A gestão empresarial é um aspecto desafiador pela complexidade da administração de negócios e também pela falta de planejamento e avaliação de riscos que aumentariam o conhecimento dos gestores sobre o próprio negócio.
Não à toa, o Brasil apresenta uma taxa de sobrevivência de empresas de 58%. Ou seja, 42% fecham em até dois anos, de acordo com o Sebrae. A principal causa é a falta de planejamento e capacitação sobre as estratégias de gestão.
Pensando nisso, apresentamos a seguir os principais tópicos sobre a avaliação de risco, um dos componentes essenciais de um planejamento corporativo eficiente. São eles:
- O que é avaliação de risco
- Qual a importância desse recurso para empresas
- Qual metodologia adotar para mensurar riscos
- 11 razões para fazer avaliação de risco na empresa
Confira nosso conteúdo e melhore a gestão de riscos e planejamento do seu negócio dominando mais essa boa-prática gerencial!
O que é avaliação de risco
A avaliação de risco é um recurso que pode ser adotado em toda organização para mapear potenciais eventos e mensurar os problemas ou oportunidades gerados por eles, reduzindo as incertezas da gestão.
Esse processo pode ser desenvolvido considerando toda a empresa e também em projetos e departamentos específicos. O objetivo é criar um cenário mais estável e previsível para o cumprimento das metas empresariais.
Dessa forma, a avaliação de riscos é componente fundamental de um planejamento estratégico eficiente e que considera o panorama real do negócio, analisando tanto elementos internos como externos.
As diretrizes sobre uma boa gestão de risco estão previstas na International Organization for Standardization – ISO 31000. De acordo com o protocolo, esse recurso deve:
- prezar pela criação e manutenção de valor à empresa;
- direcionar a tomada de decisão;
- ser parte de todos os processos organizacionais;
- ser baseado em informações reais do negócio;
- proporcionar melhorias contínuas na empresa.
A avaliação de risco consolida-se assim como uma aliada na gestão organizacional, afetando todos os departamentos, processos e decisões.
Qual a importância desse recurso para empresas
Como visto, a gestão de risco faz parte das diretrizes internacionais de boas práticas para o desenvolvimento, implementação e manutenção de processos.
Essa relevância deve-se ao potencial do recurso para minimizar efeitos negativos ao mapear potenciais riscos e desenvolver planos de contenção para situações críticas, evitando o agravamento dos eventos. Existem diversos problemas em potencial, independentemente do porte ou segmento da empresa.
Sazonalidade
Mudanças significativas no escoamento dos produtos exigem planejamento da produção, do marketing sazonal e do financeiro para que a empresa não tenha problemas nos momentos de redução temporária das vendas.
Leis e controles governamentais
Projetos de lei que alteram o funcionamento, custos ou organização da empresa devem ser acompanhados para evitar transformações abruptas e não planejadas.
Estagnação
O mapeamento das tendências de mercado ajuda a definir momentos de estagnação comercial que afetam não apenas a empresa, mas toda a sociedade. Esse conhecimento prévio viabiliza o desenvolvimento de planos para contornar a situação.
Em todas essas situações, conhecer previamente os riscos, mapear a criticidade de cada um deles e desenvolver planos para conter ou reverter os danos ao negócio são etapas fundamentais para um planejamento adequado.
Quando a empresa é pega de surpresa por alguma dessas ocorrências, pode ser necessário fazer a revisão de processos ou orçamento sem conhecer todo o cenário, aumentando a vulnerabilidade do negócio.
Outro aspecto que merece atenção é que quando a empresa consegue responder melhor às ameaças ela aumenta a credibilidade frente ao mercado, melhorando oportunidades de crédito, por exemplo, e transmitindo uma imagem mais idônea aos clientes, beneficiando o branding.
Qual metodologia adotar para mensurar riscos
Dada a relevância da avaliação de riscos para segurança operacional e estratégica da empresa, os gestores devem selecionar metodologias de mensuração condizentes com os objetivos do negócio. Algumas opções incluem:
- análise SWOT: ferramenta usada para identificar forças, oportunidades, fraquezas e ameaças. Com esse mapeamento é possível reconhecer riscos internos e externos e definir estratégias mais eficazes;
- diagrama de causa e efeito: método usado para conhecer as origens dos problemas, esclarecendo riscos potenciais de projetos e processos específicos;
- reuniões de brainstorming: uma metodologia mais informal, mas também eficiente, que permite a troca de informações entre áreas, o que amplia os conhecimentos sobre as operações da marca.
Portanto, a definição da metodologia para identificar os riscos depende das características e objetivos do negócio. Após esse mapeamento devem ser desenvolvidas práticas de mensuração, monitoramento e contenção dos riscos para que a gestão seja completa e eficiente.
11 razões para fazer avaliação de risco na empresa
Após compreender melhor o que é a avaliação de riscos e como realizá-la, identificamos 11 motivos que justificam a implementação dessa prática no seu negócio. Confira!
1. Aumenta a competitividade
A avaliação de riscos viabiliza uma operação mais estratégica e previsível, o que influencia a competitividade da empresa e chances de se destacar frente à concorrência ao considerar cenários diversos e estabelecer planos específicos para eventos adversos.
2. Promove o desenvolvimento da empresa
Ao gerenciar riscos proativamente garante-se uma melhor visão do posicionamento da marca e do cumprimento dos objetivos de curto, médio e longo prazo.
Com essa atuação mais precavida, a empresa alcança uma curva de desenvolvimento crescente, sendo menos volátil a acontecimentos variados, como transformação digital, mudanças tecnológicas, legislativas e setoriais.
3. Gera novas oportunidades de negócio
A empresa que mapeia os riscos também joga luz sobre as oportunidades de atuação, podendo transformar eventos críticos em arranjos benéficos à marca.
Dessa forma, os gestores têm melhores condições de definir investimentos, projetos, estratégias e outros direcionamentos mais convenientes aos cenários analisados.
4. Otimiza o capital da empresa
Situações imprevistas estão entre as principais causas de prejuízos nas empresas, pois, ao não prever um evento, o negócio pode apresentar queda de produtividade, redução da margem de lucro, perda do market share, entre outros.
Assim, essa segurança adicional promovida pela avaliação de riscos gera solidez e previsibilidade ao caixa, o que reflete na otimização do capital do negócio.
5. Cria valor para o empreendimento
Quando as decisões são baseadas em possíveis riscos ou oportunidades, os gestores têm melhores condições de agregar valor às práticas desenvolvidas, otimizando a própria operação e os resultados comerciais da marca.
6. Aumenta a segurança de projetos
A gestão de riscos pode ser desenvolvida considerando todo o negócio ou projetos específicos, como os da área de marketing.
Essa prática dá mais segurança às decisões tomadas pelos gestores, auxiliando nos direcionamentos sobre investimentos, estratégias, formação das equipes, análise da concorrência e estudo de tendências.
7. Melhora o planejamento financeiro
A eficácia do planejamento financeiro de qualquer negócio está totalmente vinculado à previsibilidade das operações.
Situações não mapeadas no “radar” da empresa são as principais responsáveis por despesas não previstas, o que pode comprometer os planos e orçamento de curto e médio prazo do negócio, e afetar a operação em casos mais graves.
8. Reduz falhas de execução
O mapeamento dos riscos também está relacionado com a revisão dos processos internos e auditoria sobre a eficiência deles, o que pode ser determinante para prever e prevenir falhas na execução.
Por exemplo, imagine que a avaliação de risco no setor de marketing indique que a ferramenta atual de e-mail marketing só consegue suprir 1.000 novas inscrições e a previsão da equipe é que essa quantidade seja alcançada em dois meses.
Nesse cenário, o gestor precisa analisar previamente soluções, seja um novo plano de disparo de e-mail, a alteração da ferramenta, a exclusão de usuários inativos do mailing, entre outras, para conter os danos causados por essa ameaça à operação.
9. Minimiza a existência de práticas obsoletas
A revisão dos processos que permite identificar os riscos internos da organização ainda apresenta um benefício adicional: verificar a existência de práticas obsoletas.
Ainda no campo do marketing como exemplo, a análise pode revelar que a atual política de cookies para mídias pagas é incompatível com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor em agosto de 2020, o que demanda a revisão das práticas.
Nesse caso, o mapeamento da nova lei como um “risco em potencial” pode alertar os gestores de marketing para que eles verifiquem as novas diretrizes e reformulem os processos antecipadamente.
10. Qualifica a equipe
A avaliação de riscos é útil à qualificação da equipe considerando dois cenários distintos. São eles:
- a empresa identifica tendências de mercado e encaminha a equipe para capacitações técnicas para suprir essas novas demandas;
- a identificação de riscos do negócio ajuda a verificar as fragilidades da equipe e promover práticas para fortalecer esses aspectos, tornando-a mais completa.
Portanto, a partir dessa prática pode ser recomendada a realização de “treinamentos formais” conforme novas oportunidades sejam identificadas ou viabilizar um “aprender fazendo”, a partir da reflexão sobre as fraquezas da empresa.
11. Minimiza os riscos internos e externos
Esse é o objetivo central da avaliação de riscos, mas vale a pela destrinchá-lo um pouco mais. Mesmo empresas líderes de mercado têm riscos internos e externos, afinal, o cenário está sempre mudando e exigindo adaptações e inovações por parte dos times e negócios.
Ao realizar a avaliação de riscos a empresa estará consciente sobre potenciais eventos que podem afetá-la, tanto positiva como negativamente.
É justamente nesse ponto que se diferenciam os planejamentos que funcionam e dão norte às companhias e aqueles que ficam apenas na teoria, pois não têm aderência com a realidade da companhia.
O direcionamento, metodologia e amplitude da sua avaliação de risco vão depender dos seus objetivos com esse recurso. Ele pode ser usado em toda a companhia ou áreas específicas, como vendas, financeiro e marketing.
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