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Publicado em 7 de fevereiro de 2019. | Atualizado em 24 de novembro de 2020
Os algoritmos contribuíram para a evolução tecnológica vista nas últimas décadas e são cada vez mais complexos, com o objetivo de entender o comportamento humano na internet, em especial, nas redes sociais. Conhecê-los pode contribuir para melhorar a estratégia digital da sua empresa.
Quando se fala em algoritmo, muitas pessoas pensam rapidamente em computadores, tecnologia e até mesmo códigos difíceis de serem compreendidos. No entanto, o conceito e a aplicação são bem mais simples do que parecem.
Os algoritmos datam de tempos babilônicos, mas tornaram-se mais conhecidos na modernidade, principalmente, quando associados aos computadores e às estratégias de otimização para buscadores.
Nos próximos tópicos, confira o que são e como podem ser usados em suas ações de Marketing Digital!
Antes de tudo, vamos compreender o conceito de algoritmo. O termo pode ser entendido como uma sequência de raciocínios, instruções ou operações para alcançar um objetivo, sendo necessário que os passos sejam finitos e operados sistematicamente.
Parece complexo? Calma, vamos simplificar. Alguns exemplos de algoritmos que podemos citar são: receitas culinárias, manual de instrução de aparelhos, funções matemáticas e até mesmo páginas da Web, como esta que você está lendo.
Pense na receita culinária, por exemplo. Ela tem os ingredientes necessários (dados de entrada), passo a passo para realizar a receita (processamento ou instruções lógicas) e atinge um resultado (o prato finalizado).
Um algoritmo, portanto, conta com a entrada (input) e saída (output) de informações mediadas pelas instruções.
É fundamental compreender que o algoritmo se justifica no resultado que ele almeja alcançar, logo, deve ter um objetivo específico. Uma sequência de instruções simples pode se tornar mais complexa conforme a necessidade de considerar outras situações.
Dessa forma, o algoritmo vai crescendo e ficando mais complexo para englobar todos os cenários possíveis. Quando um programa de computador trava, por exemplo, é porque ele está recebendo informações que não foi programado para processar, ou seja, não foram considerados todos os cenários.
Também é relevante que a estrutura siga uma lógica sistemática. Por exemplo, se você está fazendo um bolo, mas “pula” a etapa de inserir farinha, no final, você não terá mais um bolo.
Com o código, é a mesma coisa, sendo necessário ler linha por linha para que ele atinja o objetivo final. As estruturas de um algoritmo são:
Com essas duas estruturas, o algoritmo fica mais completo e capaz de englobar múltiplas situações para permitir que o resultado final seja alcançado.
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Agora que você já entendeu o que é um algoritmo e como, por meio de comandos, ele permite que “A + B + C” resulte em “D”, é preciso conhecer os benefícios proporcionados pela adoção do modelo.
Atualmente, diversas polêmicas estão relacionadas a como as grandes empresas de tecnologia têm usado os algoritmos para impactar a vida das pessoas.
Um dos casos mais famosos é o algoritmo do Facebook, que define o que será exibido no feed de notícias de cada usuário (veremos mais sobre isso a seguir!).
Apesar de muito criticado, pois o algoritmo pode ser alterado para determinados fins, o recurso proporciona uma mediação mais neutra sobre o que é exibido para cada usuário.
Dessa forma, assuntos mais comentados tendem a aparecer para mais pessoas, mas também estão relacionados com preferências, histórico, comportamento etc.
Portanto, um dos benefícios atualmente é que o algoritmo busca fazer essa mediação mais equilibrada entre tudo que está disponível online e filtrar o que é mais relevante de ser exibido.
Os programas são compostos por sequências de algoritmos. Dessa forma, é essa sistematização que viabiliza todo tipo de softwares que facilitam a vida e também permitem a automação dos processos.
A partir do Machine Learning, os processos são aprendidos pelas máquinas e reproduzidos, consistindo em um algoritmo complexo que faz a entrada e o processamento dos dados, em que a saída torna-se a entrada de uma estrutura e, assim, sequencialmente, fornecendo lógica e capacidade de aprendizado aos softwares.
A evolução humana nas últimas décadas está totalmente atrelada à ideia de algoritmos. Aparelhos como smartphones, computadores, smart TVs e tablets funcionam com sistemas baseados em algoritmos.
Conforme novos comandos e possibilidades de uso surgem, significa que mais aprimorados e complexos estão os níveis de instrução de um algoritmo.
Assim como a tecnologia em si, as aplicações estão difundidas em diferentes áreas, como marketing, vendas, relacionamento, compras online, logística, financeiro etc.
Um exemplo inédito de uso de um algoritmo é o VITAL, que, desde 2014, faz parte da direção da Deep Knowlegde Ventures, uma empresa de capital de risco de Hong Kong.
Com direito a voto no conselho, o algoritmo faz a recomendações de investimentos após a análise de grandes quantidades de dados e testes clínicos.
Mas também é preciso estar atento ao uso dos algoritmos, principalmente, quando não supervisionados.
Em 2011, uma situação não explicada fez com que o livro “The Making of a Fly”, de Peter Lawrence, alcançasse o valor de 1,7 bilhão de dólares na Amazon e, em seguida, subisse para quase 23,7 bilhões de dólares (mais frete). A empresa, que usa algoritmo para precificação, não conseguiu explicar a anormalidade.
Ao explorar o mundo dos algoritmos, podemos seguir por uma infinidade de campos e também de exemplos.
A seguir, destacamos o uso desses modelos nas redes sociais e ferramentas online mais usadas, como o Google e Spotify, direcionando uma visão mais específica para as estratégias digitais. Acompanhe!
É provável que o algoritmo do Google seja o mais conhecido e não é por acaso que seu segredo é muito bem guardado pela empresa.
O PageRank, como é chamado, foi criado em 1998, com o objetivo de rastrear e apresentar os resultados de pesquisa ao usuário por relevância.
A importância de um site era determinada pela quantidade de sites vinculados a ele, o que tornava relativamente fácil burlar os resultados, surgindo o black hat, que usa más práticas para tentar “enganar” o PageRank.
Desde então, o Google já promoveu uma série de mudanças no algoritmo, passando a considerar centenas de variáveis para que uma página seja rankeada. Atualmente, o modelo verifica questões como as preferências do usuário, aparelho usado, qualidade do conteúdo, localização etc.
O Facebook foi a primeira rede social a usar algoritmos para categorizar os posts e utilizar critérios para definir o que seria ou não exibido para cada usuário. O objetivo era mostrar os conteúdos mais relevantes de acordo com o comportamento, preferências e engajamento do usuário.
Apesar das críticas à empresa, o excesso de publicações faz com que seja difícil uma pessoa acompanhar tudo que acontece na rede. Dessa forma, alguns dos milhares de critérios usados pela rede social para definir a composição do feed são:
Portanto, diversos elementos são considerados pelo algoritmo antes de definir quais conteúdos serão exibidos no feed de notícias, buscando mais relevância e engajamento do usuário no Facebook.
Diferentemente de outras redes sociais, o Twitter não usa exclusivamente o algoritmo para determinar o feed. Isso se deve ao caráter cronológico que precisa ser mantido pela rede para que atenda ao objetivo de disponibilizar os acontecimentos mais recentes.
Para alcançar esse objetivo, a rede social considera:
A partir desses critérios, o tweet pode ser inserido nas 3 categorias usadas pelo Twitter, que são:
Com essas estruturas, o Twitter permite que o usuário acesse a maior parte dos conteúdos e, principalmente, saiba quais são as novidades da rede social.
Quando foi fundado, o Instagram seguia a mesma lógica cronológica do Twitter, exibindo todas as postagens por ordem, das mais novas às mais antigas.
Essa estrutura foi alterada em 2016 e, atualmente, a rede social considera os seguintes fatores para escalar como serão os feeds dos usuários:
Diante disso, verifica-se que os algoritmos usados tendem a ficar mais complexos, incluindo novas variáveis, com o objetivo de torná-los mais certeiros.
Lá em 2005, quando o YouTube surgiu, o algoritmo usado analisava apenas quantas vezes um vídeo tinha sido iniciado para determinar o rankeamento. No entanto, isso fez com que os produtores de conteúdo priorizassem chamadas apelativas e até mesmo sensacionalistas.
O YouTube percebeu que essa prática não garantia a qualidade dos conteúdos e, desde 2012, o algoritmo considera o tempo médio de visualização, incentivando boas práticas ao gerenciar um canal por lá.
Com isso, as recomendações do site garantem maior qualidade do conteúdo e relevância ao usuário, assegurando uma melhor experiência de navegação.
Com mais de 40 milhões de usuários, o Spotify lança semanalmente a playlist “descobertas da semana”, que é personalizada para cada ouvinte e contém 30 músicas. Algumas delas, provavelmente, o usuário nunca ouviu, mas pode gostar, de acordo com o algoritmo.
O objetivo é criar experiências novas, mas, para concretizar esse objetivo, a ferramenta utiliza diferentes dados para processar as informações. Entre os critérios usados, estão:
O Spotify tem se dedicado a melhorar o algoritmo usado para aprimorar as sugestões e listas criadas, usando um amplo modelo de Machine Learning.
O sistema aprende as preferências e até mesmo identifica se uma música é feliz ou triste, buscando uma recomendação mais acertada para melhorar a experiência do usuário.
Com tudo que vimos até aqui, é possível perceber que os algoritmos — que explicamos inicialmente como um sistema de instruções com um objetivo específico — ganham contornos bastante complexos conforme seu uso em áreas mais robustas, como o marketing digital.
Atualmente, o modelo pode ser unido ao Machine Learning e gerar resultados mais complexos e surpreendentes, sendo imprescindível para quem atua nessa área conhecer essas possibilidades.
A seguir, destacamos algumas formas de usar o conhecimento em algoritmo nas estratégias digitais.
Se o gestor de marketing conhece a estratégia da empresa e os critérios considerados pelos algoritmos dos diferentes canais sociais, é possível elencar em quais plataformas a solução proposta por ela pode ser mais eficaz e gerar melhores resultados.
Por exemplo, se a estratégia é mais baseada em engajamento, o Facebook ganha destaque, no entanto, se o objetivo passa por muitas publicações de teor mais urgente, o Twitter torna-se mais adequado.
Então, conhecendo como cada plataforma funciona, junto com outros critérios, é possível elencar qual delas tende a contribuir mais com a presença online da marca.
Independentemente do canal usado e persona, as diferentes empresas têm um objetivo em comum: melhorar a experiência do usuário.
Dessa forma, torna-se indispensável que haja qualidade e relevância nos conteúdos criados para as diferentes plataformas, além de considerar as estratégias de SEO para executá-los.
Por exemplo, uma campanha divulgada no Facebook e Instagram deve considerar as particularidades do algoritmo de cada rede para ser mais interessante e, assim, ganhar um destaque maior.
Os algoritmos passam por constantes mudanças para aprimorar a experiência do usuário e evitar práticas negativas, como o black hat. Estima-se, por exemplo, que o Google faça mais de 500 alterações por ano no algoritmo PageRank.
Apesar de ser difícil conhecer todas as mudanças nos algoritmos, as mais importantes são sempre divulgadas, e é fundamental que os profissionais de marketing conheçam essas particularidades para adequar e aprimorar as estratégias online e não perder resultados.
Ao falar de algoritmo, é importante conhecer que se trata de um sistema lógico, realizando instruções sequencialmente até alcançar um resultado. Apesar da complexidade de modelos mais modernos, entender o que é e como ele funciona ajuda a compreender seu impacto em uma estratégia digital.
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