O portfólio de UX design é uma forma de atrair potenciais clientes e fechar parcerias duradouras. Por isso, é preciso planejar bem a sua elaboração, de modo a demonstrar que aquela empresa deve contratá-lo. Mesmo com conhecimento e experiência na área, se o portfólio não for claro e bem-estruturado, as chances de aumentar a base de clientes tendem a diminuir.
Para evitar essa frustração e aumentar as possibilidades de atuar em novos projetos, preparamos este conteúdo completo sobre portfólio de UX design. Vamos falar aqui sobre a importância de elaborá-lo, as suas principais características e dicas sobre como montar um portfólio que vai impressionar os seus futuros clientes. Continue lendo!
Importância de ter um portfólio de UX design
Um portfólio traz geralmente uma riqueza de detalhes muito maior em comparação a um currículo tradicional. Isso porque é possível demonstrar ao cliente ou recrutador o quanto você pode agregar de valor, além do seu alinhamento com a cultura e objetivos daquela empresa.
Identidade pessoal
Em muitas áreas é necessário que o profissional apresente de forma concreta suashabilidades, competências e experiências. Nesse sentido, o portfólio deve não só mostrar trabalhos e projetos realizados, mas também trazer informações que identifiquem quem está por trás de cada um daqueles conteúdos.
Maior confiança por parte dos potenciais clientes
Quando alguém está em busca de profissionais de UX/UI, essa pessoa procura alguém não só focado em atender às demandas dos usuários, mas comprometida com prazos. Ao apresentar os trabalhos do portfólio, quem está vendo tem uma ideia do potencial daquele profissional em entregar algo de qualidade, em tempo hábil e que resolva os problemas que foram propostos.
Outro ponto que ajuda a aumentar a confiança está em colocar no portfólio de UX design relatos de clientes satisfeitos com trabalhos passados.
Profissionalismo
Uma tendência importante que surgiu com a transformação digital foi o aumento na demanda por profissionais com capacidades criativas e analíticas. Nesse sentido, o UX/UI é uma área em franco crescimento, principalmente pelo fato de permitir oportunidades nas mais diversas áreas, como:
- estabelecimentos comerciais;
- escritórios de advocacia;
- startups.
Dada essa variedade de lugares nos quais os profissionais de UX/UI podem atuar, é normal que muitas pessoas passem a estudar ou desejar uma recolocação profissional para essas áreas. Ter um portfólio bem-estruturado e com clareza de informações ajuda o aspirante a uma vaga a demonstrar não só profissionalismo, mas também diferencial competitivo.
O que é preciso para montar um portfólio de UX design?
Embora UX e UI sejam complementares, existem diferenças entre eles. Ter esse entendimento é crucial na hora de desenvolver o portfólio, pois evita que informações sejam colocadas a mais ou a menos. Em relação à experiência do usuário, por exemplo, nem sempre a atuação será no meio digital, dependendo da situação.
Além de comércios virtuais, estabelecimentos físicos podem ter um profissional de UX para melhor entender as necessidades dos clientes e atendê-los da melhor forma.
Já o User Interface tem um foco maior no meio online, exigindo conhecimentos técnicos sobre design e programação, por exemplo. Dito isso, vamos apresentar nas subseções seguintes alguns aspectos que fazem a diferença na hora de criar um portfólio de UX design. Confira!
Organização
Tão importante quanto apresentar bons projetos é mostrá-los organizados em categorias. Isso contribui para o potencial cliente ou recrutador identificar se você está qualificado para o projeto que ele está demandando. Mesmo se porventura o portfólio não levar ao fechamento de um contrato, aquela pessoa pode indicá-lo a outro negócio que esteja procurando um profissional para algum trabalho que foi apresentado ali, por exemplo.
Os melhores trabalhos
Principalmente para quem já tem um tempo de carreira maior no UX/UI design, pode ser um pouco difícil selecionar os melhores trabalhos. Dependendo da pessoa que verá o portfólio, pode ser interessante fazer uma pesquisa sobre sua área de atuação, pois isso ajuda na hora de escolher os projetos que mais se aproximam daquilo que ela precisa.
Caso você tenha dezenas de trabalhos, a recomendação é levar para um encontro com o potencial cliente apenas uma quantidade entre 15 e 20. Também pode acontecer de a pessoa desejar ver outros trabalhos que não estão ali, por isso é importante dar a oportunidade de vê-los. Uma das maneiras de fazer isso pode ser compartilhando o perfil nas redes sociais ou plataformas de portfólio online, por exemplo.
Uso de boas plataformas
Para apresentar portfólios no formato online, existem basicamente duas formas de compartilhar com potenciais clientes: por meio de plataformas ou com um blog. No primeiro caso, o Behance é uma das opções mais conhecidas, visto que permite a criação de portfólios não só de UX/UI, mas também relacionados com áreas como design gráfico e redação de conteúdo web.
Já em relação ao blog ou site, essa é uma grande oportunidade de mostrar todas as habilidades de experiência de usuário e interface. Páginas bem-organizadas, com bom layout e esquema de cores harmônicas podem aumentar bastante as chances de fechar um contrato com o cliente.
Se o profissional não tiver conhecimentos profundos em desenvolvimento de blog ou sites, ele pode usar gerenciadores de conteúdo como o WordPress, que contém uma infinidade de recursos que auxiliam na elaboração de um bom portfólio. Além disso, os gerenciadores de conteúdo ajudam o profissional a manter o seu core business, focando somente em UX/UI e delegando ao WordPress aspectos de codificação e design.
Quando montar um portfólio?
Reforçando o que falamos em parágrafos anteriores, um portfólio traz muito mais informações que um currículo tradicional. Outra implicação disso é que o profissional de UX/UI, mesmo se não tiver experiência, pode construir um portfólio e ser bem-sucedido na hora de conseguir os primeiros projetos. Ele pode, por exemplo, incluir trabalhos acadêmicos que tenham um certo grau de fidelidade com situações reais de uma empresa.
Dicas para um bom portfólio de UX design
Agora que você entendeu melhor a importância e as principais características de um bom portfólio de UX/UI, veja a seguir algumas dicas que preparamos sobre como elaborar um e se destacar dos concorrentes!
Ter um objetivo
O objetivo está diretamente relacionado com quem verá os trabalhos do portfólio. Será uma empresa física ou alguém que solicitou o serviço em um site de freelancer, por exemplo? Ter essa clareza logo no início ajudará, entre outras coisas, a selecionar não só os melhores trabalhos, mas aqueles que mais se encaixam ao perfil do recrutador ou potencial cliente.
Trazendo um exemplo prático, suponha que o portfólio de UX/UI seja apresentado a um e-commerce de produtos esportivos. O dono do negócio procura alguém para aprimorar a usabilidade do site e outras melhorias, visto que a sua equipe já está ocupada lidando com questões como estoques e tráfego da loja virtual.
Caso você tenha feito um projeto voltado para algum esporte ou prática de atividade física, por exemplo, é recomendado não só incluí-lo no portfólio, mas também detalhar todas as etapas envolvidas. Os wireframes, protótipos e MVPs desse projeto podem ser mencionados ou vinculados ao trabalho final, de modo a transmitir todos os conhecimentos e habilidades necessários no desenvolvimento daquele projeto.
Ser transparente ao demonstrar conhecimento em UX/UI
Na hora de apresentar o portfólio de UX/UI, o cliente potencial precisa saber qual o nível de experiência do profissional. Para um iniciante, por exemplo, além dos trabalhos acadêmicos, ele pode incluir trabalhos que ele já tenha feito, como melhorias pontuais em um site.
Para quem já tem uma experiência, é importante ressaltar outros pontos dos projetos passados, como as suas habilidades interpessoais. Além disso, essa é uma oportunidade de explanar estratégias e procedimentos feitos com a equipe. Por fim, caso o profissional de UX tenha um foco maior na parte de pesquisa, uma boa dica é apresentar como ele faz na hora de desenvolver a personas, análises e jornadas do usuário.
Mostrar os processos
Considerar que o cliente não vai dar atenção aos pormenores de um projeto é um erro que pode minar as chances de fechar um contrato. Portanto, no momento de elaborar o portfólio de UX/UI, é indispensável mostrar os processos, pois além de demonstrar profissionalismo, informa a quem está vendo a seriedade e complexidade dos trabalhos realizados.
No entanto, vale salientar que isso não implica em apresentar todas as etapas daquele trabalho. O importante é trazer informações sucintas que possam dar clareza ao potencial cliente, focando em mencionar o problema, bem como as pessoas e ferramentas envolvidas. Também é importante colocar no portfólio de UX design como o problema foi resolvido, além dos resultados que aquele cliente obteve após receber o serviço finalizado.
O storytelling pode ser bastante explorado para mostrar os processos de modo a impactar quem está vendo o portfólio. Isso porque ele é responsável por prender a atenção das pessoas do início ao fim, sendo aplicado em livros, filmes e séries. Portanto, tão importante quanto mostrar cases e processos é usar desse artifício para demonstrar profissionalismo, seriedade e diferencial competitivo!
Focar mais em qualidade do que em quantidade
Lembra de quando falamos em selecionar de quinze a vinte trabalhos para inserir no portfólio? Pois bem, no momento de concorrer a uma vaga específica é preciso o profissional ser ainda mais seletivo e escolher entre dois e três projetos. Principalmente se houver a oportunidade de apresentar com detalhes as etapas e ferramentas usadas, a qualidade sempre será melhor que a quantidade.
Um ponto que merece destaque é o fato de que, se muitos profissionais estão disputando essa vaga, os recrutadores terão ainda menos tempo para ver todo o portfólio. Nesse sentido, apostar no storytelling e navegação intuitiva já podem fazer aquele portfólio de UX design de destacar dos demais.
Facilitar a leitura e a navegação
Ter atenção à parte de tipografia também é crucial para o portfólio cativar o recrutador. Em outras palavras, as fontes usadas devem facilitar a leitura ao máximo, o que dispensa, por exemplo, fontes extravagantes e que mais atrapalham que ajudam na boa avaliação do portfólio.
Se o potencial cliente estiver vendo o portfólio em um site, é indispensável categorizar os trabalhos. Também deve-se considerar a adequação aos dispositivos móveis, o que exige uma otimização no tamanho das imagens. Fotos pesadas demais podem demorar para serem carregadas em tablets ou celulares, principalmente dependendo da conexão com a Internet.
Criar uma boa capa
Sabe aquela máxima de que a primeira impressão é a que fica? Nesse sentido, uma capa bem-elaborada aumenta bastante as chances de ser escolhido por um recrutador. No entanto, se o profissional não dominar bem o design gráfico, ele não precisa se preocupar, bastando apostar em algo simples, mas que seja capaz de transmitir identificação e uma ideia do que serão os trabalhos apresentados.
Saber usar as fotos e cores
Um dos aspectos que mais contribui para a aceitação de um portfólio em termo das cores é a combinação entre elas. O profissional pode contar com ferramentas para ajudá-lo nesse sentido, caso ele não domine o design ou prefira manter-se no seu core business que é o UX/UI.
Divulgar o portfólio
Pode acontecer de o profissional de UX/UI não ter ninguém específico em mente para apresentar seu portfólio. Se esse for o caso, o uso de plataformas como o LinkedIn pode ajudar bastante a disseminar na rede os seus trabalhos e conhecimentos.
Um perfil bem-trabalhado nessa rede social pode trazer muito retorno, não só em termos de projetos, mas também em networking. Sendo uma área com demanda crescente no mercado, o LinkedIn torna-se uma excelente ponte entre profissionais de UX/UI e potenciais clientes. Até mesmo para quem tem pouca experiência ou está terminando a graduação, por exemplo, usar essa rede social pode assegurar bons trabalhos, principalmente a médio e longo prazo, considerando a experiência.
O portfólio de UX design ajuda na atração de potenciais clientes e fechamento de parcerias duradouras. Como vimos ao longo deste texto, é fundamental escolher os melhores trabalhos e categorizá-los, explorando também recursos de storytelling para o portfólio se destacar da concorrência.
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