Entenda como usar a narrativa transmídia para promover sua empresa

O uso das estratégias transmídia tem se provado uma solução eficiente no processo de criação de narrativas sobre marcas. Por meio dela, a empresa conta uma história por diferentes meios (livros, filmes, jogos, televisão e etc) de forma complementar, aumentando o contato com o público e gerando engajamento.

Transmídia

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Você se lembra de quando falávamos em “mundo real” e “mundo virtual”? Hoje em dia, ainda é possível ouvir esses termos, mas a divisão entre essas duas realidades passou a fazer cada vez menos sentido. Teóricos da comunicação defendem que o mundo virtual e o mundo real já se entrelaçaram de forma inseparável.

Nesse contexto de transformação digital, com uma sociedade sempre conectada e na qual os limites entre real, virtual, público e privado se misturam, surge o conceito das narrativas transmídia. Essas histórias estão presentes em diferentes formatos e suportes, e levam riqueza e novidades constantes para o público.

Se você quer aplicar essa estratégia de comunicação nas ações de marketing da sua empresa, preste bastante atenção neste post! Vamos revelar muito sobre ela para você.

O que é narrativa transmídia?

Antigamente, antes da popularização da internet e da proliferação das chamadas “novas mídias”, os conteúdos eram feitos para um formato específico. As novelas eram pensadas, escritas e gravadas para a televisão. Os livros eram feitos para serem lidos em papel. Os quadrinhos eram revistas impressas em papel-jornal e compradas em bancas de jornais.

Mas a tecnologia multiplicou as possibilidades e fez com que as mesmas histórias pudessem ser consumidas em formatos diferentes. Hoje, é possível assistir a uma novela na TV, mas também no celular. E, no Twitter, alguns perfis se dedicam a comentar cada reviravolta das tramas.

Da mesma forma, os livros podem ser lidos em papel ou em leitores digitais, proporcionando uma nova experiência. Até mesmo os quadrinhos se tornaram um produto para as telas, com o surgimento das web comics.

No entanto, a revolução causada pela tecnologia não parou por aí. Não demorou muito até que as empresas começassem a entender que poderiam explorar essa potencialidade das novas mídias ainda mais para o branding, e foi nesse momento que surgiram as narrativas que transitavam entre diferentes plataformas.

Assim, narrativas transmídia são todas as histórias contadas por meio de múltiplas mídias. Mas atenção: é fundamental não confundir isso com uma adaptação. Para construir uma narrativa desse tipo, não basta contar a mesma história em vários canais diferentes.

O que cria o interesse no público é sentir que é oferecido um trecho ou uma perspectiva diferente da história em cada um dos pontos de contato que ele tem com a empresa — que podem ser o site, as redes sociais, email e vários outros canais.

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Como fazer uma estratégia transmídia na sua empresa?

As companhias de entretenimento conduzem essa dinâmica com muita habilidade, mas saiba que é possível lançar mão desse artifício das narrativas transmídia para divulgar marcas de qualquer segmento. Saiba mais a seguir!

Presença estratégica em diferentes canais

A primeira providência que a empresa precisa tomar é certificar-se de que está presente em vários canais. Aqui, é necessária uma atenção extra: a presença em mídias diferentes deve ser estratégica e pautada pelas necessidades da buyer persona.

Definição de objetivos

Com a presença estabelecida, é necessário entender qual história será contada. O momento é de reforçar a imagem da marca? Estamos lançando um novo produto ou serviço? Precisamos comunicar a inauguração de uma nova sede? Essas e outras mensagens podem ser contadas de forma interativa em vários canais.

Uso do storytelling

O próximo passo é apostar no storytelling. A narrativa precisa ser cativante e dialogar com a emoção do seu público. Fique atento para as questões de autenticidade e fidelidade à cultura organizacional. Caso decida trabalhar com uma ficção, deixe isso bem claro, ou o público pode se sentir enganado pela mensagem.

Decisão sobre o papel de cada canal

No processo de construção da narrativa transmídia, é fundamental pensar as mídias como canais complementares para alcançar um mesmo objetivo. A ideia é que a pessoa vá descobrindo aos poucos os pontos da história. Você pode até usar um canvas para ajudar nessas definições.

A mensagem de cada canal precisa ser suficiente por si só. Porém, a persona deve sentir que terá uma experiência mais rica se for buscar pelos demais conteúdos em outras mídias da empresa. Assim, pense na função dos diferentes canais e em qual papel eles terão na construção da sua história.

Preocupação com a qualidade das ações

Por fim, a última etapa é a elaboração das peças, com uma redação primorosa e linguagem adequada para o meio e para a persona. Isso vai garantir que o seu público fique totalmente envolvido com a história que você está transmitindo.

Além disso, é preciso dizer que essa estratégia é normalmente pensada para o público consumidor. O detalhe é que toda empresa tem vários públicos — colaboradores, fornecedores, parceiros estratégicos e investidores são somente alguns exemplos — e todos eles podem ser sensibilizados por uma estratégia de conteúdo transmídia.

Portanto, na hora de pensar em ações que envolvem os seus diferentes públicos, não há razão para deixar de oferecer uma experiência interessante e memorável.

Existem casos de sucesso com a estratégia transmídia?

Felizmente, o que não faltam são exemplos de boas estratégias transmídia para ilustrar este post e também para inspirar você a fazer ações com alto engajamento na sua empresa. A seguir, vamos falar de alguns. Acompanhe!

Harry Potter

No fim da década de 90, a autora JK Rowling começou o lançamento de uma série que revolucionaria o mundo dos livros infanto-juvenis. A escritora inglesa tem um mérito ainda maior, pois ela soube como continuar contando a história de seus personagens, mesmo depois da publicação de seu último livro.

Rowling estabeleceu uma série de pontos de contato com seus leitores, a começar pelo Twitter. Em sua conta, ela passou a falar sobre fatos da vida dos personagens que não eram explorados na história.

transmídia J.K. Rowling

Depois, ela partiu para a criação de uma plataforma online, a Pottermore, na qual os fãs da série podiam fazer testes para descobrir oficialmente em qual casa de Hogwarts entrariam caso fossem alunos, que tipo de varinha mágica teriam, qual animal seria o seu patrono, entre outras curiosidades. No site, ela também passou a publicar conteúdos inéditos do universo bruxo.

A seguir, ela começou a escrever roteiros para peças de teatro e filmes, derivados da saga original. Em cada um desses canais, uma parte do universo criado por ela vai sendo revelada para os fãs, que nunca se cansam de absorver mais informações sobre seus personagens preferidos e novos habitantes desse mundo mágico.

Despedida da Kombi

Em 2014, a Volkswagen decidiu parar de fabricar o icônico modelo Kombi, o utilitário quadradinho que virou um dos símbolos da geração paz e amor na década de 60.

Para destacar o momento histórico na trajetória da marca, eles aplicaram uma narrativa transmídia que pode ser considerada exemplo de boa prática na área.

Primeiro, a assessoria de imprensa da fabricante lançou press releases para todos os veículos, anunciando que o modelo sairia de linha. O fato foi amplamente coberto em todo o mundo, iniciando uma comoção.

Depois, a empresa publicou nos jornais um anúncio que trazia o testamento da Kombi, com seus últimos desejos — um texto emocionante e que evocava memórias nos consumidores que já tiveram algum tipo de ligação com o carro.

As ações culminaram em um vídeo de despedida da Kombi, narrado em primeira pessoa, contando as memórias do veículo e distribuindo suas “heranças” para pessoas que tinham ligações fortes com o modelo. O vídeo incluía imagens das ações anteriores, amarrando todo o conceito da campanha.

Frozen

Se há uma empresa no mundo que é ícone de uso de estratégias transmídia, essa empresa é a Disney. Atual dona das principais narrativas que constituíram a cultura pop do mundo ocidental desde meados do século XX, a empresa tem inúmeros exemplos da aplicação da estratégia para divulgar suas histórias.

Vamos explorar pontualmente Frozen, por ter sido um dos maiores fenômenos recentes da marca. Baseada no livro chamado “A Rainha da Neve”, de Hans Christian Andersen, a história foi lançada em filme de animação em 2013.

Antes mesmo do lançamento do longa, a Disney já estava trabalhando a música tema do filme, “Let It Go”, gravada pela estrela teen Demi Lovato. Nos cinemas, o filme foi um estouro, e a febre do mundo congelado não passou quando ele saiu de cartaz.

Depois do lançamento, foram desenvolvidos jogos para celular e de videogame, em que os jogadores podiam explorar os rincões do reino de Aradelle. A Disney lançou livros infantis com histórias curtas envolvendo os personagens da trama e contando episódios de suas vidas que ficaram de fora da narrativa principal.

Tudo isso sem contar com os CDs da trilha sonora, que continham músicas que não estavam no filme e contavam outras partes da história, as atrações nos parques de diversão da Disney e os espetáculos no gelo, com Elsa e Ana sobre patins levando crianças à loucura no mundo todo.

Por esses exemplos, é possível perceber que a estratégia de contar uma mesma história em diferentes meios pode ser aplicada a todos os tipos de segmentos.

Ela também pode entrar em jogo como ação em qualquer parte da história da empresa, desde a sua entrada no mercado até a saída de linha de um modelo, passando pelo lançamento de novos produtos ou serviços.

Para uma estratégia de transmídia alcançar o sucesso, é importante enxergar a comunicação de forma estratégica e encontrar papéis diferentes para cada mídia, de forma que o público queira saber o que está acontecendo em todas elas.

Agora que você já entendeu bem esse conceito, conheça aqui também como utilizar da melhor formas as mídias disponíveis para promover o seu negócio.

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