Enquanto milhares de produtores de conteúdo tentam se firmar como grandes youtubers, recentemente assistimos essas personalidades fazendo o caminho oposto e investindo em estratégias fora do YouTube.
Isso porque, de uns tempos pra cá, esta rede tem dificultado cada vez mais a monetização dos vídeos e tornado bastante difícil a vida de quem se dedica ou quer se dedicar exclusivamente ao ofício de youtuber.
Por causa de um incidente recente no qual grandes anunciantes do YouTube estavam tendo seu conteúdo exibido em canais impróprios, a plataforma mudou bastante suas regras de monetização e isso desagradou boa parte dos produtores.
Para quem está começando na rede, agora é necessário atingir 10 mil visualizações antes que os conteúdos possam ser monetizados.
Parece simples, mas segundo uma pesquisa realizada pela Samba com 2000 produtores de todo o país, 85% das pessoas não atingem 1.000 visualizações por vídeo, sendo que 36% não chegam a registrar nem 100 visualizações.
E, para quem já está na rede, as regras para ter anúncios nos conteúdos estão mais duras.
O YouTube tem prezado bastante por conteúdos taxados como family friendly e isso está gerando insatisfação em diversos youtubers, como o conhecido Felipe Neto, que recentemente lançou seu próprio aplicativo e não quer mais ficar a mercê dessa plataforma.
Por isso, nesse momento, quem quer se tornar um youtuber ou já tem uma carreira dentro do YouTube precisa começar a pensar em novas formas de conseguir renda na internet. Depender apenas do YouTube hoje é um risco e as pessoas já estão percebendo isso.
Se esse é o seu caso, a seguir listamos 6 caminhos alternativos que você pode seguir para conseguir sustentar-se como produtor de conteúdo e ter mais lucro, independente do tamanho do seu canal.
1. Product Placement
Uma das técnicas mais adotadas pelos produtores de vídeo e que é capaz de gerar um bom lucro é o product placement. Mas o que é isso e como fazer?
Quando você já tem certa relevância no YouTube é normal que algumas marcas comecem a entrar em contato — ou que o produtor entre em contato com as marcas — para divulgação dos produtos delas e merchan. E muitas vezes isso é feito usando product placement, que é um tipo de divulgação, porém mais sutil e menos direta do que outras técnicas.
Para que você entenda, vamos a uma situação comum: você já viu algum vídeo de culinária em que a pessoa que está cozinhando usa um ingrediente de uma marca específica e dá certa ênfase à ele, falando o nome da marca, por exemplo? Isso é product placement.
Nesses vídeos, a pessoa não vai perder tempo falando das milhares de qualidades do produto. Porém, só o fato de ela ter apresentado a marca e usá-la em suas receitas já é extremamente relevante e reforça não só a memória do produto como sua confiabilidade e qualidade.
Esse tipo de merchandising é muito valioso para as marcas e pode ser muito lucrativo para os produtores de conteúdo. E não são apenas grandes Youtubers que podem apostar nesse tipo de estratégia!
Quando se tem um conteúdo de qualidade e que é relevante para um nicho específico, mesmo que ele não tenha milhões de visualizações, ele se torna atraente para as marcas e pode começar a ser patrocinado por elas.
2. Portal de conteúdo profissional
Quando um produtor começa a trabalhar no YouTube, ele fica limitado às políticas da rede em todos os sentidos — desde a personalização do canal até a sua monetização. Por isso, criar um portal profissional é importante e pode aumentar, e muito, os lucros do negócio.
No YouTube, como já citamos, você só conseguirá ganhar uma quantia considerável de dinheiro se conseguir entregar muitas visualizações. Já em um portal próprio, até mesmo com uma pequena audiência, já é possível conseguir uma boa renda e manter sua produção sustentável.
Por exemplo, se você tem 100 pessoas assistindo à um curso que você colocou no YouTube, você provavelmente não irá ganhar nada com isso.
Porém, se você tem essas mesmas 100 pessoas pagando por seus cursos de forma pontual ou recorrente em um portal profissional — mesmo que eles custem bem barato — já será possível ganhar uma quantia considerável. E o melhor é que hoje já é muito simples ter seu próprio portal de conteúdo!
E esse é um caminho que muitos Youtubers têm seguido!
Como citamos lá na introdução, recentemente o Felipe Neto, dono de um canal com mais de 15 milhões de inscritos, lançou seu próprio aplicativo para que pudesse ter contato direto com sua audiência e pudesse monetizar suas produções como bem entendesse.
Whindersson Nunes, o maior Youtuber do país, também seguiu por esse caminho e lançou seu próprio curso de “Como ser um Youtuber”, fora do YouTube, em uma plataforma com o tipo de monetização que ele escolheu.
Nesses casos, o YouTube se torna uma plataforma de atração de público e, com “conteúdos de isca” leva as pessoas para o portal profissional, que é a parte mais importante da estratégia.
3. Conteúdos patrocinados
Quando os produtores de conteúdo se tornam influenciadores, assim como no caso do product placement, é normal que as marcas os queiram como representantes de seus produtos.
A diferença desse tipo de estratégia para a primeira que apresentamos é que, nesse caso, a exposição do produto e sua propaganda se dão de forma mais explícita e direta. Conteúdos patrocinados são sempre sinalizados para a audiência como tal e dão um foco especial no produto ou marca que estão em questão.
Um excelente exemplo disso é um vídeo feito por JoutJout em seu canal sobre um anti-odor. O vídeo, apesar de manter a identidade e a abordagem tradicional da produtora, é totalmente focado no produto e é marcado como “merchan” logo em seus primeiros segundos.
Vale lembrar que esse tipo de estratégia pode ser usada não só no YouTube, mas também em outras redes, como o Instagram, em que é muito popular a hashtag #publipost.
E assim como no product placement, essa técnica não é restrita aos grandes produtores, uma vez que existem muitas pessoas gerando conteúdo de qualidade para nichos específicos e valiosos.
Conteúdos patrocinados são excelentes e podem ajudar o produtor de conteúdo a ter uma renda extra, mas é preciso ficar atento: o produto e a marca tem que estar alinhados ao conteúdo e aos valores do canal. Caso contrário, o efeito pode ser ruim e o produtor pode perder em credibilidade e audiência.
4. Venda de produtos licenciados
Grandes produtores de conteúdo, que conseguem transformar seu canal em uma marca forte, com identidade e valores, podem apostar na venda de produtos licenciados para complementar sua renda.
Hoje, é muito comum vermos canais usando essa estratégia e tendo suas próprias “lojinhas”, em que vendem camisetas com bordões do canal, pelúcias, canecas, cosméticos (no caso de canais de maquiagem, principalmente) e muito mais!
A loja do Porta dos Fundos, por exemplo, é bastante relevante e ajudou a estabelecer o canal como uma marca forte no país. Se você tem um canal que já tem produtos próprios e admiradores da marca, não tenha medo de criar sua loja!
5. Blog
Por fim, se você é Youtuber e quer uma renda extra, uma excelente opção é criar seu próprio blog. Com ele, além de conseguir mais visibilidade para seu canal, atraindo anunciantes e parceiros, você pode ter seus próprios espaços para inserção de publicidade e fazer artigos patrocinados, por exemplo.
Com um blog, você aumenta o alcance da sua marca a faz seu conteúdo ser reconhecido e consumido até por quem não tem tanto contato com vídeos ou com o YouTube. Além do mais, com um blog você pode expandir seu conteúdo, detalhá-lo e ter materiais ainda mais ricos e completos.
Esse é o caso, por exemplo, do blog da Danielle Noce. Ela é YouTuber e tem um canal de culinária com quase 2 milhões de inscritos, e mantem seu próprio blog em que publica suas receitas, conta sobre sua vida, faz especiais com anunciantes e fortalece sua marca.
Pronto para ampliar sua renda?
Agora que você já conhece novas formas de ganhar dinheiro a partir de seu canal de vídeos — sem ficar dependendo apenas da monetização do YouTube — é hora de colocar a mão na massa e aplicar aquilo que for coerente com seu conteúdo e o nível do seu canal.
Quem quer ter um negócio bem sucedido jamais deve ficar preso a um só canal e a uma só estratégia de monetização.
Afinal, isso pode colocar toda a produção de conteúdo em risco e fazer com que ela não seja algo sustentável a longo prazo. Por isso, faça testes, procure por alternativas simples, como o blog ou o portal profissional, e não fique parado!
E, se você quiser descobrir ainda mais sobre o YouTube e os segredos dessa plataforma que impactam sua audiência, leia também este material aqui. Ele vai te ajudar a ter uma visão geral da rede e a entender outros pontos que podem estar comprometendo sua estratégia.
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