Entenda a importância da diversidade nas organizações e como promovê-la!

    O termo diversidade nas organizações está realmente em alta. A explicação é bastante simples: além de ser um tema muito importante para praticar a responsabilidade social, é também uma forma de manter a empresa competitiva no mercado, uma vez que os clientes estão muito mais seletivos e querem se identificar com as marcas. 

    Em outras palavras, as pessoas estão cada vez mais preocupadas em consumir produtos e serviços de empresas que têm as mesmas orientações que elas, garantindo um alinhamento de propósito. Já parou para pensar em quantas hashtags vemos ultimamente de pessoas apoiando ou boicotando uma empresa por conta de uma iniciativa?

    Esse tipo de coisa mostra o posicionamento das pessoas e também como é valorizado que seu dinheiro e apoio sejam destinados a organizações que se posicionam da mesma forma que elas. Então, empresas que evitam se posicionar estão ficando para trás. Vamos dialogar mais sobre isso? Continue a leitura e fique por dentro! 

    O que significa ter diversidade nas organizações?

    Quando pensamos em diversidade nas organizações, a ideia não é apenas ter um grupo plural trabalhando naquele momento, mas sim pensar em como organizar a empresa estrategicamente para essa diversidade estar em seu DNA. Não é apenas sobre promover ações pontuais de contratação, por exemplo, embora isso já seja um começo.

    É realmente sobre planejar estruturas para que a organização tenha um modus operandi que pense e aplique sistematicamente essa preferência pela pluralidade, tanto no time quanto nas suas iniciativas enquanto negócio. A escolha de parceiros de negócios, investimentos, fornecedores e iniciativas apoiadas também entra nesse hall.

    Diversidade x representatividade

    Uma breve pesquisa no Google pode informar você sobre isso: a maioria dos cargos de liderança nas empresas são ocupados por pessoas de grupos privilegiados. Novamente: ações pontuais têm seu valor, mas não atuam na raiz do problema

    Pensa comigo: você se imagina trabalhando em uma empresa x, mas se imagina chegando ao cargo de CEO dela? Você poderia ser sócio? Pessoas de grupos minorizados poderiam conquistar essa posição e ter esse objetivo sem serem consideradas como exceção? 

    Quero chamar a sua atenção para isso: mesmo que o RH consiga contratar um operacional diverso, é preciso investir na educação dos profissionais para que eles alcancem os cargos do alto escalão.

    Dessa forma, muda-se a médio e longo prazo a representação dos lugares ocupados nessa empresa, mostrando para grupos sub-representados que não só é possível chegar lá, como também a empresa está colocando seus esforços para que essa seja a realidade. 

    O que é representatividade?

    Não podemos falar de diversidade nas organizações se você não entender o que é e qual é a importância da representatividade. Para isso, vou usar a definição de representatividade do Dicionário de Política, de Norberto Bobbio: é a expressão dos interesses de um determinado grupo na figura de representante.

    Ao promover diversidade na empresa, você garante que os grupos tenham representantes dentro da organização. Assim, os assuntos tratados pela organização passaram por esses pontos de vista, considerando seus interesses, subjetividades e características enquanto grupos.

    Representatividade x tomada de decisão

    Sabe aquelas iniciativas de empresas que a gente vê e pensa “nossa, mas não tinha um para avisar que era uma má ideia”? Esse é um bom exemplo prático de falta de diversidade e de representatividade, que tende a fortalecer narrativas unilaterais e excludentes. 

    A gente consegue perceber, logo de cara, que a empresa que lançou a ação não tinha ninguém que pudesse ver a problemática, pois aquilo, de fato, não era um problema para o grupo que estava ali representado na hora de tomar decisões: não seja essa empresa. 

    Qual é a importância da representatividade nas empresas?

    Por outro lado, quando vemos que a empresa está refletindo os interesses de grupos sub-representados, fica claro que, lá dentro, há quem esteja orientado e entende as necessidades desse grupo, a visão desse grupo e também a pluralidade das pessoas que o compõem.

    Lembra o que falei lá em cima sobre os lugares que as pessoas podem ocupar? Isso, na representatividade, não é apenas sobre ver nos outros, mas sobre construir a sua própria identidade. O reflexo da diversidade e da representatividade é exatamente esse, a gente vê a organização trabalhando e percebe (e aqui vale a pena a repetição):

    • pessoas negras ocupam naturalmente esse lugar;
    • pessoas LGBTQIA+ ocupam naturalmente esse lugar;
    • pessoas com deficiência ocupam naturalmente esse lugar;
    • mulheres ocupam naturalmente esse lugar, e assim vai.

    Então, se você é uma criança negra que vê a Maju no jornal na TV, sabe que pode fazer aquilo quando crescer. Se você é estagiário e vê o CEO, que se parece com você e faz parte do mesmo grupo que você, sabe que aquele lugar também pode ser seu.

    Novamente: é preciso entender que não é só sobre performar um local social, mas sobre construir identidades naturalmente

    Como praticar a diversidade e inclusão nas empresas?

    Bom, até aqui, o posicionamento ficou claro: você precisa entender os conceitos e compreender o impacto deles, na prática, na vida das pessoas. Na hora de traduzir isso para as práticas da empresa, o planejamento estratégico deve ser estruturado, pensando em abordar as questões sistemicamente.

    Mas aí você me pergunta: como fazer isso, por onde começar? Pela educação. Por que educação? Simples, a educação amplia o acesso e amplia as oportunidades, colocando em prática o que é a inclusão social: criar possibilidades e promover equidade, provendo os recursos para que a desigualdade seja diminuída. 

    Iniciativas individuais x parcerias estratégicas

    O primeiro passo para acertar nas ações de diversidade nas organizações é o seguinte: comece por você, descentralizando o seu poder. Se você atua no RH, por exemplo, precisa contar com pessoas de outros grupos para opinar e construir o planejamento, acompanhando as ações e mensurando seus impactos, ajustando os processos… 

    Então, não deixe de contar com parcerias estratégicas nesse sentido:

    • elenque os pontos que você mesmo percebe que poderiam melhorar;
    • pense sobre os motivos pelos quais isso é assim atualmente;
    • liste também possíveis formas de combater o problema.

    Aí, passe o bastão: quem mais entende do assunto e pode ajudar você nessa missão? Exponha a realidade da organização e coloque as suas próprias conclusões com o diagnóstico da parceria em perspectiva. Isso, sem dúvida, vai ajudar muito na sua evolução enquanto líder engajado, colaborando para que você consiga conduzir o processo. 

    Mesmo que outras pessoas, mais habilitadas, estejam à frente, você deve manter sua responsabilidade em alta, aprendendo a cada dia mais e se fazendo útil dentro do propósito, combinado? Que tal dar o pontapé inicial nessa jornada agora mesmo? Assine a newsletter da Rock.org e tenha acesso aos conteúdos educativos! 

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