é único. A sua forma de fazer e a experiência que você proporciona ao outro é única!

Por isso, assuma quem você realmente é e projete essa identidade no que você faz. Não tenha medo de ser diferente, o maior erro que cometemos é ficar no meio termo e não se conectar de forma significativa com ninguém. O seu público ideal te valorizará por você ser quem é e isso é o seu diferencial.

Portanto, seja claro no seu posicionamento e na comunicação do que você entrega e do que não entrega ao seu público e que ele pode contar com você. Quanto mais claro, mais o seu público terá confiança de que você entende a dor dele e é a pessoa certa para ajudá-lo.”

Gostou de entender melhor sobre como construir sua marca pessoal? Então, aproveite para aprofundar ainda mais no assunto com várias outras dicas práticas. Basta conferir agora mesmo nosso ebook Branding na Prática!

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