Começo, especialização, mudança de rumos e oficialização: como me tornei gerente de marketing B2C

As carreiras no marketing, não necessariamente, seguirão um caminho linear. Inspire-se em como trilhar a sua!

luiza drubscky

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Começar uma carreira no Marketing Digital não é simples. Essa é uma disciplina que está se desenvolvendo a pleno vapor e novas ferramentas, estratégias e técnicas são criadas a cada dia. 

Todo esse crescimento não é por acaso. É fácil perceber o aumento do uso de smartphones e de dispositivos conectados à internet nos últimos 10, 5 e até 2 anos. E, se as pessoas estão utilizando mais a internet, as marcas também seguem esta tendência, afinal, só se tem uma empresa quando se tem clientes a quem atender.

Assim, o ciclo de consumo se fecha e o profissional de marketing — que se encontra no meio desse cenário — precisa estar na crista dessa onda de atualizações.

Como profissional de marketing, a minha carreira até aqui foi se direcionando para conseguir ajudar pessoas que têm interesse em ser esse tipo de profissional, que surfa essa onda e lidera o movimento disruptivo da tão falada transformação digital

Neste texto, vou contar sobre a minha trajetória, com o objetivo de mostrar que apesar de não existir um caminho muito claro e definido para se tornar um profissional de marketing, você pode criar a sua própria trilha e chegar ao sucesso. 

“O que quero ser quando crescer?”

Assim como para a maioria dos jovens e adolescentes, eu não sabia o que queria ser quando crescesse, nunca tinha parado muito para pensar sobre o assunto. Quando estava no terceiro ano do ensino médio, chegava o momento tão esperado de fazer o vestibular e tomar uma decisão que seria pivotal para a minha vida. 

As minhas percepções sobre as disciplinas que tinha no ensino médio eram as seguintes:

  • geografia: não é para mim (desculpa a todos os meus professores até então, mas eu realmente não suportava essa matéria hehe);
  • português: tenho uma certa facilidade;
  • matemática: vejo que é difícil para meus colegas, mas faz muito sentido para mim;
  • química: é legal;
  • biologia: é ok (não amo, nem odeio).

Por causa da minha total aversão à geografia, quando fui fazer o vestibular, a primeira decisão que tomei foi: “Não vou fazer nenhum curso de humanas!”. Biologia também não brilhava meus olhos, então concluí: “Biológicas também não é para mim”. Na época, nem sabia que existiam os cursos Gerenciais, então sobrou apenas a opção de Exatas.

Faço uma observação aqui para dizer que tenho plena consciência do quão simplista foi esse processo de tomada de decisão, porém, uma escolha precisava ser feita — rápido — e esse foi o método que eu utilizei.

Então li muitos materiais sobre os mais diversos cursos da área de Exatas e decidi por Engenharia Metalúrgica. 

Sabia como é a rotina de um engenheiro metalúrgico? Não.

Conseguia me imaginar sendo uma engenheira metalúrgica? Não.

Decidi tentar e torcer para encontrar o meu rumo no meio do caminho? Sim.

Estudei, me dediquei, fiz o vestibular (que, na época, tinha uma prova com questões abertas como segunda etapa para o vestibular na UFMG) e acabei não passando. Pensei: “tudo bem, esse curso é muito concorrido, vou fazer cursinho e tentar novamente no ano que vem”.

Quando entrei no cursinho, como uma luz divina, tive o insight de que esse curso não era o que eu deveria fazer, e sim Jornalismo. Decidi dar uma olhada e descobri que o vestibular para o curso de Jornalismo não tinha prova aberta de Geografia (minha kriptonita). Era tudo que eu precisava para tomar de vez essa decisão.

No ano seguinte, fiz o vestibular para Jornalismo na UFMG e passei!

1º desafio: o começo

Quando comecei no curso de Comunicação Social, com ênfase em jornalismo, na UFMG, conheci várias pessoas diferentes e tive contato com experiências muito interessantes, principalmente com a empresa júnior de comunicação, a Cria UFMG, que é uma agência experimental 100% gerida por alunos da faculdade. 

Na Cria, atuei como Gerente de Contas (a pessoa que fica responsável por fazer a ponte com os clientes) e com o Marketing. Gostei muito dessa minha experiência e me identifiquei ainda mais com esse universo, o que me fez tomar a decisão de mudar a ênfase da minha formação para Publicidade e Propaganda, em vez de Jornalismo.

A experiência como assessora de Marketing na Cria foi incrível. Tive um gostinho de como era pensar uma estratégia de uma empresa real, acompanhando resultados e desenvolvendo campanhas diferentes para públicos diferentes.

Quando a gestão de 6 meses acabou, decidi procurar um estágio na área de marketing, já que tinha me identificado tanto com na Cria. Assim, fui pesquisar e descobri que tinha uma startup recente (apenas 1 ano de existência, na época), a Rock Content, em Belo Horizonte mesmo, que focava em Marketing de Conteúdo, uma modalidade específica de marketing — que eu não tinha a menor ideia de como funcionava.

Tinha um conhecido que trabalhava aqui na época (obrigada mais uma vez, Breno Magalhães), e pedi para fazer a ponte para mim. Enviei o meu currículo e a primeira resposta foi “Muito obrigada pelo currículo. Para prosseguir no processo, é necessário fazer uma certificação online com o tema Inbound Marketing, concedida gratuitamente pela Hubspot e depois escrever um texto com 5 motivos do porquê você quer trabalhar na Rock Content”.

Lembro de ficar assustada e um pouco preocupada de ter que fazer essa certificação sobre uma modalidade que eu nunca tinha ouvido falar, com uma empresa que também era nova para mim. Mas percebi que não tinha nada a perder continuando no processo e, pelo contrário, só ganharia conhecimento sobre uma área que ainda era totalmente nova para mim.

Quando comecei a assistir às aulas, foi tudo tão novo e interessante que fui fazendo anotações e registrando todo o aprendizado (muito mais do que nas próprias aulas da faculdade, confesso).

Concluí a certificação, escrevi o meu texto já utilizando meus novos conhecimentos de melhores práticas para o Inbound Marketing e enviei para o Diogo Bedran, até então Gerente de Sucesso do Cliente da Rock. 

Um dia depois do envio, recebi o convite para fazer uma entrevista com o próprio Diogo e o Fabiano Cancela. Me senti confortável, como se fosse apenas uma conversa informal entre amigos e lembro de sair da entrevista pensando “se as entrevistas de emprego são tão tranquilas assim, por que as pessoas ficam tão ansiosas?”.

Depois que fui descobrir que esse processo de startups, principalmente em tão early stage, quanto a Rock naquela época (novembro de 2014), é realmente muito diferente de processos seletivos tradicionais.

Dois dias após a descontraída entrevista, recebi a ligação do Diogo (a Rock não tinha um departamento de RH na época), dizendo que eu tinha sido aprovada para ser estagiária de Suporte ao Cliente. Mesmo não sendo um cargo no time de Marketing mesmo, decidi aceitar, pois percebi que a empresa respirava marketing e que o ambiente era realmente um que eu queria fazer parte.

2º desafio: a especialização

Entrei, então, na Rock Content em Dezembro de 2014, como estagiária de suporte ao cliente. Meu trabalho era, junto do André Mousinho, enviar para os clientes os conteúdos que eles tinham contratado e a nossa equipe havia produzido, junto de uma imagem selecionada de banco de imagens. 

Era um trabalho simples, consistia basicamente em pegar um link de arquivo de Google Docs em uma planilha, achar uma imagem que representasse o conteúdo, enviar o link e a imagem pro cliente via email (a Rock ainda não tinha desenvolvido o seu próprio software para fazer a gestão desses conteúdos). 

Porém, mesmo que simples, enxerguei essa tarefa como fundamental para a percepção do cliente quanto ao nosso serviço. Estávamos ali na linha de frente com o cliente, sendo o último ponto de contato com ele, entregando o valor máximo do que ele tinha contratado.

Como o Suporte ficava dentro do time de Sucesso do Cliente, comecei a me aproximar e conhecer melhor os analistas de Sucesso e tentando aprender o máximo possível com eles.

Na época, eles eram os responsáveis por fazer o mapeamento dos conteúdos que deveriam ser produzidos aos clientes, fazendo uma pesquisa de palavras-chave e desenvolvendo as pautas para orientar a produção dos redatores. Comecei a fazer algumas pautas para ajudar as demandas de alguns CS e acabei gostando bastante desse processo.

Quando chegou maio de 2015, o time de Conteúdo, liderado pela Rita Lisboa, decidiu se aprofundar, criando um departamento que fosse especialista nessa parte de pesquisa de palavras-chave e desenvolvimento de pautas. Conversei com a Rita e perguntei se seria possível que eu fosse para o novo time, chamado Planejamento. 

Ela me alertou para o fato de que, por ser um novo departamento, não tinham ainda processos, documentos e rituais estabelecidos para o time, que tudo ainda estava para ser criado. Isso soou como música para os meus ouvidos, pois enxerguei nesse cenário a possibilidade de ajudar a criar esses processos e documentos, deixando a minha primeira marca na Rock. 

Foi uma experiência muito legal, em que eu aprendi muito, podendo já atuar diretamente nas estratégias de marketing dos clientes! Essa experiência como planejadora estratégica na Rock foi de grande valia para me ajudar a organizar muito bem, criar processos e gerenciar projetos.

Então, em Janeiro de 2016, o Edmar Ferreira, CEO da Rock na época, me chamou para um papo e convidou para ser Gerente de Comunidade da Rock. Seria alguém para focar exclusivamente na captação, retenção e treinamento da nossa base de freelancers.

Topei o desafio de cara! Interpretei esse convite como sinal de 2 coisas:

  1. estavam gostando do meu trabalho;
  2. teria a oportunidade tão sonhada desde que entrei na empresa de estar no time de marketing, sendo responsável por uma estratégia inteira.

3º desafio: a mudança de rumos

Assim que assumi como Gerente de Comunidade (por mais que não fosse gerente de ninguém, eu era analista júnior ainda), o Peçanha me chamou e falou “Bem-vinda, preciso que você desenvolva uma certificação para ensinar as pessoas a serem nossos redatores. Pode me apresentar um projeto piloto em 1 mês?” 

Nesse momento, eu já tinha escrito alguns poucos conteúdos para o blog da Rock (cerca de 10 textos até então), e já tinha aprendido as boas práticas de produção para o nosso blog.

Além disso, o próprio Peçanha já tinha feito uma certificação em Marketing de Conteúdo e percebemos o quão interessante era esse modelo de conteúdo, além de possibilitar que a Rock tivesse um papel ainda mais importante na educação do mercado brasileiro.  

Então, além de me dedicar a aprender as novas funções do meu cargo, como otimizações de SEO, automação de marketing, email marketing, relacionamento com a comunidade, fui desenvolver um curso online.

Estudei muito sobre o que a nossa referência, Hubspot, já tinha produzido até então, assim como outras referências de mercado, principalmente internacionais, já haviam produzido sobre o tema. 

Em abril de 2016 lançamos a primeira versão da Certificação de Produção de Conteúdo para Web. Foi uma sensação incrível passar de aluna a professora em um período tão curto de tempo — e a recepção que tivemos do público foi muito boa!

Por causa desse curso, tive a oportunidade de palestrar em diversas cidades Brasil afora, fui convidada para participar de painéis e até mesmo de bancas avaliadoras de TCC.

Com essa experiência, pude me conhecer ainda mais, percebendo o quão importante é, para mim, ajudar outras pessoas que já passaram, estão passando ou vão passar pelos mesmos desafios que eu já passei na minha carreira. 

4º desafio: a oficialização

Agora, em 2019, enfrento um super desafio aqui na Rock, gerenciando a equipe de marketing B2C, que abrange os times de Comunidade e da Universidade Rock Content.

Duas frentes de atuação que sempre fizeram parte da minha história e continuam sendo a minha rotina diária. 

Eu poderia escrever todo um texto só sobre os aprendizados e os passos que dei na parte da minha carreira que foram mais ligadas à gestão de processos e pessoas.

Mas como o meu objetivo aqui é realmente te ajudar a entender como uma carreira de Marketing Digital realmente não tem um caminho pré-estabelecido e que vai de você construir os caminhos que pode trilhar. 

Porém, uma coisa é certa: você não precisa dar esses passos totalmente no escuro. Você pode começar aprendendo algumas habilidades técnicas de várias disciplinas do Marketing Digital, como SEO, email marketing, gestão de mídias sociais, CRO e até mesmo técnicas de relacionamento com o cliente. 

Como não poderia terminar esse texto de maneira diferente, confira a Universidade Rock Content para poder aprender sobre essas disciplinas e muitas outras do mercado do Marketing Digital! Depois, me conte o que achou dos cursos e como conseguiu traçar a sua jornada nesse ramo. Até a próxima!

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