O conteúdo White Label é uma grande tendência que está a se transformar em um modelo para dar tração a negócios de nichos mais diversos. Com a oportunidade de comprar soluções tecnológicas como apps, plataformas e produtos a baixo custo, esse modelo está cada vez mais difundido.
No caso do conteúdo White Label, isso permite que a empresa crie uma plataforma de notícias de destaque no seu nicho de mercado, sem o foco ser necessariamente a própria marca. Conteúdos White Label podem ser impactantes, ainda mais se associadas a estratégias de marketing de conteúdo.
Neste artigo, falaremos um pouco sobre a história do White Label e também da criação de conteúdos White Labels. Descubra como aproveitar esta oportunidade dentro e fora do marketing. Boa leitura!
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O que é White Label
A expressão White Label faz referência a diferentes situações e, por isso, pode ser traduzida tanto como carta branca ou etiqueta branca. Basicamente, a ideia é o fornecimento de um produto ou serviço para que outra marca revenda essa solução como sua. Existem duas histórias que ilustram o surgimento desse termo.
No mundo da música, o Hip Hop se mostrava como tendência no final da década de 1980. Para que as gravadoras monetizassem com isso, elas ofereciam álbuns de músicas populares para que os DJs pudessem montar seus trabalhos, remixando da sua forma. As gravadoras davam “carta branca” (white label) para os artistas.
Outra versão muito popular dessa expressão vem das fábricas de roupa que forneciam as peças prontas com a etiqueta branca (white label) para que as marcas inserissem seu logotipo e nome.
Um exemplo muito comum de estratégia White Label são os supermercados que, além de vender itens das mais diferentes marcas, também compram produtos de diferentes fornecedores, oferecendo para o público um mix variado estampando a marca do próprio supermercado. O leque de opções é tão grande que fica óbvio que a empresa não detém todas as linhas de produção. Pode ir de cereais e outros produtos alimentícios até itens de higiene e limpeza.
Na área de tecnologia, é comum que empresas da área vendam soluções prontas, como um aplicativo de delivery ou streaming, para que a marca compradora
Nas estratégias de inbound marketing, percebemos uma produção de conteúdo direcionado para a marca. Normalmente este material é divulgado no blog e redes sociais da própria empresa. A diferença entre estratégias de conteúdo White Label é que essa se concentra na criação de uma linha editorial dentro do nicho de mercado sem fazer referência à marca.
Outra solução White Label para o marketing digital é a reunião de trabalhos autorais de diferentes profissionais. A gestão para agências indica o quanto a complexidade da empresa pode aumentar com o crescimento do time.
Uma solução White Label é a oferta de diferentes soluções para o cliente, como se fosse uma produção da própria agência. Com a popularização do freelancer, que já é bastante comum no nicho de mercado, esse processo pode ficar mais simples.
O que a lei diz sobre direitos autorais
A Lei 9.610/98, ou Lei dos Direitos Autorais, garante a autoria e o respaldo quanto a utilização econômica de obras intelectuais. Isso aponta para outra grande vantagem do conteúdo White Label, ele é livre de direitos autorais.
Isso significa que as produções, mesmo que sejam terceirizadas, podem ser usadas pela empresa da forma que esta desejar. O conteúdo criado para um texto, por exemplo, pode ser aproveitado na criação de um vídeo, infográfico ou mesmo chamadas para redes sociais.
Além disso, outra questão é a própria autoria. Como muitas pessoas são a sua própria marca, uma das estratégias do personal branding está focada na criação de autoridade. Dessa forma, um conteúdo White Label pode ser atribuído tanto para marcas quanto para pessoas, sem o risco de que a empresa seja processada por isso.
White Label vs Franquia
Se você pensar pelo ângulo de revender o produto que na verdade era de outra empresa, talvez o White Label se aproxime bastante de uma franquia. Entretanto, são dois modelos de negócio bastante diferentes.
Um negócio White Label conta com a vantagem de não ter direitos autorais, enquanto no caso da franquia é preciso pagar para usar a marca. O processo mais comum para se tornar franqueado de uma empresa é passando por um processo seletivo e ainda é preciso cumprir com regras da franqueadora e pagar por atualizações e taxas de publicidade.
No caso do White Label a empresa está comprando o produto ou a inteligência da outra, podendo usá-la de maneira livre, sem o vínculo ao fornecedor.
White Label vs Private Label
Um modelo muito semelhante ao White Label é o Private Label. Com a transformação digital, os dois tipos de solução se popularizaram bastante. A principal diferença entre os dois formados está nos direitos autorais.
Enquanto o White Label é um modelo livre de direitos autorais, no caso do Private Label, a empresa fornecedora se compromete a manter a exclusividade de produção ou desenvolvimento de serviço.
Isso pode ser vantajoso, pois destaca a marca que opta por este modelo. A única questão é que o Private Label requer um investimento bem maior.
Quais as vantagens do White Label
Existem muitos benefícios em trabalhar com o modelo White Label. Se você considera a negociação de algum produto ou serviço para a sua marca neste formato, veja então os principais motivos que você deve ponderar para escolher esta opção:
- Baixo custo — as soluções White Label são bem mais baratas se comparadas com o desenvolvimento da solução por conta própria;
- Profissionais qualificados — empresas White Label se especializam naquilo que oferecem, em outras palavras, você terá acesso a uma equipe profissional, focada nas melhorias do produto ou serviço;
- Testado e aprovado — por apresentar a solução para diferentes empresas, a tendência é que um produto ou serviço White Label já tenha sido testado e aprovado no mercado.
Quais as desvantagens do White Label
Assim como qualquer solução, o White Label também conta com suas desvantagens. Talvez uma das mais importantes seja a falta de exclusividade. Por ser um modelo livre de direitos autorais, o White Label pode oferecer exatamente a mesma linha de produtos ou serviços para sua empresa e também para a concorrência.
Além disso, quando estes modelos estão focados no SaaS, pode surgir uma limitação para a personalização das plataformas e aplicativos e também uma limitação de recursos.
Por mais que exista uma flexibilidade na construção, pode ser que aquilo que sua empresa deseja fazer ainda não seja possível. Neste caso, surge outra desvantagem que é a dificuldade de adaptação, caso seja preciso.
Exemplos de White Label
Existem empresas de White Label nos mais variados nichos. Confira alguns exemplos.
Cronos Fintech — criação de banco
A Cronos é uma empresa que permite a criação de bancos digitais. Dessa forma, outras empresas podem desenvolver um aplicativo e plataforma do banco da própria marca.
InfoMoney — conteúdo White Label
A InfoMoney é um exemplo de conteúdo White Label, pois faz parte do grupo XP Investimentos.
Shopify — plataforma de e-commerce
Com o Shopify outras empresas podem desenvolver o próprio e-commerce sem a necessidade de codificação. Em um modelo intuitivo, assim como outras plataformas White Label de SaaS, o cliente desenvolve a própria loja virtual em poucos cliques.
3 ideias de negócios White Label
Se você deseja se beneficiar das vantagens oferecidas por uma empresa de White Label, então confira as oportunidades que separamos para você.
1. Agência de Marketing White Label
Você já pensou que existem muitas estratégias de marketing e muitas vezes a empresa se perde entre orçamentos e soluções que nem sempre se complementam e integram de forma harmoniosa.
Uma agência de marketing White Label oferecerá todas as soluções que você precisa, contando com profissionais especializados e dentro de um atendimento único.
2. Aplicativos de Cardápio Digital
Se você trabalha na área gastronômica, deve saber que fazer marketing digital para restaurantes é uma excelente solução para dar visibilidade e aumentar as vendas.
Aproveitar as soluções como apps de cardápio digital pode ser uma solução tanto para sua casa, quanto uma oportunidade de se transformar em um novo iFood de um nicho ou localidade específica.
3. Plataforma de streaming
O conteúdo em vídeo é uma tendência útil para o marketing externo e interno. Contar com uma plataforma de streaming White Label é uma solução para que sua empresa organize as produções e aumente o engajamento com o público.
7 dicas para trabalhar com White Label
Se você pretende trabalhar com soluções White Label, seja produtos, serviços ou mesmo conteúdo White Label, então é preciso se atentar a alguns pontos. Veja a seguir!
1. Escolha seu nicho de mercado
“Não comece a produzir conteúdo até que você conheça a história da sua marca.” Essa frase de Brianna Dunbar talvez traduza a importância de saber qual é o seu nicho de mercado.
Faça um levantamento sobre quais soluções sua empresa deseja entregar, entenda qual será o posicionamento do negócio no mercado e entenda como funciona a concorrência. Dessa forma, será mais fácil entender quais soluções você precisa encontrar.
2. Busque parceiros-chave
Encontrar um bom fornecedor é outro ponto importante. Para as soluções de tecnologia é mais comum ter acesso às empresas de White Label e também Private Label. Sendo assim, você deve enumerar quais aspectos busca com essa parceria.
Se para sua marca qualidade e agilidade na entrega e atendimento são fundamentais, talvez o preço não deva ser o foco principal na tomada de decisão. Crie uma lista com os principais parceiros e use os fatores de escolha para sua tomada de decisão.
3. Defina como sua marca se posicionará no mercado
Lembre-se de que o White Label é uma solução semelhante a uma casa pré-construída. Cabe à sua empresa cuidar do acabamento, decoração e todo o resto para transmitir a personalidade determinada.
4. Atente-se para a concorrência
Fique de olho no mix que seus concorrentes estão oferecendo. Um mercado fortemente influenciado pelo White Label tende a ficar homogeneizado, reduzindo a diferenciação dos produtos ou serviços oferecidos para um cliente.
Pense no iFood, por exemplo, quando o aplicativo de delivery surgiu, ele se destacou no mercado. Atualmente, existem várias plataformas muito semelhantes.
5. Crie diferenciais competitivos
Um dos objetivos do branding é cuidar da personalização da marca. Ou seja, agregar valor e propósito para aquilo que sua empresa oferece. Às vezes a qualidade do atendimento, agilidade na entrega ou mesmo a estratégia de marketing pode ser uma solução para que seu negócio se destaque.
Pense em formas de fazer com que seu produto seja único, mesmo que o processo de produção ou desenvolvimento não seja exclusivo.
6. Desenvolva uma cultura de feedback
Realize pesquisas com frequência para entender qual é o nível de satisfação do cliente, a taxa de sucesso e sugestões de melhoria. Lembre-se de que você não consegue acompanhar a linha de produção ou desenvolvimento, então acompanhar a experiência do consumidor com o produto ou serviço pode apresentar respostas rápidas.
7. Analise a qualidade do serviço ou produto revendido
Além de coletar informações sobre seu público, existem outras formas de garantir a qualidade daquilo que sua empresa oferece. Você pode fazer testes periódicos ou contar com algumas estratégias como cliente oculto. O fundamental é saber o que sua empresa está entregando.
Como você deve ter percebido, o conteúdo White Label é uma solução rápida e com excelente custo-benefício para criar autoridade em determinado nicho de mercado. Livre de direitos autorais, esse modelo de negócio pode ser aplicado em diversos setores da sua empresa, liberando tempo para se dedicar aos processos da sua empresa.
Se você gostou deste artigo, então confira nosso material sobre a diferença entre estratégias de conteúdos e saiba como branding, inbound marketing e white label podem se complementar!
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