Sabe uma coisa que muitos de nós, freelancers, temos em comum? As várias horas diárias passadas em frente ao computador. Boa parte da nossa vida está armazenada nessa máquina. Os trabalhos produzidos, o histórico de nossas interações com os clientes, aqueles arquivos importantes para os jobs, além de fotos e documentos pessoais.
E sabe o que é mais curioso disso tudo? Raramente adotamos ações de prevenção. Entendemos a importância da segurança digital, nos surpreendemos com notícias relacionadas a vazamento de dados e, volta e meia, escutamos histórias de amigos que perderam coisas importantes. Apesar de certa apreensão, cadê que na prática tomamos providências?
Bem, amigo freela. Isso era realidade até antes da leitura deste post. Então, confira nossas dicas e trate de investir agora mesmo na sua segurança digital!
1. Mantenha seu sistema operacional atualizado
Quem nunca ficou de saco cheio com aquelas mensagens insistentes de atualização do sistema operacional? Pois saiba que, por mais chata e demorada que seja, é recomendado estarmos em dia com ela.
Muitas vezes, nesses updates há correções em vulnerabilidades percebidas. Dessa maneira, se não instalamos as versões mais recentes, deixamos o computador mais vulnerável. Sem contar que, a partir dessa ação de cibersegurança, é possível também melhorar a performance do computador e, com isso, nossa produtividade.
“Tá. Mas e se aparecer a notificação de atualização justamente quando eu estiver com muita pressa?”. Bem, avalie o seguinte: nessa nossa vida de trabalho remoto, tendemos a ter um pensamento constante de que “time is money” e “mais tarde faço isso”. Porém, quando acontecerá esse ‘mais tarde’? Reserve e anote na agenda (de verdade) um horário da semana para fazer isso, considerando que pode levar eternos minutos.
2. Trabalhe sempre com conexão segura
Poder trabalhar de qualquer lugar é liberdade. Além da possibilidade de executarmos o trabalho em casa, podemos ir para aquele café aconchegante ou a um coworking bacana. Adiantar o job no aeroporto, entre a conexão de um voo e outro, também é corriqueiro para muitos. Contudo, vai um alerta: tenha cuidado ao se conectar em wi-fi públicas.
Tudo bem, entendemos que às vezes isso é necessário. Contudo, previna-se. Um passo importante nesse sentido é desabilitar o compartilhamento de arquivos no seu notebook. Se essa porta estiver aberta, documentos ali armazenados podem ser acessados por terceiros.
Caso tenha um software de VPN (Virtual Private Network), melhor ainda. Esse programa cria uma rede privada criptografada e blinda os dados entre computador e servidor. Isso dificulta invasões e evita deixar rastros sobre seus hábitos de consumo e comportamentos na internet.
Falando ainda em criptografia, mesmo se estiver em casa, procure acessar somente sites com o protocolo HTTPS. Ele é identificado por aquele cadeado antes da URL e contribui para aumentar a segurança digital.
Ah! Não custa ressaltar: tenha atenção com publicações e links sobre oportunidades de jobs, no Facebook ou no WhatsApp. Alguns podem ser golpes de trabalho ou conter malwares.
3. Invista em backups confiáveis
Backups são cópias seguras feitas em arquivos importantes. Eles são recomendados ainda que seus documentos estejam armazenados na nuvem (Google Drive, DropBox, SkyDrive etc). A questão é que eles podem nos salvar em várias situações, como na possibilidade de algum arquivo ser excluído ou modificado acidentalmente.
Tais serviços em nuvem costumam disponibilizar um espaço gratuito, mas limitado. Caso você precise de algo maior, considere investir em mais espaço, pois o valor não é nada absurdo. O Google Drive, por exemplo, cobra R$6,99 mensais para 100 GB.
4. Tenha firewall, antivírus e afins
Não tem como falar em proteção de dados online sem comentar sobre programas de firewall e antivírus.
O firewall tem o papel de barrar tentativas de invasão, além de conexões nocivas ou não autorizadas. Isso é importante pois qualquer experiência digital gera troca de dados, os quais podem ser interceptados durante o trânsito entre nossa máquina e a rede.
Antivírus, por sua vez, detectam vírus. Assim, é essencial investir em um também. Contudo, tenha certeza do que ele se propõe a proteger. É que na classificação de malwares, existem outras espécies, como worms, adwares intrusos e spywares. Alguns antivírus têm capacidade para encontrar todos esses programas maliciosos, outros são mais restritos.
Tais soluções podem já vir junto do sistema operacional ou serem adquiridas externamente, fica a critério de cada um. E atenção! Não se esqueça de escanear a máquina com frequência, atualizar os programas e verificar arquivos antes do download, combinado?
5. Reforce senhas
Quando suas senhas foram criadas e qual a intensidade da força? Os profissionais de cibersegurança ainda não chegaram a um acordo sobre qual seria o tempo ideal para a troca. Há os que defendem a periodicidade de 2 a 3 meses e há os que acreditam que esse tipo de atitude acaba gerando mais ansiedade no usuário e maior propensão ao esquecimento do código. Mas bom senso na frequência é sempre bem-vindo.
Para garantir a proteção de dados online, o ideal é que a senha não seja uma combinação óbvia (como sua data de aniversário) e que tenha uma mistura de números com letras maiúsculas e minúsculas.
6. Utilize a busca anônima
A busca anônima não garante a segurança digital. O seu endereço IP continua ativo, seu provedor sabe seus acessos e você não está livre de malwares. Mas ela afasta cookies, arquivos temporários e históricos. Isso evita o surgimento daqueles anúncios indesejados nas navegações, que, inclusive, podem ser adwares maliciosos, e te levarem a clicar neles por engano.
A prática é ainda mais recomendada em duas ocasiões. A primeira é se você precisar acessar plataformas de trabalho e e-mails de um computador público. A segunda é quando você realizar pesquisas sobre temas adultos ou mais delicados.
7. Ative o modo controle dos pais
Quem tem crianças em casa sabe: com tanto entretenimento na internet e a facilidade que elas têm em sentir tédio, é praticamente impossível não deixar que brinquem um pouco com jogos digitais. Caso empreste o seu notebook, não se esqueça de, antes, ativar o “modo de controle dos pais”, pois isso evita elas que baixem arquivos ou cliquem em links perigosos.
A dica também é válida se você entregar seu smartphone. Como, na maioria das vezes, ele está conectado às suas redes sociais e às contas de e-mail, uma pequena ação pode abrir brechas para malwares nos aparelhos e nos arquivos.
Ufa! Nessa vida de freela existem vários encargos, não é? Mas essa responsabilidade com a segurança digital é necessária para proteger você e seu cliente. Sendo assim, fica a última dica: comunique suas atitudes de proteção de dados, ainda no processo de onboarding — aquele no pós-venda dos seus serviços. Isso aumentará a confiança dele em você e passará uma imagem positiva sobre seu trabalho.
Por falar nisso, você sabe se relacionar bem com o seu cliente? Baixe nosso e-book e tenha as melhores dicas de fidelização!