Cidades Inteligentes: os lugares que já vivem o futuro

Atualizado em: 15/04/2021
Cidades inteligentes

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Saiba como grandes metrópoles têm investido em crescimento e se tornado lugares cada vez melhores para se viver abraçando o conceito de cidade inteligente!

Fomentando o empreendedorismo e inovação locais para auxiliar na construção de espaços que tragam maior qualidade de vida, governos se aliam às startups com soluções transformadoras buscando construir as chamadas cidades inteligentes.

Podemos perceber que, a cada dia, a tecnologia tem desempenhado um papel importantíssimo em muitos setores empresariais e na vida individual. E isso é ainda mais evidente quanto ao meio coletivo, social, principalmente por conta da transformação digital no que diz respeito ao conforto e inclusão do cidadão que vive em um ritmo cada vez mais acelerado e caótico da vida urbana.

Algumas cidades já se preocupam em fazer adaptações, utilizando os novos recursos disponíveis para resolver problemas gerados pela urbanização desordenada e organizando para alavancar seu crescimento de forma inteligente.

O que são cidades inteligentes

Cidades Inteligentes, ou Smart Cities, são centros urbanos que utilizam da tecnologia e inovação em prol da aplicação de melhorias de forma sustentável na rotina do cidadão.

Nessas cidades, são aplicadas transformações com base em dados reais para a otimização de processos como mobilidade, coleta e administração de resíduos, conectividade e acessibilidade, entre outras mudanças que possam impactar positivamente, descomplicando a vida dos habitantes locais.

Como elas funcionam

Cidades Inteligentes não necessariamente nascem inovadoras. O conceito tem se fortalecido em todo o mundo com o aumento da acessibilidade à tecnologia e com as empresas que se aliaram aos governos para implementar sistemas que aumentem a qualidade de vida dos cidadãos por meio de data science.

São utilizados recursos como a internet das coisasdata science e machine learning para a coleta e processamento de dados sobre a vida naquele espaço, que podem trazer insights de como lidar com problemas específicos para o crescimento contínuo e sustentável da cidade.

Com a análise desses dados, fica mais fácil encontrar a raiz de cada problema para entendê-los melhor e agir sobre eles. Esse entendimento permite criar formas precisas e eficientes de solucionar o que é necessário, utilizando os recursos que se tem em mãos e evitando desperdícios.

Cidades Inteligentes no Brasil

Em nosso país já existem cidades com iniciativas que prometem conectar e trazer benefícios aos seus habitantes de forma inovadora e inteligente, assim como existem espaços inicialmente projetados com esse objetivo.

Iniciativas relacionadas ao uso aplicativos para visualização de versões digitais de documentos como CNH e Título de Eleitor, acesso ao sistema de pagamento de contas e de estacionamento em zona azul e pontos de aluguel de bicicletas por sistema automatizado a baixo custo já são exemplos de mudanças inteligentes que fazem parte do dia a dia de grandes cidades brasileiras, favorecendo o conforto e reduzindo burocracias.

Ranking Connected Smart Cities

A empresa Urban Systems, que trabalha com desenvolvimento e inteligência de mercado, por meio de ferramentas de geoprocessamento, marketing e urbanismo, utilizou indicadores de conexão e sustentabilidade para criar o Ranking Connected Smart Cities.

Connected Smart Cities é uma pesquisa que mapeia as cidades brasileiras com maior potencial de desenvolvimento e as classifica em forma de ranking. A iniciativa conta também com um evento anual de mesmo nome, produzido em parceria com a Sator, produtora de eventos, para discussão e desenvolvimento do assunto.

Como indicadores de inteligência, a Urban Systems analisou a qualidade e conectividade de 11 setores que levam à sua definição do que constitui uma cidade inteligente, sendo eles:

  • mobilidade;
  • urbanismo;
  • meio Ambiente;
  • energia;
  • tecnologia e inovação;
  • economia;
  • educação;
  • saúde;
  • segurança;
  • empreendedorismo;
  • governança.

No estudo, são colocadas em destaque com melhores rankings em um maior número de indicadores as cidades de São Paulo – SP, Rio de Janeiro – RJ, Curitiba – PR, Brasília – DF, Belo Horizonte – MG, Vitória – ES, Florianópolis – SC, Barueri – SP, Recife – PE, Campinas – SP, Palmas – TO, Amparo – SP, Guarapuava – PR e Ipojuca – PE.

Além dos municípios adaptados para crescimento e desenvolvimento sustentável, temos também os projetos de cidades inteligentes nativas no Brasil: Pedra Branca no estado de Santa Catarina e Smart City Laguna, no estado do Ceará.

Cidade Pedra Branca

Se autodenominando “Cidade Criativa”, Pedra Branca é uma cidade-bairro localizada no município de Palhoça em Florianópolis – SC.

A cidade inteligente partiu de um projeto a longo prazo de urbanismo para ser um ambiente de inovação e tecnologia com tudo que se necessita para viver — lazer, saúde, educação, segurança, comércio — ao alcance de uma caminhada.

Atualmente, Pedra Branca está em crescimento e tem 8 mil habitantes, um colégio, uma universidade e empresas instalados. As pretensões futuras são de alcançar uma população de 40 mil moradores e 30 mil trabalhadores nas empresas localizadas em seu complexo.

Smart City Laguna

O projeto da smart city nativa chamada Laguna, localizada em Croatá – CE, tem o objetivo de aumentar a qualidade de vida dos moradores por meio da promoção de acessibilidade e sustentabilidade, sendo considerada uma smart city social.

No complexo inteligente é priorizado o deslocamento de pessoas por meio de bicicletas e caminhadas, além de contar com um aplicativo que conecta os moradores entre si e aos recursos da cidade.

Por meio do aplicativo da cidade de Laguna, tornou-se possível acionar socorro de emergência pelo SUS, gerir suas despesas, conectar-se com oferta e procura de empregos, obter informações sobre eventos, fornecimento de comida, pontos de apoio, entre outros recursos que conectam os moradores ao ambiente e entre si.

Todo o projeto arquitetônico de Laguna conta com inúmeros sensores em postes, semáforos, pontos de coleta de resíduo e outros, para obtenção de dados, localização estratégica de comércios e utilitários, preservação de ambientes naturais e promoção de acessibilidade para todos.

Conclusão

Apesar de não terem passado pelos problemas enfrentados nas grandes cidades, as smart cities nativas foram pensadas para evitá-los e construir, na prática, um futuro de maneira mais fluida e inteligente.

Sua cidade tem passado por mudanças inovadoras que melhoram seu dia a dia? Qual sua opinião sobre a coleta de dados de comportamento e apuração de deles para aumentar a qualidade de vida local de forma sustentável?

Comente no post e compartilhe a sua opinião sobre o emprego de recursos inovadores na construção de uma cidade inteligente!

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