Gestores devem se esforçar e dar suporte para mães que trabalham de casa

Mães que trabalham de casa terão outra produtividade e gestores precisam reconhecer essa e outras peculiaridades

Mães que trabalham de casa

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O distanciamento social imposto pelo novo coronavírus trouxe à tona as desigualdades entre a divisão de tarefas domésticas entre homens e mulheres.

A participação da mulher no mercado de trabalho e as suas habilidades para equilibrar a vida profissional com as responsabilidades do lar que já faziam parte da sua rotina não é algo novo. Mas, de repente, as escolas fecharam, as empresas foram obrigadas a adotar o home office, e neste momento, carreira e vida pessoal se reuniram no mesmo ambiente.

O cenário atual deixa evidente a necessidade de gestores estarem mais atentos às peculiaridades das mães que trabalham em casa, disponibilizando as ferramentas adequadas para que elas alcancem um bom desempenho à distância.

A jornada dupla agora em um só lugar

A combinação de uma carreira profissional com os afazeres domésticos e cuidados com os filhos sempre foi uma realidade para a maioria das mães brasileiras. Porém, com a pandemia do novo coronavírus esses dois mundos se confundem, e a pressão para administrá-los bem só aumenta.

Isso porque, com a adoção das medidas de isolamento, não foram só os trabalhadores que precisaram se adaptar ao home office, as crianças também estão em casa em tempo integral.

Embora as rotinas tenham se tornado quase que irreconhecíveis de um dia para outro, a jornada dupla não deixou de existir. Agora, tudo acontece ao mesmo tempo, e essa dinâmica pode atrapalhar a produtividade do trabalho remoto.

De acordo com o New York Times, levantamentos apontam que, mesmo antes da crise, as mulheres estadunidenses gastavam cerca de 4 horas do seu dia em trabalhos não remunerados — filhos, limpeza, lavanderia, compras —, enquanto para os homens esse número era de 2,5 horas.

No entanto, essas tarefas cresceram exponencialmente nas últimas semanas à medida que a educação dos filhos, antes realizada nas instituições de ensino, também está sendo feita no ambiente doméstico.

Como resultado da convivência mais intensa, os ânimos podem se exaltar, e muitas pessoas certamente estão enfrentando dificuldades para manter o seu bem-estar psicológico, sobretudo as mães, que, via de regra, assumem a maior parte das responsabilidades.

Pais e outros responsáveis precisam reconhecer a necessidade do cuidado. Apesar de todos os avanços com relação à igualdade de gêneros, o trabalho doméstico historicamente é atribuído às mulheres. E na maioria das vezes, além de não ser remunerado, ele passa despercebido.

Para muitos, a divisão desigual do trabalho não é novidade, e isso muitas vezes é justificado pelo fato das mulheres ganharem menos que os homens. Segundo a Greater Good Magazine, nos empregos de nível médio, aqueles que exigem alguma faculdade, as mulheres recebem apenas 66% do que os trabalhadores ganham em empregos que são feitos principalmente por homens.

A situação hoje é diferente de tudo que já experimentamos — boa parte das mães ainda fazem todo o trabalho sozinhas. E diante de tantas incertezas, não se sabe por exemplo, se é o trabalho dessa mulher que vai sustentar a família.

Então, considerando a sobrecarga para as mães que trabalham em casa, podem surgir algumas desvantagens na modalidade home office, de modo que a configuração moderna do mercado exige que esses conceitos sejam revistos. 

Isso porque, além do aumento da presença feminina nas vagas de emprego, a prestação dos serviços não será a mesma após a pandemia; a expansão do trabalho remoto é uma tendência que tem altas chances de se consolidar.

Dessa forma, não somente as empresas precisam fornecer os insumos necessários para uma rotina de trabalho eficiente, mas também as famílias devem reconhecer que a divisão das responsabilidades domésticas é uma medida que se impõe. 

Se os pais e demais membros participam das atividades do lar, o resultado é positivo para todos — cada pessoa consegue estruturar o seu dia a dia, sem que o fato de estar em casa em tempo integral se torne excessivamente penoso ou que acarrete um baixa performance profissional.

Mais do que nunca é um momento para que o ser humano desenvolva a empatia, e colabore para tornar mais leve o enfrentamento de uma situação tão complexa como a que vivemos agora.

Gestores precisam rever senso de produtividade

O quesito produtividade é sem dúvidas um dos pontos fortes do trabalho remoto, e a prova disso é que grandes empresas já vinham adotando a modalidade em algumas das suas áreas de funcionamento.

Mas quando se está trabalhando com os filhos em casa, essa performance tem grandes chances de ser afetada. É preciso mantê-los quietos, ocupados, educados, alimentados, saudáveis e, concomitantemente: 

  • comunicar com sua equipe da empresa; 
  • gerenciar atividades diárias; 
  • cumprir metas; 
  • participar de reuniões; 
  • responder emails, entre outras coisas que se faria no escritório.

Assim sendo, as empresas precisam ajustar suas expectativas de acordo com essa nova conjuntura. Nesse sentido, além de uma comunicação eficiente, um dos requisitos fundamentais para que o fluxo de trabalho se mantenha positivo é operar com flexibilidade de horários, especialmente para as mães que trabalham em casa.

É interessante, por exemplo, que todos os envolvidos tenham um cronograma virtual, com intervalos bem delimitados para a atuação profissional. Isso ajuda a evitar que o tempo pessoal não seja interrompido pelo trabalho ou vice-versa; reduzindo, portanto, o estresse adicional causado pelo desequilíbrio entre carreira e vida pessoal.

Uma alta produtividade também depende dos recursos certos para a execução das tarefas. Logo, os líderes devem se certificar de que suas equipes contam com o apoio das melhores tecnologias para a sua área.

Ademais, compreensão e transparência são peças-chaves para colher bons frutos a partir dessa experiencia, principalmente porque o home office deve continuar em evidência depois de superada a crise.

Os desafios das mães que trabalham de casa certamente são maiores do que qualquer outro membro da família durante a quarentena. Por esse motivo, para garantir o bem-estar de todos e também a qualidade da sua performance enquanto profissional, é preciso que os gestores se esforcem para oferecer mecanismos de suporte para que elas desenvolvam suas atividades da melhor maneira possível.

Para conhecer a realidade de algumas mães durante esse grande período de home office, leia o artigo que o Blog da Rock preparou.

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