Podemos enumerar várias vantagens e desvantagens da Inteligência Artificial para uma efetiva revolução social e econômica mundial. Mas devemos considerar que, apesar do amplo acesso a ferramentas e recursos que apoiariam essa eventual evolução das máquinas em detrimento dos seres humanos, ainda temos um longo caminho a percorrer até que esse momento chegue, se isso realmente ocorrer.
Acontece que inovações baseadas em IA já fazem parte das nossas rotinas e, sendo cada vez mais evidentes, as especulações de que seremos substituídos aumentam consideravelmente.
Os chatbots e assistentes pessoais são exemplos de como a tecnologia pode ser incorporada em nossas rotinas para melhorar aspectos essenciais para a qualidade de vida e uma tomada de decisão mais acertada.
Além disso, de acordo com dados recentes, 75% dos empreendedores acreditam que a IA abrirá novos postos de trabalho mesmo que, de alguma forma, ela inviabilize profissões pautadas por processos altamente repetitivos e sem demanda de soft skills, que poderiam ser facilmente suportados pela automatização.
Embora a IA tenha o potencial para influenciar a criação de 133 milhões de empregos até 2022, entre novas e antigas funções, ela pode tornar até 75 milhões de empregos obsoletos.
Além da Inteligência Artificial criar novos postos de trabalho, que antes não seriam necessários sem a revolução tecnológica, e eliminar profissões obsoletas, 40% dos líderes empresariais acreditam que o uso da IA também será decisivo para o aumento da produtividade e eficiência em âmbito organizacional. Eles não estão errados: a receita global com base em IA crescerá para US$ 31,2 bilhões até o ano de 2025.
Entretanto, para chegarmos a esse patamar de contribuição, será preciso investir continuamente na adoção de ferramentas e na qualificação de profissionais capazes de monitorar e fazer manutenções na infraestrutura com esse nível tecnológico.
Neste artigo você confere as vantagens e desvantagens da Inteligência Artificial e outras informações relevantes sobre o assunto.
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Como a Inteligência Artificial realmente funciona?
A Inteligência Artificial consiste em um conjunto complexo de instruções na forma de algoritmos para que supercomputadores, que não precisam ser necessariamente grandes, mas sim potentes e com grande capacidade de processamento, sejam capazes de responder a várias situações e tomar decisões de forma autônoma.
Como isso acontece? De forma simplória, é como se um programador fizesse várias linhas de código para dar capacidade de resposta a uma máquina e, à medida que novas situações ocorrem, esse equipamento consegue lidar com diferentes entradas somente com base em experiências anteriores e dados estruturados, de forma que não há necessidade de o programador revisar o algoritmo toda vez que uma nova demanda ocorrer.
A Inteligência Artificial, então, é como uma criança aprendendo a andar: ela sabe que não pode fazê-lo como adultos, mas entende que à medida que segue um padrão previamente observado no comportamento dos pais, pode reproduzi-lo.
E ainda que não o consiga da mesma forma, em longo prazo e com muitas tentativas, suas ações serão melhoradas e naturalizadas até que estejam adequadas e sejam aceitas.
Uma tecnologia baseada em características essencialmente humanas não pode ser efetiva sem a integração com outros adventos do “novo mundo”, como o aprendizado de máquina (Machine Learning) e o Big Data — volume de dados que fornecem informações suficientes para a autonomia das máquinas.
Por isso, é tão importante que a IA esteja integrada ao aprendizado de máquina. Redes neurais que reproduzem as ligações feitas pelos neurônios humanos conseguem fazer associações que determinam as melhores decisões.
E os dados? As informações complementam a estrutura sob a forma de estatísticas, padrões, memórias (ocorrências históricas) e tendências, que fomentam as associações das redes neurais. Logo, a melhoria da qualidade dos dados fornecidos a esse sistema sempre resultará em mais eficiência ao sistema.
Afinal, quais são as desvantagens da Inteligência Artificial?
Agora você pode conferir com mais detalhes as desvantagens da Inteligência Artificial e outras potenciais consequências da adoção de tecnologias baseadas nesse conceito.
Privacidade e segurança
A IA frequentemente requer grandes quantidades de dados pessoais para funcionar efetivamente. Isso levanta preocupações sobre privacidade e segurança, especialmente se esses dados forem mal geridos ou caírem em mãos erradas.
Por exemplo, as postagens públicas no Facebook e Instagram são usadas para treinar modelos de IA da Meta, de acordo com a própria plataforma. Isso inclui postagens, fotos e suas legendas. A Meta coleta essas informações para melhorar suas ferramentas de IA, mas isso levanta sérias questões sobre privacidade, já que os usuários não têm controle sobre como seus dados são usados.
A empresa argumenta que essa coleta de dados ajuda a aprimorar a experiência do usuário, mas muitos se preocupam com a falta de consentimento e transparência.
Além disso, enquanto os residentes da União Europeia (UE) e do Reino Unido têm leis de proteção de dados mais rigorosas, que permitem optar por sair do uso de seus dados para treinamento de IA, usuários de outras regiões não têm essa opção. Isso exemplifica a complexidade e os desafios na proteção de dados pessoais em um mundo cada vez mais digital.
A questão é ainda mais complicada pela perspectiva das empresas. A Meta, por exemplo, pausou o treinamento de seus modelos de IA na Europa devido a essas regulamentações mais rígidas, argumentando que isso representa um retrocesso para a inovação.
No entanto, autoridades de proteção de dados, como a CNIL na França, acreditam que é possível inovar respeitando os direitos de privacidade das pessoas.
Alternativas como o aplicativo Cara surgem como respostas a essas preocupações, oferecendo um espaço seguro onde artistas podem compartilhar seu trabalho sem medo de que ele seja usado para treinar IA, implementando tags “NoAI” para proteger o conteúdo.
Substituição de postos de trabalho
Conforme falamos, há um medo crescente de que as máquinas substituirão os tradicionais postos de trabalho humanos e acarretarão em um aumento considerável de desemprego em nível mundial.
De acordo com um estudo da Page Interim, 76,6% dos brasileiros acreditam que a IA afetará parcialmente os postos de trabalho na área em que atuam. Este sentimento é compartilhado por 69% dos respondentes no Panamá, 68% no México, 66% no Peru, 65% na Colômbia e 63% tanto no Chile quanto na Argentina.
Essa preocupação não é infundada, pois substituições são esperadas principalmente em vagas que envolvem tarefas mecanizadas e repetitivas, que podem ser realizadas com maior precisão e rapidez por tecnologias programadas.
Por outro lado, o avanço da IA também poderá criar novos postos de trabalho, especialmente nas áreas de manutenção, melhoria de infraestrutura e garantia de operação contínua dos sistemas automatizados.
Limitações em comparação com o cérebro humano
A capacidade de armazenamento do sistema baseado em IA é expansiva, mas o acesso e a recuperação das informações provavelmente não ocorrem da mesma forma que as conexões do cérebro humano, mesmo que ele seja a base das redes neurais. Como o aprendizado é contínuo e progressivo, também há que se aguardar um tempo até que a base de dados esteja completamente adequada.
Além disso, a IA sem integração com o aprendizado de máquina opera apenas de forma programada. Isso também pode limitar a sua capacidade de inovar e operar de forma criativa nos mais diversos cenários, assim como os humanos conseguem fazer.
Nossos pensamentos e decisões muitas vezes vêm das emoções e experiências que vivenciamos, e isso as máquinas não podem realizar.
É indiscutível a superioridade das máquinas quando abordamos eficiência. Entretanto, a tecnologia ainda não pode substituir as relações humanas e o modo como criamos conexões no trabalho, que muitas vezes favorecem os resultados obtidos.
Direitos autorais
A questão dos direitos autorais no contexto da inteligência artificial é complexa e está ganhando cada vez mais atenção. De acordo com o estudo “Propriedade Intelectual e Direito Autoral de Produção Autônoma da Inteligência Artificial” de Sthéfano Bruno Santos Divino e Rodrigo Almeida Magalhães, a principal questão é quem deve ser considerado o autor de uma obra criada por IA.
Atualmente, a legislação de muitos países, incluindo o Brasil, não reconhece a IA como titular de direitos autorais. Isso significa que a autoria e os direitos sobre obras criadas por IA geralmente são atribuídos aos programadores ou aos desenvolvedores da tecnologia.
Assim, o desenvolvimento da IA tem levantado novos desafios no campo da propriedade intelectual. Um exemplo bem famoso abordado no estudo mencionado acima é o “The Next Rembrandt”, uma pintura criada por IA que replicou o estilo do famoso pintor holandês.
Esse projeto utilizou algoritmos de aprendizado de máquina e deep learning para analisar centenas de obras de Rembrandt e criar uma nova peça de arte no mesmo estilo. A questão aqui é se a autoria deveria ser atribuída à IA, aos desenvolvedores do software ou às instituições que financiaram o projeto.
Outro caso interessante envolve a tentativa de Jason M. Allen de registrar direitos autorais para uma imagem intitulada “Théâtre D’opéra Spatial” (Space Opera Theater), criada com o gerador de imagens Midjourney. Allen usou mais de 600 variações de prompts para obter o resultado desejado.
No entanto, o US Copyright Office rejeitou seu pedido, tornando-se um dos primeiros casos de rejeição de direitos autorais especificamente por usar ferramentas de IA.
Este caso, reportado pelo The Verge, exemplifica os novos dilemas de direitos autorais que surgem com o uso dessas tecnologias.
Dependência excessiva e falta de criatividade
A dependência excessiva da IA pode reduzir a capacidade humana de pensar criticamente e resolver problemas. Além disso, enquanto a IA pode processar grandes volumes de dados rapidamente e identificar padrões, ela ainda carece da criatividade e do pensamento inovador que são intrínsecos aos seres humanos. Isso pode limitar a capacidade de inovação em áreas nas quais a intuição e a criatividade são essenciais.
Além disso, criamos dependência emocional e física, principalmente em função da praticidade e velocidade com que tarefas são realizadas. Esses elementos podem ser prejudiciais às interações homem-máquina, à medida que nenhum ponto poderá ser efetivamente dependente do outro.
Desinformação e falta de pensamento crítico
A rápida adoção da inteligência artificial está gerando preocupações significativas sobre desinformação e a formação de habilidades críticas nas gerações futuras.
Marques Brownlee, em um episódio do podcast “Hey ChatGPT, Summarize Google I/O” do Podcast WVFRM, destaca as implicações de longo prazo dessas tecnologias.
Ele observa que, ao sintetizar e apresentar respostas abrangentes no topo dos resultados de busca, o Google AI Overview, por exemplo, pode levar os jovens a não desenvolverem a habilidade crítica de navegar e validar informações.
Com ferramentas como ChatGPT e outros modelos de IA, há uma crescente apreensão de que as crianças (e adultos) podem aceitar passivamente as primeiras respostas fornecidas, sem questionar ou verificar a precisão dos dados.
Essa mudança poderia alterar de forma profunda como as futuras gerações interagem com informações, distanciando-se da abordagem tradicional e mais investigativa.
E quais as vantagens da IA?
Conforme falamos, as desvantagens da Inteligência Artificial podem ser facilmente superadas pelas suas vantagens. A seguir, você confere algumas delas.
Precisão
A Inteligência Artificial tem uma taxa de erro mínima ou inexistente se compararmos com as ações humanas para a realização das mesmas tarefas ou para alcançar os mesmos objetivos.
Como as decisões são tomadas com base em informações previamente coletadas e as ações são determinadas por algoritmos, sem a interferência de humanos, os erros são reduzidos e a chance de atingir uma exatidão com maior grau de precisão é enorme. Logo, além de velocidade, a IA fornece perfeição — e isso é essencial para torná-la uma tecnologia realmente eficiente.
A IA aplicada para fins médicos, por exemplo, além de mitigar riscos potenciais à saúde e estado emocional dos profissionais, pode aumentar a efetividade das ações que, para serem efetivas, demandam altíssima precisão, como a radiocirurgia robótica e outros tipos de cirurgia.
Rapidez
A velocidade na execução de tarefas também é essencial para alcançar eficiência. Além de agilizar os processos, com Inteligência Artificial a tomada de decisão também se torna mais rápida, porque as máquinas são capazes de atuar repetidamente, de forma ininterrupta, ou seja, sem pausas para descanso ou troca de turnos, por exemplo.
Imparcialidade
A completa ausência de emoções faz com que as máquinas pensem logicamente e tomem decisões acertadas quando os humanos deixariam que os seus sentimentos (empatia, por exemplo) fossem associados ao processo.
Diferentes estados de espírito podem afetar a eficiência humana. Quando você está triste, certamente se torna menos produtivo, mas isso não ocorre com as máquinas e os equipamentos, principalmente os que são baseados em Inteligência Artificial.
Ininterruptibilidade
Uma infraestrutura programada para funcionar de forma ininterrupta — e tem recursos suficientes para isso — não precisa obter intervalos para descanso ou trocas de turno.
Ao contrário dos humanos, as máquinas podem trabalhar 24 horas. Os humanos precisam de uma pausa após o trabalho para recuperar sua capacidade, além disso, as máquinas podem trabalhar sem distrações.
Além de serem onerosos e, muitas vezes, demorados, esses procedimentos de troca de equipes podem gerar erros e retrabalhos, principalmente quando os profissionais estão no início ou no fim do expediente.
Segurança
Na realização de tarefas perigosas, uma infraestrutura baseada em IA pode ser extremamente vantajosa. As máquinas não são afetadas por ambientes hostis, portanto, são capazes de realizar tarefas que comprometeriam a integridade e a segurança dos seres humanos.
Dessa forma, a Inteligência Artificial pode assumir riscos em nome dos humanos: atuar em um ambiente contaminado, desarmar uma bomba ou até explorar ambientes que o corpo humano não é capaz de suportar — locais caracterizados pelo alto frio, calor ou pressão, por exemplo.
Previsibilidade
A previsibilidade também é um aspecto essencial para aumentar a eficiência de qualquer processo, porque permite antecipar ocorrências, combater falhas, gargalos e potencializar capacidades.
Prever o resultado de um processo produtivo permitiria melhorar as estratégias de venda e de marketing, por exemplo. Ferramentas de IA são usadas nas mais variadas aplicações de previsão, seja para detectar fraudes em sistemas de cartão de crédito, seja para a determinação do tempo em função da agricultura de precisão.
Por mais complexas que sejam as infraestruturas baseadas em Inteligência Artificial, muitas delas formadas por algoritmos, redes neurais e um enorme volume de dados integrados em um hardware, nenhuma tecnologia atual será capaz de reproduzir o bom senso e a intuição humana.
Logo, o medo pela substituição pode ser trocado pela demanda iminente de especialização, para a compreensão real de como toda essa infraestrutura pode operar e o que fazer para garantir o seu lugar nesse meio.
Esse é um ingrediente essencial que difere as duas vertentes do novo mundo: os seres humanos e a tecnologia. Entretanto, com o avanço potencial das ferramentas e recursos disponíveis para aplicação em inovações, será preciso aumentar o escopo regulatório, de forma a gerenciar adequadamente a relação entre os humanos e as máquinas.
Além disso, será necessário criar formas efetivas para mitigar os riscos do crime cibernético. Imagine a tomada de uma fábrica inteira interconectada por sistemas baseados em IA e IoT (Internet das Coisas)? Como não pagar o resgate de uma infraestrutura que, parada, poderá gerar prejuízos inimagináveis para a gestão do negócio?
Por esses e outros motivos, também é imprescindível regular o uso de dados, por meio de legislações específicas como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) instituída no Brasil, e criar estratégias de segurança efetivas para minimizar as chances de ocorrências criminosas.
Principais perguntas sobre as desvantagens da IA
Que tal conferir as principais dúvidas que as pessoas têm sobre desvantagens da Inteligência Artificial?
Quais são as desvantagens da inteligência artificial?
A inteligência artificial pode apresentar várias desvantagens, incluindo a potencial perda de empregos devido à automação, a falta de criatividade em comparação com humanos e a possibilidade de vieses nos algoritmos que podem levar a decisões injustas. Além disso, há preocupações com a privacidade e a segurança dos dados, visto que sistemas de IA frequentemente requerem grandes quantidades de dados pessoais.
Quais os problemas da inteligência artificial?
Os problemas da inteligência artificial incluem a dependência excessiva de dados, o que pode levar a vieses se os dados estiverem distorcidos. A complexidade dos algoritmos também pode dificultar a transparência e a explicação das decisões tomadas pela IA. Além disso, a IA pode ser usada para fins maliciosos, como ataques cibernéticos e desinformação. A falta de regulamentação adequada também é um problema significativo.
Quais são os pontos negativos da inteligência artificial na Medicina?
Na medicina, apesar das vantagens que trouxemos ao longo do artigo, a IA pode apresentar desafios como a precisão dos diagnósticos, nos quais um erro pode ter consequências graves. A integração da IA com os sistemas médicos existentes pode ser complicada e custosa.
Além disso, há preocupações com a privacidade dos pacientes e o potencial de desumanização do atendimento, já que decisões automatizadas podem ignorar o contexto individual de cada paciente e o olhar do todo, não apenas da doença.
Como as inteligências artificiais podem prejudicar no aprendizado?
As inteligências artificiais podem prejudicar o aprendizado ao promover uma dependência excessiva da tecnologia, limitando o desenvolvimento de habilidades críticas e analíticas. A personalização excessiva pode levar a uma experiência de aprendizado estreita, não incentivando a exploração de novos tópicos. Além disso, algoritmos de IA podem reforçar vieses existentes nos dados, resultando em recomendações educacionais enviesadas.
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