Cheguei na Rock com uma sensação de desamparo. Perdi a conta de quantas vezes tive que retroceder na vida para continuar vivendo.
Me lembro bem: conheci a Rock numa manhã fria de segunda-feira, quando fui fazer a faxina na área do gela no quinto andar, na antiga sede da Rua Alagoas.
Estava desanimada porque, além de eu e meu marido estarmos desempregados, um mês antes tinha sofrido uma decepção intensa que ainda levou todas as economias que nossa família juntou ao longo de dez anos.
E eu ainda enfrentava ainda um inimigo oculto: a insegurança para começar uma carreira, que até então não existia.
Apesar de ter estudado, me sentia grata por trabalhar, ainda que fosse na faxina. Afinal, me restou a saúde e a força e isso bastava para eu recomeçar.
Apesar de gostar de “faxinar” — gosto de colocar ordem em bagunça e deixar as coisas cheirosas — esse era somente um trabalho temporário, uma saída de emergência para cuidar da minha família.
Entre idas e vindas na Rock, passei seis meses trabalhando na limpeza. Foi um tempo ótimo porque me permitiu pensar na vida profissional que eu gostaria de construir a partir dali.
Se você quer entender como eu fui de um ponto a outro em minha carreira, em apenas um ano e meio, continue a leitura!
Um pouco de contexto
Formei em marketing em 2007 e abri mão da profissão naquele momento porque também sonhava em formar minha família. E isso pede dedicação.
As pessoas hoje em dia podem ser meio esquisitas, investem alto em certificações, mas quando se casam não tem cultura nenhuma.
Batem metas, mas não fazem ideia como tornar o casamento um lugar de proteção e progresso. Falta aptidão para transformar uma casa em um lar acolhedor para curar as dores diárias e desfrutar as pequenas alegrias.
Às vezes, a falta de tempo e empenho aumenta o índice de famílias falidas.
Eu não queria fazer parte dessa triste estatística, eu acredito na família. Acredito que ela é um princípio que protege a sociedade. Então, fui aprender primeiro a ser esposa, dona de casa, mãe, anfitriã e tudo mais que eu pudesse para desempenhar bem esse papel na minha vida.
Fui construir alicerces fortes para que a minha gente se tornasse capaz de cuidar de outras pessoas e fazer bem ao mundo. Porque você sabe, né? Árvore boa gera fruto bom!
Por isso, passei dez anos trabalhando em “coisas” só para complementar a renda. Nessa época era mais importante estar inteira na minha casa do que ter a realização profissional que fosse.
Eu queria ser uma boa pessoa dentro de casa antes de ser fora dela. Queria encher a minha casa de presença cuidadosa e afetuosa.
Assim, o tempo passou, as minhas filhas cresceram, eu e meu marido vencemos a crise da fusão no casamento e resolvemos juntos que esse ano seria a hora para eu trabalhar em algo que realmente fizesse sentido pra mim: o marketing.
O marketing dos meus olhos
Comecei a enxergar um jeito muito diferente de fazer marketing do que eu havia aprendido na faculdade. Lá o ensino era muito voltado para trabalhar em agências e essa maneira que a Rock fazia se encontrava comigo. Afinal, eu amo inventar moda, testar ideias, preencher espaços vazios.
Me lembro que enquanto limpava o chão e as mesas da empresa sonhava acordada em como minha vida podia ser boa ali.
Assistia as aulas do “Profeçanha“— como o chamamos cuidadosamente o Vitor Peçanha, um dos fundadores da Rock — no Youtube em muitas madrugadas, pra me inteirar dessa inovação que a Rock trouxe para o Brasil.
Este foi, inclusive, o primeiro vídeo que assisti ao começar minha jornada.
Tinha que ficar voltando os vídeos para aprender os termos em inglês que, até então eram desconhecidos por mim.
Era muito engraçado escutar o Peçanha e seus termos marketeiros nos vídeos e depois encontrar com ele no elevador.
Dava até vontade de beliscar ele para saber se era de verdade.
Quando fui cobrir as férias de uma das meninas da limpeza tive a oportunidade de passar um mês inteiro na Rock e foi fantástico.
Participei daquele ambiente de aprendizado e fiquei fascinada em como as pessoas lidavam com as diversas situações, como resolviam os conflitos; era animador!
Foi nesse tempo que voltei a sonhar que talvez houvesse uma chance de começar de novo.
O marketing dos meus sonhos
No início do ano de 2018 participei de um processo seletivo para trabalhar na recepção da Rock. E passei!
Fiquei feliz porque era uma época muito difícil de conseguir trabalho. Quando você está inserido no mercado, seu network atual pode ajudar, mas quando seus contatos não fazem ideia do que é marketing digital, é complicado.
No entanto, agora, eu era uma Rocker! No primeiro dia fui tomada por uma alegria tão grande que cheguei em casa com o maxilar doendo de tanto rir sozinha.
Logo no onborarding, fui tomada por um choque de cultura: a Rock era muito melhor do que poderia acreditar. Me lembro de uma fala do Fabiano Cancela que disse: “os erros não nos definem.”
Que poderoso isso, porque encontra uma ideia que eu tenho de que conseguimos ir mais longe. Tudo na vida é feito de testes e não aprende muito quem acerta de primeira.
A primeira batalha já tinha sido ganha. Fui contratada e agora eu fazia parte do time, mas ainda não estava bom.
Apesar de estar feliz na recepção, conhecer todo mundo, e cuidar de gente — coisa que amo —, me sentia incompleta, porque ali ainda não extraia o melhor que eu poderia oferecer para a empresa.
Não havia muitos desafios a serem vencidos, e você sabe, né? Pessoas sem meta não vão a lugar nenhum.
Por isso, estabeleci alvos de aprendizado para mim mesma. Criei uma planilha, que intitulei como “planilha do saber” e comecei a pedir um post, artigo ou conteúdo relevante para todo mundo que passava por mim na recepção.
E foi assim que comecei a me organizar para ser 1% melhor todo dia.
Mergulhei sem boia no blog da Rock e na Rock University, pois pelas minhas pesquisas percebi que a Rock é mestre em ensinar sobre como ser afortunado nesse segmento.
Comecei com metas bem tímidas, lia 3 posts e um e-book por dia e fazia um curso da Rock University por semana.
Reparava em tudo: nas estratégias, no tom da escrita, como eram feitas as linkagens. Aprendi a entender a missão de cada conteúdo e como ele se encaixava com todos os outros dentro do blog — como quando você vai num sacolão e quer fazer maionese e percebe que ela combina com quase tudo que tem ali, até com a sobremesa.
E quanto mais descobria, mais me apaixonava por esse novo jeito de fazer marketing. É lindo o que fazemos aqui, não só o trabalho em si, mas como damos sabor para a esperança de milhares de empresas que contam e caminham conosco.
A expertise que os founders tiveram, também nos atravessa. A forma como começaram, é inspiradora! Amo escutar suas histórias nos kickoffs.
É bom ver pessoas boas e comprometidas irem bem na vida, com algo que agregue valor para os outros e trabalhar para essas pessoas. Isso está fazendo a minha carreira profissional valer a pena.
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O marketing da minha vida
Depois de ter aprendido um pouco e melhorando a cada dia, senti a necessidade de colocar o que eu estava aprendendo em prática e, por isso, dei a luz à um projeto que até aquele momento era inimaginável e inalcançável pra mim: o blog Seja Bárbara!
Gerei o blog para preencher duas lacunas da minha vida:
A primeira que era ajudar mulheres que, como eu, tem diversos papéis na vida: mulher, esposa, mãe e profissional e às vezes precisa de uma perspectiva diferente para ganhar fôlego e continuar rompendo com suas questões.
Afinal, uma mulher envolvida na vida assim, precisa se reinventar o tempo todo pra dar conta de tudo. Ela precisa de muita criatividade e insights para lidar com seus problemas que são cotidianos e intensos. Eu queria ser uma mão estendida para elas.
A segunda é a possibilidade de testar minhas próprias estratégias de marketing digital em uma ferramenta própria.
Depois do blog no ar, ganhei a confiança que precisava para dar mais um passo na minha carreira, que era o de me candidatar para uma das vagas que trabalham realmente com marketing.
Tentei alguns processos — na verdade vários — e a resposta era sempre a mesma: faltou destreza ou algo assim. Fiquei surpresa comigo, porque achava que estava aprendendo.
Então, passei a trabalhar com ainda mais afinco. Mas, mesmo assim, baixei as expectativas pra não sofrer tanto caso ela fosse mais uma vez adiada, mas ainda lutando para aprender uma coisa nova todos os dias.
Nessa época a Clarinha, gerente no marketing da Rock, veio conversar comigo dizendo que havia uma vaga para trabalhar com ela em email marketing.
Como almejar uma coisas dessas? Tenho uma admiração por ela que não tem tamanho e trabalhar ao seu lado seria valioso demais. Extravasaria todas as minhas expectativas.
Isso porque eu tenho uma história com ela que nem ela mesma sabe: o primeiro curso da University Rock que fiz foi o que ela leciona, o de email marketing. Foi ela que me ensinou a usar o mMailchimp e me ajudou com as newsletters do Seja Bárbara. E eu gostei demais disso.
Nem nos meus sonhos mais ousados eu pude querer, porque se tratava do marketing da Rock Content. Eu nem preciso te dizer o que isso significa, certo? É o marketing da Rock!
Fiz o teste técnico e, para minha surpresa, eu que achei que não estava a altura da vaga, descobri uma habilidade que eu nem sabia que tinha. Foi igual tomar um banho no escuro, você não vê, mas sabe fazer. E olha que aprendi sem nenhuma intenção.
Que emocionante aquele momento pra mim! Mesmo que não passasse no processo, eu tinha descoberto algo a meu respeito, o que me enriqueceu e me fez sentir realizada ao me descobrir.
E assim desfrutei daquela pequena alegria que tornou meus dias na Rock ainda melhores. Para minha surpresa ganhei strong hire no teste técnico para a vaga.
Fiz a entrevista com a Clara e o Peçanha e, pela primeira vez, estava em paz com esse processo. Até ali tudo já tinha valido a pena e entrado para o baú das minhas vivências.
Achei que meu coração ia parar de felicidade quando a Clara veio pessoalmente me dar os parabéns. Pronto. Eu agora era analista de marketing e esses dias ela me disse porque me escolheu: por eu ser como sou.
Sim, a minha experiência de vida acrescentava valor ali. me senti grata, o que reforçou a minha ideia de que trabalho e sonho caminham juntos.
Tive muita ajuda desses rockstars que são pessoas ilustres, me ensinaram o valor e poder da generosidade, dividindo comigo seu conhecimento e doando tempo.
E os aprendizados foram:
- o medo não tem poder de me parar mais;
- a insegurança pode ser mais fácil de se vencer do que parece;
- a dúvida me fez cair;
- existe sim sororidade entre mulheres, não é Novas Blogueiras?;
- a esperança se renova a cada manhã;
- existe o tempo certo das coisas se encaixarem na nossa vida;
- são as pessoas que mudam o mundo e não sistemas criados por elas;
- é possível ser feliz no trabalho, quando você se encontra nele;
- a caminhada rumo ao destino desejado é tão gostosa quanto estar lá.
O que posso ensinar:
- desistir é perder a esperança de dias melhores;
- existe um plano pra você;
- persevere;
- seja humilde para reconhecer o que não sabe e aprender;
- a idade e a desatualização não podem te impedir de nada;
- não pare de aprender. Aprenda sobre tudo, não só o que é interessante para sua carreira. Aprender enriquece a vida.
De faxineira à analista de marketing da Rock Content: maior do Brasil e da América Latina em Marketing de Conteúdo, isso te parece pouco? Para mim não, porque como disse o Dieguinho: não me contaram que era impossível e eu cheguei até aqui!
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