13 princípios do design gráfico: como usar e exemplos

Princípios do design gráfico são diretrizes, vieses, leis e considerações de caráter prático e multidisciplinar.

Princípios do design gráfico

Ao criar suas peças, o designer gráfico deve seguir princípios. É algo que vai além de cores harmonizadas e um layout organizado: seguir os princípios do design gráfico tem a ver também com agregar valor acerca de um produto, tendo um papel estratégico para um negócio. Um projeto de design é usado não somente no marketing, mas em vários outros segmentos, como animação e desenvolvimento de marcas.

Quais são, então, esses princípios do design gráfico? Quando e como usá-los em uma peça e obter o alcance dos objetivos traçados? Neste texto, vamos apresentar 13 princípios, explicando algumas maneiras de aplicá-los em uma peça, dando a ela um toque de profissionalismo e excelência. Boa leitura!

O que são os princípios básicos do design?

Conceitualmente, os princípios do design gráfico são tidos por diretrizes, vieses, leis e considerações de caráter prático na área. É importante mencionar também o caráter multidisciplinar desses elementos, englobando disciplinas, como:

  • física;
  • sociologia;
  • ciência comportamental;
  • ergonomia.

Por que é importante conhecer os elementos do design gráfico?

Uma boa peça de design, por ser feita com base em seus princípios, ajuda um negócio a aumentar sua relevância e vender mais. Tanto no meio online quanto offline, o uso de textos, cores e imagens, seguindo uma organização e hierarquia, deve ser capaz de reter a atenção das pessoas.

Além disso, os princípios básicos do design gráfico são cruciais em relação ao caráter informativo, trazendo conhecimento didático, objetivo e relevante ao público.

Quais são os princípios do design gráfico?

Existem 13 princípios do design gráfico. São eles:

  1. Linhas;
  2. Cor;
  3. Contraste;
  4. Equilíbrio;
  5. Espaço em branco;
  6. Movimento;
  7. Repetição;
  8. Tipografia;
  9. Composição;
  10. Hierarquia;
  11. Proximidade;
  12. Grid;
  13. Variedade.

A seguir, vamos explicar cada um deles. Acompanhe!

1. Linhas

Conceitualmente, uma linha serve para ligar dois pontos. Pode ser de vários tipos, como reta, fina, espessa, em formato de curva ou com traços irregulares. Se elas forem horizontais, por exemplo, a intenção do designer é dar um efeito de estabilidade e calmaria à sua peça.

Por outro lado, se a linha for vertical, a ideia é dar mais dinamismo. Agora, se o propósito é aumentar esse grau de dinamismo, sem dúvida a melhor opção é usar a linha diagonal. Ela também transmite às pessoas, entre outras coisas, uma alta energia e pode conduzir o olhar humano em várias direções.

Em relação às linhas curvas, elas servem para simbolizar movimentos, como o da água e o das vibrações sonoras. Sobre a espessura da linha, quando elas estão em bold (negrito), a intenção pode ser a de informar coisas, como lentidão e estabilidade. A linha menos espessa ajuda o consumidor da peça de design a enxergar leveza e velocidade.

Linhas no design gráfico
Neste exemplo, as linhas direcionam o nosso olhar para o centro da imagem — Unsplash.

2. Cor

Em um trabalho de design, as cores são escolhidas de forma criteriosa, a depender da mensagem que se deseja transmitir. O primeiro conhecimento que o designer precisa ter em relação a isso é que as cores são divididas em três tipos:

  • primárias;
  • secundárias e
  • terciárias.

Vale destacar que as cores primárias (azul, vermelho e amarelo) servem de base para o surgimento das secundárias e terciárias. A depender das combinações, pode-se transmitir diferentes ideias ao público.

Se um designer trabalha para uma grande empresa, é recomendável transmitir uma sensação de segurança e confiabilidade em suas peças. O azul é uma cor que pode ser usada nesse sentido, tornando a peça relevante e capaz de despertar sensações nos consumidores. Em uma diagramação, por exemplo, acertar nas cores tende a aumentar as chances de um leitor consumir aquele conteúdo, encontrando não apenas organização e harmonia, mas também valor.

Por outro lado, se a intenção do designer é chamar a atenção, é mais interessante apostar no vermelho e no laranja. Essa combinação de cores pode ser usada em anúncios impressos, na TV ou na internet, visando a reter a atenção da pessoa e fazê-la tomar uma decisão — acima de tudo — mais rápida.

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Cores no design gráfico
Lápis organizados para formar um círculo cromático — Unsplash.

3. Contraste

Ao ler algo, o ser humano tende a movimentar o seu olhar da esquerda para a direita. No entanto, por causa do contraste, isso nem sempre se aplica a um trabalho de design. Na hora de criar o seu conteúdo, o designer precisa saber qual elemento ele quer destacar, e o contraste existe para esse fim.

Se for bem aplicado, o contraste vai conseguir chamar a atenção das pessoas, transmitindo uma ideia clara. O designer deve ter bastante discernimento nesse sentido, visto que, se ele “errar a mão”, aquela comunicação se tornará difícil de entender, destacando um ou mais elementos de forma exagerada.

O contraste pode ser aplicado de 4 formas, que são:

  1. cor: é o meio mais trivial de chamar a atenção do público. Como exemplo, podemos falar da diferença sensorial entre o azul e o vermelho que citamos no subtópico anterior, visto que o primeiro transmite segurança e estabilidade, e o segundo tem a intenção de chamar a atenção;
  2. tamanho: combinar elementos pequenos e grandes também é um meio de promover contraste. Nós, seres humanos, temos uma tendência natural de dar maior importância aos objetos maiores;
  3. forma: quando as formas são apresentadas em contraste, isso tende a instigar uma certa curiosidade nas pessoas. Por exemplo, se existem muitos círculos e elementos arredondados e há um quadrado ou outro formato diferente, ele tenderá a chamar mais atenção;
  4. tipografia: falaremos adiante sobre esse princípio. Mas já adiantando, é muito comum uma peça conter uma ou mais fontes de texto, sendo um elemento interessante de contraste.
Contraste no design
Luzes e sombras criam contraste nesta imagem — Unsplash.

4. Equilíbrio

Esse princípio do design é o responsável por transmitir ao público sensações como conforto, persuasão e harmonia. Tais elementos são buscados pelas pessoas, independentemente daquilo que seus olhos veem, sendo compostos pelos princípios do design gráfico já citados e outros que ainda serão apresentados aqui.

Para esse equilíbrio, os elementos se assemelham aos do contraste, como cor, forma e tipografia. Além disso, existem três tipos de equilíbrio aplicados ao design, que são:

  1. simétrico: consiste na distribuição homogênea dos elementos ao longo da peça de design;
  2. assimétrico: por mais que não haja uma distribuição uniforme dos elementos de destaque, o equilíbrio ainda ocorre. Imagine, por exemplo, uma imagem de estrada e paisagem simétricos, mas com um carro esportivo de cor vermelha bem no meio da pista: além do contraste, o designer também deu um tom de equilíbrio, mesmo que pareça agressivo, a princípio;
  3. desequilibrado: voltando ao exemplo citado há pouco, vamos incrementar alguns animais e pessoas atravessando a pista, tanto na frente quanto atrás do carro esportivo: embora irregular, a disposição de cada um desses elementos pode ainda passar ao público a sensação de equilíbrio.
Equilíbrio no design gráfico.
Simetria do pavão e das suas penas conferem equilíbrio à fotografia — Unsplash.

5. Espaço em branco

Se pararmos para pensar, tudo começa com um espaço em branco. Em geral, a ideia é deixar a peça “respirar”, pelo uso mais racional de recursos como o texto e demais elementos do design gráfico. Vale destacar que nem todo espaço em branco é um espaço branco, pois a ideia é mais em servir de fundo do que uma cor propriamente dita. Esse fundo pode ser de outras cores, a depender dos objetivos e da mensagem que o profissional deseja transmitir.

Falando de conteúdos na internet, o espaço em branco tem um papel fundamental na legibilidade de um texto. Em outras palavras, deve-se usar de forma combinada os princípios básicos do design gráfico, visando também a melhor experiência dos usuários em telas menores, como no caso dos dispositivos móveis.

Espaço em branco no design.
Espaços em branco dão a sensação de “respiro” em partes da imagem — Unsplash.

6. Movimento

O princípio do movimento pode ser aplicado até mesmo em peças estáticas. Lembra de quando falamos da linha e dos seus formatos? Pois bem, além disso, é possível adicionar vários outros elementos, sendo que alguns deles — a repetição e a composição — serão abordados adiante neste conteúdo.

Movimento no design gráfico.
Linhas no asfalto geram a sensação de movimento na fotografia — Unsplash.

7. Repetição

A repetição tem relação com sensações de calmaria e previsibilidade. Além disso, lida com a adição de textura ao trabalho, tornando-o mais vivo e atraente. É um princípio muito usado na web, visto que os visitantes de um site, por exemplo, esperam algo como o logotipo da empresa se repetir nas páginas, inclusive em uma posição padrão.

No caso da web, trata-se de um elemento fundamental na boa experiência dos usuários. Além disso, caso o designer queira destacar algo, ele pode usar o princípio da repetição, visando a tornar mais clara a sua mensagem. Algumas vantagens da repetição que merecem ser mencionadas incluem:

  • promover o estabelecimento da marca, com o objetivo de destacar algum produto, por exemplo;
  • mensagens repetidas geram conexão entre o público e a marca ou produto;
  • aumento do nível de conforto e familiaridade na mensagem que aquela peça se propõe a transmitir.
Repetição no design gráfico.
A repetição pode ser usada para destacar algo em uma imagem — Unsplash.

8. Tipografia

A tipografia lida com as fontes de um texto. Com certeza, você já escreveu textos na escola ou faculdade usando Time New Roman e Arial, não é mesmo? Quando se trabalha com peças de design, existe uma infinidade de fontes e estilos. Tudo vai depender, portanto, dos objetivos da empresa e do designer encarregado de construir a tipografia.

Confira também este texto sobre o assunto:

Tipografia no design gráfico.
A tipografia está relacionada com as fontes e os estilos de texto — Unsplash.

9. Composição

Os elementos do design gráfico que compõem uma peça precisam harmonizar entre si, trazendo apelo visual e comunicação clara. Essa é a proposta da composição, visto que os seres humanos costumam ter a sua atenção retida por aquilo que eles veem.

Uma peça de design bem composta consegue não apenas atrair e comunicar, mas também contar uma história. Isso significa que o potencial cliente tenderá a aumentar o interesse por algum produto ou serviço ofertado pela empresa.

Composição no design
Uma composição harmoniosa torna uma imagem visualmente mais atraente — Unsplash.

10. Hierarquia

O objetivo da hierarquia, além de organizar os itens, é dar a eles o grau de importância em uma peça. É preciso fazer isso de forma lógica e estratégica, visto que evita equívocos de entendimento por quem vai consumir aquele conteúdo, seja na web (na forma de um infográfico, por exemplo), seja impresso.

No caso de textos e suas tipografias, a hierarquia se dá pelos cabeçalhos h1, h2, h3, e assim por diante. Tanto em textos densos quanto aqueles mais enxutos, hierarquizar é fundamental, pois aumenta o nível de clareza na comunicação, conectando com maior facilidade a marca e o cliente. Alguns dos principais blocos de construção de uma hierarquia visual são:

  • cor;
  • tamanho;
  • contraste;
  • alinhamento;
  • repetição;
  • espaço em branco.
Hierarquia no design gráfico
Tamanhos diferentes ajudam a construir a hierarquia em tipografias — Unsplash.

11. Proximidade

A proximidade diz respeito ao nível de semelhança entre os elementos de um conteúdo de design. A ideia é evitar uma bagunça visual, que dificulte o entendimento das pessoas sobre a mensagem transmitida. Nesse sentido, elementos com similaridades devem ser agrupados; já para aqueles com pouca ou nenhuma semelhança, a recomendação é manter uma certa distância entre eles.

Também é importante destacar o papel do espaço em branco na proximidade. Isso porque não é necessário ocupar todo o fundo da peça com elementos, tanto pela questão do “respirar” quanto pela disposição e proximidade deles.

Proximidade no design gráfico.
Na imagem, a proximidade reside na semelhança de formas retangulares e linhas — Unsplash.

12. Grid

A palavra grid significa grade. Portanto, é a construção de linhas horizontais e verticais, visando a delimitar os elementos que compõem uma peça de design. Em trabalhos físicos, o grid ajuda na impressão correta de todos eles, sem cortes nas margens.

Já no meio online, é útil na melhor experiência dos usuários em sites e aplicativos, principalmente em dispositivos móveis. Os grids podem ser de vários tipos, sendo que alguns dos principais são de uma e duas colunas, modular e hierárquico.

Grid em design gráfico.
O grid serve para separar os elementos de uma peça de design — Unsplash.

13. Variedade

A variedade talvez lembre um pouco o contraste e o equilíbrio, mas há diferenças entre esses princípios. Uma peça com pouca variedade pode até ser equilibrada e contrastar, mas em alguns casos não empolga. No outro extremo, se houver exagero de variedade, o contraste e o equilíbrio entre os elementos podem não ser suficientes para atrair o olhar e a atenção das pessoas.

Tal qual o contraste e o equilíbrio, é possível aplicar a variedade por meio de cores, tamanhos, formas e tipografias.

Variedade no design gráfico.
Nesta imagem, a variação de cores e tamanhos é trabalhada de forma criativa — Unsplash.

Os princípios do design gráfico devem ser combinados em uma peça, visando a uma comunicação clara com o público. Se você tem interesse em aprimorar suas habilidades em design ou ingressar nessa área, saiba que a Rock Content pode ajudar!

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