As compras feitas em sites da internet aumentam a cada dia. E, com isso, a preocupação dos usuários com sua própria segurança também cresce.
De um lado, as pessoas estão cada vez mais dispostas e pesquisar bens e serviços online. De outro, todos querem garantir que suas informações — como os dados pessoais e o número do cartão de crédito — não cairão nas mãos de indivíduos ou instituições mal-intencionadas.
Além disso, mesmo em sites puramente informativos, quem navega está constantemente exposto ao incluir dados em newsletters, aceitar o uso de cookies, entre outros tipos de trocas de informações.
Nesse cenário, é fundamental que os donos de sites deem o seu melhor para tranquilizar seus usuários e para mostrar a eles que o site é, de fato, um local protegido para navegar e fazer transações.
É aí que entram as certificações online, como o HTTPS, que tem a função de tornar seu site mais seguro, além de contribuir com o próprio desempenho do website.
A partir de agora, você vai poder entender tudo sobre HTTPS e aprender como adicionar esse certificado no seu website. Acompanhe!
O que é HTTPS?
É um protocolo seguro de transferência de hipertexto. O nome parece complicado, mas na prática é fácil de entender.
O HTTPS adiciona um elemento extra de segurança ao já conhecido HTTP. É por isso que, se você reparar, inúmeros sites e portais já migraram para a nova modalidade.
O HTTPS usa criptografia, protegendo a confidencialidade e a integridade dos dados entre o computador do usuário (visitante) e o site.
Em outras palavras, isso significa que somente essas duas pontas estão se comunicando e conseguem decodificar o que está sendo transmitido. Isso diminui muito as chances de um invasor interceptar os dados enviados.
Quais sites devem migrar para HTTPS?
Ao contrário do que algumas pessoas acreditam, o HTTPS é válido para todos os tipos de website, não apenas para e-commerces. Isso porque, além da segurança em si, ele contribui para outros fatores que veremos a seguir.
Como saber se um site usa HTTPS?
Além do “https://” na barra de navegação, os sites com HTTPS costumam apresentar um cadeado verde ao lado do endereço.
Por que migrar seu site para HTTPS?
Segurança
A razão número 1 para migrar seu site para HTTPS — com o uso do certificado SSL — é, como já mencionado, a segurança do site. Para os e-commerces é fundamental ter a certificação para processar pagamentos de cartão de crédito.
Já para outros sites construídos em WordPress, o HTTPS traz mais segurança para a página de login.
Já imaginou ter os dados de login do seu blog descobertos? O prejuízo pode ser enorme.
Credibilidade
Além de ser seguro, também é importante que o site transmita essa segurança aos usuários. É aí que entra a questão da credibilidade. Sites com HTTPS exibem o cadeado verde na barra de endereços, transmitindo profissionalismo e confiança aos visitantes.
Performance do site
O aumento da velocidade do site é um benefício pouco divulgado do uso de HTTPS, mas que também está presente.
SEO
Matt Cutts, engenheiro de software do Google, anunciou em 2014 no Google Webmaster Central que o HTTPS pode beneficiar o ranqueamento dos sites (SEO) no buscador. O fato é que, entre os líderes das pesquisas, a maioria dos sites já adota o protocolo.
Como migrar seu site para HTTPS
Passo 1: Comprando um Certificado SSL
É possível comprar o certificado direto com a empresa responsável pela hospedagem do seu site (mas você também pode comprar de outras empresas de hospedagem).
Existem alguns tipos diferentes de certificado e a escolha vai depender das suas necessidades. Para os e-commerces e plataformas EAD, é indicado comprar os certificados com Validação de Organização – fully authenticated.
Passo 2: verificando a compatibilidade dos recursos do seu site
Um dos passos importantes da migração é se certificar de que o site continuará funcionando corretamente após a mudança. Para isso, é necessário que todos os recursos externos que seu website precisa para operar possam ser servidos sob protocolo HTTPS.
Todas as dependências externas (redes sociais, Google AdSense, scripts JavaScript, vídeos inseridos no conteúdo, selos de certificação, etc.) devem ser capazes de funcionar sob o protocolo HTTPS.
Passo 3: organizando a migração
A complexidade da migração depende bastante do tamanho do seu site, isto é, do número de páginas existentes. Um site pequeno pode ser migrado de uma vez só.
Porém, dependendo do número de URLs existentes, você pode optar por fazer a migração por partes. Por exemplo, começando com subdomínios específicos ou com as áreas mais importantes.
Também é possível habilitar o protocolo HTTPS sem desabilitar o HTTP. Nesse caso, você pode usar as Canonical Tags para evitar conteúdo duplicado.
Lembre-se que você vai acabar perdendo métricas de redes sociais, como o número de compartilhamentos e likes dos posts.
Outro ponto a ser levado em consideração é a época da migração. Isso naturalmente varia de mercado para mercado. Em geral, principalmente para e-commerces, é preferível evitar migrar o site em datas promocionais.
Para muitas empresas, os finais de semana ou feriados prolongados são períodos de menos acesso e que permitem migrações mais tranquilas.
De qualquer forma, prepare o seu psicológico (e o da sua equipe), já que sempre podem ocorrer alguns imprevistos ou atrasos. Este guia serve justamente para minimizar situações não esperadas.
Passo 4: habilitando o protocolo HTTPS
Depois de organizar e planejar a migração, chega o momento de habilitar o novo protocolo (HTTPS).
Com o protocolo funcionando e com a implementação correta de todas as configurações, já é possível acessar o site por meio do HTTPS. Para isso, é preciso conferir se os certificados SSL estão instalados de maneira correta.
Para testar, você pode deixar os dois protocolos funcionando em paralelo por cinco a dez minutos, tanto o HTTP quanto o HTTPS. Depois de verificar que tudo está correto, você já pode migrar em definitivo.
Passo 4: atualizando recursos para HTTPS
O site está funcionando em HTTPS? Ótimo!
Agora é a hora de atualizar links internos e recursos. O objetivo é organizar a arquitetura do site, deixando-a o mais enxuta possível e facilitando o trabalho dos motores de busca.
Isso significa evitar redundância de redirecionamentos, por exemplo. Nessa etapa, aproveite para verificar as Canonical Tags, como já mencionado. O Google agradece e o SEO do seu site também!
Depois de atualizar os links internos, também é importante dar atenção aos recursos externos. Essa atualização vai garantir que seu site mantenha o tempo de carregamento. Isso porque, mais uma vez, você evitará redirecionamentos redundantes.
Após checar e atualizar todos os links internos e recursos externos, você ainda pode testar a implementação do certificado no servidor.
Esse teste permite identificar potenciais ajustes a serem feitos, como restrições de suporte a navegadores.
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Passo 5: adicionando a nova versão do site no Google Search Console
Você já deve ter percebido que o Google Search Console considera as versões com e sem “www” como dois sites diferentes, exigindo verificação de propriedade em ambos. O mesmo acontece em relação aos protocolos HTTP e HTTPS.
Por isso, você precisará adicionar a versão HTTPS ao Search Console e verificar sua propriedade. Para isso, basta seguir as instruções da própria plataforma do Google. Ao mover seu site para uma nova propriedade no Google Search Console, também será necessário atualizar quaisquer configurações.
Não menos importante é a criação de um Sitemap XML para as novas URLs, ou seja, aquelas com HTTPS.
O Sitemap XML ajuda a acelerar o rastreamento e a indexação das páginas do seu website pelo Google e outros motores de busca, tornando-se parte importante do seu SEO (aproveite e veja nosso Guia Definitivo de SEO).
Mas atenção: é recomendado permanecer com o XML que contém as URLs HTTP. Por isso, ao invés de removê-lo, apenas adicione um novo Sitemap XML com as URLs HTTPS e faça o upload do arquivo no Google Search Console.
Passo 6: habilitando HTTP/2 e HSTS
HTTP/2
Depois de ter o protocolo HTTPS funcionando, você já pode usar um novo recurso que aumenta a velocidade de carregamento do seu site: o HTTP/2. Na verdade, a maior parte dos navegadores modernos já tem suporte para esse formato, mas apenas quando o site conta com HTTPS.
HSTS
Enquanto o HTTP/2 pode ajudar bastante na velocidade de carregamento do seu site, o HSTS busca prevenir redundâncias nas requisições feitas a servidores que operem somente em HTTPS. Essa é uma funcionalidade avançada que pode ser utilizada pelo seu webmaster, pois é altamente improvável de ser revertida depois de instalada.
Passo 7: redirecionando o conteúdo HTTP para HTTPS
Ao migrar um site para HTTPS, é importante mapear as URLs que eram acessadas pelo protocolo HTTP e redirecioná-las para HTTPS. Nessa etapa, você deve ficar atento principalmente às páginas mais acessadas do site (aquelas que recebem mais tráfego orgânico). Veja se elas estão sendo redirecionadas para a nova URL (em HTTPS) por meio do código 301.
Dificuldades usuais ao migrar seu site para HTTPS
Como comentado anteriormente, é comum que ao longo da migração nem tudo saia exatamente como o planejado.
Caso ocorram imprevistos, o melhor a fazer é não perder a cabeça. Migrações envolvem diversas variáveis e é fundamental manter a calma para finalizar o trabalho corretamente.
No entanto, para que você possa se prevenir e ficar atento a imprevistos, é útil saber quais são as dificuldades e problemas mais comuns de serem encontrados nas migrações de HTTP para HTTPS.
O primeiro problema comum acontece com alguns donos de sites que, por algum motivo, decidem reverter a migração, retornando ao HTTP. Nesses casos, é comum remover o Certificado SSL ao retornar o site de HTTPS para HTTP.
Porém, isso não deve ser feito: uma vez instalado, o certificado deve permanecer sempre ativo.
O segundo problema é ter um pedido de remoção de URLs, seja no protocolo HTTP ou HTTPS. As remoções afetam ambos os protocolos. Portanto, se você for solicitar remoções de URLs, lembre-se disso.
O terceiro problema comum é utilizar redirecionamentos 301 nas páginas e esquecer de mudar as Canonical Tags. Isso dificulta o trabalho dos motores de busca e pode acabar prejudicando bastante seu site.
Outras mudanças e atualizações que você pode considerar
Atualização do Google Analytics
Além de atualizar o Google Search Console, é provável que você queira atualizar seu Google Analytics com o novo protocolo. Afinal, para as ferramentas, é como se esse fosse um novo site.
Dentro da sua conta, você pode acessar a parte “Admin” e as configurações. Por lá, é só trocar a URL para a versão HTTPS. O mesmo pode ser feito nas configurações de propriedade. Assim você não perde nenhum histórico e pode começar a analisar os dados direto de onde parou.
Atualize seu arquivo Disavow
Esse é um passo recomendado apenas para webmasters experientes. Contudo, se como dono do site você já sofreu com SEO negativo e teve que remover um backlink, é provável que seu webmaster tenha utilizado um arquivo Disavow.
Se isso já foi feito em algum momento, você precisará atualizar o arquivo dentro da nova configuração. Caso contrário, na próxima vez que o algoritmo do Google rastrear seu site, ele não verá o arquivo Disavow e você voltará a ter problemas com SEO negativo.
Conclusão: vale a pena migrar para HTTPS?
Com certeza a migração para HTTPS pode trazer inúmeros benefícios para o seu site.
Se hoje todo mundo está migrando, daqui a algum tempo essa será uma questão batida. Assim, a pergunta que fica é: eu mesmo devo fazer a migração ou é melhor contratar alguém?
A resposta para essa questão depende do quanto você é familiarizado com a parte técnica do seu site.
Para quem não é programador, é válido contratar um profissional especializado para realizar a migração. Porém, ainda assim, é importante que você conheça os passos necessários para que possa proteger seu conteúdo e fazer com que a migração seja o mais fluida possível.
A migração pode ser mais complicado para lojas virtuais e para o acompanhamento de métricas. Por isso, se você tem um e-commerce, é fundamental integrar seu Analytics com seu site, não é mesmo? Baixe nosso ebook de Google Analytics para e-commerce e aprenda como!
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